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História Every Time I Go Home - Heartbeats rise, heartbeats fall


Escrita por: everymyday

Notas do Autor


título da história e do capitulo escolhidos através de roleta do roda roda jequiti fiz um sorteio caiu quiet do jason mraz escolhi uns verso que eu gosto e faz sentido e simbora ESCUTEM QUIET DO JASON MRAZ EH G4Y DEMAIS MUITO FOFO

daniela essa eh pra vc e pra quem mais ler

Capítulo 1 - Heartbeats rise, heartbeats fall


Younghyun recolheu os brinquedos espalhados no chão, apagou as luzes da sala e apertou três vezes o ombro direito, sentindo seus olhos arderem e seu corpo doer pelo cansaço. Depois de um longo bocejo, caminhou até o final do corredor e parou em frente à porta com uma bonequinha de pano pendurada na madeira. Ele ponderou se deveria abrir ou não, já que era tarde da noite e Younghyun definitivamente não tinha mais nenhuma energia sobrando para passar mais quinze minutos ninando Hayeon em seu colo. Foi um dia cansativo, e a única parte realmente boa foi poder passar mais tempo com a filha. A babá de Hayeon passou mal e foi ao médico na parte da tarde e Younghyun teve que sair do serviço três horas mais cedo para não deixar a filha sozinha, o que acabou fazendo com que ele recebesse incontáveis e-mails e ligações dos diretores de departamento repreendendo o gestor de marketing por ter ido embora sem avisar. Sua cabeça estava a ponto de explodir e o dia seguinte começaria com no mínimo uma bronca do presidente da empresa e mais repreensões dos diretores por ignorar as mensagens e chamadas. 

 

Mas seu coração de pai não o deixaria dormir sem ter certeza de que estava tudo bem com Hayeon, por isso Younghyun respirou fundo mais uma vez e abriu a porta do quarto da filha devagarinho, fazendo de tudo — e rezando do fundo do coração — para não acordá-la.

 

Porém, ao entrar no quarto, para sua surpresa, a garotinha de dois anos e meio de idade que deveria estar dormindo um sono profundo estava encolhida no canto do quarto, segurando um livro infantil sob a luz fraca do abajur e chorando baixinho. 

 

Os olhos de Younghyun despertaram numa fração de segundo. Ele acendeu as luzes antes de ir até a menina e se sentar ao lado dela.

 

— O que aconteceu, princesa? Por que você acordou? — Younghyun perguntou e tirou o livro das mãos de Hayeon, ajeitou seu pijama e a trouxe para seu colo. — Você tá com dor em algum lugar? — O pai segurou Hayeon pelos ombros e começou a procurar por machucados ou marcas no braço e pescoço dela. A garotinha negou com a cabeça. — Teve algum pesadelo? — Hayeon continuou negando e Younghyun começou a sentir seu coração acelerar pela preocupação. Sua filha nunca escondia quando precisava de algo. — Então conta pro papai por que você tá chorando, meu amor — Younghyun afastou os cabelos do rosto da filha, secou as lágrimas que rolavam dos seus olhinhos pequenos e deu um beijinho em sua testa, encorajando-a a falar o que estava acontecendo. 

 

— Papa. 

 

Younghyun sentiu seu coração apertar com o tom de voz triste de Hayeon. Ele abriu a boca algumas vezes, mas não sabia o que responder. Ele não gostava de mentir para a filha, mas não queria deixá-la mais triste do que já estava.

 

— Eu sei, meu anjo. Também tenho saudade dele — Younghyun respondeu por fim.

 

— Ele já vai voltar?

 

Younghyun respirou fundo e deu outro beijo no topo da cabeça de Hayeon. 

 

— Acho que sim, princesa. Lembra do que o papa falou antes de ir? Ele não vai demorar como da outra vez.

 

Younghyun era casado com Jaehyung Park havia seis anos. Os dois se conheceram na universidade, Younghyun tinha acabado de chegar em Los Angeles após vir de Seul para um intercâmbio de pós-graduação na Faculdade do Sul da Califórnia, e naturalmente se aproximou mais de Jaehyung por compartilharem da mesma ascendência e estarem em cursos parecidos. Younghyun estava se especializando em marketing digital e novas mídias, enquanto Jaehyung era designer de aplicativos para empresas. Essa identificação um com o outro se verteu em uma forte amizade, que em poucos meses evoluiu para beijos escondidos entre as prateleiras da biblioteca e encontros após o fim das aulas, e três anos depois levou os dois ao altar para oficializar o casamento — e a documentação que tornava Younghyun Park cidadão dos Estados Unidos. 

