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História Eu vou te amar até meu último suspiro - Rosa azul


Escrita por: ExoMyPromise

Notas do Autor


Olá Bolinho ✨
Leiam as notas finais por favor!

Capítulo 1 - Rosa azul


Fanfic / Fanfiction Eu vou te amar até meu último suspiro - Rosa azul

“ Porque você foi embora sem deixar eu te dizer o quando eu te amo ”

 

 

 

 

 

- 2013 -

 

 

A chuva não dá trégua nessa tarde de quinta-feira. O dia está nublado e cinza, sem cor e sem vida, as horas parecem que não passam nunca. O ar parece mais pesado agora que acordei, a tristeza já me consome só de lembrar que meu grande amor foi embora. Sinto muita saudade do seu cheiro, do seu toque, das suas palavras de amor, me sinto sozinho e sufocado às vezes.

Hoje está fazendo seis anos da sua morte.

No começo a dor era tão grande que eu não sabia como superar, mas com o tempo aprendi a viver um dia de cada vez e com a ajuda do meu filho as coisas ficaram mais leves. Todos os dias olho nossas fotos e lembro das nossas noites de amor, só de lembrar do seu sorriso eu sinto meu peito apertar pois sei que nunca mais vou o ver nem ter ele ao meu lado outra vez.

 

 

❤-❤

 

 

Seis anos antes

 

 

Os raios de sol entravam pela janela aberta do meu quarto e me incomodavam com a claridade, a cama estava tão aconchegante que eu não tinha vontade de me levantar. O relógio que ficava sobre o criado-mudo informava que passavam das 9 da manhã, eu tinha que levantar. Fiz minha higiene, coloquei uma roupa leve e desci as escadas. Junmyeon já devia estar no trabalho àquela hora, o único momento que eu tinha paz na minha vida.

Tomei meu café da manhã e fui dar uma volta no jardim, onde haviam flores de vários tipos, cores e tamanhos. Eu sempre amei as flores, as diversas fragrâncias me fascinam, acho que não existe cheiro melhor que o delas. Tão delicadas e frágeis, minhas únicas amigas daquela casa. Fiquei tão distraído que não vi o tempo passar, já estava perto do almoço.

Corri para prepara-lo como sempre. Eu só fazia algo para comer sozinho pois Junmyeon nunca vinha para casa, sempre dava a desculpa de que estava com muito trabalho e não tinha tempo para mim. Mas é até melhor assim porque quando ele estava em casa só sabia me maltratar e dizer palavras horríveis, eu praticamente só servia para ser seu empregado e fazer sexo quando ele queria. Eu não tinha vontade naquela casa, ele nem sequer me fazia carinho quando acabávamos de transar, só virava pro outro lado e dormia. Nunca quis saber se eu estava satisfeito, ele só queria o própro prazer, eu era só um boneco para ele.

Fui pro quarto depois do almoço, já que não tinha nada pra fazer ali, o que me restava era ficar na cama lendo um livro. Prepararei um chá para tornar a leitura mais calma e comecei a ler, deixando a xícara de chá em cima do criado-mudo. Eu estava tão concentrado que assustei com o toque do meu celular, o peguei e vi que era uma mensagem de Junmyeon. Respirei fundo e comecei a ler.

 

“Se arrume e me espere na sala, um amigo meu irá jantar conosco essa noite. Seja um bom marido e prepare um jantar digno, não quero passar vergonha por sua causa, mostre que serve para alguma coisa. E não tente fazer nada, você sabe do que eu sou capaz.”

 

Bloqueei o celular e joguei longe de mim. Eu estava com vontade de chorar e gritar, ele era um idiota. Iria trazer seu amigo para mostrar ser um bom marido, coisa que ele não chega nem perto de ser. Minha vontade era deixar tudo e ir embora, viver minha vida longe daquele traste, mas eu não tinha nada, meus pais não eram mais vivos e minha família não tinha condições de me ajudar, eu estava sozinho.

Suspirei, deixei o livro no criado-mudo e fui pra cozinha começar preparar o jantar. Quando acabei já eram 7 horas, então corri para tomar um banho e me arrumar. Durante o banho, encostei minha testa na parede enquanto a água morna percorria meu corpo. Eu não queria fingir uma coisa que não era, mas se eu não o fizesse eu iria apanhar e ouvir aquelas palavras horríveis que me machucavam. Eu não era um brinquedo, eu também tinha sentimentos, será que ele não via aquilo? Enquanto tomava banho eu me permiti chorar por ser tão fraco e tão manipulável. Eu sentia saudades dos meus pais, não tinha um amor de verdade para amar e ser amado, minha vida era uma droga.

Terminei meu banho, vesti uma roupa apresentável - calça jeans, camisa social branca e um sapato social - arrumei meus cabelos, passei um perfume não muito forte e desci. Comecei a arrumar a mesa de jantar colocando pratos e talheres alinhados e arrumados. Quando terminei tudo apenas sentei no sofá e fiquei assistindo televisão esperando eles chegarem.

Eram 8 horas quando escutei a porta sendo aberta por um Junmyeon sorridente que conversava com seu amigo. Desliguei a televisão e me aproximei, os fazendo olhar pra mim.

 

- Soo meu amor, eu trouxe meu amigo que havia lhe falado mais cedo – Junmyeon falou me dando um selinho.

- Olá, sou Kim Kyungsoo, é um prazer conhece-lo – sorri.

- Sou Kim Jongin, o prazer é meu em te conhecer Kyungsoo – ele sorriu também.

 

Jongin pegou minha mão e a beijou. Olhei para aquele ato sem fazer o que fazer, então recolhi minha mão percebendo que estava corado, ninguém nunca tinha feito aquilo comigo. Era tão estranho mais ao mesmo tempo tão bom. Seus olhos cor de chocolate me fitavam intensamente me deixavam envergonhado pois isso não acontecia diariamente, eu não estava preparado para aquilo.

Depois que nos apresentamos, eles foram sentar no sofá e eu fui para a cozinha arrumar os últimos detalhes para o jantar. Quando tudo ficou pronto voltei para sala pra avisar que o jantar já iria ser servido.

 

- Finalmente, já estava pensando que nunca iria ficar pronto, tem que ser mais rápido nisso Kyungsoo – Junmyeon falou me olhando feio.

- Me desculpe, não acontecerá novamente – abaixei a cabeça.

- Então vamos Jongin, espero que goste do jantar – meu marido levantou.

 

Aquelas palavras de Junmyeon fizeram meu sorriso morrer e uma tristeza me atingir. Enquanto eles iam para a sala de jantar senti o olhar de Jongin sobre mim, mas ignorei e apenas os segui. Sentamos e nos servimos. O clima estava até agradável naquele lugar, tirando a parte que o meu marido me ignorava como se eu não estivesse naquela mesa. Ele não ligava para mim, mas também eu não estava achando ruim, só queria aproveitar meu jantar em paz.

Quando terminamos, Junmyeon falou que ele e Jongin iriam conversar um pouco no escritório, me mandando levar a sobremesa para eles, assenti e comecei a servir. Eu havia feito torta de chocolate - até hoje amo essa torta, minha mãe que me ensinou - coloquei na bandeja e segui até o escritório, os servindo como um empregado.

