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História Everything Has Changed - O colégio


Escrita por: DrewDeeh

Notas do Autor


-Madelaine Petsch como Solange “Shay” Snow

Capítulo 4 - O colégio


Fanfic / Fanfiction Everything Has Changed - O colégio

Abri meus olhos lentamente vendo uma parede cinza na minha frente, pisquei algumas vezes confusa e então me sentei na cama. Aquele não era meu quarto. Então, lembrei da noite anterior tínhamos assistido Mama mia, o que foi bastante estranho.  

Sai da cama vendo que Jason não estava mais lá. Abri a porta com cuidado vendo se tinha alguém, fiz o mesmo por todos os corredores até estar no meu quarto a salvo. Fui direto para o banheiro tomando um banho, afinal ainda tinha aula. Quando estava pronta sai do quarto indo direto para a cozinha.  

—Bom dia. — falei para o pessoal que estava na cozinha, recebi apenas um aceno com a cabeça.  

Passei direto para a sala de jantar vendo meu pai e meu irmão comendo.  

—Bom dia! — Theo disse ao me ver, sorri para ele e me sentei na sua frente.  

Me servi e observei meu pai lendo algo no Ipad, ele estava concentrado e um pouco bravo. Suas rugas no meio da testa ficavam mais evidente nesses momentos de tensão. Eu tentava saber o que tinha ali, mas sabendo que não conseguiria desisti e me foquei no prato a minha frente. Theo se levantou e isso chamou a atenção do meu pai.  

—Hoje terei uma reunião com seu futuro marido e os negócios, espero que passe o dia comportada. — revirei os olhos e me levantei da mesa sem ao menos terminar de comer. — Jason vai acompanha-la na escola. 

—Ta brincando que agora terei uma baba até na escola? — perguntei surpresa com o quanto ele ia longe com esse plano.  

—Não, ele é tipo um novo aluno na sua escola.  

—Ele não pode ser passar por um aluno. — disse cruzando os braços.  

—Ele consegue, não se preocupe. — revirei os olhos saindo dali junto com Theo.  

—Que carona? — meu irmão perguntou e eu neguei.  

—Ti encontro no colégio. — disse a ele subindo as escadas em seguida. 

Andei até a porta que não foi trocada, girei a maçaneta e bufei frustrada por não conseguir abri-la. Segui até meu quarto e revirei um baú que tinha até encontrar a chave dourada. Voltei a porta e coloquei a chave na maçaneta a girando. Entrei ali fechando a porta e segui até o sótão da casa. Liguei a lanterna do meu celular sentindo arrepios de estar ali, alguns moveis estavam ali cobertos por panos brancos. Andei por meio da poeira e moveis até ver um quadro, puxei o lençol e sorri largo vendo nossa família, tinha sido o presente do meu pai para nosso aniversario de 6 anos, porém não foi uma lembrança feliz já que não tinha muito tempo da morte dela.  

Respirei fundo e voltei a caminhar até o enorme cofre no final do sótão, ri em como meu pai não mudava suas táticas. Coloquei a data da morte da minha mãe e escutei o click, puxei a porta pesada de metal sorrindo ao ver o resto do dinheiro do meu pai. Peguei algumas pilhas e guardei na minha mochila.  

Sai do sótão guardando a chave no baú, na frente da porta de entrada vi Jason, encostado no carro.  

—Bom dia. — disse ao loiro que sorriu.  

—Bom dia. — dei a volta no veículo entrando no mesmo. Coloquei meus pés no painel e ri ao ver sua cara de bravo.  

—Como vai se passar por aluno? — perguntei o olhando, Jason ligou o carro e deu ré para sair.  

—Acho que seu pai esqueceu de avisar que vocês mudaram de escola. — me ajeitei encarando ele com raiva.  

—Você contou para ele o que eu fiz? — questionei brava, antes de lhe dar um soco no braço.  

—Não! — ele disse alto e surpreso, me olhou rapidamente confuso. — Ele não sabe.  

—Então, por que mudei de escola? — cruzei os braços o encarando.  

—Porque agora você está em escola privada, que seu futuro marido tem conhecidos.  

—Só pode ser brincadeira! — me encostei emburrada no banco.  

[...] 

Como de esperado todas minhas aulas eram iguais às de Jason, por sorte eu não faria as aulas de educação física com ele. Isso me fez conseguir escapar do colégio da maneira mais travessa possível. Peguei um taxi e segui para uma loja de motos, sempre quis ter uma, mas meu querido pai não permite. 

Ao chegar na loja escolhi a que mais me atraiu, juntamente com um capacete e uma jaqueta de couro vermelha.  Após pagar, sai da loja pilotando minha nova moto, o capacete tinha uma viseira escura para que ninguém me visse. Parei em um brechó comprando algumas peças de roupas, juntamente com uma mochila e uma bota.  

