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História Eu Te Quero - 1 Temporada - 47.


Escrita por: AlascaVozizer

Capítulo 47 - 47.


Fanfic / Fanfiction Eu Te Quero - 1 Temporada - 47.

Ella: Aconteceu alguma coisa, Francielle?

Fran: Aconteceu sim, mãe. 

Ella: O que? Não estou sabendo de nada. 

Fran: Desde os meus doze anos eu te sinto diferente comigo. 

Ella: Você quer conversar de uma coisa que aconteceu dez atrás?

Fran: Não. Eu quero conversar de uma coisa que aconteceu alguns meses atrás. 

Ella: Francielle...

Fran: Eu não acabei de falar. - A interrompeu. 

Ella: Me deixa explicar? 

Fran: Desde os meus doze anos que venho tentando ser o que você queria. Desde os meus doze anos que eu faço tudo para te agradar. 

Ella: Para com isso, Francielle. 

Fran: Eu só queria sua atenção, mas não, a Alana sempre vinha primeiro em tudo. 

Alana: Tá com ciúmes? - Com um sorriso grande estampado no rosto, Alana se aproximou. 

Fran: Nunca foi questão de ciúmes ou não, Alana. Eu só queria ter o que você tinha com a mãe. 

Zack: Filha...

Alana: E o que eu tinha?

Fran: Você tinha a mãe do seu lado para tudo, e eu não. - Engoliu seco. - Mas eu não vim falar disso. 

Ella: Fala logo, Francielle. Para de enrolar. - Perdeu a paciência. 

Fran: Eu queria ser diferente...

Alana: Por isso beija mulheres? Que ridículo. 

Fran: Cala boca. - Alex a segura pela cintura. -  Eu queria ser diferente, mas fiquei igual a Alana. 

Alana: Eu não...

Fran: Já mandei você calar a porra da boca. 

Alana: Não vou calar. - Provocou mais ainda. 

Zack: Alana? 

Fran: Fiquei uma Alana da vida. Ela é chata, insuportável e quer tudo na mão. Entrar na faculdade e ir morar sozinha foram as melhores coisas da minha vida, lá eu conheci meus amigos. 

Ella: Onde você quer chegar com isso?

Fran: Em você! Eu sempre quis ser sua bonequinha e o que você me deseja?

Ella: Não é assim, Francielle. Vem cá. 

Fran: Faça o favor de não me tocar. É assim, sim. 

Ella: Não é não. 

Fran: É ASSIM SIM, ELLA. VOCÊ ME QUERIA MORTA, MORTA, ELLA, MORTA. - Francielle desabou por finalmente ter colocado aquele peso que sentia para fora. Ela queria e precisava. 

Ella: Nunca te quis morta, nunca. - Tentou se aproximar outra vez, mas Alex não deixou. Olhou para Zack que chorava em silêncio e Alana estava calada. 

Fran: NÃO BASTA TER ME DESPREZADO A MINHA INFÂNCIA TODA E AINDA ME QUIS MORTA? - Suas palavras eram como facadas em si própria. 

Ella: Por favor, minha filha. Me deixa explicar? 

Fran: NÃO ME CHAMA DE FILHA. - Disse com todo desprezo que um dia recebeu. 

Ella: Zack? Me ajuda. 

Zack: Para com isso, Francielle. Deixa sua mãe falar o que ela tem para falar. - Secou suas lágrimas. - Por favor, para. 

Fran: Não vou parar, EU NÃO QUERO PARAR, PAI. QUER FICAR DO LADO DELA, O PROBLEMA É SEU... 

Ella: Filha... - Foi a sua vez de começar a chorar. 

Fran: Já falei pra não me chamar de filha, não sou sua filha. Eu não sou obrigada a te escutar. - Se virou de costas para ir embora, mas Ella a puxou de volta. 

Ella: VOCÊ VAI ME OUVIR. 

Fran: Eu não quero te ouvir. - Puxou seu braço para se livrar do aperto que sua mãe dava. 