Voltei pra cozinha e sentei à mesa para saborear minha sobremesa sem problemas. Comecei a pensar em como minha vida seria com meus pais junto de mim, as lembranças boas que eu tinha deles surgiram na minha mente e algumas lágrimas começaram a molhar meu rosto. Escutei um barulho de batida na madeira e vi que era Jongin na entrada da cozinha me observando com aqueles olhos profundos que pareciam querer decifrar minha alma. Enxuguei algumas lágrimas que haviam em meu rosto e sorri simpático.

 

- Deseja alguma coisa?

- Eu vim pedir um copo de água – falou um pouco nervoso.

- Não precisava vir até aqui, era só me chamar que eu poderia levar.

- Você não é empregado, eu mesmo poderia vir, minhas pernas estão funcionando muito bem - sorriu.

- Tudo bem, vou pegar sua água – levantei.

 

Fui até a geladeira e pus água em um copo, voltando pra o entregar. Quando ele pegou o copo de minha mão, nossos dedos se tocaram. Foram poucos segundos mas deu pra sentir perfeitamente sua pele quente encostada na minha. Recolhi minha mão e fiquei sem jeito.

 

- Porque não vai se juntar à nossa conversa?

- Não entendo muito desses assuntos e Junmyeon não ira gostar se eu atrapalhasse – ri fraco.

- Não seria incômodo, sua presença é agradável – me devolveu o copo.

 

Corei com aquela resposta, já estava acostumado com meu marido falando que não gostava de ficar muito perto de mim e incomodava. Era a segunda vez que Jongin me deixava sem jeito, o que eu devia fazer?

 

- Não quer mais um pedaço de torta? - perguntei.

- Mesmo gostando bastante, não, já estou satisfeito - sorriu - muito obrigado.

- Você gostou? Fico muito agradecido, essa torta é muito especial para mim – falei sem jeito.

- Bom, vou voltar para o escritório, daqui a pouco tenho que ir pois já esta tarde.

- Ah claro, fique à vontade, qualquer coisa só pedir – sorri.

 

Jongin agradeceu mais uma vez e saiu da cozinha. Quando eu vi que ele já havia sumido no corredor, soltei o ar que nem sequer havia percebido prender. Junmyeon não costumava trazer seus amigos para casa, quando trazia nenhum deles fazia aquilo, digo, ser gentil e cavalheiro comigo. Eu estava sentindo um calor dentro do peito, um sentimento bom. Terminei minha sobremesa e lavei a louça, colocando tudo em seus lugares. Ouvi Junmyeon me chamando na sala, emtão tirei meu avental e fui.

 

- Kyungsoo, o Jongin já está de saída.

- Foi um prazer lhe conhecer Jongin, espero que tenha gostado da noite – me curvei um pouco.

- O prazer foi meu, gostei bastante e sua torta é incrível – sorriu.

- Vou levar ele até o carro, já volto amor - Junmyeon falou me abraçando de lado.

 

Ele me deu um singelo selinho, Jongin acenou com a mão e saíram. Suspirei e voltei para a cozinha para terminar o que faltava, não demorou muito e meu marido apareceu na cozinha falando que iria dormir, sumindo e me deixando sozinho como sempre.

Quando enfim fui para o quarto Junmyeon já estava deitado e dormindo. Tomei um banho, coloquei uma roupa leve e me deitei, suspirando e virando para o lado tentando dormir. Até que a imagem de Jongin veio na minha mente... Porque meu marido não era daquele jeito? O que eu fiz para merecer aquilo? Perdido em tantas perguntas, o sono enfim me pegou e eu dormi.

Acordei cedo como todo dia e vi que Junmyeon não estava mais na cama. Olhei no relógio e este marcava 7 horas, então levantei, pus uma roupa qualquer fiz minha higiene e desci pra preparar meu café da manhã. Chegando na cozinha, me deparei com Junmyeon tomando um café e lendo seu jornal.

 

- Bom dia amor, dormiu bem? – sorri.

- Já estou de saída, não sei que horas eu volto – levantou e saiu da cozinha, me deixando sozinho.

 

Ele foi trabalhar sem sequer me desejar bom dia. Fiquei parado perto da janela o olhando sair e suspirei, não iria deixar aquilo estragar meu dia, ele sempre fazia aquilo mesmo. Fiz meu café da manhã me sentei àquela mesa enorme pra comer, sem ninguém para conversar ou sorrir. Com uma casa enorme daquela, Junmyeon deveria contratar alguém para me ajudar nas tarefas domésticas, mas ele não queria ninguém perto de mim, não por ciúmes mais sim por alegar que minha presença era irritante.

Não entendia porque ele me tratava daquele jeito, eu nunca fazia nada que o desagradasse, nunca havia dado um motivo para ele se irritar comigo, sempre fui um bom marido, não havia lógica. Depois de tirar a mesa e lavar a louça, peguei alguns materiais e fui cuidar das minhas flores. Como tinham várias, tirei algumas para colocar em um vaso no meu quarto e também na mesa de jantar.

Horas depois voltei para a cozinha pra preparar o almoço, não iria fazer muito pois como sempre eu ia comer sozinho. Na dúvida do que fazer, optei por uma macarronada. Quando tudo ficou pronto e coloquei a travessa na mesa, escutei a campainha tocar. Me assustei por um momento pois Junmyeon nunca vinha para casa àquela hora - até porque se ele viesse ele teria aberto com as chaves que tem - e era difícil recebermos visitas. A campainha tocou de novo, então me apressei pra abrir a porta, encontrando amigo do meu marido.

 

- Jongin, o que faz aqui a essa hora? – perguntei surpreso - por favor, entre - Jongin passou por mim e eu fechei a porta - quer algo pra beber? Uma água, um suco...

- Não, obrigado, me desculpe vir sem avisar - sorriu - preciso falar com o Junmyeon, ele está?

- Sinto muito, ele está no trabalho.

- Eu liguei pra ele mais o celular está dando desligado – suspirou.

- Que estranho, quer deixar algum recado?

- Desculpe, mas preciso falar diretamente com ele.

- Entendo, ele vai estar mais tarde em casa, então se quiser voltar fique à vontade.

- Não tudo bem, depois eu falo com ele – sorriu.

- Já é hora do almoço, quer ficar pra comer?

- Não quero incomodar, já estou de saída – falou incerto.

- Não está, vamos fique, como sempre almoço sozinho você seria uma ótima companhia - sorri - fiz macarronada.

- Tudo bem, só vou aceitar porque não resisto a uma macarronada – riu.

 

Coloquei mais um lugar à mesa, nos servimos e começamos a comer. Jongin não parava de elogiar minha comida aquilo me deixava envergonhado, conversamos sobre outras coisas também e percebi que tínhamos vários gostos em comum.

 

- Se eu tivesse mais tempo livre passaria aqui mais vezes para provar mais dessas maravilhas, você cozinha muito bem – tomou um pouco do suco.

- Obrigado - corei um pouco - será um prazer te receber aqui mais vezes.

- Fico feliz por isso – sorriu.

 

Lhe servi um pedaço da torta como sobremesa - que ele não hesitou em aceitar -, comemos e o convidei para passear um pouco pelo jardim já que estava fazendo um dia lindo de sol. Ele ficou encantado com as minhas flores mais teve uma que mais chamou sua atenção uma rosa azul que eu mantinha plantada em um cantinho especial. Descobri que era a sua preferida - a mesma que a minha - e aquilo fez meu coração aquecer, pois seu significado é lindo.

