História Eu sou a LadyBug? - Não sou sua LadyBug

10 p.m. — POV Mily — no laboratório

Durante essas 17 horas eu descobri que a Tikki é uma fofa, eu amei essa minha nova amiguinha.

Tomate desliza pela mesa uma folha. Nela tinha um desenho da LadyBug, só que com o cabelo solto, loira com olhos castanhos, ou seja, eu.

Balancei a cabeça negativamente e ri baixo.

Ele rasgou um pedaço de papel e escreveu nele.

"Preparada, LadyBug? Alguém pode ser akumatizado a qualquer momento." — ele escreveu.

"Nem um pouco" — escrevi de volta.

— É assim que conversam na escola? — Tikki cochichou rindo.

— Na aula de química, sim. — cochicho rindo — Se esconde Tikki.

Tomate passa outro desenho pra mim, mas dessa vez era da professora. Eu ri um pouco alto demais, recebendo olhares de alunos curiosos.

— Posso saber o que é tão engraçado? — a professora pergunta se aproximando. Ela viu o desenho e pegou na hora — O QUE É ISSO?!

Eu e Nathaniel nos entreolhamos rapidamente do tipo "nos ferramos".

— Vocês dois vão AGORA para a sala do diretor! Aliás, vou eu mesma levar vocês. — ela diz nos pegando pelo braço.

Ela nos levou até a sala do diretor, explicou brevemente o acontecido e saiu.

— O que vocês fizeram foi de uma imensa falta de respeito. — o diretor disse severo — Mas não foi tão grave, então acho que 1 hora de detenção basta.

— Desculpe, sr. Damocles. — eu disse um tanto envergonhada.

— Me desculpe também, sr. Damocles. — disse Tomate triste.

— Vocês têm que pedir desculpas não pra mim, mas para professora. — o diretor disse.

Ouvimos um estrondo, como se algo bem pesado tivesse caído.

— P-podem voltar para sala. — ele continuou se levantando e saindo com a gente.

Tinha uma mulher estranha no pátio, cabelo roxo, roupa preta com detalhes em verde. Pareciam pingos verdes na verdade. Ela tinha uma arma estranha que atirava um líquido que tinha efeito cataclísmico. Provavelmente ácido sulfúrico.

— Mily, é uma boa hora pra se transformar. — disse Tikki assustada.

— Mas eu posso morrer! — eu disse com medo.

Tomate colocou as mãos nos meus ombros.

— Eu sei que você consegue. — ele disse sorrindo — Vai lá, LadyBug!

Respirei fundo umas 3 vezes.

— Okay, me deseje sorte. — eu disse sorrindo e saí correndo pra transformar.

— Você já tem! — pude ouvir ele gritar.

Corri para o armário do zelador.

— Está pronta? — Tikki perguntou com um sorriso encorajador.

— Estou. — eu disse sorrindo — Tikki, transformar!

POV Adrien — na sala de aula.

— A professora não tá demorando? — Nino pergunta.

— Sim, e isso é estranho. — eu disse pensando 1001 coisas.

Chloé se levantou.

— Essa espera tá cansado minha beleza, vou procurar a professora. Vem, Sabrina. — ela diz com a mão na cintura e sai.

Sabrina saiu correndo atrás da Chloé.

Da janela eu pude ver uma pessoa acabando com a escola. Acho que ela joga ácido. Em seguida eu vi alguém tentando impedir a pessoa.

Ela parece a LadyBug. Mas... Como?! Ela morreu!

Eu precisava transformar, precisava ver quem é essa garota.

— Eu... Já volto. — eu disse para o Nino e saí da sala em direção ao banheiro.

Entrei e ao ver que estava sozinho puxei a jaqueta para o Plagg sair.

— Quem é aquela garota? É a LadyBug? — ele perguntou.

— Não Plagg, não é ela. LadyBug morreu. Vou descobrir quem ela é. — eu disse meio nervoso — Plagg, mostrar as garras!

Saí correndo pra ajudar a "Lady Falsa".

— Quem é você? — pergunto me desviando de um jato de ácido.

— LadyBug. — ela responde fazendo uma espécie de escudo com o yo-yô.

— Não! Você não é a LadyBug! — digo perdendo a cabeça. Me aproximei dela e a olhei nos olhos — Quem. É. Você? — perguntei pausando entre as palavras e segurando seu pulso.

— Cuidado! — ela grita me empurrando, fazendo ela cair em cima de mim.

Nos levantamos rapidamente um tanto constrangidos.

— Não sou a "sua" LadyBug, mas o mestre Fu me escolheu. — ela diz fazendo aspas com os dedos.

— Depois conversamos. — eu disse sem paciência — O akuma está no desenho no bolso dela, chame seu talismã.

— Okay. — ela diz meio triste — Talismã! Goma de mascar, legal. O que eu faço com isso?

— Pensa. — eu disse enquanto usava meu bastão como escudo.

— Já sei! Cat Noir, distrai ela. — ela disse indo por trás da "Ácida",  ou sei lá como ela se chama.

Continuei lutando com ela. "Lady Falsa" colocou a goma mascada na mão que ela aperta o gatilho da arma. Funcionou bem, ela ficou presa e não podia atirar. Então a Lady Falsa pegou o desenho na bolso da Ácida e rasgou, fazendo o akuma sair.

Ela capturou o akuma, sem dizer nada. Depois jogou o talismã pra cima dizendo "Miraculous, LadyBug!" e tudo voltou ao normal. Flashbacks inundaram minha mente.

— Acho que tudo está bem agora. — ela disse com um pequeno sorriso.

A olhei de cima a baixo. Ela era loira de olhos castanhos, o oposto de my Lady.

— Você não é a LadyBug. — eu disse é saí do colégio. Eu precisava falar com... Alguém.

POV Mily — na sala de aula

Depois de pensar um pouco e ser bombardeada com perguntas de jornalistas voltei pra sala.

Me sentei e debrucei na mesa, de forma que eu cobrisse meu rosto com os braços.

— E aí?! Como foi?! — perguntou Tomate animado.

— Nada bem. — eu disse virando a cabeça para o lado dele é consequentemente mostrando metade do meu rosto.

— O que aconteceu? — ele perguntou preocupado.

— Cat Noir não me aceita como LadyBug. Eu não deveria ter aceitado esse miraculous. — eu disse escondendo o rosto novamente.

— Ei... Se imagine no lugar dele. A pessoa que você mais amava morre, aí chega outra totalmente do além — ri — e fala que é essa pessoa. — ele diz com uma de suas mãos em minhas costas — Dê um tempo pra ele se acostumar.

Levantei a cabeça e assenti, depois fiquei olhando a professora chegar.

POV Adrien 

— Olá, Cat Noir. — disse mestre Fu sorridente — O que te trás até aqui?

— Preciso fazer umas perguntas sobre a LadyBug. — eu disse me sentando no tapete assim como ele.

— Tudo bem, o que quer saber? — ele pergunta ainda sorrindo.

— É você que escolhe quem vai portar os miraculous, certo? — ele assentiu — Okay. Por que mandou outra LadyBug? Por que agora?! Eu ainda sinto falta dela. — eu digo triste.

— Escute filho, Hawk Moth não vai parar depois da morte dela. Pelo contrário, vai vir com força total e você precisa de ajuda — abro a boca pra falar, mas sou interrompido — você sabe que precisa de ajuda. Ela é a sua parceira agora é você deve ensina-la a ser a LadyBug.

Abaixei a cabeça e a balancei negativamente.

Ela não é a LadyBug, ela nunca vai ser, não consigo aceitar isso.