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História Eu tenho um pequeno problema - A sunbae solta o verbo - Um epílogo


Escrita por: hollyshit-

Capítulo 39 - A sunbae solta o verbo - Um epílogo


 

 

 

Kim Hyoyeon sentou-se confortavelmente no sofá e abriu a latinha de cerveja, estava gelada, no ponto. Ali recostou-se para degustar de sua merecida folga após praticamente salvar a noite passada e agir com tanta responsabilidade pela manhã. Era necessário enfatizar que não havia apenas feito todas aquelas avaliações maçantes, como também cuidou daquelas irresponsáveis. Vale dizer que foi muito bem em ambas as atividades. Isso, maneou a cabeça em auto aprovação, havia cumprido seu papel, se perguntava o que seria daquelas doidas sem ela.

 

– Sunbae! – escutou a voz aguda e preocupada de Seohyun. – Como você pode beber agora?!

 

Sua reprovação era quase uma presença física ali com elas.

 

– Taeyeon-unnie sumiu, Tiffany-unnie saiu correndo sabe-se lá pra onde! – ela bufou, atirando-se no sofá de qualquer jeito. – Quando penso nisso não consigo deixar de me preocupar com elas, como deve estar Yuri-ssi? Será que devíamos ir vê-la?

 

Hyoyeon balançou a cabeça enquanto engolia sua saborosa cerveja.

 

– A confeiteira vai ficar bem, não se preocupe. Hwang saiu daqui correndo daquele jeito depois que explicamos o que aconteceu com Yuri, onde você acha que aquela sequelada foi?

 

Seo Juhyun cruzou os braços, sentando-se no sofá de má vontade. Sabia que a sunbae tinha razão, era óbvio que Tiffany havia ido atrás de Yuri.

 

– Mas e Tae-unnie? – a mais nova ainda não tinha desistido.

 

– Seo, ela só precisa de um tempo para ela. – respondeu e vendo que sua explicação superficial não acalmava em nada a maknae, tratou de acrescentar. – Nós duas estamos preocupadas com aquela baixinha, mas não fique enchendo a cabeça de teorias paranoicas, Taeyeon não é doida de se machucar de novo. Eu mataria ela!

 

Seohyun não conseguiu deixar de rir, mesmo preocupada, Hyoyeon era engraçada. Se bem empregada sua agressividade carinhosa podia ser um charme único. Derrotada, a mais nova acabou se rendendo a infame espera, sabia que mandar mensagens não estava adiantando, o celular da Kim ficou no seu quarto e Tiffany havia saído desvairada como se o fim do mundo estivesse próximo, Seo ficaria surpresa se sua unnie tivesse ao menos tirado os chinelos felpudos para sair de casa. Mesmo tendo tudo isso na cabeça, a doce maknae manteve seu celular em mãos, nervosa, tamborilava os dedos no verso do aparelho.

 

– Dá pra parar com isso? – resmungou a sunbae, aumentando o som da TV, seu documentário sobre a primeira guerra começaria em breve. – Está me deixando doida.

 

– Sunbae. – ela simplesmente ignorou as reclamações da loira. – Você acha que aquelas duas vão se entender?

 

Silêncio. Kim Hyoyeon estava pensativa, deu um gole em sua cerveja. Geralmente, tais preocupações nem passavam pela sua cabeça, a sunbae fazia parte da corrente que acreditava que problemas pessoais alheios deviam ser mantidos assim, longe dela, a não ser que fossem uma excelente moeda de troca, ou rendessem fofocas ótimas.

 

– Eu não me surpreenderia se a maluca da Hwang trouxesse Taeyeon de volta. – deu de ombros, tomando mais um gole de sua latinha. – Mas se elas se entenderem de verdade… Aish, não quero nem pensar nisso! Se chegarmos a esse ponto, trate de não começar a namorar com Krystal!

 

– Sunbae! – exclamou Seohyun corando envergonhada.

 

– Estou falando sério, não quero ficar de vela o tempo todo, já vai ser insuportável ter que aguentar aquelas duas se elas se resolverem! – Hyoyeon abusava de toda a teatralidade, jogando o pescoço para trás em comovente lamúria. – Por isso não me traias, ó fiel conterrana! Não seria capaz de suportar tamanha tragédia sem teu esplendoroso apoio! – ela rastejou pelo sofá, como se implorasse por misericórdia.

