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História Everything Has Changed - De volta


Escrita por: DrewDeeh

Capítulo 36 - De volta


Fanfic / Fanfiction Everything Has Changed - De volta

O resto do dia tinha sido tranquilo com muita conversa. Eu estava em um dos quartos da enorme casa, Alex não tinha conseguido pegar muita coisa na casa do Samuel, por isso estava quase sem roupa. Me levantei antes de todos, estava acostumada com o horário da clínica e lá levantávamos as 6 horas. Justin tinha voltado para o trabalho.  

Tomei um banho morno, era bom estar fora da clínica, me sentia bem comigo mesma. Sai enrolada na toalha, indo para o guarda roupa. Vesti uma roupa de ginastica e prendi meu cabelo em um coque. Sai do quarto indo para a cozinha, lá encontrei uma senhora, de aproximadamente 60 anos, cozinhando.  

—Bom dia! — falei a assustando, sorri para ela. — Desculpa, não queria assustar a senhora.  

—Você deve ser a Aria, sou Esmeralda a cozinheira. Não esperava que a senhoria acordasse cedo.  

—Prazer em conhece-la, não me avisaram. Eu tenho uma rotina diferente do pessoal. Bom, o que tem para comer?  

—Ainda não preparei nada, senhorita. A senhoritas só descem depois das 8 horas, agora estou organizando as compras da semana.  

—Tudo bem. Vou me alongar, enquanto termina. Vou querer uma salada de frutas e um suco verde. — ela assentiu e eu fui para o lado de fora da casa.  

Parei no gramado ficando em uma área sem teto, assim aproveitando a luz do sol. Comecei me alongando, como parte da minha recuperação eles aconselharam exercícios para manter minha mente focada em algo e eu ter como gastar energias. Após me alongar, comecei a correr pela propriedade por cerca de 30 minutos. Segui fazendo as posturas que tinha aprendido nas aulas de yoga. Precisaria comprar um colchão, mas por enquanto conseguia fazer na grama. 

Ao terminar de me exercitar, fui para a cozinha vendo que a Esmeralda já tinha preparado meu café da manhã. Comi minha salada de fruta e então fui para o quarto tomando meu suco. Separei a roupa que iria vestir e fui tomar um banho de banheira, com direito a tudo que eu podia. Fiquei imersa na banheira por um longo tempo, da qual não calculei. Sai indo direto para o box tirar toda a espuma, me enrolei na toalha indo passar hidratante no corpo 

Vesti minhas peças intimas, pegando uma calça jeans preta, uma blusa básica preta e uma camisa larga listrada preta e branco. Dobrei as mangas para ficarem no meu cotovelo e calcei uma sapatilha. Coloquei alguns acessórios pratas e peguei uma bolsa colocando minhas coisas junto.  

Sai do quarto vendo Shay saindo do seu quarto, sorri para ruiva que estava um pouco descabelada.  

—Bom dia. — disse e ela sorriu sem humor.  

—Bom dia. Vai sair? — assenti — Pode levar os seguranças que quiser, as chaves ficam na garagem.  

—Obrigada. Devo voltar de noite.   

—Vai ver o Samuel? — ela perguntou descendo as escadas ao meu lado.  

—Sim, temos que continuar com o plano e eu vou ver meu pai também, quero ver o quanto ele me odeia. — sorri para ela que me olhou preocupada, parando no meio da escada.  

—Você tem certeza que o melhor é ir vê-lo? Não acho que seja seguro. 

—Nem eu, mas preciso ver ele. Talvez eu desista. Vou primeiro me resolver com o Samuel. Vou ficar bem. —Shay revirou os olhos e terminou de descer as escadas.  

—Você sempre disse isso. Espero que fique mesmo.  

Desci as escadas indo para a garagem, peguei a chave de uma ranger e abri o portão dando partida no carro. Liguei o rádio escutando as músicas que passavam. 

[...] 

Parei no portão da casa do Samuel e um dos seus seguranças veio até a janela.  

—Seu chefe está? — perguntei, surpreendendo o cara.  

—Esta, mas ele não quer vê-la. — sorri para ele.  

—Eu preciso muito conversar com ele. Além de que minhas coisas estão nessa casa.  

—Estou seguindo ordens, senhorita Petrova. — ele falou e eu revirei os olhos.  

—Estou falando sério, eu preciso conversar com ele. É importante. Se preferir eu posso pular o muro. — disse o encarando.  

—Pode tentar. — revirei os olhos.  

—Olha! — respirei fundo fingindo que ia chorar. — Eu estou gravida. — falei sem olha-lo. — Eu preciso falar com ele. — fiz uma lagrima descer e ele respirou fundo.  

—Tudo bem. — sorri minimamente para ele em forma de agradecimento. Os portões foram abertos e eu entrei com o carro parando próximo da entrada.   

