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História Everllark Real - 1a Temporada - Um novo mesmo dia


Escrita por: focusonkatniss

Capítulo 48 - Um novo mesmo dia


- Peeta

Não lembro de ter respondido, ou de ter dito qualquer outra palavra pra ela. Apenas continuava sem acreditar no que acabara de acontecer, extasiado e provavelmente com uma cara de bobo apaixonado.

Aos poucos o seu corpo foi me procurando, se aninhando no meu, lindamente me obrigando a deitar de lado para abraçá-la. E foi o que eu fiz - estiquei um braço, oferecendo-o como travesseiro, e com a mão livre puxei novamente sua perna para envolver meu quadril e depois pousei a mão na curva de sua cintura. Estava dividido entre admirar a imagem da Katniss nua e dormir um pouco. A testa dela pesou contra o meu peito e o toque das suas mãos na minha cintura e barriga suavizou, a respiração dela ficou mais pesada e soube que dormiu.

Dei um beijo no topo da sua cabeça e fechei os olhos, esquecendo toda a insegurança e ciúmes, deixando o amor que eu tenho por ela se apoderar de mim.

Mas não durou muito, pouco a pouco a realidade veio a mim e vi o quanto fui imbecil nas últimas horas. Fiz tudo errado – desde ficar cego de ciúmes e ser ríspido até a maneira como tomei o corpo dela agora a pouco – e tudo por raiva, insegurança minha. Agora estou lutando contra o ímpeto de acordá-la e pedir desculpas até cansar. O pior é que eu ter agido desse modo só favoreceu o maldito do Gale, abrindo mais chance pra ele.

Mais um vacilo Peeta, parabéns!

Com muito esforço consigo puxar o lençol para nos cobrir sem acordá-la, ter a Katniss dormindo aconchegada em mim é quase tão bom quanto transar com ela, raspo a bochecha na sua têmpora e resolvo ceder ao sono.

Por cinco míseros minutos! Meu relógio-babáeletronica-enfermeira começa a vibrar maçantemente no meu pulso e emitir um bipe insuportável. Que droga será isso? Levanto o braço e encosto o botão do relógio no meu queixo pra parar com aquilo, olho o visor e logo entendo o que ta rolando: o alarme tocou pros remédios que eu devia tomar, eu não ouvi, aí tocou mais quatro vezes e como não dei retorno esse treco ta quase tendo um curto circuito.

Em questão de segundos meu celular começa a tocar em algum lugar no chão do quarto e algo me diz que em breve é meu telefone fixo que fará barulho se eu não atender agora. É uma droga ter que me desvencilhar dela, mas não tem jeito e preciso ser rápido. Jogo meu corpo levemente por cima dela e pouso sua cabeça nos travesseiros, ela começa a se mexer e volto a abraçá-la pra ela não acordar. Quando sua respiração volta a se acalmar, eu deslizo pra fora da cama. Seguro o riso ao ver meu quarto todo bagunçado; os lençóis da cama estão todos revirados, tem peças de roupa espalhadas pelo chão, visivelmente foram jogadas lá.

Levo apenas um minuto pra encontrar meu celular, tava perdido debaixo da bota da Kat no chão, por sorte o toque é baixo, atendo e peço pra esperar sem nem ouvir quem ta falando. Fico um tempo observando-a dormir e dou um beijo na sua testa antes de sair do quarto.

Já do lado de fora percebo que não peguei nada pra vestir, estou completamente pelado com um celular na mão e vou ter que voltar pra dentro correndo o risco de acordar o meu amor.

Peeta, você ainda está ai?

A voz sai do meu celular, é o Parker gritando... Dane-se! Vou atender logo e acabar com isso. Levo o aparelho ao ouvido e me preparo pra inventar alguma desculpa que me livre de contar que não ouvi o alarme da medicação porque tava transando. Ficaria feio na minha ficha médica.

 

•••

— Onde você foi, seu idiota?

Esquivo de um travesseiro que voa na minha direção e por pouco não me acerta. Não era essa a recepção que eu gostaria depois do puxão de orelha que o Dr. Parker me deu pelo celular, mas valeu a pena com toda certeza. Mas, a Kat não sabe disso e quis me acertar com um travesseiro assim que passei pela porta.

— Pra lugar nenhum, minha linda – me abaixo e pego o travesseiro no chão – Só não agüentei te ver dormindo sem roupa, deu tanta vontade de te acordar.

