- ME TIRA DAQUI!!!!! – Landon gritava, claramente sem paciência.
- Nem tão cedo querido. – Hope rebateu. – Não até descobrir todos os seus poderes e matar você. – Deu um sorriso cínico para o rapaz.
- Sabe... seu pai não ficaria feliz com isso... – começou a provocar. Fazendo a ruiva olhar imediatamente para ele, como tinha acabado de ativar seu lado vampiro suas emoções estavam a flor da pele, e por incrível que pareça, também estava com sede, mesmo após ter bebido o sangue de Josie, o que foi pouco. – Digo... ele com certeza não estaria feliz com isso... Josie? Não conseguiu ninguém melhor?
A ruiva foi em direção a cela imediatamente e segurou o moreno pelo pescoço. O necromante estava no canto, um tanto... quieto... parecia planejar algo.
– Não se atreva em falar de Josie, ou do meu pai, você nunca teve esse direito, nem mesmo quando era meu namorado. – Falou ainda segurando o homem, com seus olhos amarelos de lobo aparecendo, e suas veias negras também. – Fique quieto antes que eu mesma encontre um jeito de te matar e te tire o benefício da dúvida. Aproveitando que você não morre... – Com um pouco mais de força quebrou o pescoço do rapaz.
- Será que uma hora ele morre de vez? – O necromante perguntou sarcástico. Fazendo até mesmo Hope se segurar para não rir. Afinal todos se cansam da capacidade do garoto de morrer tantas vezes. – Nem mesmo quando ele é o vilão poxa...
- HOPE! – Alaric gritou ao entrar na sala e ver o corpo morto de Landon. De novo. – Por que matou ele? – perguntou incrédulo.
- Até tri-híbridos tem limites. – Respondeu revirando os olhos e saindo do local.
- Ela tem razão... O pássaro é chato. – Necromante falou concordando com a ruiva.
- Você! Calado! – Alaric fala e se senta na cadeira. – Afinal o que vocês querem? Por que você voltou? A magia negra de Josie não foi o suficiente?
- Na verdade... – O bruxo se levantou e se aproximou das barras da cela. – Se eu não me unisse ao pássaro – aponta para o menino no chão – Iria voltar pra Mallivore. E acredite, não a magia negra que derrote aquela lama.
- Por que não só matar o Landon de novo?
- Por que quando eu trouxe ele de volta ele voltou a ser uma fênix, ou seja, ele não morre mais, e ele não cede aos meus controles. Seria tipo um “zumbi independente” – falou fazendo aspas com as mãos. – Não sei porque, mas ele também não morre mais com a flecha dourada, e é por isso que...
- Que...? – Alaric pergunta, e arregala os olhos ao sentir algo atravessar sua barriga. Olhou para baixo a tempo e ver a flecha dourada em seu abdômen e então cair no chão.
- Muito bem. – O Necromante falou.
- O que... o que eu fiz... – Hope voltou para si e se abaixou ao lado de Alaric com lagrimas nos olhos. Fazendo um corte em seu pulso com os próprios e dando para o loiro, retirando a flecha com a outra mão.
- Era só um palpite, mas... você morreu, e enquanto morta, eu consegui entrar na sua mente, e por fim fazer o que eu faço de melhor, controle mental! E quando você voltou, apesar de ser vampira, ainda está fraca. Pobre Mikaelson, por que se alimentou tão pouco? O sangue da pequena Saltzman era tão ruim assim? – Perguntou sarcástico.
- O que... – A ruiva estava confusa e um tanto cansada, como conseguiu chegar a este ponto? O bruxo vendo que não obteria respostas continuou.
- Bom, já que não vai falar nada... Desligue.
- O QUE? – Perguntou exasperada.
- DESLIGUE! – Exclamou.
A ruiva se esforçou, e em certo momento se praguejou mentalmente por não ter se recuperado do que passou. Por estar fraca, era difícil lutar contra o controle mental do Necromante.
Deu um sorriso travesso, olhando para o bruxo em sua frente, que sorriu de volta, sabia que tinha conseguido, Hope estava sem humanidade.
- Leve-o para sala dele, e o faça esquecer da conversa que tive com ele e da flechada. – Pediu e assim Hope fez.
[..]
- MEU DEUS, O QUE HOUVE? – Lizzie gritou ao entrar na sala e ver Alaric desacordado no sofá.
- Cala boca! Minha cabeça dói. – Hope falou ríspida e Lizzie estranhou seu jeito.
- O que houve com você? – Perguntou estranhando, sabia que ruiva mesmo com dor, não falaria daquele jeito.