 

Após dois anos de casados e com carreira e situação financeira estável, Jaehyung e Younghyun decidiram que era hora de ter filhos. Após mais um ano e meio de muita burocracia e diversos exames, Younghyun foi quem deu o material genético para que o casal pudesse ter um filho através de fertilização in vitro. Para a alegria dos Park, nove meses depois, Hayeon abriu os olhos pela primeira vez — e virou o mundo dos dois de ponta cabeça, no melhor sentido possível. 

 

Jaehyung sempre viajava muito, tanto nos Estados Unidos quanto em outros países, para dar palestras em fóruns e conferências de tecnologia. Ele era muito requisitado por corporações e multinacionais, por isso sempre tinha a agenda muito cheia e quase nunca estava de folga. Com o nascimento da filha, Jaehyung viu a oportunidade perfeita para tirar um ano sabático e se dedicar somente à Hayeon e Younghyun. Mas, como sua filha já estava quase completando três anos, Jaehyung voltou à estrada, mesmo que com menos frequência. Ele saía por volta de uma vez por trimestre, no máximo duas, e no restante do tempo atendia no escritório que ele montou em casa para trabalhar com mais conforto e ficar mais perto da família. Ele até mesmo colocou um cercadinho infantil no escritório para poder ficar na companhia da filha enquanto seu esposo cuidava da gestão de marketing de uma das maiores empresas de entretenimento dos Estados Unidos.

 

Porém, por mais que Jaehyung fizesse de tudo para passar o máximo de tempo com seu marido e sua filha, Hayeon ainda não entendia que de vez em quando seu papa precisava passar algumas semanas fora. Às vezes, era difícil até para Younghyun lidar com a saudade após três semanas longe de Jaehyung, então ele assistia às séries preferidas de seu esposo, comia algo que ele gostava muito ou vestia alguma peça de roupa dele, na esperança de que o perfume de Jaehyung lhe trouxesse algum tipo de conforto.  

 

Hayeon fungou algumas vezes e segurou a camiseta que Younghyun usava com as duas mãozinhas e escondeu o rosto naquele pedaço branco de pano — uma camiseta de Jaehyung. Younghyun aninhou a filha em seu colo e ficou abraçado com ela em silêncio até ela se acalmar. Quando ele pensou que Hayeon havia dormido, o som da voz infantil da menina quebrou o silêncio.

 

— O papa não terminou de me contar a historinha. Eu queria saber como acaba, mas eu não sei ler, papai.

 

Younghyun soltou um suspiro aliviado e deu um riso anasalado. Pelo menos estava tudo bem com sua filha e não havia acontecido nada grave. Ela só queria saber o final da história que seu pai estava lendo pra ela.

 

— Então foi por isso que você começou a chorar, princesa? — Younghyun falou num tom compreensivo e penteou os cabelos curtos de Hayeon vagarosamente com as mãos quando a filha assentiu com a cabeça. — Eu posso terminar de ler ela pra você, se você quiser.

 

Os olhinhos de Hayeon brilharam e ela assentiu freneticamente, saindo do colo do pai para pegar o livro no chão. Younghyun apagou a luz do quarto, deixando o abajur como única fonte de luz, e se acomodou no espaço cheio de almofadas onde Hayeon costumava brincar. A menina se sentou ao seu lado e encostou o corpo no tronco do pai, que passou um braço por trás de suas costas e aninhou Hayeon perto dele. Younghyun abriu o livro na primeira página e olhou para a filha, que mantinha os olhos fixos nas páginas coloridas.

 

— Você lembra onde o papa parou?

 

— Quando ela encontra o homem de lata!

 

Younghyun assentiu sorrindo e deu um beijinho no topo da cabeça de Hayeon, procurando pela página que ela indicou.

 

— Você lembra o que aconteceu antes da Dorothy encontrar o homem de lata, meu amor?

 

— Sim! Ela foi para o mundo de Oz procurando a casa dela que sumiu quando teve um furacão com um moooonte de vento — Hayeon mexeu as mãozinhas para explicar o ciclone da história e Younghyun sentiu seu coração quase derreter com a fofura da filha. — Aí ela foi atrás de um mago pra conseguir voltar pra casa! Ela conheceu o espantalho sem cérebro e o homem de lata sem coração.

 

Younghyun sorriu orgulhoso e correu os dedos pelos cabelos da filha mais uma vez — um hábito que ele havia adquirido desde que Hayeon era bebê.

 

— Você lembra de tudo, princesa! Você é muito inteligente, sabia?

 

Hayeon assentiu e Younghyun deu risada.

 

— O papa me disse que é o cérebro que faz a gente ser inteligente. E o coração faz a gente amar. 

 

— O papa falou direitinho, meu amor. A gente pensa com o cérebro e ama com o coração — Younghyun falou enquanto apontava para a cabeça e depois para o próprio peito. 