Ella: EU SOU A SUA MÃE, VOCÊ VAI ME OUVIR... ESSE SEMPRE FOI O MEU JEITO, FUI CRIADA ASSIM, SEMPRE DEI O MELHOR DE MIM PARA VOCÊS DUAS... - Olhou para suas duas filhas, que estavam chorando junto com ela. - Naquele dia no hospital eu falei sem pensar. Foi coisa de momento. 

Fran: Você me queria morta. - Se entregou ao desabamento final de seu corpo, indo de joelhos no chão. Zack quis ajudar, mas Alex se adiantou. 

Ella: Nunca te quis morta, Francielle. Pelo amor de Deus, entenda isso. 

Fran: Não, mãe? Você estava brincando de falar merda pra todo mundo ouvir?

Ella: Não, eu só queria...

Alana: Ela só queria cuidar da nossa família, coisa que você tem o dom de acabar. - Francielle riu do comentário estúpido de Alana. 

Zack: Cala boca, Alana. Se eu tiver que falar isso novamente...

Ella: Eu falei sem pensar, falei pensando só em mim e no que eu queria estar certa. - Cortou Zack antes de terminar sua ameaça. 

Fran: E o que é estar certa pra você, dona Ella? - Franziu o cenho. 

Ella: Você estava colocando o nome da nossa família na lama, eu só não queria ter uma filha...

Fran: Uma filha lésbica? Gay? Que fica e dorme com mulheres? Que não quer macho chato e escroto mandando nela? - Ninguém disse nada. - EU ESTAVA MORRENDO, ELLA, SABE O QUE ISSO?

Ella: Eu sei, mas eu não queria ninguém falando da nossa família, não queria ninguém falando de você. Foi por você... 

Fran: Não. Não era nada comigo, como sempre você só pensou em você e quer saber? Eu vou embora e não pretendo voltar. - Usou o joelho da Alex para se levantar e puxou ela em seguida. 

Ella: Não vai, por favor não vai. Vamos ter uma conversa direita? Com calma e sem essa gritaria todo? Fica? 

Fran: Eu nunca vou te perdoar. Deixa isso gravado na sua cabeça. Nunca. - Escancarou a porta e saiu. Alex deu uma última olhada para os três e também se foi. 

Ella: Fran... - Zack a segurou. 

Zack: Deixa ela ir, vai ser melhor. Ela tem que colocar a cabeça no lugar. 

Ella: Não, eu não deixo. - Se soltou de seus braços e correu até o carro ainda parado  sua porta. – Abre a porta filha, por favor. Desce o vídeo. 

Zack: Ella? - Sem pensar, Alex saiu cantando pneu. 

Ella: FRANCIELLE, VOLTA AQUI... VOLTA, FILHA. – Se deixou cair. 

Alana: Levanta, mãe. Sai desse chão e vai pra dentro de casa. 

Ella: Eu queria pedir perdão pra ela, mas não sei como sincera com aquela menina do lado. Eu queria admitir que as palavras da mãe da Alex mexeram comigo, só não consegui fazer isso. Eu quero a minha filha aqui comigo. 

Com ajuda de Zack e Alana, Ella se levantou, olhou para ver se o carro que levava sua filha tivesse parado, mas nada. Alex estava longe e tentava acalmar Francielle. 

Alex: Por tudo que é sagrado, Francielle, se acalma ou vai acabar tendo um treco. 

Fran: Minha mãe... Minha mãe. - Seu choro a impedia de formar frases. 

Alex: Por favor, Fran. Tenta se acalmar. Vou passar em qualquer lugar para pegar um suco pra você. 

Fran: Para o carro. 

Alex: Que?

Fran: Para o carro, por favor, pare. - Alex encostou o carro com urgência, Francielle desceu no mesmo segundo.

Francielle estava se sufocando com seu choro. De tanto chorar, acabou vomitando. Alex se desesperou para descer e ajudar. Francielle recebia uma pancada atrás da outra na vida. Pensou Alex assim que viu o estado da mais nova. Pediu para ela aguentar mais um pouco e correu para casa. 

