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História Everything Has Changed - Viagem


Escrita por: DrewDeeh

Capítulo 18 - Viagem


Fanfic / Fanfiction Everything Has Changed - Viagem

Acordei sem o loiro do meu lado, suspirei triste e fechei meus olhos tentando voltar a dormir. Porém, o meu celular começou a tocar, bufei frustrada e me virei na cama pegando o aparelho, a foto do meu pai me fez revirar os olhos, desde que tinha apanhado dele não tínhamos nos vistos ou nos falado. Atendi a ligação sem dizer uma palavra.   

—Você precisa voltar, seja lá onde esteja. Vamos para a Itália. — James disse rude, escute sua respiração acelerada. — Desculpa pelo que fiz, Aria. Sabe que eu não queria fazer aquilo. — ele suspirou e imaginei ele passando a mão no cabelo. — Agora eu preciso de você. Tem que voltar, todos vamos a uma festa na Itália, por favor volte.   

Desliguei a chamada e coloquei meu celular do meu lado. Virei novamente olhando para a parede com uma única janela, a cortina não era totalmente escura o que fazia o quarto ficar claro a medida que o sol ia surgindo.   

Fechei meus olhos na tentativa de voltar a dormir, mas não consegui a voz do meu pai ficava passando na minha cabeça em um loop infinito juntamente com as lembranças dele me batendo naquele beco. As sombras da noite o deixaram ainda mais sombrio e perverso.  

Meus olhos ficaram marejados só em lembrar, as dores voltaram e eu sabia que era apenas psicológico. Abracei o travesseiro e segurei o lençol como se isso pudesse me proteger de tudo, fechei os olhos novamente sentindo as lagrimas baterem no travesseiro.   

—O que aconteceu? — Justin perguntou se sentando no pedaço da cama que sobrou atrás de mim. Sua mão pousou em meu ombro e alisou o lugar tentando me confortar.  

—Meu pai me ligou. — murmurei sem forças para olha-lo ou explicar.  

—Imagino que seja por causa da viagem à Itália. — isso me deixou intrigada e eu em virei para ele. — Samuel acabou de ligar para avisar que eu precisava te levar de volta, vocês vão para um tipo de conferencia dos criminosos.  

—Não vou, estou me recuperando do acidente. — Justin me olhou com pena e eu me virei para não ver essa expressão, odiava que qualquer um me olhasse assim.  

—Vai tratar isso como um acidente? Não foi um acidente. — apenas me encolhi, escutei ele respirar fundo, logo seu braço passou por cima de mim e ele beijou minhas costas. — Desculpa. — ele murmurou me puxando para um abraço. Sorri minimamente e me virei para ele.  

—Eu sei que não foi um acidente, Justin. Eu sei! Só que eu não posso admitir que ele é louco, não até ter para onde ir e como me sustentar. Então, foi um acidente.  

—Faremos como você quiser, mas isso não está certo. — o abracei e fechei os olhos sentindo seu cheiro.  —Você realmente tem que ir para a Itália, em algumas horas pegaremos um jatinho para lá.  

—Não quero ir. Não quero ver meu pai, muito menos o Samuel. Eu não sei como é isso.  

—Não deve ser difícil. Se você não for, pode ser pior. — suspirei sabendo que era verdade. — Você precisa manter a linha até conseguirmos te tirar dessa loucura. — abri meus olhos e fitei ele sem entender.  

—Conseguirmos?  

—Claro, nos. Você não tem ninguém para fazer isso para você. Vou ocupar esse lugar para ajudar você.  

—Isso pode ser algo bom. — disse me apoiando em um braço para olha-lo melhor, sorri maliciosa e isso fez o loiro revirar os olhos.  

—La vem você com isso. Você pode me ver como um amigo? Conhece essa palavra? — ri e apoiei minha mãe em seu peitoral.  

—Conheço, mas eu prefiro sexo. — fiquei em cima dele, me aproximando lentamente de seus lábios.  

—Não vou fazer sexo com você. — ele segurou minhas costas e me virou na cama, passei meu braço pelo seu pescoço, enquanto ele mordeu o lábio inferior me olhando.  

