História Eu te amarei até o fim - O motivo por trás da vingança

Sasuke Pov's On

Olhei para a Sakura e ela me fitava com compaixão, tudo o que eu não queria era que me olhasse dessa forma, por isso, desviei de seu olhar e vi que o vídeo havia parado. Quando olhei na televisão pude ver ele colocando outro vídeo. Dessa vez eu não contive a lágrima involuntária que saiu dos meus olhos ao assistir tal cena.

A mulher mais ordinária e vadia que eu já conheci em toda a minha vida. Seus longos cabelos rosa e os olhos mais verde que já vi, estava trajada em um vestido vermelho extremamente decotado. Madara a beijava com fervor e a levava para o seu quarto.

Minha respiração estava descompassada e eu não sabia se eu queria terminar de ver o restante do vídeo, ou simplesmente tentar ignorá-lo.

- Vamos acabar com eles... - Madara dizia, enquanto descia beijos pelo seu pescoço.

- Sim, vamos acabar com todos os Uchihas... Deixá-los na pobreza... - a traidora dizia sorrindo maleficamente.

- Tudo o que você quiser, minha pequena rosada. - ele a empurrou na cama.

- O otário está caindo de amores por mim... - ela dava uma alta gargalhada. - Ele pensa que eu o amo, pobre Sasuke...

Eu dei um grito de raiva, meu irmão e a Sakura me fitavam e não sabiam o que dizer. Naquele momento não consegui me fazer de forte, pois a ordinária me fez de otário o tempo todo em que esteve comigo. E eu idiota, cai em sua armadilha.

- E o outro, Itachi? - Madara perguntava, enquanto tirava o vestido de seu corpo.

- Ele me ama também, mas sabe... Eu não queria magoá-lo... - Madara puxou os cabelos dela e passou a enforcá-la.

- Não ouse em me trair, apenas porque está se apaixonando por ele. O único por quem você deve ser leal é a mim. Entendeu? - ela sorria para ele.

- Não se preocupe meu amado Uchiha. Sou sua, somente sua! - ela puxou a sua nuca e o beijou.

Logo ela gemia altamente para ele, e eu assistia aquela cena horrorizado e estático demais para dizer qualquer coisa.

- Vamos Sasuke olhe, veja... O quanto eu a satisfazia... - Madara me dizia, andando em minha direção.

- DEIXEI-O EM PAZ... - Itachi o cortou nervoso, nada típico dele, mas não me importei. Estava atônito demais para pronunciar qualquer coisa.

- S-Sasuke... N-Não ligue para esse vídeo. - Sakura tentava conversar comigo, porém, eu nada lhe respondi.

- Veja minha flor de cerejeira, o quão traidora sua irmã foi. - ele agora estava atrás da cadeira, onde a Sakura estava e sussurrava as palavras em sua orelha.

Sakura se virou furiosa e cuspiu na sua cara, sua expressão de raiva era evidente.

- Eu tenho nojo de você. Seu infeliz! - me surpreendi com a sua atitude e temi pelo que Madara poderia fazer a ela por isso.

- Bom... - ele levou a mão ao bolso e de lá retirou um lenço, logo estava limpando a sua face. - Vejo que terei de parar de ser bonzinho. - Obito desligou a televisão e agradeci mentalmente por aquilo.

- Temos que transferir logo a quantia Madara. - Obito lhe disse, indo até o notebook digitando algo na tela.

- E iremos. - ele segurou fortemente o braço da Sakura e a levantou da cadeira. Deixou-a parada a sua frente e lhe deferiu uma bofetada na face. Pela força ela caiu no chão e a marca dos dedos ficou marcada na sua pele.

- DESGRAÇADO! - gritei com ele, que caminhou em minha direção e passou a fitar bem no fundo dos meus olhos.

- Escuta aqui moleque! Eu não estou aqui para brincadeiras, portanto, passem todo o dinheiro para a minha conta agora.

- Como quer que eu passe se estou amarrado. - disse no mesmo tom de voz que ele.

