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História Eu vou voltar - Meus sentimentos


Escrita por: LovestoryS2

Notas do Autor


Espero que gostem! :)

Capítulo 15 - Meus sentimentos


Fanfic / Fanfiction Eu vou voltar - Meus sentimentos

P.O.V Abby:

- Abby.

- Digo.

Eu não acreditava no que estava vendo! Há quanto tempo eu não o via... E também nem pensava nele, mas eu sei bem o motivo de tirá-lo dos meus pensamentos... Mas toda a vez que o vejo, não adianta nada os messes sem conversar ou se falar, é como se nada tivesse mudado, como se tivéssemos passado dias sem nos ver, e não messes...

Eu não esperava aquilo! Quando a tia Pri me disse para eu ir com ela buscar uns amigos no aeroporto, nem suspeitei que pudesse ser o Digo e a sua família! Porque ela não me contou que eram eles? Bem, isso não importa agora.

- Abby... Que saudade!- Ele falou antes de vir correndo me dar um abraço apertando.- Como você está, baixinha?- Ele perguntou me levantando e fazendo meus pés ficarem centímetros do chão. Ele sempre foi mais alto do que eu! E sempre se aproveitava disso!

- Sem ar...- Consegui falar meio no meio de seu abraço esmagador. Ele riu me soltando.

- Desculpa...- Ele falou sorrindo. Eu não estava diferente.

Ficamos alguns segundos só nos olhando sem dizer uma palavra, até que ele quebrou o silêncio.

- O que você está fazendo aqui?

- Eu que te pergunto.- Falei.- O que está fazendo em Los Angeles? Ainda não está tendo aulas, não?

- Ter eu estou...- Ele falou.- Mas meus pais quiseram vir visitar logo, pelo visto estavam com saudade da família... Então, minha mãe deu um jeitinho de eu, nem minhas irmãs, sairmos prejudicados em tudo... Mas e você? O semestre em Toronto não começou em menos de três messes?

- Começar começou...- Comecei a explicar.- Mas eu, por enquanto,  não moro mais em Toronto.- Ele me olhou confuso.

- Como assim?

- Eu ganhei um concurso, que o prêmio era seis messes em um curso de fotografia aqui em Los Angeles...- Expliquei.

- Não acredito... Porque ninguém me falou isso antes? Eu teria dando um jeito de vir aqui só para ver você tirando fotos!- Ele falou.

Desde que me lembro, o Digo sempre foi muito curioso com as minhas fotos, mas como, nas outras vezes que nos encontramos eu ainda não tinha minha maquina fotográfica, ele não teve a chance... Mas ele sempre falou que queria muito ver as minhas fotos! Isso começou faz uns anos, quando eu peguei essa paixão toda por fotografia!

- Acredito...- Falei rindo. Novamente ficamos só nos encaramos sem nenhuma palavra, mas por incrível que pareça, não era um silêncio constrangedor, era como se estivéssemos matando a saudade de olhar um para o outro.

- Oi também meu sobrinho querido!- Falou tia Priscila nos despertamos e também fazendo o Digo ir abraça-la.

- Onde está o tio Rô? E os meus primos?- Ele perguntou.

- Ficaram em casa...- Respondeu tia Pri.- Os gêmeos estavam meio agitados, então ele preferiu ficar lá cuidando deles, para eles não ficarem fazendo bagunça no aeroporto. E Ali também ficou lá, brincando com o Alex.

- Jura? Com o Alex? Mais que surpresa!- Ironizou Digo.- Não conta para o tio, que eu sei que ele me mata, mas um dia esses dois vão casar!- Minha tia riu.

- Eu não conto se você não contar que eu concordo com você...- Ela falou.- Pois se ele sonhar que isso pode acontecer, ele é capaz de surtar!- Rimos.

Tia Pri cumprimentou o resto da família.

- Abby!- Carine chegou voando em mim, me pedindo colo. Claro que eu dei! Essa menina continua uma fofa!- Estava com tanta saudade de você!- Ela falou me espremendo em um abraço.

- Oi, princesinha.- Falei.- Eu também estava com muita saudade de você, minha lindinha!- E amo demais a Carine! Ela é um dos bebês mais fofos que eu conheci... Quer dizer, agora já não é mais uma bebê, mas continua sendo uma menina fofíssima!