—Veremos! — puxei sua cabeça mais perto e assim nos beijamos. Tirei uma mão do seu rosto e desci até a barra da sua blusa, comecei a puxar o tecido para cima e Justin se afastou para que eu a tirasse. Ele voltou a me beijar e isso me fez sorrir, deslizei minhas unhas pelo seu abdômen cada vez mais definido.  

Nesses últimos dias tinha acompanhado de perto seu treinando, Justin malhava duas vezes por dia. Além de ser um péssimo cozinheiro.  

[..] 

Justin conseguiu me convencer a voltar até a casa do Samuel, já que eu precisava arrumar minhas malas. Entramos na casa, que estava vazia pela primeira vez.  

—Vai lá, vou procurar eles. — Justin falou tocando minhas costas e me empurrando na direção das escadas enquanto ele ia para o outro lado.  

Assim fiz sem nenhuma animação para ir fazer as malas. Entrei no quarto e tu estava do mesmo jeito. Suspirei indo até o closet, peguei uma mala qualquer e olhei para o closet procurando o que levar.  

[..] 

Tomei um banho após terminar de arrumar minhas malas, não coube só em uma mala. Já tinha separado a roupa e assim que sai do banho a vesti, uma calça preta colada no corpo, uma blusa toda branca de alcinha e um casaco verde escuro, com um tênis branco.  

—Está pronta? — Justin perguntou e eu sai do closet.  

—Sim. Sabe quanto tempo ficaremos lá? Não sei se estou levando roupa suficiente. — Justin olhou para as malas e riu balançando a cabeça.  

—Você ficara bem. Vamos lá, temos que ir para o aeroporto. É um longo voou.  

—Claro. — revirei os olhos e peguei minha bolsa saindo do quarto. Eu já não sentia tanta dor, estava quase 100%.  

Desci as escadas vendo Samuel na porta, ele me olhou dos pés a cabeça e então virou a cara, respirei fundo sabendo que seria um longo voou.  

—Você sabe quanto tempo de voou? — perguntei ao Alex que estava ali na porta.  

—Onze horas e dez minutos. — ele sorriu tentando me reconfortar. — Onde esteve?  

—Me recuperando. Podemos ir? — questionei e ele assentiu, andou até o lado de fora da casa e já tinha um carro nos esperando.  

Samuel entrou primeiro deixando para Alex e Justin guardarem as malas no taxi que nos esperava. Samuel foi numa ponta, Alex no meio e eu entrei em seguida, enquanto Justin foi na frente.  

Levou um tempo até chegar no aeroporto. Justin pagou a corrida e eu desci do veículo entrando no aeroporto sem esperar por ninguém. Olhei para os lados a procura de alguém conhecido.  

—Temos que fazer o check in. — Alex falou empurrando um carrinho, Justin vinha com outro e Samuel vinha atrás dele.  

—Não vamos de jatinho? — questionei confusa.  

—Não temos um, andamos na primeira classe. — Samuel falou parando do meu lado. — Por falar nisso, precisa usar isso. — ele falou e me entregou uma caixa, o mesmo ainda não me olhava. Peguei a caixa e abri a mesma vendo um anel no formato de uma cobra, dourado cheio de pedrinhas de brilhante.   

—O que é isso? — perguntei me virando para o homem.  

—Seu anel de noivado. Precisa usá-lo, assim que pisar na Itália. 

—Claro. — revirei os olhos e peguei o anel colocando em meu dedo anelar da mão direita.  

Devolvi a caixa e ele a guardou no bolso, saindo na frente de nós para ir fazer o check-in. Respirei fundo e o segui indo até para a fila com nossos seguranças atrás de nos. 

Logo estávamos na área de embarque da primeira classe, era uma sala de tamanho médio, com um bar, várias banquetas no bar e algumas poltronas pelo espaço, além de uma janela enorme para a pista. Me sentei na última poltrona, uma moça com um uniforme bem alinhado se aproximou.  

—Deseja comer ou beber algo, senhorita? — fitei ela por alguns segundos.  

—Claro, me traga algo doce e um drink. — ela assentiu se afastando. Samuel se sentou do outro lado da sala, Alex e Justin se olharam sem saber o que fazer.  