Mais nenhum palavra foi ouvida da Francielle naquele dia. Tomou seu banho em silêncio, se negou a comer e foi dormir. Alex se jogou ao lado de sua mãe no sofá e lhe contou como havia sido tudo. Melissa repudiava cada palavra que Alex contava sobre Ella. No final do dia Alex se entregou ao sono do lado da Francielle, que dormia feito uma pedra, esperando demorar para amanhecer. Como se fosse possível. 

Fran: Bom dia. - Disse com a voz rouca. 

Alex: Bom dia. - Se levantou para lhe beijar e sentar ao seu lado. 

Fran: Você que preparou a mesa?

Alex: Foi eu sim, gostou? Já posso casar. - Brincou para levantar o astral da Francielle. 

Fran: Pode sim. 

Melissa: Bom dia, meninas. - Beijou o topo da cabeça das duas, se sentando ao seu lugar de sempre. 

Fran: Bom dia, Melissa. 

Alex:  Bom dia, mãe. 

Melissa: E como está o seu estômago, querida? Posso te levar no médico caso não esteja bom. 

Fran: Ja está bem melhor, sem hospitais por favor. 

Alex: Então começa a comer, senhorita. 

Fran: Já estou comendo. - Mostrou um pedaço de torrada em sua mão. 

Melissa: Acho que isso é seu. - Mostrou a chave que tinha guardado todo aquele tempo. 

Fran: Obrigada por cuidar lá de casa. 

Melissa: De nada. - Deixou a chave no meio da mesa. 

Alex: Cadê meu pai?

Melissa: Foi viajar. 

Alex: O que aconteceu?

Melissa: Conversamos e decidimos que seria melhor para os dois. - Disse com receio da reação da Alex 

Alex: Se você acha melhor, por mim tudo bem. Eu apoio qualquer escolha de vocês. - Olhou para Francielle disfarçadamente. Pegou a mão de sua mãe e apertou em busca de lhe confortar. 

[...]

Miller: Fala sério, Diego. - Revirou os olhos. 

Diego: E não é verdade?

Mila: Claro que não. As aulas nem começaram direito e você já quer férias?

Diego: Claro, a nova professora é um saco. 

Mia: Quem é um saco? - Se sentou de frente pra eles. 

Miller: A nova professora. 

Mia: Já? - Eles assentiram. - Esse papel de odiar os professores é da Francielle 

Diego: Eu estou com esse papel agora. Aquela mulher é uma bruxa misturado com demônio. 

Mila: Para de ser besta. - Assim que se sentou, ouviram a campainha. 

Miller: Eu abro. - Correu até a porta. - Mendity?

Mendity: Oi, Miller. Posso falar com a Francielle?

Miller: Não vai ser possível. 

Mendity: É coisa rápida, eu juro. 

Miller: É que ela não tá em casa. Foi viajar e não voltou. 

Mia: A gente ta lá na piscina, Miller. – Gritou indo para o fundo da casa. 

Miller: Tá.- Gritou de volta. 

Mendity: E onde eu encontro a Francielle?

Fran: Bem atrás de você. - Mendity se virou assustada com aquela voz bem perto de seu ouvido. - Pode falar o que você quer comigo. Pelo que eu saiba, não somos amigas de visitar uma a outra. 

Miller: Alex. Fran. - Cobriu a boca para não gritar de alegria. 

Alex: Oi, Miller. - O abraçou de lado. 

Fran: E aí, Miller. 

Mendity: A gente pode conversar?

Fran: Da última vez que a gente conversou, se é que aqui poderia ser chamado de conversa, eu levei um tapa. 

Mendity: Eu sei, é por isso que estou aqui. Pode ou não conversar? 

Fran: Qualquer resposta minha é não, mas pensando bem... - Acertou o rosto da Mendity em cheio. - Eu estava te devendo essa. 

Alex: Francielle! 

Mendity: Eu sabia que você ia fazer isso. Agora estamos quites. Será que pode me desculpar pelo que eu falei aquele dia? Minha cabeça estava cheia e eu não pensei antes de falar. 

