─ -ˋ °. • ⸙ •. ° ˊ- ─
POV'S Zack
Lucca, não consigo te tirar da mente depois de ontem, a verdade foi dita e você arriscou sua vida só para ter meu perdão, eu estou pensando se eu devia tentar de novo, eu apostei tanto em você mas meu coração ainda dói.
– Hum? -Levanto a cabeça ouvindo risadas, será que a Samanta já voltou? Saio da varanda e vou até o quarto de Vênus, vulgo local que viria as risadas.
– Oh? Papai! O tio Lucca estava me falando sobre flores.
– B.bem eu só estava mostrando algumas que achei no livro que ela me mostrou. -Ele coça a nuca sem graça.
– Ah, entendo, bem vá se arrumar, hoje você tem aula de piano. -Entro no quarto e me sento na cama- E você Lucca? Não devia estar deitado?
– E.eu fui tomar água e a Vênus me pegou.
– Mesmo assim, devia ter me pedido para buscar água. -Arqueio o cenho.
– Eu não quero ser um incômodo, eu acho que eu já devia ir pra casa, irei pedir um uber. -Ele se levanta.
– Você não está sendo um incômodo, eu que escolhi te resgatar, e você não precisa pedir um carro, eu posso te levar. -Me levanto também.
– Obrigado.. Mas eu prefiro não incomodar mais ninguém, leve a Vênus para a aula de piano. -Lucca dá alguns passos e se apoia numa bancada gemendo de dor.
– Sua barriga né? -Solto uma risada irônica- Eu levo você e a Vênus, feliz?
– Tanto faz.. -Ele dá uma leve ruborizada.
Enquanto Vênus se arrumava eu observei Lucca por um tempo, ele havia pedido meu celular para ligar pra Ana já que ele saiu sem o dele, eles pareciam estar conversando algo divertido, o rosto de Lucca expressava alegria ao falar com a maior, ele não sorriu assim quando eu falava com ele.. Se bem que do jeito que eu tratava ele.
– VAMOS! -Vênus saiu do banheiro toda arrumada.
– Vamos! -Pego ela no colo com um sorriso e vou até Lucca- Já está na hora.
– Ah? Ok, tchau Ana. -Ele desliga a ligação e me entrega o celular- Muito obrigado.
– Disponha. -Guardo o celular e vamos para o carro.
Após deixar Vênus em sua aula de piano, seguimos para a casa de Lucca. O trajeto estava muito constrangedor, ninguém falava nada. Eu com meu bom humor olho pelo retrovisor para Lucca e começo a falar.
– Está sentindo algo? -Rapidamente olho Lucca e volto meu olhar para o volante- Você está quieto.
– Estou sim.. Eu só não sei o que dizer mesmo. -Ele solta uma risada- Há alguns dias você nem queria olhar nos meus olhos e agora você está me levando pra casa.
– Eu não sabia de nada antes, peço desculpas pelo meu erro.
– Não, está tudo bem, eu te perdoo.
– Certo.. Bem, por que continuou morando no apartamento?
– Er.. Eu não sei, talvez eu tivesse a esperança de você voltar para a casa e eu estaria lá para te acolher. -Ele se apóia na janela.
– Você realmente não desistiu…
– E quando eu desisti? -Consigo ouvir uma risadinha saindo do mesmo.
– Nunca.. Você ficou tão otimista todo esse tempo. Já eu, me fechei pro mundo e olhei somente para mim e minha filha.. Talvez porque ela seja a pessoa mais importante da minha vida, em alguns momentos eu conseguia ver você nela, o otimismo, a imprudência, a fofura.. -Acabo dando um sorriso bobo sem perceber.
– A Vênus é uma boa menina.
– Ela me disse que você mandou aquele buquê pra mim. -O olho pelo retrovisor.
– A.ah! E.eu só queria que ela te desse algo que gostasse. -Consigo ver suas bochechas ficarem vermelhas.
– Hehe, eu gostei, obrigado.
Após eu começar a falar com Lucca o trajeto começou a ser menos entediante, quando chegamos resolvi o acompanhar até o apartamento, seria uma oportunidade para ver como estava o local.
– Agradeço por me trazer. -A porta do elevador abriu e saímos, depois de virar o corredor em direção ao meu antigo apartamento damos de cara com um homem, em suas mãos estava uma prancheta.
– Sr.. Lucca? -O homem olha em sua prancheta e volta o olhar para nós dois.
– Sim?
– Aqui está, tem três dias para deixar o apartamento. -Ele arranca uma folha da prancheta e entrega a Lucca.
– C.como? -Lucca pega o papel assustado.
– Te demos um prazo e você não o cumpriu, seu apartamento foi leiloado.
– Mas isso não é justo! Três dias? Ele não vai conseguir uma casa nesse tempo! -Encaro o homem com raiva.
- Senhor, ele tem quase um ano de pagamentos atrasados do apartamento, já o avisamos desde o início do mês passado, não tem como darmos mais tempo. Eu não faço as regras, eu apenas as cumpro. -O homem sai.
– Meu deus onde eu vou conseguir uma casa?! A Ana me falou para procurar uma casa mas eu estava ocupado demais tentando… -Ele para e encara o papel.
– Eu posso tentar convencer o juiz para te dar mais tempo ou posso comprar o apartamento.
– Não.. Aqui diz que já foi vendido. O prazo foi dado pelos compradores. -Ele me entrega o papel.
– Oh.. Eu posso tentar algo. -Leio atentamente o mesmo.
– Não precisa.. Eu vou entrar em contato com a Ana e tentar achar uma daquelas moradias compartilhadas. -Lucca se aproxima da porta de casa e pega uma chave embaixo do tapete.
– Lucca.. Eu sinto muito, de certa forma a culpa é minha. -Após abrir a porta entro em casa com ele, estava tudo igual desde a última vez.
– Não é culpa sua, eu não prestei atenção no que estava acontecendo ao meu redor e acabei assim. -Ele pega seu celular em cima da mesa- Se me der licença vou falar com a Ana-
– Lucca more comigo! -Seguro suas mãos e o puxo para perto de mim.
– A.. Isso foi inesperado. -Lucca me olha assustado.
– É eu sei mas eu não iria suportar deixar você morando em um local compartilhado ou em qualquer outro lugar, de certa forma tudo isso é culpa minha então por favor me deixe te ajudar! -O olho nos olhos.
– E.eu..
⠄⠂⠂⠄⠄⠂⠂⠄⠄⠂⠂⠄⠄⠂⠂⠄⠄⠂⠂⠄⠄⠂⠂⠄⠄⠂
continua..
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.