Notei seu rosto ficar meio vermelho e pisquei pra ela, segurando o travesseiro eu andei de volta pra nossa cama, parando pra guardar meu celular. Fico um tanto afetado por vê-la sentada com as pernas dobradas, com apenas um lençol de linho branco cobrindo seu corpo e isso logo vai ficar visível entre as minhas pernas.

— Ta tudo bem? – ela abaixa os olhos e toma o travesseiro de mim, pondo-o de volta ao lugar – Quero dizer, entre a gente...   

— É uma piada, né Kat? – levo minhas mãos ao seu rosto e beijo levemente sua boca – Eu que preciso te perguntar isso, ainda ta brava comigo?

— Até deveria estar. – ela sorri e segura minhas mãos pra me puxar de vez pra cama – Eu nunca ia imaginar que a gente seria um casal possessivo assim.

Sento na cama e a puxo pro meu colo, enlaçando meus quadris com suas pernas, observando o lençol escorrer pelo seu corpo. Toco seu ombro afastando uma mecha do seu cabelo dali, onde dou um beijo. Subo minha mão para tocar sua nuca e olho nos olhos dela.   

— Poderia te prometer ser menos possessivo, mas depois do que rolou não sei se consigo. Você gostou?

Seus lábios se entreabriram e isso fez minha pele queimar, nossos peitos nus pressionaram um no outro quando ela tocou as laterais do meu corpo e ficou ainda mais perto de mim.

— To me sentindo uma retardada por ter esperado tanto! Por que você não me disse que ia ser tão – ela olha pra cima e pensa um pouco – intenso?

— Você tinha que descobrir você mesma e a espera valeu a pena, pelo menos pra mim. – solto um sorriso no canto da boca, deslizo a mão da sua nuca pelo meio das suas costas parando na cintura – E eu ainda posso te compensar, por tudo.

Abaixo a cabeça e passo a língua pelo seu pescoço, subo e mordo levemente o lóbulo da sua orelha.  

— Essa promessa eu posso cumprir: compensar tudo. – falo no seu ouvido e, com a mão espalmada na sua cintura, aperto seu corpo contra mim – Eu fui muito grosseiro, tenho que me redimir.

Em silencio, ela balançou a cabeça e segurou meus ombros. Katniss grudou a testa na minha com os olhos cerrados e passou a língua pelos lábios até mostrarem um brilho delicioso, depois mordeu meu lábio inferior e me beijou. Inclinei a cabeça pra receber melhor seu beijo e senti sua boca se apoderar de mim, chupar meus lábios, brincar com a minha língua, raspar de leve os dentes... Isso não pode ser verdade.

Ter meus sonhos se misturando com a realidade me causou uma sensação tão intensa que precisei me esforçar pra respirar. Abaixei as mãos e apertei suas pernas, segurei forte na lateral da sua coxa e afastei um pouco mais suas coxas. Ela gemeu em minha boca quando sentiu meu pau erguido pressionar contra sua coxa.

— Mal acabamos de saciá-lo e você já despertou de novo? – ela riu e pôs os braços ao redor do meu pescoço

— Não chegamos nem perto da saciedade – esbocei uma expressão de inocência e raspei meu rosto no dela. - E não tenho a mínima pressa de chegar.

E é verdade. Ela está maluca se acha que uma única vez vai ser o bastante. Foi incrivelmente melhor do que eu podia imaginar, mas apenas saciou a fome que eu sentia naquele momento e agora, como um viciado, eu me vejo imediatamente consumido pela necessidade de ter mais. O único problema será se ela não sentir algo parecido, mas isso fica pra depois. O resto do mundo pode ficar pra depois.

Senti seus dedos rasparem na minha nuca e agarrarem meu cabelo, respirei fundo, permitindo que o seu cheiro invadisse minhas narinas e minha mente até eu ficar tomado por ela.

— Espero que isso seja uma promessa sua também – sussurrou desafiadora no meu ouvido.

Carreguei sua cintura, encaixando em sua entrada, levantando-a levemente. Com um único movimento, entrei nela ouvi seu gemido baixo. Seus quadris se impulsionaram pra frente, me fazendo penetrar ainda mais fundo e folguei meu aperto, deixando o controle com ela.

Sua testa caiu em meu ombro e ela começou a me cavalgar preguiçosamente, mexendo em pequenos movimentos, mostrando que havia entendido o recado. Beijou cada centímetro do meu pescoço, chupando e mordendo a pele, me marcando exatamente como fiz com ela.

