Fran: Mia? Mia? - Chamou sem abrir os olhos.
Mia: Fala, Fran. - Francielle abriu os olhos, vendo sua amiga de braços cruzados.
Fran: Eu preciso de um remédio pra dor de cabeça, tem algum aí?
Mia: Quem mandou beber todas ontem?
Fran: Entramos de férias, quero curtir, é férias. - Sorriu, mas logo sentiu uma pontada na cabeça.
Mia: Sei bem como é, o que aconteceu com o Mi e você ontem lá na festa? - Perguntou enquanto procurava qualquer remédio para dor.
Fran: O de sempre, ele quer e eu não e blá blá blá. - Se sentou.
Mia: Isso ainda vai acabar em namoro. - Mia mais que ninguém sabia o quanto Francielle corria de Miguel.
Fran: Só se for entre você e ele. - Revirou os olhos.
Mia: Já tinha esquecido da nossa viagem, tenho que arrumar minhas coisas. - Mudou totalmente de assunto.
Fran: É só daqui dois dias, da tempo de dormir muito, muito mesmo. - Foi a vez da Mia revirar os olhos.
Mia: Eu vou na casa da minha mãe, quer ir?
Fran: Não, eu vou voltar pra casa.
Mia: Você já esta em casa, Francielle. - Parou com a sua procura de remédios.
Fran: Foi isso que eu disse. - Sorriu forçado.
Mia: Toma esse remédio aqui, eu vou lá e volto mais tarde. - Entregou o remédio e o copo com água que estava do lado da cama.
Fran: Pega o meu carro? - Bebeu seu remédio e todo o resto da água. A ressaca estava forte.
Mia: A gente veio no seu carro, Fran. Não sei quem nos trouxe, mas seu carro ta aí. - Mia parecia sem paciência ou só estava de ressaca, pensou Francielle.
Fran: Me deixa, Mia. E agora que a casa é só minha... Isso quer dizer que eu vou tomar um banho bem demorado.
Mia: Eu sei que você vai virar e dormir. - Francielle assentiu. - Beijo, Fran.
Fran: Beijo, Mia.
Dito e feito. Francielle se deitou quando sua amiga saiu e apagou a luz. Não por muito tempo, o calor lhe atingiu em cheio. Levantou resmungando e foi até o banheiro, tirou o resto da roupa que lhe restava e entrou em sua banheira.
Fran: Não tem nada melhor do que ficar na banheira, ainda mais sentindo um pouquinho de prazer, acho que preciso namorar - Francielle tinha seus olhos fechados, seus dedos em movimento, cada vez mais rápido e mais rápido, mas ela não terminaria, sua campainha começou a tocar freneticamente. – Fala sério... Já vai – Gritou do banheiro mesmo, só poderia ser brincadeira. Já de roupão e com raiva, ela desce. – Quem é?
Alana: Abre logo essa porta. - Agora sim ela sabia que era uma puta brincadeira.
Fran: O que você quer? – Perguntou antes mesmo de abrir a porta. Respirou fundo, virou a chave e abriu a porta.
Alana: Eu queria te ver maninha.
Fran: Fala logo o que quer, Alana.
Alana: Eu preciso dar uma festa. - Alana tentou entrar, mas sua irmã não deu espaço.
Fran: Nem vem.
Alana: Por favor, a mãe não vai deixar eu fazer lá. - Fingiu tristeza.
Fran: Eu vou viajar e quero descansar.
Alana: Puta merda, Francielle, é só uma festa. - Esbravejou. Francielle ainda estava com sono e irritada por não ter acabado o que tinha começado e se deu por vencida.
Fran: Você vai limpar tudo sozinha, agora já pode ir embora.
Alana: Te amo, mas não posso ir embora. - Alana empurrou sua irmã de leve e entrou.
Fran: Fala sério, Alana, não fode!
Alana: Eu tenho que começar arrumar a casa pra amanhã. - Francielle bufou.
Fran: Eu vou voltar pro meu banho, fecha a porta. – Não esperou sua irmã falar mais nada e subiu. Bateu a porta com força, assim Alana já saberia que não era para subir. – Oh jesus, não tenho sossêgo na minha própria casa.
O dia não estava bom para quem não estava bem, ou melhor, para quem estava na pura ressaca e de péssimo humor, Francielle e Miguel eram prova viva.
Mila: Acorda, Miguel.
Miguel: O que você quer?
Mila: Fiquei sabendo o que você tentou fazer. - Mila batia o pé no chão, seus braços cruzados e cara de poucos amigos.
Miguel: Sabendo de que? Eu nem sai da cama ainda e você já ta falando de alguma coisa que eu nem sei o que é.
Mila: Eu tô falando de ontem, você e a Fran.
Miguel: Ah Camila, toma conta da sua vida, não é da sua conta o que eu fiz ou não, agora sai do meu quarto que eu quero dormir. - Virou a cabeça para o lado oposto de sua irmã.
Mila: Seu mala, eu vou contar pra mãe.
Miguel: Se você contar, eu conto que o Diego ta no seu quarto. - Disse sem se virar.
Mila: Cala boca, ele já foi embora.
Miguel: Mesmo assim eu conto. - Mostrou o dedo do meio e ouviu sua porta bater.
Ao contrário de Miguel e Francielle, Jullie e Mendity tinham outros motivos para terem uma conversa. Na verdade não era uma conversa, Jullie falava e Mendity aceitava, mesmo sem nenhum pingo de concordância.
Jullie: Eu não quero nem saber, eu vou viajar.
Mendity: Mas eles vão estar lá também.
Jullie: Eu não vou ficar no mesmo lugar que eles, quero ficar bem longe desse povinho.
Mendity: Quer ir, vamos, mas eu preferia ir pra outro lugar, mas tudo bem. - Mentiu, para ela não estava nada bem.
Jullie: Eu não vou deixar de ir nos lugares por causa deles. - Revirou os olhos.
Mendity: Você que sabe. - Deu os ombros.
Julie: Sei sim. - Se jogou na cama, nada poderia tirar aquela ideia da cabeça de sua amiga.
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