- O que você está fazendo aqui?- Ela perguntou. Antes que pudesse responder veio outra menina, que agora estava tão grande, me abraçar.

- Abby, faz tanto tempo que eu não te vejo! Coisa horrível! Gente boa deveríamos ver todos os dias.- Coloquei Carine no chão e abracei a Pri.

- Você está tão grande! Pare de crescer! Um dos motivos de eu gostar tanto de você é que você é mais baixa que eu!- Falei. Ela riu.

- O que você está fazendo em Los Angeles?- Ela perguntou e a Carine me olhou com curiosidade, pois nem consegui responder a última pergunta dela, que era a mesma que da irmã mais velha.

Expliquei para as meninas do meu curso de fotografia e do concurso. As duas ficaram superempolgadas, pois sabem o quanto eu amo tirar fotos! Elas mais do que ninguém, pois mesmo no passando não tendo minha câmera, eu adorava tirar fotos dessas meninas com meu celular. A Pri não gostava muito, só fazia isso porque eu pedia, já a Carine toda a vez que me via com o celular na mão já implorava para o seu momento de modelo. Uma fofa!

- Vamos, então? Eu já aluguei o carro para vocês, já que no meu não tem tanto espaço.- Falou tia Pri.

- Tia! Será que eu posso ir com você e a Abby?- Perguntou Digo. Fiquei meio vermelhinha com a pergunta, mas torci para que a resposta fosse sim.

- Se sua mãe deixar, por mim tudo bem.- Falou tia Pri. A mãe do Digo, a tia Sam, no mesmo segundo já falou que estava tudo bem, pois íamos para o mesmo lugar, então não fazia diferença em que carro cada um ia. Nesse momento as meninas começaram a pedir para ir comigo a tia Pri e agora Digo, também.

- Meninas, se vocês forem o carro vai ficar muito apertado!- Falou tia Sam.

- Ah, não, mãe! A gente que ir junto da Abby!- Protestou Carine tendo apoio da irmã mais velha.

- Depois vocês vão ter muito tempo para ficar com ela, deixem agora o seu irmão, que com certeza, os dois tem muito para conversar.- Ela falou.

Olhei para o Digo e vi que pelo rosto o que a mãe dele disse era a pura verdade. Mas eu não precisava que ela dissesse isso para eu saber que eu queria muito conversar com ele!

***

- Impressionante! Você sempre me disse que adora fotografia! E mesmo sem nunca ter visto as suas fotos, sempre soube que é talentosa, mas não sabia que era tanto assim! Você fez curso de anos, e agora está aqui em Los Angeles! Nem preciso dizer que você tem futuro, né?- Digo falou. Ri.

- Nem é tanto assim... Tem gente muito melhor do que eu...- Falei.- E você não viu nenhuma foto disso para saber se é verdade!

Estávamos no carro. A tia Pri dirigia, enquanto eu e o Digo ficamos no banco de trás, na hora que chegamos eu falei para ele que poderia sentar na frente, mas ele negou, dizendo que gostaria de conversar comigo frente a frente. Então, estamos meio que fazendo a tia Pri de motorista.

- Eu já disse, eu tenho certeza disso!- Ele falou.

- Como pode ter tanta certeza?- Perguntei.

- Até onde me lembro, você sempre foi boa em tudo o que fazia.- Ele falou. Senti meu rosto queimar.- E também que sempre ficava vermelhinha, como agora.

- Não exagera... Ninguém é bom em tudo, muito menos eu...- Falei sem olha-lo.

- Então, de que planeta você veio?- Ele perguntou rindo. Ri também e o olhei, mesmo sabendo que isso só pioraria a cor das minhas bochechas.

O Digo logo mudou de assunto, por ver que eu estava meio envergonhada. Então, começou a me perguntar se eu estava gostando de morar em Los Angeles junto com meus tios e se sentia saudade dos meus pais.

- Sentir, eu sinto... E muita! E não só deles!- Expliquei.- Também sinto falta dos meus amigos... E às vezes, até da minha antiga vida... Bem que dizem que o ser humano tem medo e mudanças, elas nos pegam de surpresa, não sabemos que serão boas ou ruins, e exatamente por não fazer que as evitamos ao máximo...