 

– Não é conterrana, o certo é conterrânea! – corrigiu Seohyun entre risos.

 

– Foi exatamente isso que eu disse! – protestou ela, com seu orgulho ferido.

 

– Não, você disse conterrana. Além disso eu acho que esse termo não se encaixa direito.

 

– Por favor não aja toda inteligente perto de mim, me dá urticária! – Hyoyeon começou a coçar o próprio braço.

 

Seohyun apenas riu, um tanto surpresa de que a sunbae não se atrapalhou com a palavra urticária. Não a entendam mal, Seo Juhyun tinha consciência de que a sunbae era inteligente, só achava engraçado quando ela se perdia com palavras grandes e mais incomuns. O documentário da loira estava começando. Qualquer um acharia curioso tal figura interessar-se por um especial de duas horas narrando a primeira guerra mundial. Mas a maknae, que dividia o quarto com Hyoyeon, estava habituada ao seu gosto peculiar por guerras e conflitos políticos. A sunbae mantinha esse fato em segredo super secreto, nem mesmo Jessica sabia de suas inclinações nerds, com o perdão da palavra.

 

A maknae apenas fingia prestar atenção no documentário, pois sua cabeça estava muito longe. Apesar dos esforços de Hyoyeon para descontrair a preocupação da mais nova, Seohyun não conseguia deixar de se afligir com a falta de notícias e o paradeiro desconhecido de suas unnies. Por isso, como nenhuma delas a responderia, e mandar mensagens à Jessica era uma alternativa inviável, Seo apelou para a Jung mais nova. Estava um pouco receosa de entrar em contato com ela, afinal Juhyun sofria severamente de um caso curioso de vergonha pós sexo. Após transar com alguém, faria de tudo para evitar essa pessoa. Não que estivesse insatisfeita ou decepcionada com a experiência, pelo contrário, havia gostado muito do tempo que passou com Soojung. Mas Seohyun simplesmente era desse jeito. Sendo assim, lhe custou muita coragem para mandar a simples mensagem: oi (emoji sorridente).

 

Hyoyeon percebeu o pico de inquietação em sua hoobae, imaginou que ela estivesse entrando em contanto com a Jung caçula, o que de fato era verdade. Mas de qualquer jeito, a loira teve o bom senso de manter-se quieta e guardar as piadinhas e provocações para mais tarde. Seohyun recebeu uma resposta imediatamente. Krystal estava ligando.

 

– Alô, Soojung-ah?

 

Soojung-ah. Hyoyeon repetiu mentalmente com um sorrisinho.

 

– Sim eu já almocei, cheguei bem em casa. Não, todas faltamos hoje. Vocês foram? – uma pausa, a Jung devia estar informando que também cabularam aulas. – Sim.

 

Hyoyeon ajeitou-se na poltrona cruzando as pernas, havia desistido de se concentrar em seu documentário. De repente as injustas condições do tratado imposto aos alemães perdera toda a graça, afinal de contas, também estava morrendo de curiosidade para saber a que rumo as coisas estavam.

 

– Sério? Não. Tiffany-unnie saiu há pouco, deve ter ido pra lá. Obrigada, aviso se alguma delas aparecer por aqui. Até mais Soojung-ah.

 

Seohyun não retribuiu o beijo que Soojung lhe mandou via linha telefônica. Estava um pouco embaraçada e isso era perceptível, seja por seus modos encolhidos ou suas respostas curtas e polidas. Mal desligou a sunbae caiu em cima, sedenta por novidades. A mais nova tentou começar, mas foi interrompida ml abriu a boca.

 

– Krystal-

 

– Soojung-ah. – corrigiu a loira, num tom irritante e nasalado, Seohyun apenas a ignorou.

 

– Disse que Jessica-unnie também não está em casa, ela acha que sua irmã foi pedir desculpas.

 

– Hm, isso é inesperado. – a sunbae remoía a informação.

 

Seohyun manteve-se em silêncio por alguns segundos. Não era comum ver Hyoyeon tão pensativa. Depois continuou.