- Justificável. - senti um soco no meu estômago, tentei me encolher, mas as cordas me impediam de tal movimento.

- SASUKE! - a Sakura me gritava. - PARE! Não o machuque.

Madara foi atrás de mim e cortou a corda com uma faca. Cai com tudo no chão, fraco pelo golpe que recebi. Senti me erguerem do chão com brutalidade e me jogarem em uma cadeira de frente para o computador.

Apesar das palavras do Itachi de não querer passar nada para a conta deles, em nenhum momento ele se pronunciou.

- Passe tudo para eles Sasuke. - Itachi me disse, fazendo-me arquear as sobrancelhas confuso. Apenas assenti com a cabeça e passei a digitar os números das contas que se encontravam o dinheiro e iniciei a transferência para uma conta na Suiça do Madara.

Enquanto a transferência era concluída Madara me levantou da cadeira e me jogou ao lado da Sakura. Abracei-a fortemente, tentando protegê-la daqueles crápulas. Ela derramava as suas lágrimas no meu ombro e chorava baixinho se encolhendo nos meus braços.

- Oh! Mas que cena mais comovente, não é mesmo? - Sasori disse se abaixando na nossa frente. - O casalzinho está aproveitando bastante?

- Deixem que aproveitem, não terão muito tempo para fazer isso, portanto, aproveitem. - Obito o respondeu dando um sorriso perverso.

Eu os encarei com fúria no olhar e a apertei mais fortemente próximo a mim, pois ela não merece estar envolvida nisso. Olhei na mesa e a transferência já estava em sessenta por cento.

- Sabe sobrinhos... Tem algo que lhe preciso contar, já que vocês não vão sobreviver para contar história, deixe-me contar a minha, pois o vídeo que lhes mostrei foi apenas uma manipulação.

- Manipulação? Do que está falando? - Itachi o questionou.

- Sim, eu usei a Sayuri a todo momento. Eu a manipulei, apenas para a minha vingança contra o meu irmão, o pai de vocês.

- Vingança? Porque queria se vingar dele? - o questionei com o ódio me consumindo.

- Bem, seu pai por ser o mais novo sempre foi um menino muito mimado. Depois do seu nascimento nossos pais só se importavam com ele, eu já não existia mais dentro daquela casa. Para o meu pai eu era sempre o irresponsável, que nunca assumia as suas responsabilidades com a empresa e tudo mais, mas a questão era que o meu pai nunca me tratou como sendo o seu filho e isso me irritava, sabe? - ele se sentou em cima da mesa. - Eu trabalhava na empresa ao lado do meu pai e o meu irmão Fugaku. Certo dia nosso pai nos deu uma tarefa, aquele que se saísse melhor seria o novo presidente da empresa, pois ele já queria se aposentar. Claro que quem ganhou foi o Fugaku. Eu fiquei com a vice-presidência da empresa.

"Mas como se não bastasse me roubar um cargo que por direito deveria se meu, seu pai teve a audácia de roubar a mulher da minha vida. Eu e a Mikoto tivemos um longo relacionamento, sempre nos víamos nos fins de semana. Mas, sabe... Eu não me importei muito quando ele me roubou o cargo da empresa, mas se apaixonar pela minha namorada me deixou irado.

"Eu a levei para que meus pais a conhecessem, mas Fugaku egoísta como é, cresceu os seus olhos nela e a roubou de mim. Eu flagrei os dois juntos. Após isso fui embora de casa apenas com a roupa do corpo. Passei longos anos fora. Quando retornei para cá, soube da morte dos meus pais e também que Fugaku e Mikoto haviam se casado e já tinham dois filhos. Jurei vingança contra eles, e a cumpri. Na verdade minha vingança se concretiza hoje com a morte de vocês."

Eu estava estático demais para pronunciar qualquer coisa. Foi quando eu vi o Obito dando play novamente na televisão e aparecer um vídeo da minha casa, mas precisamente da biblioteca. Nela minha mãe entrava segurando uma taça de champanhe, logo o Madara aparecia por trás dela.