Jongin sorria enquanto cheirava as flores, eu não consegui deixar de sorrir com aquela cena, principalmente quando ele se virou para mim e retribuiu o sorriso, o que fez minhas pernas tremerem e me deixou hipnotizado por sua beleza. Depois de tempo conversando sobre flores e outras coisas pessoais, ele que já estava tarde e que precisava ir embora, fiquei um pouco triste pois sua companhia era muito agradável e me deixava à vontade, mas ele não poderia ficar ali pra sempre, então apenas concordei e o levei até a porta.

 

- Obrigado pelo almoço e a conversa Kyungsoo, passarei mais vezes para provar dos seus dons culinários – passou a mão pelos cabelos.

- Eu que agradeço pela companhia Jongin, volte quando quiser – sorri sem jeito enquanto o vi tirar um cartão e me entregar.

- Aqui está meu número, qualquer coisa ou se apenas quiser alguém para conversar é só ligar - sorriu - bem vou indo, até logo – seguiu pro carro.

- Até logo Jongin – respondi enquanto o observava ir embora.

 

Fechei a porta, guardei o cartão no bolso e fui fazer meus serviços. Quando terminei tudo já estava quase na hora do jantar, então o preparei e fui tomar um banho para esperar Junmyeon chegar. Vesti um roupa leve e fiquei na sala assistindo TV para passar o tempo mais rápido. Já passavam das nove horas e nada de Junmyeon dar notícias e muito menos aparecer. Eu estava com fome então resolvi jantar sozinho mesmo, ele deveria estar com algum problema no trabalho.

Enquanto eu comia, as imagem de Jongin veio na minha cabeça. Seu olhar, seu sorriso, sua gentileza, ele era tão diferente do meu marido. Descobri que ele tinha vinte e quatro anos, morava sozinho, era solteiro, adorava flores, cachorros e chocolate, então me lembrei do cartão que ganhei mais cedo. Pensei em ligar, mas resolvi deixar pra outra hora.

Terminei meu jantar e Jumnyeon não havia chegado, o que estranhei pois ele não era de chegar tão tarde. Tentei ligar pra ele mas seu celular estava desligado, o que me fez pensar que havia acontecido alguma coisa ruim com ele. Mesmo ele sendo uma marido horrível, eu me preocupava. Depois de tentar várias vezes - todas sem sucesso -, lavei a louça e subi para tentar descansar um pouco e torcer pra Junmyeon chegar logo e bem.

Tentei ao máximo ficar acordado esperando, mas eu estava tão cansado que o sono conseguiu me vencer. Acordei com o barulho da porta da sala sendo fechada com força e logo depois ouvi algo quebrando, deveria ser na cozinha. Olhei no relógio e já passavam das três da manhã. Ouvi passos no corredor e me encolhi na cama, Junmyeon deveria estar bêbado e aquilo me fez ficar com medo pois eu já sabia do que ele era capaz de fazer quando estava daquele jeito.

A porta foi aberta com brutalidade - o que eu já esperava -, mostrando Junmyeon cambaleando e se apoiando na parede, segurando uma garrafa de vinho na mão livre. Estava todo desarrumado, com cheiro forte de bebida e um perfume diferente de outra pessoa. Ele olhou pra mim e sorriu, deixando a garrafa de vinho em cima da mesa e vindo em minha direção.

Quando chegou perto o suficiente, Junmyeon me pegou pelos cabelos com força e me tirou da cama, me fazendo cair no chão. Segurei sua mão tentando tirar porque estava doendo muito, mas eu não tinha força o suficiente. Comecei a chorar e implorar para ele parar, mas não adiantava. Foram socos, tapas e até mesmo cintadas, foi uma surra tão violenta que nem gosto de lembrar.

Eu lembro que naquele momento eu só desejava morrer para aquela dor passar. Depois de tudo ele me chamou de lixo e saiu do quarto. Passados alguns minutos eu tentei me levantar, mas meu corpo doía muito, então me arrastei como pude e consegui subir na cama. Abracei o travesseiro e chorei como nunca tinha feito antes, a dor psicológica era muito pior que a física. Quando não tinha mais lágrimas nem forças, acabei deixando o sono me levar par a longe.

Acordei com o barulho do relógio me avisando que já estava na hora de levantar, mas eu não tinha forças e muito menos vontade. Meu corpo ainda estava todo dolorido e minha cabeça parecia querer explodir. Depois de muito lutar, consegui ao menos abrir os olhos, a cama estava uma bagunça a porta estava aberta, aquilo me fez lembrar do que havia acontecido na noite anterior e minha cabeça começou doer mais ainda, então me levantei com muita dificuldade pelo memos pra tomar um remédio pra dor.

Parei na frente do espelho so banheiro e vi várias manchas vermelhas e roxas pelo meu corpo. Sequei algumas lágrimas que caíram quano voui aquilo e resolvi tomar um bom banho pra ver se eu melhorava, pedindo a Deus para que Junmyeon não estivesse em casa. Vesti uma roupa qualquer e fui para a cozinha preparar algo pra comer, a mesma rotina de sempre. Eu comia devagar porque não estava passando nada pela minha garganta, eu só queria chorar por ter uma vida tão infeliz, até que lembrei de Jongin.

Eu precisava de alguém para desabafar, ouvir minhas angústias e conversar comigo. Eu sabia que tinha pego seu número no dia anterior e que poderia ser algo rápido demais, mas Jongin era minha única opção. Terminei meu café da manhã e fui procurar o número achei no bolso da minha calça que eu estava usando, peguei e disquei o número mais não tinha coragem de ligar, se eu contar e ele desconfiar de alguma coisa. Depois de algum tempo lutando se ligava ou não resolvi ligar, chamou três vezes e escutei aquela voz calma do outro lado.

 

- Alô?

- Alô, Jongin? Sou eu, o Kyungsoo – falei sem jeito.

- Kyungsoo! Que bom que ligou! – ele parecia sorrir – ligou rápido, aconteceu alguma coisa? – ele parecia preocupado.

- N-não, só liguei porque estava querendo conversar - falei baixo.

- Que tal andarmos um pouco mais tarde? Tomar um sorvete... Tem um parque aqui perto do meu trabalho, se você quiser claro... não estou dando em cima de você – riu.

 

Pensei um pouco se eu deveria aceitar ou não, eu estava com medo de ele ver alguma das minhas marcas e descobrir o que houve comigo. Mas eu passava o dia todo em casa, um convite pra tomar um sorvete era uma oferta tentadora.

 

- Acho que pode ser legal, aceito o sorvete - sorri.

- Então tudo certo, eu passo aí às 16h ok?

- Ok, até mais tarde Jongin – falei baixo.

- Até mais tarde Kyungsoo – percebi que ele ainda sorria.

 

Suspirei e sorri, ele havia me chamado para tomar sorvete... Há quanto tempo eu não fazia aquilo? Um sorriso involuntário surgiu em meu rosto, a única a coisa que me fazia sorrir naquele momento. Resolvi tirar o dia pra arumar a casa, eu já nem ligava mais se meu corpo ainda doía um pouco.

A manhã passou rápido e a tarde também, quando me dei conta já eram mais de 15h, eu tinha que me aprontar. Tomei um banho demorado e coloquei uma roupa confortável, me certificando de esconder todas as minhas marcas. Depois de um tempo a campainha tocou, corri para abrir a porta e encontrei Jongin parado mexendo no celular. Nossa, ele estava tão lindo... O chamei e ele olhou pra mim sorrindo sem jeito.

