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História Ever since Veneza- Harry Styles (1 versão) - Ever since Veneza


Escrita por: lesparistexas

Capítulo 13 - Ever since Veneza


Harry

...

Recostei-me no banco macio do carro, deixando ele se moldar ao redor do meu corpo. Assisto a janela do seu quarto de hotel, sem coragem de voltar para aquela casa enorme sem ela. Vou subir apenas um instante para olhar nos olhos dela. Apenas para vê-la uma última vez... Não. Não podia me permitir nem mesmo isso. 

No entanto, evitá-la era o máximo que eu conseguia suportar. Podia fingir ignorá-la. Podia fingir não ter nenhum interesse. Mas ainda perdia o fôlego a cada vez que pensava nela. 

Era de cortar o coração saber que eu a magoei. Consolei-me com o fato de que sua mágoa não passaria de uma pequena chateação, uma picadinha de rejeição, comparada com a minha.

 - Que droga! - Com uma raiva bato as mãos no volante - Não era para isso ter acontecido, não precisava ter sido tão imaturo assim...não devia ter deixado chegar a esse ponto.

Jamais poderia ter imaginado isso, não imaginaria que fosse sofrer desse jeito. Nunca me conectei com alguém como me conectei com ela. Nunca tive alguém que realmente queria amar, nunca senti a necessidade de ter uma pessoa completamente minha, nunca quis me apegar a alguém dessa forma. 

O meu plano era ficar com ela uma ou duas vezes, curtir a viagem, só que não foi o que aconteceu. Em vez disso a garota com o sorriso mais lindo que já vi foi entrando no meu coração, bem devagar, até eu ficar completamente louco. Não sabia que a queria tanto até agora.

Será que eu amava Catherine? Talvez não. Ainda não. Porém, o futuro que me permiti vislumbrar continuava vivo na minha mente, e percebi como seria fácil ama-la. Seria como cair, não era preciso esforço.

Mas não poderia me permitir viver este futuro. O fato é que qualquer deslize meu acabaria com a segurança dela. Como quase aconteceu, claro que poderia ter sido pior. Não posso aguentar ser culpado por ferrar a saúde mental dela como ferraram a minha. Catherine não aguentaria ver mensagens de ódio de gente que ao menos a conhece, ontem foi uma pequena amostra e vi como ela reagiu. 

Penso em sair, ir para outro lugar. Ocupar minha cabeça, mas para onde eu iria? Não conseguia pensar em um único lugar no planeta inteiro que me interessasse. Não havia nada que eu quisesse ver ou fazer. Porque não importava para onde fosse, eu estaria apenas fugindo. Eu odiava isso. Quando foi que me tornei tão covarde?

...

Era difícil se acostumar ao tédio; cada dia parecia mais insuportavelmente monótono do que o anterior e eu não estava melhorando. Seis dias tinham se passado, seis longos e torturosos dias. 

Hoje, como todos os outros anteriores, meus pensamentos eram consumidos pelo drama trivial de Catherine. Via seu rosto de vários ângulos, repetido em pensamento atrás de pensamento. "É só uma garota comum" Falava para mim mesmo repitidas vezes. Será que algum dia eu realmente a vira como uma garota de aparência comum? Pensei no primeiro dia em que a vi no corredor, no meu pouco fascínio por ela. Porém, quando a vi na noite seguinte não consegui entender por que não a achei linda desde o início. Parecia algo óbvio. Naquele exato momento me lembrei dela vestindo minha camiseta puída cheia de furos, o cabelo escuro despenteado e embaraçado em torno do rosto, os traços relaxados, os lábios entreabertos enquanto me olhava. Ela me deixava sem fôlego.

 O céu logo acima estava limpo, com estrelas reluzindo, um brilho azul em alguns pontos, roxo em outros. Elas criavam formas majestosas em contraste com o pano de fundo preto do universo vazio; uma cena impressionante. Maravilhosamente bela. Ou melhor, deveria ter sido bela. Teria sido, se eu pudesse estar com ela aqui. 

Mas olhei para as estrelas por mais um instante, tentando ver além do rosto em minha mente. Entre mim e as luzes brilhantes no céu, um par de olhos castanhos tristes me olhava de volta. Os olhos de Catherine quando a deixei naquele quarto de hotel continuaram me questionando. Suspirei fundo e comecei a escrever. Era o melhor que eu poderia fazer.

" Meet me in the hallway

I just left your bedroom

Give me some morphine

Is there any more to do?

Just let me know I'll be at the door, at the door

Hoping you'll come around

Just let me know I'll be on the floor, on the floor" 


À medida que esse inferno me oprimia, eu escrevia mais e mais músicas, passei também a delirar sobre ela.

 Uma pergunta nunca saía de minha cabeça: O que ela está pensando agora? Sera que ela está suspirando como quando ficava irritada? Ou ela está enroscando  uma mecha de cabelo em volta do dedo enquanto mexe no celular  distraidamente? Ou será que ela esta batendo o pé no chão com ar impaciente enquanto fala com a mãe?

Naquele momento, vi o futuro com mais clareza do que jamais vira. Catherine algum dia diria sim para alguém. Ela era linda e instigante. Quer se contentasse com alguém daquela turma sem graça de seu trabalho, quer esperasse até certa idade, chegaria o dia em que ela diria sim. A dor que senti ao imaginar esse futuro me consumia. E não apenas a dor, mas uma ira avassaladora.  

