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História Everything Is Different - Salvador da pátria


Escrita por: multifandom0514

Notas do Autor


voltei!

Capítulo 45 - Salvador da pátria


Esta aula foi uma completa desgraça. Fiquei farta de ouvir a voz do Ukwon durante tanto tempo, nunca me tinha apercebido mas a voz dele é realmente um pouco irritante. Sinceramente ainda nem sequer entendi onde é que eu tinha a cabeça para gostar do meu tio, devia estar mesmo desesperada ou algo do género. Tocou para o intervalo mesmo no momento em que o novo professor me ia fazer uma questão relacionada com a matéria que ele deu. Ainda bem que não houve tempo para responder porque eu também não sabia a resposta. Saí da sala com pressa, sem sequer agarrar no telemóvel ou nos fones e assim que saí vi Kino encostado à parede, e fui ter com ele.

- O que aconteceu? Estás cá com uma cara… - Disse ele, assim que me viu. Eu agarrei na mão dele e comecei a correr dali para fora. Kino não perguntou nada, apenas corria, enquanto as pessoas nos corredores olhavam para nós como se fossemos dois loucos a correr no meio da escola. Pergunto-me se nunca tiveram infância e se nunca correram na escola. Por fim, chegámos a uma parte da escola onde nunca está quase ninguém, encostei-me ao muro enquanto tentava recuperar o fôlego, sou boa nos desportos mas também me canso obviamente. Kino respirou fundo algumas vezes e a sua respiração voltou rapidamente ao normal. – S/n… deixaste-me preocupado… o que se passou?

Não lhe respondi. Apenas me abracei a ele e comecei a chorar. Como Kino era mais alto que eu ficávamos queridos enquanto nos abraçávamos, já ouvi boatos de pessoas a dizer que eu tenho a altura perfeita para me encaixar nos braços de Kino, sou baixinha comparada com ele, e realmente esses boatos são verdadeiros… eu tenho a altura e a estrutura física perfeita para me encaixar perfeitamente nos seus braços, o que faz com que fique ainda mais confortável. Afastei-me dele e olhei para o chão. Kino tocou ligeiramente no meu queixo e fez-me olhar para ele, limpou-me a cara devido ao choro e sorriu fofamente para mim.

- Não fiques assim meu amor… tudo vai correr bem… - Disse ele.

- Mas tu não sabes o que aconteceu… - Disse eu, e suspirei logo em seguida. Sentei-me no chão, encostada à parede e Kino sentou-se a meu lado, em silêncio. – Tenho um professor de matemática novo. A minha antiga professora foi atropelada, ao que parece.

- Não gostas do professor?

- É ele, Kino… é o Ukwon… como a área profissional dele tem a ver com cálculos ele diz que serve perfeitamente para o cargo de professor… eu tenho matemática quatro dias por semana… tudo aulas com quase duas horas… queria tentar vê-lo ao mínimo, mas assim é claramente impossível. O Minhyuk voltou do hospital… não sei como é que isso aconteceu porque quando o fui ver no outro dia ele ainda estava aparentemente mal… mas ele passou a aula praticamente toda a tremer… quase não conseguia olhar para o Ukwon… como é que é suposto ficar não sei quanto tempo com o Ukwon como professor?

- Eu… não sei o que dizer… não esperava que ele fizesse uma coisa dessas… não esperava que ele se infiltrasse na escola apenas para… te irritar…

- Desculpa-me… - Disse eu. – Tu não precisas de saber estas coisas… eu… precisava apenas de… ti… a meu lado… mas eu compreendo se não quiseres tendo em conta tudo isto com ele… nem sei onde estava com a cabeça quando….

- Ei. – Kino interrompeu-me e levantou-se, esticando os braços para me ajudar a levantar. Ele puxou-me para si e abraçou-me fortemente, sussurrando ao meu ouvido. – Nunca mais digas uma coisa dessas S/n. Eu sei o que aconteceu e já percebi que os tempos que se vão seguir serão difíceis. Mas eu estou aqui… e não vou a lado nenhum, disso podes ter a certeza. O Ukwon vai acabar por se fartar de te irritar, tu vais conseguir finalmente livrar-te da estupidez dele, e nesse tempo, seja quanto tempo for, eu vou estar perto de ti. Porque eu não te quero perder.

- Não consegui parar de pensar em ti durante a aula… estás na minha cabeça praticamente o dia todo…

- E também enquanto dormes. – Disse ele. – Acordei a meio da noite, eram umas 3 da manhã… e tu disseste o meu nome enquanto dormias. Depois eu puxei-te para o pé de mim, dei-te um beijo nos lábios e tu suspiraste enquanto sorrias. Tudo isso a dormir.

- Sou problemática até a dormir.

- Cala-te, foste querida. E ainda bem que acordei a meio da noite, senão não tinha presenciado o facto de dizeres o meu nome enquanto dormes. Claramente até sonhas comigo.

- Assombras-me nos meus sonhos, cala a boca, não te aches muito Kino. – Disse-lhe eu e ele riu-se. Ouvimos o toque de entrada e ficámos calados durante uns segundos. – Bem, ao menos agora já não vou ter matemática, posso estar descansada porque não o vou ver. A disciplina de português espera-me.