— Pode dizer... – ela ofegava – se eu fizer algo errado.

— Shh... – gemi contra seu pescoço

Ela continuou devagar, em pequenos círculos e eu mordia os lábios para tentar manter uma aparência de controle enquanto ela se mexia num ritmo harmonioso. Para cima e para baixo, nossos corpos se moviam juntos, encaixando perfeitamente. Toquei os dois lados das costas dela, absorvendo a sensação de seus músculos esguios flexionando em cada movimento.  

Sua boca continuava em minha pele, subindo e descendo em meu pescoço entre os gemidos baixos que me excitavam mais. Ficava cada vez mais difícil me segurar pra não cair em cima dela, prender seu corpo e me enterrar ferozmente dentro dela. Mas então ela se aproximou ainda mais, arqueando o corpo, sussurrando:

— Não vou agüentar por muito tempo.

Mexendo mais rápido foi apertando meu corpo e a cada passada de seus quadris a pressão aumentava. Ela era tão apertada, tão quente... Eu sabia que estava perdendo a cabeça, assim como perdi meu coração há anos pra essa garota. Quando achei que não ia mais segurar eu mordi seu ombro e chupei até deixar a pele vermelha. Deslizei as mãos e a agarrei com força, temendo deixar marcas com cada movimento, e aumentei as estocadas. Ela se contorcia e gemia em cima de mim, eu a puxava pra baixo cada vez que ela subia, entrando mais fundo. Estava quase transbordando, e quando a ouvi gritar meu nome não pude mais segurar. Ela abafou seus gritos em meu pescoço e se apertou em volta de mim desencadeando meu ápice, nada era tão bom quanto deixar isso nos atingir ao mesmo tempo, então eu também me entreguei, abafando um grunhido alto em sua pele.

Ela desabou sobre mim e tocou meu rosto suavemente. Estávamos suados, ofegantes e completamente exaustos. Deitei ela na cama e fui pra perto. Ao meu lado, ela estremeceu.

— Está com frio? – perguntei

— Sim. Me abraça – ela deitou de lado – E pede desculpa outra vez por ser demente.

Sorri e puxei pra mim, com suas costas contra meu peito, e envolvi meus braços ao seu redor, entrelaçando nossas pernas.

— Desculpa Kat – falei baixo – Por tudo, por eu ser idiota, ciumento... Não sou esse tipo de cara, você sabe.

— Acho que não sei mais quase nada sobre você. Não depois de hoje. – ela riu e pôs os braços em cima dos meus – Mas ta tudo bem, ou vai ficar né?

Concordei e ela murmurou mais alguma coisa que não entendi, e também não pude perguntar por que logo ela adormeceu e eu fiz o mesmo.


•••

 

A porta do banheiro fecha e me acorda. Lentamente sento na cama e ainda sonolento eu esfrego meu rosto pra despertar. Olho ao redor e não tem mais ninguém na ali, num sobressalto eu levanto e fico a ponto de pensar o pior quando escuto o som do chuveiro. Respiro aliviado esquecendo a idéia estúpida de que tudo foi uma ilusão, ela está aqui, foi verdadeiro. É verdadeiro.

Encontro minha cueca no chão e visto rapidamente, ao passar pelo espelho parei para analisar meu reflexo, notando umas marcas no meu peito. Girando os quadris, eu olhei minhas costas e pude ver arranhões nos dois lados da coluna e nos ombros marcas mais vermelhas onde ela fincou as unhas. Tento me espreguiçar e sinto que estou meio dolorido, quem diria que a senhorita eu-não-perco-o-controle-sou-carrancuda faria um estrago desses?

 

Na verdade todo meu corpo é coberto por marcas e cicatrizes – houve aquele tempo na mão da Capital e o telesequestro, depois me feri na guerra, e aí o Geoffrey – mas os arranhões dela são diferentes, trazem ótimas lembranças ao contrario do resto. Algo vibra dentro de mim pensando nisso e eu ri baixinho.

 

— Você é muito estranho sabia? – disse uma voz preguiçosa atrás de mim – Rir não foi a primeira coisa que pensei quando acordei.

Balancei a cabeça, confirmando sua duvida. Me aproximei da porta do banheiro, onde ela estava parada de braços cruzados, cabelo preso, enrolada na toalha.

— Então, no que você pensou?