O parque não era muito longe, então não demorou muito para chegarmos. Jongin comprou algodão doce e sorvete em uma das banquinhas que haviam na entrada e depois caminhamos aproveitando o sol do fim da tarde.

 

- Você gosta de algodão doce? – Jongin perguntou.

- Muito – puxei um pedacinho do doce e pus na boca – como foi no trabalho? - tentei puxar assunto.

- Tudo a mesma coisa de sempre, e você como está? - ele me observava.

- Estou bem, a mesma coisa de sempre – ri fraco.

 

Depois de algum tempo conversando, nos sentamos em um banco que havia debaixo de uma cerejeira para descansar um pouco, era primavera e as flores coloriam todo o parque. Nossa conversa estava muito agradável, cada vez que Jongin me contava mais sobre ele eu ficava ainda mais encantado, também ríamos muito das piadas que ele fazia.

Em certo momento ele levantou, caminhou até um arbusto e voltou até mim se sentando ao meu lado e me entregando uma flor, dizendo que serviria pra eu lembrar daquele dia. Foi um ato simples, mas fez meu coração aquecer, então apenas sorri tímido e agradeci. A tarde no parque passou tão rápida quanto o começo do dia, eu precisava voltar pois se Junmyeon chegasse em casa e não me encontrasse ele me mataria.

Avisei a Jongin e ele me deixou de volta em casa. Na porta eu o agradeci pelo passeio e sua companhia, ele sorriu também agradecendo por eu ter aceitado o convite, então se virou e voltou para seu carro, saindo em seguida. Quando entrei em casa as luzes estavam apagadas, senti um alívio pois significava que Junmyeon ainda não havia chegado. Como eu iria explicar a ele que eu havia saído para passear com seu amigo? Ele nunca iria entender.

Quando entrei em meu quarto, fui até meu guarda-roupa e abri a gaveta onde eu escondia meu caderno de anotações. Abri em uma folha qualquer e coloquei a pequena flor que Jongin havia me dado mais cedo ali, fechei e o guardei no mesmo lugar. Tomei um banho, troquei de roupa e fui preparar alguma coisa para comer. Fiquei no sofá assistindo televisão e comendo esperando meu marido chegar, mas nem sinal.

Já se passavam das nove horas e nada de ele chegar, então desliguei a televisão, fui até a cozinha deixando um lanche pronto pra Junmyeon - por precaução-, lavei o que eu havia sujado e apaguei as luzes. Já deitado em minha cama - ainda sozinho -, lembrei de novo da tarde que tive com Jongin e aquilo me fez sorrir, era uma lembrança muito agradável. Pensando naquilo acabei pegando no sono. Ainda ouvi Junmyeon chegar horas depois, mas ele apenas tomou um banho e deitou-se de costas pra mim, dormindo logo em seguida.

O dia havia terminado bem, sem agressões.

 

 

❤-❤

 

 

Seis meses já haviam se passado e cada vez que eu via Jongin, mais eu me encantava por ele. Quando tínhamos tempo nos falávamos por mensagem ou ligação e quando ele tirava alguma folga do trabalho vinha me visitar. Ficávamos a tarde toda conversando sobre livros, filmes, me ajudava no almoço quando vinha mais cedo, arrumava minhas flores, me fazia rir. Eu me sentia uma pessoa totalmente diferente do que eu sempre fui.

Quando eu estava com Jongin parecia que o tempo nunca passava. Eu ficava mais leve, minha vontade era de nunca mais sair de perto dele, já havia até me acostumado a vê-lo ficar com aquela carinha de cachorro pidão e um bico emburrado quando eu não o dava torta antes do almoço, ou com seu sorriso encantador que me fazia suspirar. Sua risada era sempre gostosa de se ouvir e sua voz me acalmava, me fazia esquecer dos problemas.

Tudo em Jongin me fazia querer viver, mas eu não podia me deixar levar. Ele ainda era amigo do meu marido e mesmo Junmyeon sempre sendo um monstro comigo, eu o respeitava e também não sabia se Jongin correspondia os mesmos sentimentos que eu começava a sentir.

Era uma sexta-feira e Jongin estava cuidando do jardim, eu o pedi para não se preocupar que quando eu tivesse tempo cuidava delas, mas ele insistiu tanto que tive que ceder, ele era muito teimoso. Enquanto ele estava no jardim, resolvi fazer um bolo com bastante chocolate do jeito que ele gostava. Quando ficou pronto, coloquei cobertura e enfeitei deixando-o bem bonito para Jongin. Quando terminei de fazer o almoço, fui até o jardim chamar Jongin para comer, o encontrei sentado no chão com algumas flores em sua mão.

 

- Já está na hora do almoço, venha comer Jongin – sorri.

- Já estava indo Kyungsoo, mas tenho uma coisa para você - se levantou.

- O que seria? – falei curioso.

- Para você – Jongin sorriu enquanto me erguia o que ele queria me entregar.

 

Era uma rosa azul do meu jardim, eu nunca tinha visto ela tão linda como estava naquele momento. Peguei e senti seu cheiro suave, minhas flores estavam mais lindas que o normal por causa do cuidado de Jongin eu aquilo só me deixava cada vez mais encantado por ele. Agradeci e o puxei pelo braço para dentro, Jongin foi lavar as mãos e eu fui colocar a rosa em um copo com água no meu quarto, quando voltei encontrei Jongin sentado me esperando, sentei e começamos a nos servir.

Quando ele viu o bolo seus olhos brilharam feito estrelas. Ele pegou minha mão e a beijou me agradecendo, foi um ato simples mais mas fez meu coração acelerar e minhas bochechas ficarem vermelhas. Sorri feito bobo olhando Jongin admirando aquele simples bolo de chocolate. Depois que Jongin foi embora e eu já tinha arrumado tudo, fui tomar um banho pra relaxar. Quando saí do banheiro encontrei Junmyeon sentado na cama com um olhar vago e sério, ele tinha chegado cedo do trabalho, por sorte Jongin havia ido embora mais cedo também.

 

- Chegou cedo hoje, aconteceu alguma coisa no trabalho? – perguntei.

- Não, só resolvi chegar mais cedo – respondeu seco.

- Quer que eu prepare alguma coisa para você comer?

- Não, já jantei – se levantou.

 

Concordei com a cabeça e fui em direção ao corredor, mas fui parado por Junmyeon que segurou meu braço. Me assustei um pouco e o olhei, ele apertava meu braço com muita força, eu tentava me soltar mais ele só aumentava o aperto.

 

- Junmyeon me solta, está doendo – falei assustado.

- Cala a boca, só vamos conversar um pouco – sorriu sarcástico.

- O que quer?

- Esses dias eu andei escutando alguns falatórios dos vizinhos quando eu passo - engoli em seco - escutei que um rapaz bonito saiu daqui enquanto eu não estava em casa, isso é verdade Kyungsoo? – perguntou sério.

- Não está acontecendo nada, esses... Esses vizinhos só sabem inventar coisas da vida dos outros, não veio ninguém aqui – tentei me soltar de novo.

- É melhor você não estar escondendo nada de mim, se eu descobrir que você está mentindo você vai me pagar – largou meu braço.