- Isso é verdade...- Ele falou.- Todo mundo quer ficar na área de conforto... Mas se quer saber, você é muito corajosa! Nem todo mundo consegue fazer isso o que você fez sem desistir no meio do caminho.- Abaixei o olhar. Não era bem assim, eu ainda estou com a ideia na cabeça de desistir... A Maya já podia ter melhorado e as coisas ficaram menos piores, pois toda a vez que alguém resolvia falar alguma coisa, ela dava uma patada que fazia a pessoa sair correndo! Mas mesmo assim, os olhares maldosos continuam... Já até recebi bilhetinhos falando que eu deveria era ter sido expulsa! E que eu não era bem-vinda ali... Isso dói tanto... Mesmo querendo focar nas palavras na Maya, eu não consigo... As palavras maldosas de todos tem mais efeito sobre mim do que as doces palavras da família.

Nesse momento chegamos em frente da casa da tia Pri. Nem tinha percebido o tempo passar! Parecia que a gente só tinha saído do aeroporto há cinco minutos, mas pelo visto, foi bem mais...

Nós todos saímos do carro e já fomos indo ajudar a família do Digo com suas bagagens. Quando entramos em casa, uma baixinha de cabelo meio avermelhado veio voado para abraçar o Digo.

- Ali!- Ele falou abraçando a prima.- Que saudade, pequena... Ou não tão pequena assim... Olha só como você cresceu! E está tão bonita... Já arrumou algum namoradinho para eu matar?- Ela riu e foi dar mais um abraço no Digo.

- Para o meu bem, melhor que não! Se não vou passar o resto da minha vida na cadeia!- Falou tio Rodrigo descendo as escadas com o Lucas nos braços. Rimos de seu comentário.

- Olá, seu pequeninho.- Falou tia Sam pegando o Lucas dos braços do meu tio e dar o maior mimo para o menino, para só depois cumprimentar meu tio.

- Onde está Mel?- Digo perguntou para mim.

- Deve estar no quarto. Quer ir vê-la?- Falei. Ele assentiu e subimos juntos para o quarto da bebê.- Oi pequeninha...- Falei tirando Mel do seu berço que sorriu assim que me viu.- Você lembra desse menino?- Mel olhou para Digo e já foi estendendo os bracinhos para que ele a pegue.

- Oi, menininha.- Ele falou com voz fofa para a menina.- Você também está muito grande... Pode não! Você tem que ser um bebê para sempre! Tem que ser do tamanho da Abby.- Bati nele meio fraco.

- Isso é bullying!- Falei de brincadeira fazendo ele ri.

- Estou só brincando, baixinha.- Ele falou. Revirei os olhos. Desde sempre o Digo adorava me chamar de baixinha ou pequena, entre outras coisas... Mas ele nunca perdia uma chance! Só porque ele é alto e eu sou baixa! Minha cabeça bate bem no seu peito, e sempre foi assim. Aff! Porque eu não podia ter crescido como a família da minha mãe? E o pior é que eu sempre deixava! Isso por que... Por que...

- Né, Melzinha? Está na hora de você aprender que altura não importa, e sim se você tem um coração de ouro...- Ele falou interrompendo meus pensamentos. Senti uma certa indireta no ar...

- Digo, Abby! Vamos almoçar.- Falou tia Priscila aparecendo na porta do quarto.

Digo coloca a Melzinha no berço e diz:

- Vamos?

- Vai indo... Eu tenho que fazer um negocio antes...- Eu falei.

- Que negócio?- Ele perguntou desconfiado.

- Nada demais...- Falei torcendo para as perguntas acabarem ali.

- Então tá.- Ele falou.- Te vejo na cozinha.- Em seguida saiu me deixando no quarto junto da Mel. Assim que garanti que ele havia decido as escadas fui voando para o meu quarto!

Assim que entrei lá fechei a porta e fiquei encarando minha janela por alguns segundos... Logo depois, nem percebi como fiz isso, mas me sentei no chão e senti até meus olhos lacrimejarem.

Digo... O Digo está aqui! O Digo... Meu companheiro de viagem, que me faz companhia e faz que cada uma delas seja inesquecível...

Não acreditei quando vi que era ele que estávamos indo buscar. Fazia tanto tempo que não o via... Quer dizer, até que nem tanto. Eu o vi no aniversário dos gêmeos, messes antes... Mas isso, olhando agora, parece que faz tanto tempo, e ao mesmo tempo me lembro de tantos detalhes daquela viagem que parece que foi ontem que tudo aquilo aconteceu...