- Madara! O que faz aqui? - ela o questionou confusa, senti os meus olhos marejarem. Olhei para o Itachi e ele se encontrava da mesma forma que eu, confuso.

- Há quanto tempo Mikoto. - ele dizia se aproximando dela, enquanto a mesma dava passos para trás.

- Melhor eu voltar para o salão. - ela tentou sair do local, porém, ele segurou o seu braço impedindo-a de sair dali.

- Temos que conversar.

- Não temos nada para conversar. Nossa história já acabou a muito tempo, não há mais nada a ser dito.

- Sim, há sim. Ainda podemos ser um casal feliz. Basta você me aceitar. - ele tentava persuadi-la.

- Vejo que continua louco. Não vê que não podemos ficar juntos, você insiste sempre nisso. Insisti em dizer que eu o traí, sendo que terminamos bem antes de eu iniciar o meu romance com o Fugaku. Eu não o amo mais Madara. Aceite a minha decisão.

- NÃO! Eu jamais aceitarei isso. - ele gritou, assustando-a.

- Nós nunca daríamos certo Madara. Eu sei que é triste você ouvir isso, mas o Fugaku é o homem da minha vida...

- Sempre ele... Porque ele é melhor do que eu... Porque? - ele questionava mais a si mesmo, passando as mãos pelo cabelo nervoso.

- Olha melhor eu ir. - ela caminhou até a porta, mas antes de sair Madara foi mais rápido e ficou na sua frente impedindo-a de abrir a porta.

- Se você não vai ficar comigo... Com ele também não vai ficar... - logo o Madara a empurrou. Com a força que ele usou ela caiu no chão e a taça que ela segurava na mão se quebrou com o contanto do piso. Minha mãe grunhiu de dor e tentou se levantar, porém, Madara estava por cima dela pressionando o seu corpo contra o chão. - Eu te amo Mikoto, sempre te amei e sempre vou te amar.

Minha mãe nada dizia apenas chorava, assim como eu naquele momento que estava atônito demais, observando o verdadeiro assassino de minha mãe a matando cruelmente.

Madara a beijou, mas ela não o correspondia. Ainda beijando-a, ele levou a mão direita para o seu casaco e de lá retirou uma adaga, a mesma arma que foi encontrada no cofre do meu pai. Sem piedade ele a cravou no peito de minha mãe.

Logo eu estava de pé observando a cena sem me dar conta que eu já não estava com a Sakura nos meus braços.

Olhei para o meu lado esquerdo e o Madara me observava de braços cruzados sorrindo perverso. Logo ele desviou os seus olhos para a Sakura que estava encolhida no chão, mas para ela ele a fitou com malícia.

Não segurei a minha fúria e partir para cima dele, lhe deferindo muitos socos na face. Ele começou a revidar, jogou-me por cima da cadeira fazendo-a se quebrar abaixo de mim. Os outros não se intrometeram na luta.

- DESGRAÇADO! VOCÊ MATOU A MINHA MÃE. - gritei com ele me levantando rapidamente e partindo para cima dele novamente. O mesmo tentou me dar um chute, mas desviei e subi em cima da mesa e por trás dele agarrei no seu pescoço, lhe dando um braço de ferro.

- SAKURA! CORRE VEM PARA TRÁS DE MIM! - Itachi comandou e rapidamente ela se encontrava atrás dele. Obito e Sasori tentavam chegar até ela, mas Itachi os deferia chutes, enquanto a Sakura rapidamente pegou a faca que o Madara utilizou para me solta e cortava as cordas que prendiam o meu irmão.

Observei o notebook ao meu lado e já estava em noventa e cinco por cento. Como eu estava sobre a mesa, comecei a pisar no notebook quebrando-o, dando como falha a transferência.

Madara se livrou dos meus braços e agarrou os meus ombros e me jogou no chão. Grunhi com a dor nas costas ao ser jogado. Me levantei rapidamente, apesar da dor. Me coloquei ao lado do Itachi e juntos passamos a lutar.