- Uma Hope sem humanidade, não quer guerra com ninguém.
- VOCÊ DESLIGOU??
- PARA DE GRITAR – Exclamou e com sua magia jogou Lizzie contra parede, fazendo a loira ficar desacordada. – Obrigada...
- O que... – Alaric acordou e imediatamente colocou a mão na barriga. – O que aconteceu? – Perguntou desesperado vendo que não havia mais um corte ali.
- Alaric – Começou e o homem logo estranhou o fato de Hope não o chamar de “senhor Saltzman”. – Quando tomou sua última dose de verbena? – Perguntou, e de forma estranha Alaric percebeu que algo estava errado.
- Dois dias atrás – Mentiu. – Aconteceram muitas coisas. Eu... esqueci. – Falou e pediu mentalmente que Hope tivesse acreditado.
- Muito bem... – Chegou perto do homem que arregalou os olhos. – Não houve nada, você não conversou com o necromante hoje, foi até lá, ficou por uma hora e depois saiu, apenas isso. Também não houve flechada alguma. – Hipinotizou o loiro.
- Fiquei lá por uma hora, não conversei com o necromante, e não levei flechada alguma, apenas isso. – Repetiu fingindo estar cedendo para a hipinóse.
- Muito bem, vou ver como Josie está.
- Por que Lizzie está no chão? – Perguntou ainda fingindo estar calmo.
- Ela consegue ser bem irritante quando quer, apenas lancei um feitiço de sono. – Falou sarcástica e saiu da sala.
Alaric levantou do sofá assim que a ruiva sumiu do seu campo de visão e foi até sua filha desacordada no chão.
- O que ela fez com você? Lizzie, Lizzie, acorda vamos. – Chamou a filha, que acordou com o movimento que o pai fizera em seu corpo.
- Minha cabeça... – Colocou a mão na nuca, arregalando os olhos em seguida se lembrando do que tinha acontecido. – A Hope... ela... tá com a humanidade desligada! – Falou assustada.
- Eu sei, ela tentou me hipnotizar, a Hope que conhecemos não faria isso. – Ajudou a filha a se levantar e se sentar no sofá. – Fica aqui, precisa descansar.
[...]
Hope foi atrás de Josie, e conhecendo sua amada – não tão amada no momento – sabia que ela estava no píer da escola.
- Achei você... – Falou com um sorriso sugestivo, fazendo a morena se virar.
- Estava me procurando? – Perguntou um pouco confusa e a ruiva assentiu.
- Sabe... eu estive pensando... eu estou com sede... – Se aproximou da morena, que ficou ainda mais confusa com as palavras da ruiva.
- E?
- Como assim “e?” pensei que pudesse vir atrás de você quando quisesse sangue, não? – Segurou na mão da maior e a puxou para seus braços, fazendo seus corpos se colarem e a morena ficar surpresa. – Por favor? – Pediu fazendo uma cara manhosa, em seu estado normal não estaria fazendo isso, mas sem humanidade com certeza não ligava, afinal... O sangue de Josie era realmente delicioso.
- Só um pouco. – Apontou e afastou o cabelo dando espaço para a ruiva. Que prontamente mordeu o pescoço.
De fato, o sangue de Josie era delicioso, na concepção de Hope, era salgado no começo e doce no final, poderia dizer que era o melhor doce que já comeu – ou tomou nesse caso.
Se afastou de supetão ao um sentimento de culpa e as palavras “pare, vai machucá-la” apareceram em sua mente. Assustando até mesmo a maior.
- Está bem? – Perguntou confusa para a ruiva que estava com uma feição intrigante. Teria se deixado sentir, mas não podia. Então contra o próprio sentimento, decidiu seguir seu próprio plano.
- Bebe – Mordeu o pulso e deu para a morena que lhe encarou mais confusa ainda. – Vamos, bebe, eu te mordi, precisa se curar. – Mesmo contragosto, Josie pegou o pulso e bebeu o sangue, afinal também não poderia ficar com dois cortes no formato de presas no pescoço.
- Sangue é realmente ruim. – Falou limpando os lábios com uma careta.
- Mas logo, logo você vai gostar – E foi assim, usando sua velocidade sobrenatural, que quebrou o pescoço de Josie, e mais uma vez quase se permitiu sentir, pois era uma pessoa, mais do que importante para Hope, mas bloqueou qualquer que fosse o sentimento. Pegou a maior no colo e a levou para o quarto dela, não queria participar do processo de transformação da morena.
[...]
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