 

Ele voltou para o quarto, pegou seu terno e saiu sem dizer para onde ia. Saí do meu transe quando escutei a porta da sala sendo fechada com força e o barulho do carro se distanciando pela rua silenciosa. Fui até a cozinha e pegar um copo d'água, vendo a macha vermelha que havia ficado no meu braço. As visitas de Jongin não estavam mais sendo discretas e as pessoas estavam começando a falar, se Junmyeon descobrisse que ele estava vindo me ver seria uma briga feia e eu não queria aquilo, não queria que nem um dos dois se machucasse.

Jongin não podia mais vir me ver enquanto a situação estivesse daquele jeito, mesmo meu coração ficando apertando só de pensar que não veria mais com frequência aquele sorriso, era o certo a se fazer. Peguei meu celular em meu quarto e mandei uma mensagem pra Jongin:

“Jongin, preciso dizer uma coisa: Eu vou continuar falando com você, mas você não pode mais vir aqui. Eu não posso lhe explicar o motivo agora, mas vai ser para o nosso bem. Espero que você me entenda.”

Olhei para a mensagem alguns segundos e enviei. Deixei o celular sobre o criado-mudo e deitei abraçando meu travesseiro e sentindo a saudade já chegar aos poucos. Eu não tinha escolha, era para nosso bem. Principalmente para o bem de Jongin.

 

 

❤-❤

 

 

Já faziam alguns meses que Jongin não vinha mais passar a tarde comigo e eu já estava me sentindo sufocado sem ninguém para conversar, eu só falava com ele quando não tinha muita coisa para fazer. Meu coração se apertava quando ele comentava que estava com saudade do meu bolo de chocolate e minha companhia. Eu também sentia muita saudade das suas risadas e suas piadas. Se ele soubesse o bem que ele me fazia...

Os boatos também acabaram e com isso minha vida voltou como era antes. Junmyeon quase todos os dias está chegando tarde, quando vou colocar sua roupa na maquina de lavar sinto um cheiro diferente, quando ele esta dormindo vejo algumas marcas em seu pescoço, não precisa de muito para saber que ele está me traindo, ele ainda tem a cara de pau de me pergunta se eu estou o traindo, mais não posso fazer nada estou sozinho, não posso colocar Jongin nessa historia não quero ele envolvido com nada.

Já se passava das dez horas quando escuto a porta sendo aberta, me cobri até o pescoço e fechei os olhos fingindo está dormir, escuto a porta sendo aberta e sapatos sendo jogados no canto da parede, abri um pouco os olhos e vejo quando Junmyeon coloca sua pasta em cima da cama e tira sua gravata indo para o banheiro, escuto o chuveiro sendo ligado e me assusto um pouco com o toque do seu celular fiquei curioso e fui até sua pasta e a abrir, peguei seu celular que já estava aberto nas mensagens e comecei a ler.

 

“Yixing – Amor você hoje vai chegar cedo do trabalho? Seus filhos estão com saudades e eu também” 12:34

“Vou sim amor, vou terminar mais cedo hoje e passo aí, também estou com saudade de você e do nossos filhotes" 12:40

“Yixing – Amor nosso bebê chutou, venha logo, quero ficar ao seu lado“ 14:05

“Já estou saindo do trabalho daqui a pouco passo aí, vou levar chocolate daquele que você adora. Eu te amo” 14:15

“Yixing – Tome cuidado na volta para casa, durma cedo. Adorei os chocolates, nosso filho também. Te amo” 21:40

“Acabei de chegar meu amor, vou dormir sim, e você também durma para não fazer mal ao bebê. Vou tomar um banho, estou cansado. Também te amo” 21:45

 

Quando acabei de ler aquelas mensagens, fiquei sem nenhuma reação. Junmyeon estava mesmo me traindo, tinha filhos fora do casamento, há quanto tempo ele estava fazendo aquilo? Me fazendo sofrer, me tratando como um lixo e um animal, me batendo, enquanto ele vai passar os momentos felizes com a sua verdadeira família?

Quando me casei com ele, sempre sonhei em ter nossos filhos, ser feliz, mas com o passar dos meses foi se tornando cada vez pior e tudo que eu sonhei não se passou de uma ilusão. Saí dos meus pensamentos quando escutei o chuveiro sendo desligado, coloquei o celular no mesmo lugar e voltei a me deitar, não demorou muito para Junmyeon sair do banheiro, se vestir, se deitar na cama e dormir como se nada estivesse acontecendo. Fechei meus olhos tentando dormir mais as imagens daquela conversa não me deixavam. As lágrimas de frustação desciam pelo meu rosto, como eu fui tão burro?!

Durante uma semana, todas as noites quando Junmyeon ia tomar banho eu olhava suas mensagens. Mesmo que meu coração me falando não, minha mente falava sim. Duas mensagens eram de carinho e amor, coisa que ele nunca mostrou por mim. A frase que eu nunca escutei dele: eu te amo, aquilo doía tanto. Eu me sentia sujo, usado, mas eu iria tirar aquela história a limpo, não podia fingir que não estava vendo nada.

Tomei banho e coloquei uma roupa quente pois estava muito frio. Liguei para um taxi e mandei ele me esperar um pouco longe da minha casa para Junmyeon não desconfiar, então fiquei esperando ele chegar. Escutei a porta sendo aberta e Junmyeon aparecer na cozinha avisando que iria dormir na casa de um amigo e não teria hora para voltar. Concordei e vi ele subir as escadas para o quarto, voltando com uma mala pequena em mãos e saindo sem se despedir. Depois que Junmyeon saiu, esperei um pouco, corri para o taxi e o mandei seguir o carro dele.

Tudo parecia normal até o carro de Junmyeon entrar em um bairro simples. Vi o carro dele parar e pedi para o taxista me deixar por ali mesmo, paguei e desci me escondendo atrás de uma árvore. Meu coração estava batendo muito rápido, minhas mãos suavam e eu queria chorar. Depois de alguns minutos Junmyeon desceu do carro de tocou a campainha da casa. Quando a porta foi aberta, um menino pequeno com cabelos negros pulou em seus braços. Logo depois um rapaz muito bonito apareceu na porta com um sorriso lindo no rosto.

 

- Amor, pensei que não vinha hoje – falou sorrindo.

- Desculpe a demora, o trânsito estava um pouco lento – Junmyeon respondeu lhe dando um selinho.

- Appa, o senhor vai dormir aqui hoje? – o menininho perguntou.

- Sim, e também vou brincar muito com você – Junmyeon afagou os cabelos da criança.

 

Junmyeon se abaixou colocando a mão na barriga do outro rapaz, ali tinha um grande volume indicando que ele estava grávido - eu arriscava ser de uns seis ou sete meses -, então Junmyeon sorriu e beijou a barriga a acariciando e falando com ela, aquilo me fez engolir em seco. O rapaz pegou na mão do meu - ex - marido e os dois e entraram com o garotinho. Me encostei na árvore e desatei a chorar, Junmyeon tinha um família tão linda, um filho lindo e alguém que ele amava, coisa que eu nunca poderia dar para ele.

Eu estava fraco demais para voltar pra casa, tentei andar algumas ruas mas eu não sabia sequer aonde estava. Peguei meu celular e liguei para a primeira pessoa que me veio a cabeça, depois de alguns toques eu pude ouvir aquela voz que eu tanto gostava.

 

- Kyungsoo, aconteceu alguma coisa? – Jongin perguntou preocupado.