Eu não sei explicar porque isso acontece... Não sei se é só uma paixonite de férias que logo passa... Mas se for, por que toda a vez é a mesma coisa?

Desde novinha eu conhecia o Digo e o encontrava nos aniversários dos meus primos e tios, mesmo a gente não sendo da mesma família... Nesses encontros nós brincávamos muito e depois de grandes conversávamos muito! Foi por lá dos meus 11 anos que tudo isso começou...

Era para ser uma viagem normal, eu indo para o aniversário da Ali e acabar encontrando o Digo, que eu tanto adorava conversar e me divertir! Durante todo esse tempo eu só o via como amigo! Mas aquela viagem foi diferente... Na época eu pensei que só fosse algo que a adolescência trousse... Sabe, aquela história de se apaixonar e se desapaixonar mais de dez vezes por semana.

Eu sempre gostei muito do Rodrigo, mas naquela viagem, possivelmente por ser mais velha, eu o vi com outros olhos! Ele já não era mais meu companheiro de viagem que me divertia o dia inteiro... E sim o garoto divertido que fazia meu coração disparar com apenas uma palavra.

Até aí tudo bem... Mas o problema vem quando temos que voltar para casa... Em algum momento isso acontece, antes sentia falta somente de um amigo, naquela viagem senti falta do menino que eu gostava...

Eu e o Digo até que tentamos manter um pouco do contato inicialmente... Coisa que me fazia suspirar ainda mais! Porém, vivemos em mundos completamente diferentes! Ele mora em São Paulo e eu em Toronto, o fuso acabava com a gente! Com o tempo as conversas foram diminuindo, até que acabaram de uma vez...

Chorei por um tempo! Sentia falta dele! Ele foi o primeiro menino que eu havia gostado! Mas logo entendi que talvez não fosse para ser... Moramos tão longe um do outro, em realidades diferentes e só nos entendemos, pois eu sempre aprendi português, por causa da minha mãe, pois se não fosse por isso, o Digo só seria uma pessoa que eu olhava algumas vezes ao ano... Pois além de tudo, ele é bem bonito.

O problema não foi só nessa época, ele logo passou e achei que não voltaria... Como estava enganada... Na próxima vez que nos vimos, tudo voltou! E ainda mais forte! Parecia que o sentimento sempre esteve ali, só que eu o abafava... Eu não queria mais sofrer e isso era uma boa solução. Mas vê-lo não ajudava em nada!

E é assim todos os anos... Toda a vez que o vejo, tudo volta, o meu amiguinho de infância de repente se torna meu amor, mesmo ele não sabendo essa é a verdade, e acho que ele não sente o mesmo, nunca rolou nada entre nós antes, e acho que agora não será diferente... E talvez isso seja melhor, ou não...

Meu coração diz que o pior é afasta-lo, mas a razão me diz que nunca daria certo, as coisas são tão diferentes na nossa realidade, o único momento em que elas se cruzam é aqui, em Los Angeles, e tudo o que posso fazer é aproveitar essas pequenas sensações maravilhosas que ele me dá, mesmo que só como amigo...

Pelo menos eu acho que é o melhor... Mas nessa luta não sei quem vai vencer.

Coração ou razão? 


Notas Finais


Gente, desculpa a demora!
Acho que já expliquei o que aconteceu para algumas pessoas, mas para quem não sabe vou justificar...
Eu fiquei bem mal no fim de semana, então não deu para escrever... E hoje, ainda não estou cem por cento, e me forcei a escrever esse capítulo, não ficou grande ou médio por eu não querer escrever muito e ficar horrível! Então, não me forcei só a escrever, mas também para tentar fazer algo bom...
Enfim! Lamento por isso, mas eu realmente não quis (Para o capítulo não ficar ruim) e nem conseguia escrever nas condições que estava (Dor de cabeça, cansaço, e dor no corpo).
Novamente desculpas, e vou já avisando...
Eu não sei se amanhã já estarei melhor, como eu disse, ainda não estou cem por cento. Então talvez "Eu não vou desistir de você" saia prejudicado também... Não tanto quanto esta fic, pois antes de eu ficar mal eu já tinha escrito algumas coisas... Mas se tudo der certo amanhã não terei mais nada, então dará tudo certo, mas não sei...
Beijos!


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