 

— Dá pra pensar sem cérebro? — Younghyun fez que não com a cabeça. — E amar sem coração? — Ele negou outra vez. — Então vamos terminar a historinha logo pra eles poderem ganhar o cérebro e o coração, papai!

 

Younghyun riu e começou a ler de onde Jaehyung tinha parado, enquanto sua filha prestava atenção em cada palavra que saía da boca do pai e por vezes parava para perguntar o que significava alguma palavra, ou somente para comentar a história.

 

Quando Younghyun chegou na parte em que Dorothy, o espantalho, o homem de lata e o leão pegam a vassoura da Bruxa má do Oeste, os olhinhos de Hayeon começaram a se fechar lentamente. Younghyun fechou o livro, diminuiu a luz do abajur e ajeitou a filha em seu colo. De relance, ele viu uma notificação acender a tela de seu celular, inevitavelmente mostrando o horário: meia noite e quarenta. Ele teria que acordar no outro dia antes das seis, arrumar Hayeon sozinho para levá-la até a escolinha e ainda enfrentar um péssimo dia no trabalho sem ter o carinho de seu esposo quando chegasse em casa. Seria outro dia longo e péssimo.

 

Mas olhar para a forma angelical de Hayeon dormindo ruidosamente em seu colo valia todo o esforço, todo o cansaço, todas as noites de sono encurtadas. Sua filha era o maior presente de sua vida, a melhor coisa que surgiu de seu amor com Jaehyung. 

 

— A gente ama com o coração, Hayeonie, como seu pai falou — Younghyun sussurrou enquanto segurava a mãozinha pequena da filha entre seus dedos. — E você fez o meu coração ser o maior do mundo para caber todo o amor que eu sinto por você desde o momento em que eu te vi pela primeira vez, um bebezinho tão pequenininho que agora é tão grande que me dá dor nas costas se eu te segurar por muito tempo no colo — ele continuou num tom que não acordaria a menina e soltou um riso pelo nariz. — Eu espero que, quando você crescer, você saiba que é a criança mais amada do mundo, meu amor. E que você saiba que eu e o papa faríamos qualquer coisa por você. Qualquer coisa — Younghyun inclinou a cabeça e deu um beijinho na testa de Hayeon antes de se aconchegar nas almofadas com a filha nos braços, esperando ela engatar num sono mais profundo antes de colocá-la na cama. — Boa noite, meu amor.




 

— Amor. Younghyun. Hyunie. Acorda, meu bem. 

 

Younghyun abriu os olhos, sentindo o pescoço queimar de dor. Hayeon ainda estava dormindo em seus braços.

 

— Você já tem trinta e dois anos, seu corpo não aguenta mais dormir assim de mal jeito, Younghyun Park. 

 

— Jae?

 

Younghyun abriu os olhos e viu o rosto risonho de seu esposo mal iluminado pela luz do abajur logo à sua frente. Apesar da confusão em seu cérebro — Jaehyung deveria voltar só depois de mais seis dias —, um sorriso quase involuntário surgiu no rosto de Younghyun.

 

— Eu fico fora por menos de um mês e você já começa a se apossar das minhas roupas? — Jaehyung sussurrou uma risada e deu um beijo na testa do marido. — Deixa que eu coloco ela na cama.

 

— Eu estava com saudade e meu dia foi péssimo. Seu perfume me acalma — Younghyun disse num tom baixo e preguiçoso enquanto seu esposo ajeitava a filha do casal na cama, deixava um beijinho em sua bochecha e checava se as grades de madeira que a protegiam de quedas estavam bem firmes.

 

— Vem pegar um pouquinho de perfume direto da fonte, então — Jaehyung brincou e acolheu Younghyun em seus braços, no chão do quarto de Hayeon. Eles ficaram abraçados em silêncio por quase um minuto, quando Jaehyung se separou do abraço e levantou do chão, trazendo Younghyun em seu colo. 

 

— Me coloca no chão! — Younghyun reclamou num sussurro que se transformou em uma risada sem som. 

 

Jaehyung fingiu não ouvir e saiu do quarto de Hayeon com o marido em seus braços, e só soltou quando chegaram ao quarto do casal. Jaehyung deitou Younghyun na cama, depois se deitou ao seu lado e esperou que ele se aconchegasse sobre seu peito, como fazia desde a primeira vez em que eles dormiram juntos. 

 

— Por que seu dia foi péssimo, amor?

 

Jaehyung sentiu Younghyun suspirar sobre seu corpo quando sentiu as mãos do esposo fazendo carinho em seus cabelos. Ele deu um beijo no topo da cabeça de Younghyun e esperou que ele respondesse.