Estacionei a moto nos arredores da escola, em um lugar escondido, e guardei a mochila embaixo do banco. Coloquei a chave em meu bolso e voltei para a escola, pelo muro que eu tinha pulado. Ao chegar no chão arregalei os olhos vendo uma ruiva me encarando com um sorriso diabólico.  

—Isso não é certo, Petrova. — ela dizia de uma maneira perversa. A ruiva parecia ser uma pessoa mal, a expressão de malvada e debochada não lhe deixava.  

—Quem é você? — perguntei após analisa-la por completo.  

—Sou Solange, mas prefiro que me Shay. — a ruiva estendeu a mão e eu apertei ainda desconfiada.  

—O que você quer, Shay? — cruzei os braços a encarando.  

—Você é a noiva do Samuel? — ela perguntou imitando minha pose.  

—Talvez. — disse estreitando os olhos.  

—Fica tranquila, eu sei de tudo desse mundo. — a ruiva levantou a blusa me mostrando uma cobra na lateral esquerda do seu corpo.  

—Você é do time dele. — disse sem paciência, mas seu sorriso mudou totalmente, parecia estar com ódio.  

—Não! Eu já fiz parte, mas agora tudo que eu quero é matar todos eles. — arqueei a sobrancelha confusa. — Antes de te contar a história da minha vida, quero saber de que lado você está.  

—Eu não te conheço para falar sobre isso. — ela revirou os olhos 

—Você está com ele de verdade?  

—Se você sabe tanto, deveria saber sobre isso também.  

—Sei o suficiente, impossível saber tudo. Sei que seu querido pai foi para a Suíça e voltou alguns dias antes de começar a rolar o rumor de que a filha do Petrova irá se casar com um Forman. Imagino que seu pai queria apenas um novo negócio, já que o antigo foi arruinado. Então, pergunto novamente de que lado você está?  

—Do meu. O que você quer?  

—Vingança, acho que podemos nos ajudar.  

—Quantos anos você tem? — perguntei sem acreditar muito nela.  

—20 anos, isso não muda nada. Assim como você cresci nesse mundo, meu avô começou um negócio de armas que minha mãe assumiu e adicionou as drogas, o problema é que tudo mudou e ela precisava esconder o negócio, por isso ela se juntou aos Formans, assim como a família Dilaurentis. O negócio de flores é ótimo para esconder drogas, com o rendimento que minha mãe conseguiu ela expandiu o negócio e acabou conseguindo mais dinheiro que os Forman. Então, eles resolveram matar ela, meu pai e meu irmão mais novo.  

—Isso não pode ser sério, meu pai não se juntaria a alguém assim. Você está louca. — disse me afastando dela, mas a mesma segurou meu braço, suas unhas longas fizeram pressão na minha pele e eu a olhei com ódio.  

—Eu não estou mentindo, procura morte de família em 2011. Encontrar a minha que morreu em um trágico acidente de carro e a Dilaurentis que morreu os cinco em uma explosão da casa. Quando você aceitar a realidade, me procura. Estou sempre aqui, mas não demora muito. — a ruiva colocou as mãos no bolso da calça e saiu andando na minha frente. Observei ela se afastar e fiquei pensativa.  

Andei até a sala de informática, apenas o professor estava ali.  

—Posso ajuda-la? — Ele perguntou me olhando por cima da tela.  

—Preciso pesquisar uma coisa, posso usar o computador? — perguntei me aproximando dele.  

—Infelizmente não, mas na biblioteca tem computador para pesquisa.  

—Obrigada. — sorri para ele e sai da sala, grata por não ter que usar outros meios para convence-lo.  

Entrei na biblioteca indo direto para a área dos computadores, me sentei na cadeira e liguei o monitor, abri a área de pesquisa e digitei morte em acidente de carro 2011. Comecei a descer a página até encontrar o título com família inteira morre em acidente de carro. Abri a matéria e comecei a ler, segundo o laudo eles tinham perdido o controle ao descer de uma ladeira e o carro acabou saindo da pista e caindo em um desfiladeiro. Todos no carro tinham morrido, já que após cair o carro explodiu, foi encontrado o corpo de quatro pessoas, conseguiram identificar por conta da arcada dentaria e assim confirmaram que se tratava da família Snow, mãe, pai e os dois filhos.  

Sorri convencida pela mentira da menina, mesmo assim procurei pela a família Dilaurentis e a história era a mesma que ela tinha contado.  

Sai da biblioteca e caminhei pelo colégio, não sabia qual era a próxima aula ou se teria próxima aula, as palavras da tal de Shay estavam em minha mente. Eu conhecia esse tipo de gente e sabia que eles eram capazes de fazer algo assim para manter o dinheiro. Só não conseguia imaginar meu pai metido com alguém assim.  

—Por onde esteve? — Jason perguntou parando na minha frente. 

