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História Eu sou indestrutível! - A simplicidade só está no prato


Escrita por: RobertaDragneel

Notas do Autor


Primeira vez que faço uma fanfic com esse tema.
Não sabia muito bem como começar mas melhorarei no desenrolar da história.
Só haverá dois ou três personagens diferentes na história, não quero ser tão radical.
Ao decorrer dos capítulos, a personagem principal vai relevar um pouco sobre o seu passado.

Capítulo 1 - A simplicidade só está no prato


Fanfic / Fanfiction Eu sou indestrutível! - A simplicidade só está no prato

A garota olhava ao redor daquele colégio que a amedrontava. A Academia Tootsuki é enorme, alunos para todos os lados e um intenso cheiro de tempero emanava do local. Quem era ela? Akemi Nagoya, uma estudante transferida para a academia. Garota simples, longos cabelos negros que chegavam a sua coxa, olhos azuis e expressivos. Seu corpo possuía belas curvas, cintura fina e seios fartos.

Ela não veio sozinha pois sua amiga, Shiro Nagoya, estava junto. Shiro era baixinha, olhos azuis e longos cabelos rosadas. As duas eram amigas de infância, foram adotadas pela mesma família. Sempre foram unidas e nada podia mudar isso.

Os alunos entram em suas salas no momento em que o sinal toca, as duas garotas correm para a sala. Nervosa e tremendo, Akemi se apresenta para a sua nova turma. Shiro fala mais confiante, esperava ser reconhecida por todos naquele local. A aula começa, elas se sentam um ao lado da outra e começam a cochichar.

— Como será que a Erina-sama é pessoalmente? — Akemi fala animada, sempre admirou a grande cozinheira Nakiri Erina. Ela foi a sua inspiração desde criança.

— Deve ser alguém muito gentil. — Shiro diz sorrindo para a amiga.

— Você acha que ela vai aceitar o meu prato? — comenta com medo.

— Claro que vai e, depois disso, ela vai te aceitar como aprendiz. — diz Shiro dando tapinhas no ombro da garota.

Ambas sorriem animadas com as surpresas que a Tootsuki aguardava. Ao final do dia letivo, as duas saem correndo para seus dormitórios, uma longa madrugada de treino as aguardava. Akemi mal dormia de ansiedade para poder mostrar o novo prato para sua inspiração, Erina.

O novo dia chega, Shiro bocejava alto enquanto se dirigia novamente para a aula. Ela olhava alguns cartazes no corredor.

— Já ouviu falar desse tal de Yukihira Souma? Ele está sendo bem falado nesse local, você poderia aprender com ele também.

— Sim, farei isso depois que falar com a Erina-sama! — Akemi diz animada.

Depois de longas aulas exaustivas, Akemi volta sozinha para o dormitório para preparar o seu prato. Após termina-lo, Akemi guarda a comida dentro de um simples recipiente de obentou. Ela corre pela academia em busca de sua ídolo e, com muito tempo de procura, finalmente a garota consegue se encontrar com Erina que estava conversando com sua assistente.

— E-Erina-sama! — Akemi fala ofegante segurando firme o obentou.

— Sim?

A loira se vira para ela, um olhar confuso em seu rosto.

— O que quer com a Erina-sama? — fala a assistente dela, Arato Hisako.

— D-Desculpa te incomodar... — diz levemente corada de timidez — Sou Akemi Nagoya, sempre te admirei desde pequena. A sua forma de cozinhar é perfeita, me inspirei nela e desejaria que você provasse o meu prato. — faz uma reverência, abaixando a cabeça e depois abre o recipiente. Havia um temakizushi simples.

Erina estava surpresa mas não foi pelas palavras dela, e sim pelo prato simples que a mesma fez.

— Temakizushi? Um simples sushi enrolado à mão? — Hisako fala ironicamente e logo fica séria — Como se atreve a oferecer isso para a Erina-sama?

— Mas é um prato muito complexo... — fala Akemi um pouco desanimada.

— Desculpa mas não posso aceitar isso. — Erina diz séria.

— Por que...?

— Meu paladar dos deuses não será usado para uma comida simples como essa. Aqui na Tootsuki apenas fazemos pratos complexos e você me oferece um sushi artesanal? — Erina se aproximava de Akemi, essa só recuava assustada. — Não faça pouco caso de mim!

— Eu... eu...

— É, está desrespeitando a Erina-sama. Não é digna de se aproximar dela. — Hisako fala friamente.

— Eu... Fiz com carinho... — Akemi estava surpresa com tudo aquilo que estava acontecendo.

— Mude essa culinária medíocre ou você não merece estar na Tootsuki. — Erina encara a garota de forma intimidadora, seu olhar era frio e autoritário.

— Ao menos prove, você pode mudar de ideia...