 

— Tive que vir pra casa mais cedo porque a Minkyung foi pro hospital e levei um milhão de reclamações da empresa. Ah, mas não se preocupa, a Minkyung já está em casa, foi só uma queda de pressão — os dois ficaram em silêncio por uns segundos e Younghyun quebrou o silêncio outra vez. — Te liguei hoje quatro vezes e você não atendeu. Por que você não avisou que estava chegando? Eu podia ter feito algo especial pra você, Jae. 

 

Jaehyung fez um carinho breve na bochecha do marido e deu um selinho em sua boca. Younghyun tentou aprofundar o beijo, mas Jaehyung se afastou e continuou fazendo cafuné nos cabelos pretos dele.

 

— Meu celular deu algum tipo de pane hoje à tarde, não sei o que aconteceu. Mas eu te enviei um e-mail avisando que estava chegando.

 

— Ah, me desculpa, ignorei minha caixa de entrada porque só tinha chefe de departamento me repreendendo por ter saído mais cedo. Desculpa mesmo.

 

— Tá tudo bem, Younghyunie. E não precisa fazer nada de diferente, porque pra mim não existe nada mais especial do que chegar em casa e encontrar o amor da minha vida dormindo feito um anjo abraçado com o outro amor da minha vida. Só pra te avisar, aquela cena virou meu novo papel de parede do celular.

 

Younghyun sorriu e levantou a cabeça para dar um beijo em Jaehyung, mas ele foi mais rápido e o beijou primeiro, fazendo o de cabelos pretos soltar uma risada que preencheu todo o quarto — e o coração de Jaehyung.

 

— Acredita que ela tava chorando porque queria saber o final da história do Mágico de Oz? — Younghyun falou num tom risonho e Jaehyung riu também.

 

— E você contou?

 

— Uhum. Mas ela dormiu na parte onde eles pegam a vassoura da bruxa. 

 

Jaehyung assentiu e começou a desenhar círculos imaginários sob o tecido da camiseta na cintura de Younghyun.

 

— Beleza, amanhã eu assumo de onde você parou — Jaehyung falou e encaixou o rosto na curvatura do pescoço do esposo, sentindo o perfume suave da pele dele. — Você sabe que eu amo te ver usando minhas roupas, não sabe?

 

— Você deve ter me dito isso no mínimo umas quatrocentas vezes desde a primeira vez que eu vesti sua camiseta dos Lakers quando a gente dormiu junto no seu apartamento em frente à faculdade aos vinte e três anos de idade, Jaehyung.

 

Ele riu e abraçou Younghyun mais forte, sentindo seu coração quase não caber no peito pela felicidade em finalmente poder estar nos braços que ele havia aprendido a chamar de casa.

 

— Você lembra até qual camiseta era? 

 

Younghyun deu um sorriso de lado e olhou Jaehyung nos olhos.

 

— Eu lembro de cada mínimo detalhe de tudo o que aconteceu naquele dia, Jaehyung, desde a forma como você me olhou, me beijou e foi carinhoso comigo, até a parte em que acabou a energia enquanto eu estava tomando banho no dia seguinte porque você tinha esquecido de pagar a conta.

 

Jaehyung soltou uma gargalhada e segurou o rosto de Younghyun com uma das mãos enquanto a outra se firmou na cintura do esposo, antes de finalmente unir seus lábios num beijo que refletia toda a saudade que sentiam um do outro depois de passarem quase um mês inteiro separados.

 

— Eu senti sua falta todos os dias, Younghyunie — Jaehyung sussurrou contra os lábios dele e recebeu um sorriso e um selinho como resposta. 

 

— Eu e a Hayeon também sentimos muito a sua falta, Jae. Você não tem ideia de como eu estou feliz por você ter voltado uns dias antes. 

 

Younghyun deixou um bocejo escapar e Jaehyung percebeu, por mais que seu esposo tivesse tentado esconder. Ele abraçou Younghyun e o ajeitou sobre si, fazendo carinho em seus cabelos e em sua cintura.

 

— Amanhã a gente conversa melhor, dá pra ver que você tá exausto. Obrigado por cuidar tão bem da Hayeon quando eu viajo, Hyunie — Jaehyung sussurrou e deu um beijo no topo da cabeça de Younghyun. — Dorme bem, meu amor. Eu te amo.

 

— Eu também te amo — Younghyun respondeu já meio adormecido. — Bem vindo de volta à nossa casa.

 

— Minha casa é o seu amor, Younghyunie — Jaehyung falou baixinho enquanto sorria e fechou os olhos. — Qualquer lugar com você é minha casa. 

 

Mas é bom estar de volta.










 


Notas Finais


saudade de jonk vish nossa


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