—Conhecendo as instalações do colégio. 

—Você matou aula, Aria. Sabe que não pode fazer isso.  

—Foi apenas uma, e era educação física. 

—Espero que um dia você tome jeito. — revirei os olhos.  

—Podemos ir embora? — perguntei entediada e ele concordou.  

Todo o percurso até o carro ele reclamou sobre minha falta de disciplina, que ele não tinha entrado nisso para ser baba de uma menina malcriada. Não dei importância, afinal sempre escuto o mesmo discurso, de governantas, seguranças, do meu pai, não é mais novidade.  

Entrei no carro e fiquei mexendo no meu celular a procura de mais informações sobre aquela menina, não tinha notícias dela após 2011. Algo me incomodava muito nessa história, se ela estiver certa eu posso estar em um grande perigo, além de me casar com um estranho. Quem faz esse tipo de coisa, não faz apenas uma vez e sim milhares, eles devem ter centenas de inimigos por causa disso.  

Meu corpo foi arremessado para frente juntamente com meu celular. Com a força acabei batendo a cabeça no painel do carro, mesmo com minha tentativa de colocar as mãos para isso não acontecer. Voltei a me encostar no banco e vi a traseira de um caminhão. Olhei para o Jason ofegante, ele não tinha nenhum arranhão, o loiro ia abrir a boca, mas eu gritei. Uma van vinha em nossa direção pelo lado dele, Jason tentando se jogar para o meu lado, mas não adiantou, o carro foi tirado da pista até bater em uma arvore do meu lado. Minha cabeça bateu no vidro e minha vista embaçou, fechei meus olhos por alguns segundos tentando me acalmar.  

—Eles já foram. — Jason falou e eu escutei ele tirar o cinto. Abri meus olhos e virei meu rosto para ele, o loiro estava bem próximo de mim. — Você está bem? — perguntou e eu assenti. Engoli a seco e olhei em volta à procura de alguém, mas não tinha ninguém, nenhum vestígio.  

—O que foi isso? — questionei e o loiro desceu. Meu corpo tremia, nunca tinha sofrido um atentado de verdade.  

—Sai agora! — Jason gritou colocando seu corpo com os braços estendidos, ele me puxou com força me causando dor. Acabei caindo de bunda no chão, o que fez Jason me pegar no colo e correr comigo.  

—O que esta... — um estrondo e fumaça me fez calar a boca. Jason parou quando estávamos do outro lado da pista e me colou no chão. O carro estava em chamas.  

—Eu não sei, Aria. — ele disse respirando fundo, não conseguia parar de olhar para o carro. Poderíamos estar lá e teríamos sido carbonizados. Um calafrio passou pelo meu corpo e eu me sentei desconfortável, meu corpo tremia, eu sentia o pânico, adrenalina e o pavor. Estava prestes a chorar, quando o loiro se baixou. — Está tudo bem, eles já foram. Seu pai cuidara disso. — ele falou e eu não consegui responder, as lagrimas desceram pelo meu rosto. Jason me abraçou, mas eu não me mexi, continuei a chorar em silencio olhando para o carro sendo consumido pelas chamas.  

—Quero ir embora. — falei para ele que assentiu se afastando de mim. Limpei minhas lagrimas e me levantei recuperando minha postura. Vi Jason no telefone e logo voltei a olhar para o carro. —Tem algo ali. — disse e atravessei a pista.  

—Aria! — Jason gritou e eu não o olhei, parecia ser uma flecha no tanque de gasolina. —Não se aproxima! — ele gritou novamente, não demorou para eu sentir ele me segurar pela cintura.  

—Tem algo no tanque. — disse apontando para o lugar.  

—Não tem como pegar isso. Não está vendo que o carro estar em chamas? Seu pai está vindo com os seguranças, vamos voltar para o outro lado. Você está sangrando, por favor vamos. — suspirei derrotada e fui com ele para o outro lado da rua.  

Não demorou para a ranger rover do meu pai parar do nosso lado com mais dois carros atrás dele.  

—Como você está? — ele perguntou segurando meu rosto.  

—Estou bem. — disse me afastando das mãos dele.  

—Entre no carro, um médico está a caminho para examinar vocês. Quero falar com você, Jason. — entrei no carro e fiquei olhando pela janela para ver o pessoal apagando o fogo do carro. 

Quando o fogo se foi, desci do veículo e andei até o queimado.  

—O que é isso? — perguntei ao segurança próximo de mim.  

—Parece ser uma flecha, senhorita. 

—Ela não estava aí, tire. — disse com uma voz autoritária, assim ele fez, já que o mesmo usava luvas de proteção, ele me mostrou a flecha e eu notei algo nela. Parecia terem escrito algo nela, estava contorcido, mas dava para ler, culpa Forman. — Mostre ao meu pai. — disse e voltei ao carro para espera-lo.  



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