- Jongin, me ajuda, eu preciso de ajuda - minha voz saiu embargada pelas lágrimas.

- Que barulho é esse, onde você está?!

- Eu não sei, estou perto de uma avenida – olhei em volta - tem uma praça com um parquinho azul... um lago...

- Eu sei onde é, fique aí, daqui a pouco eu chego – desligou.

 

Coloquei o celular no bolso e fiquei esperando ele chegar, depois algum tempo vi um carro parar do outro lado da rua e Jongin descer correndo em minha direção. Sem me perguntar nada ele me puxou para seus braços e me abraçou, não aguentei e comecei a chorar. Eu chorava de tanta dor, agonia, sofrimento e confusão, não sabia mais o que fazer. Jongin me perguntou o que estava acontecendo mas eu não tinha forças para falar. Ele me levou para o carro, entrando em seguida e me olhando precupado.

 

- Quer que eu te leve ao hospital? – perguntou.

- Não precisa, só me tira desse lugar por favor – respondi baixinho.

- Tudo bem, vou te levar para casa – ligou o carro.

- Não, por favor, me leve para qualquer lugar menos aquela casa – supliquei.

- Certo, mas tenta ficar calmo, eu estou aqui – segurou minha mão e a apertou, me fazendo sorrir.

 

Concordei com a cabeça e me acomodei melhor no banco, fechando meus olhos enquanto sentia Jongin afagar meus cabelos. Acabei dormindo um pouco no caminho, fui acordado com Jongin me chamando e acariciando meus cabelos outra vez. Descemos do carro e pegamos o elevador, estávamos no prédio onde Jongin morava.

Seu apartamento era muito bonito - ficava no sétimo andar -, era aconchegante e fazia eu me sentir bem melhor. Me sentei no sofá enquanto Jongin foi na cozinha pegar em copo com água enç sentar do meu lado logo depois. Focamos em silêncio por alguns segundos, nada desconfortável, senti meus olhos arderem um pouco e baixei a cabeça chorando baixinho.

 

- Quer conversar? – perguntou preocupado.

- É uma longa história Jongin – suspirei.

- Não se preocupe, temos a noite toda.

 

Olhei em seus olhos e vi que eu podia confiar, ele era o único que eu podia, suspirei e comecei a contar toda a história da minha vida, enquanto Jongin só prestava atenção. Quando terminei, algumas lágrimas caíam do meu rosto, então senti sua mão tocar meu rosto com calma, limpando as lágrimas que restavam, sorri fraco e aproveitei aquelas mãos no meu rosto.

 

- Eu vou estar sempre ao seu lado, pode contar comigo, fique tranquilo – sorriu terno.

- Eu sei que posso - minha voz saiu baixa.

 

Ficamos alguns minutos olhando um pro outro e dando carinho em um silêncio confortante. Pude admirar mais ainda sua beleza, meu coração estava batendo tão rápido, era uma sensação diferente. Quando me dei conta nossos rostos estavam tão próximos que bastou um mínimo movimento e acabamos nos beijando.

Fechei meus olhos e coloquei minha mão em seu cabelo, sentindo a maciez. Jongin levou uma de suas mãos para minha cintura, apertando de leve. Seu beijo era tão bom, me fazia me sentir seguro e amado. Meu corpo queria cada vez mais sentir seus toques, sentir seus braços a me abraçar e suas mãos percorrerem meu corpo. Quando me dei conta, eu já estava com Jongin no quarto, sobre sua cama.

Naquela noite fizemos amor pela primeira vez.

Seu corpo era tão belo quanto uma obra de arte, eu arriscaria dizer que Jongin havia sido esculpido por anjos. A noite estava linda, com várias estrelas e a lua iluminando a cidade e um pouco do quarto escuro onde estávamos. O vento suave e frio entrava pela janela fazendo nossos corpos suados se arrepiarem, tornando tudo ainda mais intenso. Poderia ter sido algo rápido demais, uma hora eu estava extremamente triste e logo em seguida eu me entregava pro amigo do meu marido - não tão marido assim mais -, mas eu não queria pensar em mais nada.

Eu tinha certeza do que eu sentia por Jongin, assim como tinha certeza do que Jongin sentia por mim. Nada mais importava.

Suas estocadas logo deixaram de ser calmas e passaram a ser mais fundas e precisas, meu corpo dava solavancos a cada acerto. Eu agarrava suas costas e seus cabelos enquanto me sentia estremecer. Gozei como nunca mais havia feito antes, me sentindo extremamente fraco, Jongin se desfez minutos depois, despejando seus jatos fortes dentro de mim. Ficamos deitados ao lado um do outro por algum tempo, então senti meu corpo ser puxado mais pra perto do seu e um beijo ser depositado em minha testa.

 

- Obrigado - cortei o silêncio.

 

- Pelo o que? - me olhou confuso.

 

- Por ter me ajudado esse tempo todo, por ter ficado ao meu lado - o olhei e acariciei seu rosto.

 

- Preciso confessar, desde a primeira vez que te vi Kyungsoo, eu senti algo dentro de mim que conseguiu ser mais forte que eu. Depois que começamos a passar esses meses juntos, eu acabei me apaixonando por você - me puxou pela cintura.

- Acho que estamos empatados – ri um pouco.

 

Ele me beijou mais uma vez com todo carinho e amor, eu estava tão feliz que poderia até chorar. Paramos o beijo com leves selinhos, sorri e me encolhi ainda mais em seus braços aproveitando seu calor. Olhei de novo para aqueles olhos de chocolate e deixei um beijo na pontinha do seu nariz, o fazendo sorrir e me beijar de novo. Estávamos tão cansados que logo pegamos no sono.

 

 

❤-❤

 

 

Acordei tão bem no outro dia, como há muito tempo não me sentia, sorrindo largo ao lembrar da noite passada. Me virei na cama e não encontrei Jongin, então levantei, fui ao banheiro, vesti uma de suas camisas com minha boxer e fui atrás dele. O encontrei na cozinha preparando o café da manha, me aproximei e o abracei por trás dando um beijinho em seu ombro. Jongin se virou e me pegou no colo, me sentando sobre o balcão e me beijando, coloquei meus braços ao redor do seu pescoço e puxei de leve seu cabelo. Paramos o beijo com vários selinhos e sorrisos.

 

- Bom dia meu amor – Jongin sorriu me dando outro selinho.

- Bom dia – respondi corado.

- Eu ia levar seu café na cama, mas você estragou a surpresa – fez um bico.

- Bobo - lhe dei outro selinho - não precisava ter esse trabalho todo Jongin.

- Claro que precisava, tudo de melhor pro meu pequeno - ele me abraçou, brijando meu pescoço.

 

Jongin me desceu do balcão minutos - cheios de beijinhos - depois, sentamos à mesa e começamos a comer. A manhã se passou repleta de beijos e palavras de carinho e amor, mas a tarde chegou e eu precisava ir, mesmo não quero sair dos seus braços, eu ainda tinha um marido.

 

- Jongin, eu preciso ir - falei com a tristeza evidente em minha voz.

- Soo não vai agora, dorme aqui mais essa noite, por favor – falou manhoso.

- Não posso, Junmyeon pode chegar em casa e não me encontrar, mas eu prometo que volto - lhe roubei um último beijo.

- Vou esperar você ligar – sorriu enquanto mordia meu lábio.

