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História Eu Te Amo, Nunca Duvides Disso. - Passos


Escrita por: P0licarp0

Capítulo 25 - Passos


     P.O.V Amanda’s

     Eu já havia dado minhas aulas de manhã assim como Virgilia que me contava toda animada como foi dar aula para o terceiro ano B do fundamental.

     - Tu tinhas que ver, Amanda – Ela mal comia o tudo de comida que tinha em seu prato – Madison não tem o hábito de fazer som vocal, ela tava fazendo MUUUUU, Amanda, MU.

     Eu sorria e ria em ver animação de Virgilia, seus olhos brilhavam e eu ficava feliz com sua felicidade.

     - Se eu puder envelhecer dando aula aqui, não será nenhum sacrifício – Ela afirmava colocando uma garfada na boca.

     - Por mim tu não vais ser demitida nunca.

     - Essa é uma das melhores partes de se namorar a diretora de uma escola.

     - Idiota – Ri de seu comentário e terminei de comer.

     - Ai, agora tem a físio – Ela reclamava.

     - Não sei por quê tu reclamas – Argumentei.

     - Ah, porque é chato.

     - Mas é necessário, Virgilia – Eu já estava um pouco exaltada e falava mais rude do que deveria.

     - Eu sei que é, mas não deixa de ser chato.

     - Tanta gente que gostaria de ir pra uma sessão de fisioterapia e não pode, tu tens essa oportunidade pra ter tua autonomia de novo, pra caminhar de novo, e fica aí reclamando.

     - Hey, calma – Ela tocou minha mão e logo caí em mim – Eu sei que é idiota, me desculpa.

     - Não, me desculpa eu – Dei volta na mesa e sentei meu dorso em seu peito recebendo seu carinho no meu cabelo – Eu fui rude, desculpa, me incomoda sua reclamação de algo que te faz bem.

     - Eu vou melhorar isso, prometo – Logo ela me roubou um beijo e puxou meu prato para seu lado – olha o aviãozinho – Rimos e voltamos à comer.

 

 

     - Virgilia e Amanda, vamos passar? – A doutora Emília nos chama – Boa tarde.

     - Boa tarde – respondemos.

     - Já vi que você já está com a prótese, Virgilia.

     - Eu coloquei em casa.

     - Já andou com ela? – Íamos até o corrimão, eu empurrava a cadeira.

     - Ainda não...

     - Então vamos começar a fazer uso.

     Virgilia conseguiu se levantar sozinha, apenas com a ajuda do corrimão, e dava mais passos se segurando.

     - Eu acho bom vocês conseguirem uma bengala – Virgilia me olhou atônita e começou a rir.

     - Sério isso, Doutora?

     - Sério mesmo, Virgilia – Ela foi até um armário e pegou uma bengala de madeira, muito bonita devo dizer, e entregou para Virgilia que olhava com um pouco de aversão.

     - Temos aqui o Kid Bengala? – não segurei e Virgilia riu revirando os olhos, eu tive que tapar a boca pra não fazer um escândalo ali dentro.

     - Isso te dá um maior sustento, Virgilia – A doutora explicava – É temporário, vai te dar equilíbrio, estabilidade e uma certa confiança já que você vai ter “três pernas” pra andar – Ela faz aspas com os dedos.

     - Ela já pode tentar caminhar em casa e no serviço? – pergunto.

     - Já pode sim, mas com a bengala. Será que podemos tentar sair da minha sala de bengala?

     Ela se esforçou, conseguia ver isso dela, enrolei meus dedos nos seus e sorri com carinho.

     - Ah, eu consigo sim – Ela diz me olhando nos olhos, entendi que era por minha causa, não por causa da bengala. Ela forçava todo o peso do corpo na bengala e deu vários passos até chegar na porta, cerca de uns 20.

     - Acho que já podem ir com a cadeira fechada – A terapeuta me entregou a cadeira de rodas já dobrada e a levo numa mão enquanto que, noutra, tinha Virgília apoiada.



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