Desci do carro, respirei fundo tomando coragem para entrar na casa, assim que fiz segui diretamente para o escritório do Samuel, que para meu azar não estava lá. Me sentei na enorme cadeira dele e apoiei meus pés na mesa o esperando aparecer.  

—O que faz aqui? — Samuel perguntou após 15 minutos. — Você não tem permissão de entrar aqui. Como conseguiu entrar? — Samuel parou na frente da mesa.  

—Precisamos conversar. Afinal, eu não sei como estamos. — me levantei apoiando minhas mãos na mesa.  

—Não sabe? Eu te disse que não queria você dormindo com meus homens.  

—Eu não dormi, ok? Eu estava drogada, você me fez ser assim. — disse fazendo meus olhos se enxerem de lagrimas.  

—Eu? Você quis experimentar, apenas não neguei.  

—Eu nunca dormi com seus seguranças, Samuel. — disse cruzando os braços com as lagrimas descerem pelo meu rosto.  

—Eu não me importo. Acabamos. Você quase matou um cara na minha casa, tem noção do interrogatório que eu tive que passar.  

—Eu sinto muito, ok? — tremi o queixo sem olha-lo. — Eu investiguei a morta da...  

—Não me interessa, Aria. Você sabia os termos e assassinato não estava neles. Sai da minha casa.  

—Me escuta, por favor. — implorei olhando para ele, o mesmo se afastou. — Samuel! — chamei, ele andou na direção da porta e eu corri ficando na frente dela. — Por favor. — pedi, ele bateu na parede ao lado da porta e eu fechei os olhos.  

—Diz. Me diz o que fez você atirar no seu pai. — ele se afastou indo se sentar na cadeira dele, me aproximei apoiando minhas mãos na mesa.  

—Meu pai matou minha mãe, Samuel. Esse foi o motivo. — abaixei a cabeça, agora as lagrimas eram reais. — Ele mentiu a minha vida inteira sobre a morte dela. Eu não aguentei a verdade. — respirei fundo e o olhei.  

—Entendo, não deve ser fácil. Ainda assim não vamos nos casar.  

—Você não pode fazer isso comigo. — disse ficando em pé direito. —Eu não tenho mais ninguém, Samuel.   

—Isso é problema seu, querida. — ele sorriu maldoso, fechei meus olhos e cruzei os braços. — Onde esteve?  

—Na reabilitação. — Samuel se levantou curioso. 

—Quem pagou? — foi a vez de ele apoiar as mãos na mesa.  

—Ninguém, estou devendo, assim com o hospital em que me deixaram. Imagino que não tenha sido você.  

—Não! Eu ia sair de casa, quando me avisaram do seu pai, não pude sair. Um dos meus seguranças te socorreram. — assenti. 

—Então, não tem como ajeitar isso? — perguntei o olhando triste.  

—Não. Terminamos no momento que você decidiu beijar meu segurança.  

—Eu achei que era você! — gritei e então, respirei fundo passando a mão no cabelo. — Você gosta de mim, não pode fazer isso comigo. — disse ficando cara a cara com ele, já que estava com a mão na mesa.  

—Até gostei, você foi útil por um tempo. Agora estou na próxima. Vai embora! — fechei meus olhos respirando fundo. 

—Eu estou gravida. — disse, ele parou de respirar e eu abri meus olhos vendo ele pálido. Me afastei do mesmo lhe dando espaço. Levou alguns minutos até ele se mexer.  

—Não me venha com isso. Você é uma drogada, mesmo que esteja gravida a criança não vai sobreviver ao tanto que você usou.  

—Ela está bem. — disse abrindo minha bolsa, peguei o exame de sangue e a ultrassom, joguei na mesa para ele ver.  

—Ela? É menina? — ele perguntou surpreso, pegou com receio a ultrassom.  

—Acho que sim, só estou com 10 semanas. Eu descobri na reabilitação. Não posso ter um filho sozinha, Samuel. — ele me olhou e sorriu largo.  

—Eu disse que não queria filhos. Você me enganou com aquele papo do contraceptivo?  

—Não! Sua medica me fez tirar, porque queria fazer exames sem a mudança de contraceptivos. Pode perguntar a ela.  

—Isso não muda nada, eu não vou assumir. — ele jogou os papeis na minha direção, abaixei a cabeça e a balancei negativamente.  

—Você vai mesmo fazer isso? É uma vida. É seu filho!  

—Eu não me importo! Agora sai daqui. — me abaixei pegando os papeis e peguei minha bolsa.  

—Você é um monstro! — sai da sala dele e me fingi de abalada até chegar no carro. 

[..] 