 

Suspirei e lhe dei mais um selinho, beijar Jongin nunca era demais. Peguei minhas coisas, me despedi de Jongin, apanhei um táxi e fui pra casa. Junmyeon não havia chegado ainda, suspirei triste e subi as escodas para tomar um banho e descansar.

Depois daquele dia, quase todos os finais de semana eu passava com Jongin. A gente saía, conversava, se divertia, tudo de bom. Quando Junmyeon ia dormir fora eu também passava a noite com Jongin, e acabávamos fazendo amor quase todas as vezes. Cada vez que nos entregamos, sempre é magico, é especial, me apaixono cada vez mais por ele. Faziam três meses que havíamos começado a nos relacionar e não tinha coisa melhor, eu sentia que o amava de verdade. Durante alguns dias eu acabei me sentindo um pouco mal, tonturas, vômito quando eu sentia cheiros fortes ou comia algo, então resolvi ir ao médico.

O resultado não poderia ter sido diferente: Eu esperava um filho de Jongin.

Eu fiquei parado encarando o médico sem saber o que dizer, eu iria ter um bebê com o Jongin, iria enfim ter um filho, eu sorria com lágrimas nos olhos. o doutor me deu uma receita e me levou até a porta, agradeci e sair, a primeira coisa que veio na minha cabeça ao sair do consultório foi ligar para Jongin pra dar a notícia, mas ele havia viajado a trabalho e não queria atrapalhar, esperar ele voltar para contar pessoalmente seria melhor.

Fui até um sorveteria e comprei um sorvete com tudo que tinha direito, estava muito feliz, mais no meio do caminho pra casa me veio uma apreensão: Como eu iria esconder a gravidez do Junmyeon? Minha barriga iria ficar maior e eu teria que contar, mas e se ele quisesse fazer algum mal ao meu bebê? Levei minha mão até minha barriga a acariciando, aquilo me acalmou um pouco. Quando cheguei em casa fui direto pro quarto, eu estava quase pegando no sono quando meu celular tocou, era Jongin.

 

- Oi meu amor, como você está? – perguntou em tom alegre.

- Oi amor, estou bem e você? – sorri.

- Estou com saudade de você, essas reuniões são tão chatas... Não vejo a hora de chegar e te dar um beijo.

- Eu também estou com saudade de você amor - suspirei - quando vai voltar?

- Ainda tenho mais um dia aqui, mas não fique triste, logo logo eu chego - disse calmo.

- Vou te esperar, quando você chegar vou te receber com muito amor e carinho – sorri.

- Tenho que ir agora amor, liguei só pra saber como você está mesmo, tenho uma reunião agora – falou apresado.

- Tudo bem, eu vou dormir um pouco, depois conversamos.

- Eu te amo muito meu Soo – desligou.

 

Não deu tempo de responder que eu também o amava. Suspirei com um sorriso amarelo, Jongin era sempre tão apressado, mas logo ele voltaria e eu teria uma linda surpresa pra ele.

 

 

❤-❤

 

 

O dia passou e nada de Jongin me ligar nem responder minhas mensagens, eu estava ficando preocupado. Acordei com uma coisa ruim em meu coração, mais tentei não ligar pra aquilo. Junmyeon tinha saído mais cedo para o trabalho depois de uma ligação, não me falando nada como sempre. Tentei várias vezes ligar para Jongin mas o telefone só dava desligado. Já se passavam das 14h e nada, ele já deveria ter mandado uma mensagem ou ligado. Naquele dia estava chovendo e fazendo um pouco de frio, com aquele silêncio o aperto no meu coração só aumentava, uma angústia inexplicável. Ouvi o carro de Junmyeon parar na frente de casa e logo o vi entrar com um semblante triste, estranhei mas tentei deixar passar.

 

- Kyungsoo vem aqui – falou baixo.

- Que foi Junmyeon, aconteceu alguma coisa ? – perguntei receoso.

- Você se lembra daquele meu amigo que veio aqui em casa naquele dia do jantar?

- Sim eu lembro, o que tem ele? - comecei a me assustar.

- Ele sofreu um acidente quando voltava de viagem...

- U-Um acidente?? Mas ele foi socorrido certo? Ele está bem né?

- Foi muito grave, parece que a pista estava escorregadia, ele perdeu o controle e bateu de frente com um caminhão - minha alma pareceu sair do meu corpo ao ouvir aquilo - ainda o socorreram mas ele estava muito ferido, acabou não resistindo.

 

Na mesma hora meu mundo parou, meu coração acelerou, não poderia ser verdade. Meu amor não podia ter morrido, aquilo era um mal entendido... Sim, Jongin... meu amor. Segurei com todas as minhas forças a vontade de gritar e chorar.

 

- Ele era tão novo, sinto muito por ele – Junmyeon disse baixo - por ter sido algo bem feio, decidiram pular o velório, o enterro vai ser hoje à tarde então se apronte, vamos nos despedir dele – falou indo para o quarto.

 

Quando Junmyeon saiu, sentei no sofá e comecei a chorar como nunca havia feito antes, era por isso Jongin não me atendia. Eu não queria acreditar que o amor da minha vida havia partido me dar um chance de dizer meu verdadeiro sentimento, dizer o quanto eu o amo como nunca amei ninguém.

Sequei minhas lagrimas juntei o máximo de força que eu tinha para tomar um banho e me arrumar, depois de pronto fui até o jardim e colhi a rosa preferida de Jongin: aquela rosa azul. No caminho para o cemitério, a vontade de chorar veio com mais força do que antes, mas eu não podia chorar dentro do carro com Junmyeon. Além da dor da perda, eu ainda tinha que me torturar em esperar a hora certa pra chorar.

Ao chegar no cemitério e ver aquele movimento, eu não sabia descrever a dor que eu estava sentindo naquele momento. No fundo eu estava até achando melhor não abrirem o caixão, eu não queria que minha última lembrança de Jongin fosse vê-lo morto dentro de uma caixa de madeira coberto por flores. Eu não sabia o que pensar, não havia chegado a falar o quanto eu amava e que esperava nosso filho, aquilo doía tanto.

Tive que ficar ao lado de Junmyeon enquanto o caixão era posto sete palmos abaixo da terra, tendo que deixar apenas algumas poucas lágrimas caírem mesmo que eu quisesse gritar de tanta agonia, tanto pela dor de perder meu amado quanto pela gravidez que havia me deixado mais sensível. Não era só Jongin que estava sento enterrado, meu coração também estava indo junto, era como se tivesse ficado aquele vazio dentro de mim. Meu grande e único amor estava indo embora e eu não podia fazer nada, só carregar a dor sozinho pois ninguém podia saber do que tivemos.,

Quando tudo terminou, esperei todos os presentes jogarem as flores e saírem. Aproveitei que Junmyeon se afastou para atender o celular e me aproximei da lápide, finalmente eu estava sozinho com Jongin. Me abaixei e coloquei sua flor favorita, passando minha mão sobre sua foto.

 

- Porque isso teve que acontecer com você meu amor? - sussurrei - como vou cuidar do nosso filho sem você? Eu queria ter te contado antes mas não deu tempo - engoli em seco - eu não quero ficar longe de você Jongin, eu vou sentir tantas saudade de você meu amor - fiquei em silêncio algun segundos, deixando as lágrimas presas caírem em abundância - mas eu sempre vou lembrar de você não importa onde eu esteja, nem quanto tempo passe, te prometo - sorri fraco - eu te amo... muito - sussurrei, me levantando em seguida.

