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História Eu sinto muito - Eu preciso matar você


Escrita por: Kaitosama

Notas do Autor


Gente, essa angst surgiu do nada aqui em um surto de inspiração e afins.
PARA OS LEITORES DE MINHAS OUTRAS FANFICS EU QUERO AVISAR QUE VOU TIRAR UM TEMPO INDETERMINADO PARA ESCREVER TODOS OS CAPÍTULOS AO INVÉS DE FAZER UM PRAZO, ENTÃO DESCULPEM A DEMORA.

Sem mais delongas, podem ir ler.

Capítulo 1 - Eu preciso matar você


I need to kill you
That's the only way to get you out of my head
Oh, I need to kill you
To silence all the sweet little things you said
I really want to kill you
Wipe you off the face of my earth
And bury your bracelet, bury your bracelet
Six feet under the dirt

    ChanYeol encarava a parede de sua casa totalmente desolado, ele sabia que a única maneira de tirar KyungSoo de seu pensamento era fazendo aquilo, mas não imaginava que o choque de realidade fosse ser tão ruim quanto em sua imaginação. O som do gatilho ainda ressoava em sua mente como um eco infinito de um culpa que não iria conseguir sentir.
            
            Remorso? Com certeza não.

    Enquanto via o líquido escarlate espalhando-se sobre o assoalho os lábios do homem alto repuxaram-se em um sorriso maníaco e satisfeito, ele finalmente livrou-se do peso de ter que observar todos os dias o amor de sua vida sendo tocado por outro homem. ChanYeol não conseguia mover um músculo, apenas contentava-se em observar o cadáver de uma pessoa que costumava preencher seus pensamentos.

   Aquela casa trazia tantas memórias, os sorrisos, as brincadeiras, as brigas e as noites de sexo que raramente aconteciam desde que KyungSoo havia conhecido um novo vizinho chamado Kim Jongin.

      Ele deveria ter percebido antes que alguma coisa estava acontecendo.

    ChanYeol era completamente apaixonado por aquele baixinho, dedicava todo o seu tempo apenas para fazê-lo feliz, e como ele retribui? Com uma traição?
   
    Ele odiava traição. KyungSoo sabia disso e mesmo assim ainda o fez.
   
    — Desgraçado! — Gritou ao jogar um vaso na parede vendo os cacos pelo chão.
   
    O cadáver estava na casa do maior há duas semanas, a polícia já estava acionada à procura do garoto que era dado como desaparecido. Ninguém desconfiava de ChanYeol, ele sempre fora um vizinho exemplar do tipo que oferecia açúcar a qualquer um que batesse na sua porta com aquela desculpa esfarrapada para começar uma conversa.
   
    — KyungSoo, O que eu fiz? Eu não merecia o seu amor? — Perguntou para o corpo que já estava entrando em decomposição no chão de sua sala.

    O cheiro de podridão e morte já estava instalado em sua residência, a vizinhança já tinha percebido, mas apenas ChanYeol parecia ignorar o fato de que seu noivo estava morto. Os joelhos estavam dobrados de frente para o rosto alheio, seus olhos estavam esbranquiçados e os lábios arroxeados e rachados.
   
    Ao lado de KyungSoo estava Jongin que ainda não tinha acordado da pancada desferida em sua nuca com um taco de beisebol que ganhara do irmão mais velho de Kyung.
   
    Queria poder presenciar a reação dos parentes e amigos próximos dos três ao descobrirem sobre suas mortes, mas estava muito ocupado pegando gasolina para pensar em manchetes e noticiários que provavelmente viriam a ser exibidos na televisão.
   
    — Quem diria que tudo isso poderia ter sido evitado se eu não tivesse segurado a porta do elevador para você KyungSoo, eu não deveria ter chamado você para tomar um café no Starbucks e muito menos ter transando com você aqui nesse mesmo chão onde você está deitado. Eu quero que me desculpe por andar afastado de você desde que eu me tornei um médico, mas também quero que saiba que tudo que eu fazia era por ti, meu amor... Eu sei que seu sonho sempre foi pôr fogo nesse cubículo que eu chamo de casa por conta da decoração mal feita, e como um último “eu te amo” irei realizar esse desejo por você.
   
    No meio tempo em que fazia seu discurso enquanto jogava a gasolina nos últimos móveis Jongin acordou assustado e debatendo-se mais que um peixe fora d'água, ele não poderia fugir de qualquer maneira, suas mãos e pés estavam amarrados com uma corda forte o bastante para segurar um touro, e da maneira que a fúria era palpável sabia que Jongin estava prestes a se tornar um touro.
   
    — Eu confiava em você, Jongin. Eu deixei você entrar na minha casa, paguei bebidas pra você naquele bar gay que você ficou com medo de ir, pois ainda era um pseudo-hétero... Seu fim é lamentável, amigo. Tão lamentável quanto esse relacionamento que poderia ter dado certo se você não existisse.
   
    ChanYeol pegou o isqueiro que estava em seu bolso, sentou-se no sofá e acendeu o cigarro que estava entre seus dedos, puxou a fumaça para dentro de seus pulmões e logo liberou-a com uma calma e paz tão costumeira, não parecia que estava prestes a se matar e matar o amante de seu noivo.
   
    — É realmente uma pena, KyungSoo, Jongin, poderíamos ter sido um trio de amigos unidos e fiéis, mas a fidelidade é um dom concedido a poucas pessoas, hm? É uma pena que a nossa garotinha também tenha que sofrer com as más escolhas da mãe.
   
    Direcionou seu olhar para a protuberância na barriga de KyungSoo imaginando como teria sido a sua princesinha quando nascesse, logo algumas lágrimas caíram por seu rosto molhando a camisa que também estava encharcada de gasolina.
   
    — Eu preciso dizer sinto muito. Essa é a única coisa que você diz quando você perde alguém, certo? Não sei se vou para o inferno depois disso, mas tenho certeza de que vamos nos encontrar novamente, e acredite Jongin... Eu vou matar você quantas vezes for preciso até que a sua existência não tenha passado de uma memória ruim.
   
    Dito isso o maior pegou o isqueiro novamente e o arremessou contra o moreno sabendo que o metal havia machucado o seu rosto pelo gemido de dor antes das chamas começarem a surgir em seu corpo e logo estarem espalhadas por todos os cômodos da casa.
   
    Fechou os olhos com força e esperou a ardência de ter sua pele sendo derretida pelas chamas vir, e como esperado a sensação viera de maneira devastadora arrancando gritos e mais gritos dos dois homens que estavam sendo carbonizados até a morte.
   
    ChanYeol sabia que logo estaria na presença de sua princesa e de seu KyungSoo, eles seriam uma família feliz... E ninguém iria atrapalhá-los.
   
   
I need to say sorry
That's the only thing you say when you lose someone
I used to say I'm sorry
For all of the stupid shit you've done
So now I'm really sorry
Sorry for being the apologetic one
But if I told you again, if I told you again
You would think I was crazy
   
Dead to me - Melanie Martinez
   


Notas Finais


Isso é tudo pessoal. : 3


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