Ainda havia esperança em Akemi de que sua ídolo experimentasse o sushi. Ela estica o prato para a loira que bate na mão dela, fazendo com que o recipiente caísse ao lado das duas.

— Não aproxime esse lixo de mim! — Erina praticamente grita para a outra, se vira e volta a andar — Vamos, Hisako.

— Vamos! — Hisako diz gentilmente.

— Por favor, me aceite como aprendiz então! — Akemi se humilha naquela situação, fazendo uma reverência.

— Não quero e nem preciso de nenhuma aprendiz. Se quer alcançar o topo, precisa fazer isso sozinha.

Dito isso, voltava a andar com a cabeça erguida.

— Se ponha em seu lugar! — Hisako olha de canto para a morena, depois seguindo a sua “chefe”.

Akemi caía de joelhos, olhando para o chão e pegando o recipiente. O sushi estava todo amassado e espalhado pelo chão, como seus sonhos. Ela apenas pega suas coisas, voltando para o dormitório de cabeça baixa. A pessoa que mais admirou na vida a tratou como lixo?

O que eu fiz de errado? Não sou digna de estar ao lado dela?

Shiro, ao ver a amiga entrar no quarto, corre para saber das boas notícias mas é surpreendida com lágrimas nos olhos da sua companheira. Akemi estava acabada tanto por fora quanto por dentro. Sentia-se um lixo e a única coisa que pode fazer foi abraçar a sua única amiga. Aquela que sempre esteve ao seu lado.

— Ela... me humilhou...

— Hein? A Erina? Impossível! — Shiro estava incrédula com a situação.

— Ela jogou a minha criação fora, só porque era simples, e ainda falou coisas... — a voz de Akemi estava trêmula — ... que me machucaram.

A noite foi longa para as aulas, Akemi contou tudo o que aconteceu naquele dia e Shiro apenas ouvia atenta, assustada com a reação de Erina. A rosada abraça forte a sua amiga, afagando os longos cabelos dela e sorri.

— Não acredite em uma só palavra que disseram, você é incrível e eu sei disso. Acredite em mim, Akemi-chan.

— O-Obrigada... — Akemi olha para Shiro abrindo um leve sorriso, não podia ficar para sempre triste.

Na verdade, não deveria estar triste. Desde pequena, Akemi se dedicou à culinária e aprendeu várias técnicas de cozinha dos melhores chefes do mundo. Passou noites sem dormir para decorar combinação de ingredientes, leu muito sobre a história de cada país. Ela expandiu os seus conhecimentos para se tornar uma grande cozinheira no futuro. Porém, foi humilhada. Será que isso iria abalar a garota?

Por que as pessoas humilham as outras? Para esconder suas próprias falhas? Nos inspiramos em alguém, tomamos suas ações como certas e no final acabamos nos magoamos. Esperamos demais de pessoas que mal conhecemos.

Decepções fazem parte da vida, o que nos resta é seguir em frente. Como iremos seguir é o que determinará o nosso destino. Qual escolha tomar?

Akemi foi humilhada pela sua ídolo, sempre admirou seus pratos e seu estilo, Erina era tudo para ela. E agora essa utopia foi desfeita, não havia humildade naquela garota. Qual escolha tomar então?

Nesse momento, a garota tomou uma decisão. Não seria humilhada novamente, iria dar a volta por cima e mostrar a todos qual o seu valor. Não iria abaixar a cabeça por ninguém, pelo contrário, as pessoas que teriam que abaixar a cabeça para ela, chegou o momento de provar pra que Akemi Nagoya veio para a Tootsuki.

No outro dia, Akemi vestiu o uniforme com um semblante diferente do normal. Estava séria e determinada. Saiu cedo do dormitório, adiantando os seus passos para procurar a assistente de Erina, Hisako. Infelizmente, não achou a garota.

Havia uma intensa determinação no olhar de Akemi, ela estava decidida a fazer algo que mudaria o rumo da sua vida. Seu destino era sempre abaixar a cabeça para todos os problemas, aceitar as coisas como elas eram. Uma garota tão frágil.

A confiança de Hisaki, pelo contrário da outra, era firmada em sólidas bases. Sempre fez o melhor para agradar a sua querida Erina e não media esforços para humilhar os outros, se fosse preciso. As duas eram diferentes até no dia passado. Algo havia mudado em Akemi mas o que seria?

Finalmente, ela achou a assistente de Erina em um jardim ali perto. Cultivava ervas medicinais, provavelmente para testar em mais uma fabulosa receita. Akemi ficava frente a frente com Hisako, essa por sinal apresentava um semblante confuso. O olhar da morena era totalmente diferente da tarde passada. Havia raiva e ódio nele.

— O que você quer? — Hisako fala séria.

— Quero que me encontre no pátio da escola, em meia hora.

— Você não desiste mesmo, hein. Não quero me rebaixar ao seu nível.

— Se você se acha realmente digna de ter esse complexo de superioridade, me encontre no pátio.

