História Everlasting Love - Término?!

Havia se passado uma semana desde que Ally veio aqui me ensinar a nadar. Ela estava meio para baixo na segunda, eu perguntei o que tinha acontecido e ela disse não era nada. Nos outros dias da semana ela fez uma programação especial para nós, fomos em uma estufa de flores e ensinei a ela um pouco sobre as flores, fizemos um picnic no parque, entre outras coisas... A campainha tocou e eu fui atender, era um carteiro, ele tinha uma caixa enorme, ela era quase do tamanho dele.

– Hm... Perrie Louise Edwards?!- ele disse e assenti.

– Sou eu.

– Assina aqui para comprovar que você recebeu.- ele disse, li o papel e assinei.

Ele me entregou a caixa, ela era pesada, mas não tanto quanto eu imaginava. Abri a caixa e tinha um urso de pelúcia simplesmente GIGANTE! Aquele urso era muito, muito grande. Procurei por uma carta, mesmo já sabendo quem havia me presenteado. Achei a carta e começei a ler.

" Mon Amour,

Obrigada por ter me dado os melhores 4 meses e meio da minha vida. Eu amei todos os nossos momentos juntas, quando eu te ensinei a nadar, nossa primeira noite, as vezes que fomos para a sorveteria, nosso picnic, nossa ida à estufa de flores, até mesmo nossa briga, por que TUDO com você é perfeito... Claro que tiveram outros momentos, mas esses são os mais marcantes. Você está provavelmente se perguntando o por quê eu escrevi isso... Bem, enquanto você está lendo isso eu estou em um avião voltando para o Texas. Eu sinto MUITO mesmo por te dar a notícia assim, mas eu não sou tão corajosa para dizer isso cara a cara. Eu sei que você não gosta de relacionamentos à distância, e isso é uma entre uma milhões de coisas que nós concordamos. Eu comprei esse urso de pelúcia para você, se você sentir minha falta você pode abraçar ele. Espero que não esteja brava comigo, mas isso é algo meio impossível de se pedir. Eu só quero que se lembre que eu te amo muito, de verdade e que eu nunca menti sobre o que eu sinto por você. Você é a melhor pessoa que eu poderia ter me apaixonado, por isso eu prometo a você que eu voltarei para você, não sei quando, mas vou. Desculpe por tudo e se não conseguiu entender alguma palavra, não consegui não chorar enquanto escrevia... Je t'aime Perrie.

                                           TTYLXOX, Ally."

Terminei de ler a carta e eu já me afundava em lágrimas. Peguei meu celular e liguei para ela, no terceiro toque ela atendeu.

"– Aonde você está, Allyson?- perguntei em um fio de voz, eu tinha medo da resposta...

– No aeroporto...- a resposta veio como uma facada.

– Eu estou indo aí para te trazer de volta.- disse convencida do que eu iria fazer.

– Perrie, por favor, não faça ficar mais difícil...- ela pediu e eu ri sem humor.

– Difícil vai ficar minha vida sem você por tempo indeterminado.- disse e peguei a chave do carro do meu pai."

Desliguei na cara dela e fui até o carro, eu não sabia dirigir direito, mas se eu não chegar lá a tempo fudeu. Dei o meu melhor para dirigir o carro, deu até que certo. Cheguei no aeroporto, estacionei e sai correndo para a área de embarque. O cara quase não me deixou entrar, só que ele viu meu estado e deixou. Texas, Texas, Texas... Cadê essa placa?! Achei! Corri mais ainda, cheguei na parte do vôo para o Texas e tinham várias pessoas sentadas esperando serem chamadas para embarcar no avião. Percori meus olhos pelas as pessoas sentadas e paro ao ver a minha baixinha de cabelos castanhos encaracolados, suspiro aliviada e vou até ela, toco no ombro dela e ela levanta a cabeça. Ela estava com lágrimas nos olhos e os mesmo estavam vermelhos, provavelmente não estavam diferentes dos meus. Ela se levanta e eu a abracei e depois soltei.

– Não faça isso, por favor Ally.

– Perrie...

– Ally, por favor.- disse e ela começou a chorar mais.

– Eu-eu não posso.- ela disse e neguei chorando.

– Fica comigo

Ouvi uma mulher chamar o vôo com destino ao Texas e eu abracei ela com toda minha força. Ela se soltou de meus braços e vi que seus pais estavam ao lado dela agora. Sua mãe estava com um sorriso no rosto e seu pai nos olhava com ternura e com um sorriso triste no rosto.

– Vamos?- a mãe dela perguntou.

Ally veio até mim e me beijou, um beijo diferente dos outros, um beijo com tristeza e amor... Um beijo de despedida. Minhas lágrimas se misturavam com as dela. Nos separamos e eu continuei com os olhos fechados e baixei a cabeça e deixei as lágrimas rolarem.

– Eu te amo.- ela disse e começou a se afastar.

Sequej as lágrimas e olhei para cima.

– Eu também te amo.- murmurei.

Ela se virou e entrou no corredor que liga aquela parte com o avião. Me virei cabisbaixa e fui para o estacionamento. Liguei o carro e dirigi até minha casa segurando as lágrimas, estacionei de qualquer jeito por que eu não sei fazer baliza direito. Entrei em casa e meu pai estava sentado no sofá com uma cara de bravo.

– Onde raios você foi com MEU carro?- meu pai me perguntou bravo.

– FUI TENTAR FAZER MINHA NAMORADA NÃO IR MORAR NO TEXAS! ... Ou ex, sei lá.- gritei frustrada e murmurei a última parte.

– Agora se não se importa eu vou ir me trancar no meu quarto para chorar e gritar até eu morrer.- disse e fui pegar o meu novo urso.

Peguei ele no colo e ouvi o barulho de algo caindo, olhei no chão e vi um colar e um bilhete. Peguei o bilhete e li o que estava escrito.

"Peguei essa ideia da sua música favorita, espero que goste."

~Flashback On~

– Uhum... Música favorita?- ela me perguntou.

– Photograph do Ed Sheeran.

~Flashback Off~

Peguei o colar e o abri, tinha uma foto minha e da Ally juntas. Eu já vi ele em algum lugar... Coloquei o colar no meu pescoço e fui para o meu quarto. Entrei, tranquei a porta e deslizei na mesma até chegar no chão. Ela havia me deixado... Será que isso foi um término? Ela vai voltar mesmo? Se sim, quando? Vai demorar? Eu tinha tantas perguntas e nenhuma tinha resposta. Gritei, começei a chorar, abracei o urso e continei chorando no chão.

***

Acordei com uma puta de uma dor de cabeça e com a luz do sol no meu rosto. Abro os olhos com dificuldade e vejo várias coisas no chão e alguns cacos de vidro. Vou andando até o banheiro e lavo meu rosto. Eu estava horrível, mas nem ligava. Afinal, o que era se importar com aparência quando sua namorada (ou ex, sei lá) está a milhões de quilômetros longe de você?! Desci, fui até a cozinha e meu pai, Caitlin e Roseta me encheram de perguntas, as quais eu não respondi. Peguei um remédio para dor de cabeça, tomei, peguei uma barra de chocolate e voltei para meu quarto.

Ela havia ido embora junto com a minha felicidade e vontade de viver.