Kat se apoiou com um braço na porta e vi a mordida no seu ombro, ela um pouco despenteada, corada e com um ar de satisfação semelhante ao meu.

— Eu pensei no que você fez com as minhas roupas e em como faria pra sair daqui, mas agora acho que é um plano seu pra me manter nua no seu quarto.

Passei a mão pelo cabelo, fingindo me exibir e demos risada juntos. Ela deu um passo a frente e parou na minha frente. Segurei em seu queixo e beijei o canto daqueles lábios avermelhados que eu adoro, virando o rosto ela me roubou um selinho.

— Falando sério Kat, ta tudo bem mesmo? – acariciei seus ombros molhados e desci pelos seus braços – Eu machuquei você? Pode me dizer.   

— Eu to meio dolorida, mas to ótima – ela sorriu e alisou minha barriga – Foi perfeito fazer as pazes desse jeito.

Seus braços rapidamente envolveram minha cintura e ela deitou a cabeça no meu peito. Abracei de volta me sentindo novamente culpado pela distancia pus entre nós, doeu mais que qualquer tortura.

— Sinto muito por ter agido assim – peguei seu rosto e dei outro beijo, depois fitei seus olhos – Eu te amo.  

— Eu também te amo. E entendo sua reação, de verdade.

Quase caí pra trás com a primeira frase e de novo com a segunda, fiquei olhando pra ela sem entender nada. Lentamente Katniss me largou e caminhou até a cama, fui logo atrás e sentamos frente a frente. É estranho, mas mesmo depois de duas rodadas ainda tive que me esforçar bastante pra não arrancar aquela toalha e recomeçar tudo de novo. 

— Desembucha Kat... Entendeu o que? E por quê? – coloquei minha mão sobre a dela em seu colo

— Eu agi exatamente igual ao você quando fiquei com ciúmes da Lorna, no hospital. – ela abaixou a cabeça mirando nossas mãos, fugindo do meu olhar – Mal te deixei falar, explicar nada e morri de ódio. Quis me afastar de você.

 

Nem me lembrava disso, mas faz sentido. O melhor de tudo é vê-la tentar entender essa coisa louca que existe entre a gente, essa relação complicada. Isso me dá mais segurança de que é só o começo, e de que é pra vida toda.

— E agora eu entendo porque você correu de mim... Por isso você disse que somos um casal possessivo mais cedo?

— Sim – ela riu e voltou a me olhar – Mas eu preciso que você acredite que eu jamais pensei em te afrontar quando convidei o Gale.

— Acredito sim – balancei a cabeça – Nunca devia ter me irritado com isso, pra começar.

— Mas agora não tem importância, já passou. Só não vai dar dessas de novo senão eu te mato, eu juro. – puxou a mão da minha e me deu um tapa no antebraço – Seu idiota.

— Mata antes ou depois de recuperar suas roupas?

— Não vou nem responder! – ela bufou e ficou de pé – E essa pergunta só comprova que você rasgou de propósito.

— E pelo visto você gostou muito de eu ter rasgado sua calcinha e arrancado alguns botões da sua blusa. – recebi um olhar fulminante quase intimidador – Ou você já teria esquecido o assunto.

Também levantei e ela me deu as costas, pegou seu sutiã em frente à cama, andou até o meu guarda-roupa e abriu as portas.

Com a pressa, não nos lembramos de fechar as cortinas e agora a luz do sol esta batendo contra os vidros da janela iluminando o quarto. O dia está lindo, mas se alguém passar pela rua e olhar pra cá vai poder vê-la só de toalha, então eu fecho tudo.

— Como eu vou esquecer que meu namorado foi um bruto na nossa primeira vez? – disse ela enquanto abaixava a toalha e vestia o sutiã rapidamente, que pena – Falei igual uma adolescente romântica, que nojo!

— Quem é você e o que fez com a minha Katniss teimosa?

— Cala a boca – ela segurou o riso, olhando e mexendo nas minhas roupas – Bestão.

Dei risada e esperei a um passo de grudar nela, deixei que ela prendesse direito a toalha na cintura e vestisse uma camiseta preta minha, (prefiro apenas a toalha). Dei mais um passo na direção dela, abraçando-a por trás e passei a mão na mancha vermelha em seu ombro.

— Vou fazer outra promessa então – segurei sua cintura e a fiz virar pra mim – Eu ser romântico, paciente, um gentleman... Você vai ver.