Quando eu ia embora, Kino puxou-me pelo braço e levou-me até à parede, onde fiquei com as costas encostadas.

- Não te vais embora assim. – Disse-me ele e eu sorri.

- O que é que tu queres agora? – Perguntei enquanto olhava para o céu. – Está um lindo dia, não há nuvens.

- Quero um beijo. Um bom beijo.

- Bons beijos dás tu. – Disse eu e de seguida escancarei os olhos.

- Quê? – Perguntou Kino.

- Os teus beijos são bons.

- Os meus beijos só são bons porque os teus também são e depois há uma conjugação dos dois e ficamos perfeitos.

- Cala-te. – Disse eu, e empurrei-o contra a parede e beijei-o. Realmente o nosso beijo era perfeito. Podia ficar aqui o resto do tempo se fosse possível. Uma sensação de formigueiro na barriga persegue-me cada vez que as nossas línguas se tocam, cada vez que exploramos o interior da boca um do outro. A dificuldade em respirar começou a fazer-se presente e eu e Kino tivemos que nos separar.

- Foi sem dúvida o melhor beijo da minha vida. – Disse ele, e eu corei e pus as mãos à frente do rosto. Concordei com Kino e olhei para o relógio que estava no pulso dele. – Devíamos ir para as aulas, também concordo.

Fomos para as salas onde íamos ter aula, claramente chegámos ambos atrasados, mas foi por um excelente motivo. Sentei-me rapidamente no meu lugar a português e fiquei a pensar em Kino. Cada abraço que damos… cada beijo que damos… cada vez que as nossas mãos se tocam… tudo isto significa muito mais do que qualquer outra coisa que já me tenha acontecido. Kino é importante para mim, demasiado importante, e não vai ser por causa do Ukwon que eu vou deixar de ter esse alguém importante na minha vida.

*no fim das aulas*

Finalmente tocou para sairmos desta aula, estava a ver que nunca mais terminava, já estava farta. Um dia inteiro de aulas cansa bastante uma pessoa de facto. Só quero ir para casa. Ainda por cima vou ter que ir sozinha porque nenhum dos meus amigos nem o Chani têm aulas até esta hora hoje. Desgraçado do meu irmão, deixa a mana mais velha sem companhia para ir para casa. Fui ao meu cacifo guardar umas coisas e quando estava quase a sair do pavilhão, ouvi a voz de Ukwon a chamar-me. Respirei fundo e virei-me para ele.

- Que foi agora? – Perguntei, sem paciência para o ouvir naquele momento.

- Queria saber o que é que achas da ideia de eu agora ser teu professor. – Disse ele.

- Pensava que nem era preciso perguntares isso. Mas se queres saber, não acho muita piada a essa ideia. Não consigo perceber por que motivo quiseste vir para aqui, sem ser para me irritar, porque é assim, tu tinhas um trabalho fixo e magicamente a minha professora foi atropelada e tu decidiste que seria bom vires dar aulas, precisamente há minha turma. Tenho quase a certeza que foste tu que fizeste algo para magoar a minha professora, só não o consigo provar.

- Andas muito espertinha não é? – Perguntou Ukwon, mudando completamente o tom de voz dele. Agarrou-me no braço e puxou-me contra ele, apertando o meu braço, o que me estava a magoar. – Se sabes o que eu posso fazer não sei porque é que ainda pensas que podes falar assim comigo.

- Estás a magoar-me…

- E tu achas que eu quero saber disso? Se o meu objetivo não fosse magoar-te eu nunca me tinha metido contigo naquele dia na praia, quando nos conhecemos.

- Tu… disseste que não sabias… não fazias ideia quem eu era…

- Parece que menti minha querida.

- Larga-me… deixa-me sair daqui. – Disse eu, controlando-me para não chorar naquele momento. – O que é que tu queres de mim…? Diz de uma vez por todas e deixa-me em paz.

- O que é que achas que eu quero de ti? A única coisa que te posso tirar e que ainda é precioso em ti... querida…

- Larga-me. – Disse eu, mais uma vez. – Ou vais bater-me outra vez como na outra noite no bar?

- Aquilo não foi nada, podes dar-te por contente. – Disse ele, continuando a agarrar-me no braço, cada vez com mais força.

- Não ouviste o que ela disse? – Ouvi a voz de Kino perto de mim e o meu coração acelerou. Ukwon começou a rir assim que viu Kino perto de mim.

- Tinha que vir o salvador da pátria. – Disse Ukwon. – Devias receber uma medalha de bom comportamento. Vou deixar-te ir, por agora. Mas vemo-nos amanhã nas aulas minha querida. Não te esqueças de estudar a matéria que demos hoje.

Assim que Ukwon me largou, Kino pegou na minha mão, que estava a tremer, tal como o resto do meu corpo, e começamos a andar na direção oposta ao Ukwon.

- Só mais uma coisa. – Ouvimos a voz dele e ambos parámos. – A tua mãe disse-me que só volta domingo com o Jae. Pediu-me para ficar a tomar conta de ti e do Chani.

- Não pões os pés naquela casa sem a presença dos meus pais. – Disse eu.


Notas Finais


espero que tenham gostado!!! podem comentar! <3


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