 

– Tiffany-unnie também não apareceu por lá-

 

– Então ela foi mesmo pedir desculpas. – Kim Hyoyeon estava pensando em voz alta, sequer havia escutado o que a outra estava dizendo. – Nunca achei que veria isso.

 

– Sunbae?

 

– Jessica está sempre procurando alguém para culpar pela sua falta de amor próprio. – o clima tornou-se sério de repente, Hyoyeon parecia em transe. – Nos entendemos muito bem, nós duas, não somos tão diferentes assim. Eu achei que ela precisasse de mim.

 

Seo Juhyun não sabia bem o que fazer, sentia-se um tanto desconfortável, era evidente que a sunbae estava abatida com todos os eventos. Estava magoada. Custou-lhe bastante dizer tudo aquilo para Jessica, pois no momento em que fez aquilo, sentia que havia empurrado a Jung para Yuri. A mais nova lhe chamou a atenção colocando a mão sobre seu ombro.

 

– Jessica-unnie considera você um monte, ela pode não falar isso, mas todo mundo sabe que você é importante para ela.

 

Hyoyeon sorriu. Seohyun era mesmo um amor.

 

– Talvez. – disse sustentando um olhar ambíguo. – Mas eu nunca vi ela sorrir daquele jeito.

 

A maknae não tinha como saber que jeito era aquele. Em silêncio, Hyoyeon relembrava da expressão de Jessica quando esta ficou sozinha com a confeiteira, quando as pegou de surpresa no quarto de Taeyeon. Um sorriso puro e despreocupado, como se ela estivesse encantada com o que via.

 

– Sabe Seo, foi por isso que eu fiquei tão puta com ela. Por que aquela desgraçada conseguiu o que eu nunca tive, alguém importante o suficiente pra te fazer mudar. Jessica está indo pedir desculpas, ela nunca pediu desculpas para mim, não interessa o quão sérias foram as brigas que tivemos. – ela suspirou, visivelmente abalada. – É engraçado, não é? Que seja Yuri. Ela é um doce, mas é tão bobinha as vezes. Aish! Vai entender! Não dá pra explicar essas coisas.

 

Seo Juhyun manteve-se em silêncio. Sabia que sua sunbae não receberia conforto por palavras de apoio. Hyoyeon simplesmente era assim, se algo a desagradava mantinha para si mesma, pois se falasse, estaria a mercê da pena e da compaixão dos outros e isso a abominava. Não suportava que sentissem pena dela. Então Seohyun mostrou seu apoio silenciosamente, balançando a cabeça em concordância. Hyoyeon havia acabado de confessar que apesar de tudo manteve expectativas na Jung, nutria sentimentos por ela e agora esperanças frustradas. Um momento delicado. Além da clara decepção estampada no cenho franzido de Hyoyeon, era impossível discernir algo a mais.

 

Para a sunbae o silêncio era um inimigo, gostava do barulho e do caos, onde podia disfarçar qualquer coisa com facilidade. Tratou de desmanchar aquela cara feia com um último gole de cerveja, a lata acabou. Estranhava a si mesma, falando tudo aquilo com tanta facilidade. Atribuiu sua tímida confissão ao gênio tranquilo e afável da maknae, que seria incapaz de julgá-la.

 

– Que dupla nós somos. – resmungou Seohyun, espichando os olhos para sua sunbae.

 

Hyoyeon soltou um riso esganiçado.

 

– Eu estava falando sério antes. – um falso ar de desolação lhe coroou o sorriso ladino. – Prometa que não vai me deixar de lado por Soojung-ah.

 

Pediu lamuriosa, piscando os olhinhos de filhote abandonado. Porém sua voz era provocativa e copiara direitinho o tom agudo da maknae ao falar o nome da Jung. Seohyun revirou os olhos.

 

– Sunbae!

 

Reclamou, com falsa afetação. As duas continuaram nisso, Hyoyeon implicando insistentemente com a maknae que nunca se cansava de lhe contradizer. No fim, acabaram apostando se Tiffany voltaria para casa com Taeyeon ou sem a Kim acidentada. Não preciso dizer que Hyoyeon ganhou a aposta. Além disso, tanto a desagradável sunbae como a doce Seohyun tiveram problemas para dormir naquela noite, mas isso é outra história.

 

 

 

 


Notas Finais


até a próxima xD
bjnhos amo vcs
💖


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