Fran: Na verdade não, mas isso acaba aqui. 

Mendity: Me desculpou ou não?

Fran: Digamos que mais ou menos. 

Mendity: Você é uma idiota e mesmo assim, obrigada... Tchau. 

Miller:  Tchau, né. 

Alex: Tchau. 

Fran: Foi é tarde. Vamos entrar. - Francielle esperou Miller e Alex entrarem e fechou a porta. - Eu vou pro meu quarto, qualquer coisa me chama. - Miller correu para o Fundo enquanto Francielle e Alex corriam para cima. 

Alex: Quanto tempo eu não entro nesse quarto... 

Fran: Quanto tempo eu não te beijo? - Alex sorriu maliciosa. Fechou a porta e puxou Francielle para a cama. 

Alex: Podemos resolver isso aqui e agora... - As falas de Alex foram interrompidas por batidas na porta. Não ficaram irritadas, elas sabiam que a qualquer hora iria acontecer. Se sentaram na ponta da cama, cada uma mexendo em seu celular. 

Fran: Entra. - Mia foi a primeira que entrou, seguida de Diego, Miller e por último Mila. 

Mia: Fran. - Se jogou contra o corpo da amiga, a fazendo deitar na cama. 

Fran: Oi, gente. Já pode me soltar, Mia. - Todos riram, Francielle estava de volta. 

Mila: Me desculpa, por favor me desculpa por tudo o que eu falei. Eu estava de cabeça quente e não estava pensando como devia. 

Fran: Mila... - Francielle olhou para todos, mas só Alex fez um sinal positivo simples que Francielle entendeu. - Relaxa, já foi. 

Mila: Me desculpa mesmo. - Ao contrário de Mia, Mila deu um abraço apertado em Francielle, mas não a derrubou para trás. 

Diego: Que saudade de você, menina. Não vou deixar você ir embora novamente. E acho que falo isso por todos aqui. - Todos assentiram enquanto Diego pegava Francielle no colo, fazendo suas gracinhas. 

Miller: A casa é sua, mas fique à vontade. - Todos riram. - A parte do fique à vontade é a hora que você solta ela, Diego. E se quiser, vamos estar na piscina. 

Diego: Que mandão ele, né? - Colocou Francielle de volta ao lado da Alex, que sorriu para o rapaz. 

Mia: Verdade, vocês duas devem colocar um biquíni e irem lá com a gente. O sol está ótimo e a água melhor ainda. 

Fran: Mais tarde eu vou, primeiro eu quero matar a saudade da minha cama... Do quarto e da sala, é claro. 

Miller/Diego: Claro que sim. - Sorriram maliciosos. 

Diego: A gente espera vocês duas lá na piscina. Vamos meninas. 

Mia:  Não... Deixa pra lá. - Do mesmo jeito que entraram, eles saíram. 

Fran: Okay. Onde a gente parou? - Jogou uma parte do cabeça da Alex para trás, deixando seu pescoço exposto. 

Alex: A gente parou onde tudo começou, aqui no seu quarto e seus amigos andando pela casa. 

Fran: Verdade, mas só faltou o som alto e eu de mau humor. 

Alex: Depois daquele dia eu não consegui te esquecer, até pensei que estava ficando louca. 

Fran: Depois daquele dia eu te queria toda noite aqui comigo... Na verdade eu te quero. Eu te quero pra minha vida toda, te quero hoje, amanhã e sempre. 

Alex: Eu aprendi a gostar de você bem mais do que eu esperava. Mas não existe tempo pro amor. Eu te quero pro resto da minha vida. Eu te amo, mimadinha. 

Fran: Alex... - Tentou conter seu sorriso, mas foi impossível. - Eu também te amo. - Pulou contra o corpo de Alex para lhe encher de beijos. 

Alex: Agora podemos terminar aonde paramos aquele dia... 

Fran: Onde tudo começou e mudou as nossas vidas. E por mim, não vamos mais parar. 



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