—É uma grande surpresa vê-la, Aria. Por onde andou? — Diego perguntou entrando no seu escritório, ele segurava um copo com whisky, sorri minimamente para ele. —O que quer? Já falou com meu filho? — perguntou se sentando 

—Sim, já falei com ele, por isso estou aqui. — abri minha bolsa, vi de relance ele ficar tenso e ri baixinho. — Não se preocupe, não vou pegar uma arma. — Diego riu e relaxou o corpo, peguei os papeis. — Acho que ele não vai te falar disso, então eu vim contar pessoalmente. — me levantei colocando os papeis na sua frente.  

—O que é isso? — ele colocou o copo de lado e pegou o papel.  

—Eu estive na reabilitação, depois do hospital e descobri lá. — Diego me olhou confuso.  

—Reabilitação? Hospital? Do que está falando?  

—Seu filho não contou? — sorri minimamente. — Ele me apresentou a cocaína e eu acabei viciada, até eu ter um problema com meu pai e usar uma quantidade elevada, o que me fez atirar no meu pai. Então, eu achei que tinha encontrado seu filho no corredor, mas era um segurança. Seu filho não gostou e me espancou, alguém me levou para o hospital quase morta, o hospital me mandou para uma clínica de reabilitação. — ele me olhava pasmo.  

—Samuel usa droga? — Diego se levantou e eu concordei.  

—Cocaína. Esse não é o caso. — disse balançando a mão, o senhor pegou o copo bebendo tudo que estava ali e então foi colocar mais, voltando para sua cadeira em seguida.  

—O caso é que você está gravida. Então, vocês realmente estavam juntos? — ele juntou seus dedos.  

—Não sei, estávamos nos conhecendo. Começou na Itália. Eu apenas aceitei minha realidade. — me sentei na cadeira colocando a mão na barriga.  

—O que Samuel disse? — abaixei o olhar.  

—Que era problema meu, que ele não quer ter filhos, que eu me virasse sozinha. — Diego bufou e se levantou.  

—Isso não vai acontecer. Você cometeu um erro, mas é perdoável quanto se descobre que o pai matou sua mãe. Além de usar drogas. — ele passou a mão na cabeça e respirei fundo. — Eu não acredito. Meu filho é tão retardado. — Diego socou a mesa e me encolhi. — O que você espera com isso?  

—Não sei, Diego — respirei fundo e o olhei. — Eu não tenho mais nada. Não tenho mais família. Provavelmente minha madrasta levou meu irmão para o outro lado do mundo, meu pai está morto assim como minha mãe.  — meus olhos se encheram de lagrimas e eu fingi um soluço. — Desculpa. — apoiei meu cotovelo no encosto e coloquei minha mão sobe a boca. — Eu preciso de ajuda para ter esse filho. — balancei a cabeça e coloquei a mão no rosto. — Desculpa, é que é tanta coisa para processa estando aqui fora.  

—Onde você está ficando? — ele perguntou calmamente.  

—Na casa de uma amiga da escola. Eu matei meu pai, Diego. Eu..Eu... — solucei novamente e ele deu a volta na mesa, se abaixou ficando na minha frente.  

—Pode voltar para casa, o casamento está de pé, Aria. Não vou deixar meu neto solto por aí, ainda mais com você sem lar. Porém, preciso te dizer que seu pai ainda está vivo. — arregalei os olhos e me levantei correndo, abri a porta que eu deduzi ser do banheiro e me abaixei na privada fazendo som de vomito. Me levantei alguns segundos depois e dei descarga, limpei minha boca e sorri satisfeita com minha atuação.  

—Desculpe. — engoli a seco e me apoiei na cadeira. — É tanta coisa para processar em menos de 24 horas.  

—Você vai ficar bem. Traga suas coisas de volta para a casa do Samuel, irei conversar com ele. De quantos meses você está? — sorri minimamente e coloquei a mão na barriga.  

—Dois meses. — ele assentiu.  

—Vocês vão se casar em duas semanas. Não podemos deixar o povo saber disso, uma gravidez antes do casamento, seria terrível para o negócio. — neguei para ele.  

—Não sei se isso é o certo, Diego. Eu não vim atrás disso, só queria uma ajuda financeira para poder começar minha vida, ou melhor, nossa vida. — toquei novamente minha barriga e ele sorriu.  

—Você vai casar com ele, meu neto não vai um bastardo. Sem bastardos na família Forman. Faremos um casamento relâmpago, irei começar a organizar agora mesmo, talvez ache uma data próxima semana. Pode ir. Vou resolver tudo com meu filho. — assenti e peguei minha bolsa saindo dali.  

Segui para o carro e logo estava fora da propriedade dos Forman’s. Pelo menos iria me casar, só não sei por quanto tempo iria manter a gravidez. Apertei o volante, um problema de cada vez.  


Notas Finais




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