Não suportando mais esse ambiente, não suportando mais estar sozinho pego meu telefone e ligo para Jeffrey. 

- Alô?

- Oi Jeffrey, te liguei para avisar que estou indo para Nova York... - O que me conforta mas também me enlouquece é que Nova York é uma cidade relativamente grande, as chances de encontrá-la são mínimas - e...escrevi mais uma música para o álbum.

Que bom cara, termine para podermos gravar. Tem ideia de quantas músicas vai ter no álbum?

Ainda não sei...

Conversei mais alguns minutos com Jeffrey e decidi sair, me distrair. Nem preciso dizer que foi um desastre. A morena simpática com quem me encontrei não era ela, ela podia se parecer com ela, ter um estilo parecido com o dela, mas faltava algo. 

Ela era uma pessoa legal, mas meio sem graça, faltava aquele fogo da Catherine. Eu sabia que ela estava comigo para satisfazer alguma fantasia de pegar alguém famoso, mas tudo bem, porque eu também a estava usando. A culpa que senti ao acordar do seu lado foi esmagadora, mesmo que não fizesse nenhum sentido. 

Ela acordou, a ofereci o café da manhã, conversamos mais um pouco e ela se foi, me deixando vazio de novo. Voltei a dormir e fiquei bêbado ao meio-dia, e lá estava eu, escrevendo mais uma música dizendo em como Catherine partiu meu coração ou como eu fiz ela partir. 

Finalmente em Nova York, sentado no banco de carona observo a cidade, agitada, cheia de vida e estilo. Como ela.

Depois de enfrentar um trânsito terrível e ter quase terminado uma música inteira chego na casa de Jeffrey, conversamos por um bom tempo até que finalmente nos concentrarmos no trabalho.

- Eu não queria abrir mão de um estilo meio Rock grunge, sabe, acho que é bem diferente e algo que sempre gostei.

- Sim, suas referências são boas.. “Sign of the Times“, eu amei essa, com toda certeza tem que ser o primeiro single, ela é boa e épica… a letra é incrível

- Que bom que gostou, acho que foi uma letra muito reflexiva, eu já imagino algumas guitarras e acho que seria legal umas segundas vozes sabe... 

- Acho que você não deve só se prender ao rock, faz sentido esse álbum não se ater a um gênero em particular e ser um amontoado de referências a tudo, desde folk, pop e até mesmo ao punk rock, é o que condiz com as letras que você me mostrou

- Sim, Carolina eu pensei em ser meio folk, acho que seria legal

-  “Ever Since New York” e “Sweet Creature“ já posso adivinhar para quem são - Jeffrey me diz lançando olhares de condolências. 

- Não só essas...Meet me in the Hallway também

- Mas essa é mais coração partido… agora temos aqui “Two Ghosts“, isto tem algo a ver com Taylor Swift?

- Algumas referencias...“Same red lips” e “Same blue eyes“, queria uma canção que conversasse com a faixa “Style”, quis ser maduro na resposta.

- “Woman” letra bem interessante -Jeffrey então começa ler a canção - “Espero que você possa entender o estado em que fico. Enquanto ele está tocando sua pele. Ele está exatamente onde eu deveria estar, Mas você está me fazendo sangrar” - Enquanto ele lê minha mente viaja exatamente para o dia que a ideia da música surgiu. Tínhamos acabado de voltar de um pequeno pub, e eu estava totalmente enciumado por causa do babaca do Christian…No entanto Catherine me provocava. Enfim, fizemos o sexo mais gostoso que eu já tive em toda minha vida.

- Então, vamos continuar...“Only Angel“ - começo a falar antes que estás lembranças me façam cometer algo irriacional - Nessa quero fazer uma introdução bem legal, um momento com o som eloquente de guitarra e tipo um  grito, bem rock and roll sobre a letra..

“Diabo entre os lençóis” não preciso nem perguntar …

- De dez músicas, seis são sobre ela ok. -Jefffrey deu uma gargalhada tão alto que o acompanhei 

- Kiwi penso em algo bem rock and roll também - Jefrey diz digo mudando as paginas para chegar na letra - Ja pensou em quem vai integrar sua nova banda? E quando vai lançar o álbum?

- A resposta é não. Para as duas perguntas - admito 

Depois de dias trabalhando em cima das faixas e pesquisando sobre os membros da banda temos finalmente algo apresentável para levar até a gravadora.

- Ansioso? - Jeffrey me pergunta assim que saímos do carro e andamos para o imenso prédio cinza com vidros bastante chamativos da gravadora.

- Como não poderia? Sempre parece como a primeira vez -  A única coisa que eu esperava que não acontecesse, aconteceu ... eu a vi.

A merda do prédio da gravadora tinha que estar justo onde ela almoçava? Estava linda como sempre, parecia bem animada enquanto falava algo com…c-om a porra do Christian. Seu rosto mudou totalmente de expressão quando me viu.

 

 

 

 

-

Agora que os dois estarão separados resolvi trazer o Pov do Harry.

Espero que estejam gostando da fic e que tenham gostado do capítulo.

All the love

Stelat



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