— E você já é, sempre foi assim – ela riu – Mas como você ta adorando fazer essas promessas, tudo bem.

— Ótimo. – balancei a cabeça, e toquei novamente na vermelhidão – Posso ser romântico tanto quanto posso ser o dono dessa mordida aqui. E de muitas outras.

— Desde que você reserve isso só pra mim.

Concordei novamente com a cabeça e dei um passo a frente, ela deu um passo atrás entrando entre as portas e respirou pesadamente. Levei as mãos ao seu rosto e a beijei, chupei seus lábios com força, mas logo suavizei e passeei a língua em sua boca, deslizando levemente, mostrando que posso ser carinhoso. Acariciei seu cabelo e o soltei, minha pele se arrepiou quando suas mãos tocaram minha cintura, e quando o tecido espesso da toalha fez pressão contra minha barriga, o alarme de medicação tocou alto no meu relógio. A Kat me soltou automaticamente e apertou o botão pra parar o bipe chato.  

— Isso também lê seus batimentos cardíacos? – ela perguntou encarando o relógio no meu pulso

A pergunta é porque no visor não estava a mensagem de sempre, indicando quais remédios devo tomar remédios que eu preciso tomar, e sim as palavras: amanhã/10h30.

— Sim, mas isso agora é porque eu não escutei uns alarmes pra medicação aí o Parker ligou, me deu bronca e disse que ia marcar uma consulta pra mim.

— Você não ouviu os alarmes porque a gente tava ocupado – sua expressão tranqüila começou a mudar – Por causa disso você descumpriu os horários de medicação... A equipe médica ficou preocupada.

— Muito preocupada, mas relaxa. – dei de ombros e peguei suas mãos, puxei ela pra fora do guarda-roupa - Por que você ta tão intrigada? A consulta é uma burocracia, era isso ou ter novamente enfermeira cuidando de mim. 

— Você disse o que te fez não tomar os remédios? Porque eles sabem, com certeza.

— Não disse. E por que eles sabem? São médicos, não videntes.

— Peeta... Esse relógio conta seus batimentos e envia pra eles, mostrando quando seu coração bate normalmente e quando acelera.

Puta que pariu. Todo o samba que eu fiz, a lábia que eu usei pra enrolar o Parker e fazê-lo acreditar que tirei o relógio pra limpar e esqueci de por de volta foi em vão.

— É, eu não tinha pensado nisso. Mas não precisa ficar assim, ta com vergonha?

— Não, é que vão me culpar por você ter esquecido os remédios. – suspirou pesadamente - Eu devia te ajudar no tratamento e não o contrário.

Katniss passou por mim e sentou na cama, claramente irritada, apoiou os cotovelos nas pernas e segurou a cabeça com as mãos.

— Que droga! – cuspiu, ao invés de falar

Pensei em sentar do lado dela, mas não ia adiantar. Me aproximei e fiquei de joelhos na frente a ela. Passei minha mão pelo seu rosto e comecei a alisar seus cabelos.

— E você ta me ajudando, mais do que me imagina. – disse baixo – Você é mais eficaz que toda a maldita lista de remédio que eu tenho que engolir todo dia.  

 

Fiquei de pé novamente e beijei sua testa quando ela olhou pra mim.

— Espero que você esteja certo – ela sussurrou cética – Faço tanta bobagem... Queria acertar pelo menos com você, com a gente.

— Seja você mesma, me apaixonei por você assim. E agora me conta sobre a sua consulta.

— Senta aí, porque vai ser muita chatice pra aturar de pé.  


Notas Finais


Peeta, o novo viciado nas pootcharia AMO

Então gente, há alguns dias eu cedi a pressão dos meus amigos e finalmente passei pra eles o link da fic, nunca tinha deixado ninguém ler por diversas razões bobas. E entre outros comentários eles me chamaram atenção pro fato de que na minha história eu nunca abordei a amputação da perna do Peeta, aí me perguntaram o porque disso e eu simplesmente não soube responder... Não é que eu tenha me esquecido disso, mas acho que esqueci sem querer querendo kkkkkkkkk

Mas agora eu não sei se vale a pena colocar na fic alguma referencia a isso e queria saber a opinião de vocês: coloco isso na historia ou agora não adianta mais? Será que não vai ficar meio sem sentido falar disso a essa altura?

Enfim, vocês que mandam. Por favor gente, deem a opinião de vocês, me ajudem!!


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