Levou mais uma hora para poder embarcamos, juntamente com os pais de Samuel e meu pai com Dave, além de mais quatro seguranças. Meu pai se sentou ao lado de Dave, os pais de Samuel foram juntos, os seguranças de ambos também, sobrando assim duas poltronas juntas e um ao meu lado. Samuel parou me olhando e procurou o outro lugar para sentar. Alex se sentou do meu lado e isso fez Justin o olhar com raiva indo se sentar com Samuel.  

—Acho que seu novo brinquedinho não gostou. — Alex falou colocando seu cinto, arqueei a sobrancelha o olhando. — Eu já percebi, Aria. Nem tente negar. — ele me olhou, o fitei sem reação nenhuma. — Não vai se defender. — me encostei na poltrona e neguei. 

—Defender do que? Você já sabe. Só acho que o que você sabe não é o que está acontecendo. Nunca fui pra cama com ele, já com você. — sorri para ele que estreitou os olhos.  

—Duvido. Ele vive com você. Esses dias que você sumiu ele não veio trabalhar, imagino que vocês estavam juntos.  

—Sim, ele me ajudou com a recuperação. Não sei se você aguentaria o que aconteceu. — dei de ombros e fechei meus olhos.  

—O que aconteceu? — virei meu rosto e abri meus olhos para vê-lo.  

—Você não quer saber, é horrível. — segurei seu braço e sorri. — Melhor achar que tudo é assim, bom ou normal. Não sei.  

—Tudo bem, mas eu estou aqui para te proteger. — ri e soltei seu braço.  

—Infelizmente, você não pode me proteger já que é da pessoa que paga seu salário que estamos falando. — sua expressão mudou completamente, Alex olhou para onde meu pai, que estava sentado e então me olhou novamente seus olhos pareciam que ia saltar do seu rosto, segurei seu rosto fazendo ele me olhar. —Calma, ok? Por isso, é melhor você não saber, não tem nada que possa fazer.  

—Claro que tem. O que ele fez com você? Dorethy me alertou para ficar de olho em você na casa do Samuel, mas não achei que tivesse que te proteger na sua própria casa. — suspirei e o abracei.  

—Você faz um ótimo trabalho, Alex. Só não sabe de tudo. Eu nem sabia que se importava. — murmurei a ultima parte e ele se afastou.  

—Não sou de transar por transar, como você. — ele arregalou os olhos — Não estou dizendo que estou apaixonado por você. — ri e segurei seu ombro.  

—Está tudo bem. — falei calmamente e ele negou.  

—Quis dizer que você ser assim me chamou atenção, não que seja algo anormal, mas não parece que é algo que você goste. Então, eu comecei a prestar atenção em você e descobri que você faz isso para atingir seu pai. — abaixei a cabeça. — Já disse que eu fiz alguns semestres de psicologia antes de entrar nesse mundo?  

 —Quantos anos você tem? — perguntei intrigada.  

—25 anos. Entrei na faculdade com 18 e sai com 20, porque tinha entrado nesse mundo.  

—Então você tem me analisado de um jeito profissional, não gostei. — ele riu 

—Não é bem profissional, mas foi o que eu aprendi lá. Você é insegura e tenta esconder, adora desafiar seu pai só para ver ele com raiva ou talvez para ele te largar por aí e você se ver livre dele. Além de que você não se compromete com nada, imagino que teve uma desilusão ou várias.  

—Sabe que eu não quero conselhos de psicólogo, por isso não faço terapia.  

—Mas devia. Você cresceu em um ambiente instável, sem sua mãe. Cresceu com medo de morrer e várias outras coisas que eu não sei e nem faço ideia. Se você quiser posso te ajudar, mas recomendo você ir para um profissional certificado. — encostei minha cabeça em seu ombro.  

—Eu te odeio. — ele riu e alisou meus cabelos.  

—Só porque eu te desvendei? Você ainda é um mistério para os outros. Acho que você precisa de alguém que te entenda.  

—Eu tenho. — Alex se afastou e eu ri. — Fazia um bom tempo que não via, mas eu tenho uma amiga de infância que passou por parte disso comigo. Mesmo assim obrigada.  

Encostei novamente minha cabeça em seu ombro e fechei meus olhos, já estávamos no ar e eu nem tinha notado, iria aproveitar para dormir até chegar na Itália.  


Notas Finais




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