Madara venho em minha direção, porém, Itachi colocou-se em minha frente acertando-lhe um soco na face, derrubando-o no chão próximo a mesa. Sasori se aproveitou da minha distração e puxou os cabelos da Sakura, tentando levá-la para fora dali, mas eu não permitiria que ele fizesse isso. Agarrei o seu pulso e torci a sua mão, fazendo ele soltar os cabelos da Sakura. Segurei sua cabeça e dei uma joelhada no seu nariz, onde ele deu um grito. Pela sua face o sangue descia.

O ruivo me fitou com ódio e se levantou rapidamente caminhando em minha direção, fechando as mãos em punho.

- Vou acabar com você. - ele me afirmou. Olhei ao meu redor e Itachi brigava feio com o Madara, enquanto o Obito derramava sobre o chão um líquido marrom. Sakura estava segurando uma madeira nas mãos pronta para acertar a cabeça do ruivo idiota.

- Porque não tenta. - respondi a ele, provocando-o.

Quando ele deu mais um passo Sakura golpeou-o na cabeça, fazendo-o desmaiar no chão. Ela soltou a madeira de suas mãos e vi que ela estava trêmula, corri até a mesma e a abracei forte.

- Vai ficar tudo bem... - sussurrei em seu pescoço. - Vai dar tudo certo. - Logo senti ela correspondendo ao meu abraço.

- Estou com medo. - ela me afirmou.

- Eu sei... Vem, vou te tirar desse lugar. - segurei a sua mão e vi que o Itachi ainda lutava contra o Madara.

- Já joguei em todos os cômodos, Madara! - Obito o respondeu.

- Ótimo. Jogue uma para mim. - ele lhe respondeu, quando desviou de um golpe do meu irmão.

Obito jogou-lhe uma máscara de ar e colocou outra em sua face.

- Pegue o Sasori. - Madara disse.

Puxei a Sakura rapidamente e saímos correndo pelos corredores daquele lugar. Alguma coisa eles fariam, já que estavam usando máscaras. Itachi logo estava atrás de nós.

- Temos que sair rápido daqui. - Itachi nos disse ofegante, com um corte acima da sobrancelha. - Esse lugar parece um labirinto...

- Não pensem que fugirão tão rápido assim. - Madara disse atrás de nós, segurando um controle que continha alguns botões na mão. Obito apoiava Sasori sobre si, tentando mantê-lo em pé. - Adeus, sobrinhos! - ao dizer isso apertou um botão vermelho no controle. Os corredores foram tomados por uma nuvem branca de fumaça.

- Não inale a fumaça. - Itachi respondeu, nos puxando pela mão. - Rápido, temos que sair daqui.

- E-Eu não... C-Consigo... R-Respirar. - Sakura sussurrou e num movimento de desespero colei os meus lábios aos dela e passei-lhe oxigênio.

Nossos passos estavam mais lento e minha visão começava a ficar embaçada. Forcei ao máximo para me manter em pé, contudo, a fumaça continha alguma substância que me despertava um profundo sono.

- Sasuke! - ouvi a Sakura gritar e sendo puxada das minhas mãos.

- Sakura. - meu irmão estava ajoelhado no chão, respirando com dificuldade. Madara a estava levando para longe de mim... Novamente.

- S-Sakura. - sussurrei quando já estava de bruços no chão.

Obito sorria sádico para nós e em sua mão ele ascendia um isqueiro, no qual, ele jogou no chão, aonde agora que percebi o cheiro do líquido marrom que ele despejava sobre o piso era gasolina.

- Sasuke! NÃO! - a Sakura gritava por mim, mas era tarde, pois falhei em protegê-la, errei de todas as formas possíveis com ela.

Me desculpe... Sakura... - foi o que eu pensei, enquanto caía em um profundo sono, tendo como visão o fogo consumindo tudo ao meu redor.

Sasuke Pov's Off

Continua...