Dito isso, Akemi sai do local sem nem mesmo olhar para trás.

O que será que ela quer? Um showzinho de como se faz sushi?, pensava Hisako, logo voltando ao seu trabalho. Mas eu preciso derrotá-la. Só assim ela vai deixar a Erina-sama em paz.

O pátio estava cheio, era um momento de encontro dos estudantes para discutir sobre a culinária. Akemi ajeitava as longas mechas de seu cabelo, elas caíam perfeitamente sobre seus ombros. Um longo cabelo que trazia lembranças fortes do seu passado.

A rosada comia um cupcake sorrindo de forma boba, amava doces e, por isso, fazia questão de experimentar todos os tipos de doces possíveis. Era sempre muito agitada quando ingeria altas quantidades de açúcar.

— Ela não vem, Akemi-chan...

— Eu atingi seu ego. Ela virá defendê-lo.

— Acha que será muito humilhante? Por que não pega leve?

— Irei pegar leve pois ela não tem culpa de ser contaminada com aquela loira maldita...

Antes mesmo da conversa continuar, Hisako chega calmamente usando outra roupa então provavelmente tomou um banho depois da jardinagem. Os olhos dela estavam fixos na morena.

— Pronto, estou aqui. — diz frente à frente com Akemi.

— Quero te desafiar...

— Me desafiar? — ela comenta em um tom de sarcasmo. — Quer perder em público?

Shiro ria baixo diante da cena.

Akemi sobe em cima da mesa, segurava um prato e batia nele com certa força. O som chamava a atenção de todos que olham para a garota. Ela abaixa o prato e abria um sorriso de canto, o seu plano estava dando certo.

— Eu, Akemi Nagoya, desafio Arato Hisako para um shokugeki!

O grito da novada deixam todos ali presentes pois não era comum Hisako fazer shokugekis, sempre estava ocupada agradando Erina. A assistente da loira também estava surpresa mas, logo, dá uma risada.

— Eu me recuso a um desafio tão tolo, só irá te humilhar mais!

— Está com medo? Medo de perceber que é fraca e que mal sabe cozinhar? — Akemi fala provocativa, o que deixa Hisako extremamente irritada — Não devia ter medo já que você cozinha tão bem.

— Ora, sua...

— Quero ver até onde as suas ervas de chá irão te levar... — dito isso, a morena pula da mesa indo até o chão, colocando ambas as mãos nos bolsos da jaqueta — Aceita o desafio?

Hisako apertava firma os punhos, contendo a raiva daquela provocação.

— Claro! Você vai receber a primeira derrotar de tantas que virão em seu caminho, Akemi Nagoya!

Em seguida, a jovem optava por sair do local antes de continuar com um diálogo em público.

— Woah! Gostei de ver, Akemi- chan! — Shiro dava pulinhos alegre com a atitude autoritária da amiga – As coisas vão mudar à partir de hoje, né?

— Sim, farei toda a Academia Tootsuki entender o real sentido da culinária e depois, irei te esmagar, Nakiri Erina. — Akemi fala apertando forte o punho e sorrindo de forma fria.

 

Será que é possível provar a todos qual o seu valor? As pessoas orgulhosas um dia vão pagar por cada palavra ou ação dita. A auto estima de alguém nunca deve ser abalada e foi nesse dia que um plano de vingança começou. Não uma vingança de filmes, envolvendo sangue e tortura, mas sim provar para si mesmo o seu verdadeiro potencial.

Por que escondemos dos outros as nossas melhores qualidades? Acho que é para deixa-los com o ar de superioridade. Alguns pessoas gostam de agradar as outras, mesmo que tenham que sentir-se inferiores, para estar bem consigo mesmo. Mas há um limite para isso? Até onde podemos nos humilhar?

Akemi aprendeu da pior forma que nem sempre as pessoas são como aparentam ser. Todos usamos máscaras, firmes e bem produzidas, para que ninguém descubra quem realmente somos. Contudo, um dia essa máscara irá cair e vai ser nesse dia que todos irão te odiar.

Erina é uma garota de boa família, tem talento para cozinha e é determinada, porém seu orgulho imenso a torna fraca de caráter. Foi isso que fez a morena ter um sentimento tão repulsivo pela sua grande inspiração. A beleza interior é formada por valores, por isso é a mais perfeita de todas porque nunca falha.

Agora só há duas opções: Akemi ensinar Erina a ser humilde ou ela destruir a loira.

Mas e se herdeira da família Nakiri resolver humilhar novamente a garota? Isso não vai funcionar e sabe o porquê?

Porque Akemi percebeu que é indestrutível.


Notas Finais


A fanfic terá no máximo 10 capítulos mas farei o possível para aproveitar cada um deles.
Fazendo bom uso do português e aperfeiçoando as minhas técnicas de escrita.
Tenham uma boa leitura!


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