 

Suspirei e comecei a andar para a saída do cemitério, onde encontrei Junmyeon no carro me esperando. Quando chegamos em casa, não falei nada e fui direto para o quarto, eu precisava tomar um banho. No chuveiro, depois que processei melhor tudo que havia acontecido, chorei como um bebê que havia acabado de nascer. Tudo havia acontecido tão rápido, não tive tempo de dizer a Jongin o quanto eu o amava e muito menos do nosso filho, com certeza ele ficaria tão feliz com a notícia. Observei minha barriga e a acariciei, buscando um pouco de conforto com meu bebê.

Depois do banho tentei comet alguma coisa, mas eu não tinha fome alguma, tive que me esforçar para comer por causa do bebê. Junmyeon havia saído sem me avisar, naquela casa só havia eu e a solidão. Vendo da janela, minhas flores já não pareciam mais como antes, parecia que elas estavam tristes assim como eu. Ah como Jongin amava aquelas flores... A noite chegou, eu havia deitado cedo pra dormir mas não conseguia. Levantei e fui até a janela, a lua estava tão linda. Sorri mesmo triste enquanto alisava minha barriga, ela não estava grande mais já dava pra ver alguma coisa.

 

- Agora daqui pra frente vai ser tudo novo meu bebê, eu, você e seu appa que agora está no céu cuidando da gente – suspirei - ele vai estar sempre no nosso coração.

 

Naquele momento uma estrela brilhou mais, como se quisesse chamar minha atenção. Eu não lembrava de ter visto ela antes, ela era nova.

Era Jongin.

 

 

❤-❤

 

 

 

-2013-

 

 

Estou tomando café da manhã para levar Taeyang para a casa de seu amigo, hoje vou visitar o túmulo de Jongin e não está na hora do meu pequeno viver isso, não é o momento certo.

 

- Appa, estou bonito? - Tae me pergunta com um sorriso radiante.

 

- Está lindo meu amor, o mais bonito desse mundo - o abraço.

 

 

Taeyang é tão parecido com Jongin, o mesmo cabelo, os olhos cor de chocolate e o olhar penetrante. Quando olho para ele sinto como se estivesse olhando para Jongin e isso faz meu coração apertar. Nosso filho e minha maior preciosidade, eu amo com todas as minhas forças, o pedacinho que Jongin deixou comigo para sempre lembrar do nosso amor.

 

 

- Venha tomar café pra eu te levar na casa do Luhan - dou um beijo na sua bochecha.

 

 

Depois do café, confiro se peguei tudo e saio com Tae. No carro percebo as nuvens escuras se formando no céu e algumas gotas de chuva caindo, eu só torço para que não seja um temporal. Chegando na frente da casa de Luhan, desço e pego Taeyang com sua mochilinha, por sorte a chuva já parou, deve ter sido uma nuvem passageira. Me aproximo da porta e toco a campainha, não demora muito e Luhan a abre sorridente.

 

 

- Bom dia Soo - me abraça - tudo bem?

 

- Bom dia Lu - retribuo o abraço - vou bem, e você?

- Tudo bem também.

 

 

Nossa conversa é interrompida porque Taeyeang passa correndo e abraça o filho do Lu, eles eram muito amigos. Depois que perdi Jongin, me divorciei oficialmente de Junmyeon e com o dinheiro que eu ganhei comprei uma casa e vivo nela com meu filho. Conheci o Lu em uma reunião da escolinha das crianças e somos amigos até hoje, ele me ajudou em muitas coisas durante meu luto e devo muito a ele por isso. Deixamos as crianças na sala e vamos pra cozinha.

 

- Vai visitar o Jongin hoje certo? - Luhan pergunta me entregando uma xícara de chá.

- Vou, por isso vou deixar o Tae com você hoje, ele ainda não está com idade para enfrentar isso – suspiro.

- Concordo com você, ele ainda é novinho demais pra entender isso, mas se precisar de alguma coisa é só contar comigo certo? – Luhan estica uma das mãos e pega a minha, a apertando um pouco.

- Eu sei que posso, te agradeço muito – sorrio.

 

Depois do chá e de uma conversa rápida, chamo meu filho e me despeço dele, avisando que viria busca-lo no fim da tarde, me despeço de Luhan e vou pro carro. Encaro a direção por alguns segundos e fecho os olhos enquanto respiro fundo. Tiro do porta-luvas a rosa azul que Jongin tanto gostava - eu a colhi no dia anterior - e ponho-a sobre o banco do passageiro, ligando o carro e saindo em seguida.

Chegando no cemitério, pego a rosa e desço do carro, não há muitas pessoas por conta da chuvinha que caiu. Ando por ali até encontrar a lápide de Jongin, o que me faz sorrir triste. Tiro algumas folhas secas que há por cima e me sento, passando a mão sobre sua foto e sentindo o peito doer de tanta saudade.

 

- Oi meu amor - digo calmo - eu vim como toda vez - sorrio - trouxe sua flor favorita - ponho a rosa sobre sua lápide delicadamente e suspiro um pouco - estou com tanta saudade de você, dos seus toques e seus beijos – as lágrimas já descem aos poucos por meu rosto - você faz tanta falta meu anjo, nosso bebê está cada vez maior, acho que ele não é mais tão bebê assim - rio fraco - ele é a sua cara, carreguei ele por nove meses para puxar a você, isso não é justo – finjo chateação - eu me arrependo de não ter demostrado meu amor direito pra você, eu tinha tanto medo, mas saiba que eu nunca deixei de te amar esses seis anos e vou te amar até meu ultimo dia de vida.

 

Passo um bom tempo falando com Jongin. Choro, dou risada, relembro nosso tempo juntos conto todo ano eu faço. Mas o tempo passa rápido e quando olho no relógio vejo que já está tarde.

 

- Eu tenho que ir meu amor, mas eu prometo voltar okay? – sorrio leve como se eu esperasse sua resposta - prometo me cuidar e cuidar do nosso filho, logo trarei ele para te visitar pra você ver como ele é tão lindo quanto você - limpo uma última lágrima fujona da minha bochecha - meu amor, mais do que tudo obrigado por ter me dado amor e carinho, ter me amado de verdade e ter me dado a melhor coisa da minha vida que foi nosso filho, um pedacinho seu – sorrio - eu te amo – sussurro.

 

Me abaixo pra poder passar a mão por sua foto outra vez com carinho, me levantando em seguida. Na mesma hora sinto a brisa leve e fresca me envolver e me fazendo sorrir porque sei que é Jongin me confortando, dizendo que também me ama e que vai estar sempre comigo.

E eu sei que vou ama-lo pra sempre, até o meu último suspiro.    

X-X

    " A Rosa azul representa o amor tão intenso que transcende a vida corporal, sendo um amor espiritual, tão forte que não precisa ser mostrado, pois ele é sentido nos menores detalhes. Um amor raro " 


Notas Finais


Depois de muitos meses finalmente conseguir postar.

Essa é minha primeira angts, então me perdoem se ficou ruim. vou procurar melhorar.

Quero agradecer minha mana que eu amo muito, que tirou seu tempo para betar minha filha, @_jjsky muito obrigada te amo ❤

Espero que gostem, não desistam de mim, amo vocês .

Beijinhos ❤


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