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História Everything You Are - Capítulo 5


Escrita por: divergentmars

Notas do Autor


Boa leitura, amores.
Welcome to Los Angeles - and real world -, dude!

Capítulo 5 - Capítulo 5


Fanfic / Fanfiction Everything You Are - Capítulo 5

Ao chegarmos na casa dos meus avós, num bairro um pouco distante do aeroporto de Los Angeles, já nos mostraram o quarto que compartilharíamos. Claro, um beliche estava ao fundo, e Bruno já subiu para a cama de cima ligeiramente, dizendo que era dele.

-Larga dessa, você vai cair em cima de mim à noite.

-Me chamando de gordo, Lea? - Balançou os pés, sentado na cama de cima.

-Sim, a cama não aguentará você.

-Se a minha cabeça tivesse o tamanho da sua, talvez não mesmo.

-Pelo menos não tenho barriga.

-Nem eu. Mas, tenho mais coxa que você.

-Tenho bunda! - Arqueio as sobrancelhas e ele me olha, cavando profundamente atrás de uma resposta.

-Homem não precisa de bunda.

-Acho lindo homem com bunda, ter onde apertar. - Minha mente viaja pro Havaí no mesmo momento. Lembrar de Kai dói, mas é uma dor como se eu fosse vê-lo amanhã novamente, quando a ficha cair de que provavelmente não o verei durante muitos anos, vai doer mais. Eu tenho consciência disso.

-Ah, me chupa! - Diz em alto e bom som. - Meu Deus, desculpa. - Lembrou que provavelmente meus avós estariam acordados ainda.

-Se meu avô ouviu isso, amanhã irá acordar na rua, e é onde vai dormir por muito tempo.

-Durmo na casa do cachorro, sem problemas.

-Engano seu. - Dou de ombros, sentando na cama de baixo. - Eles não tem cachorros.

-Como alguém não tem cachorro?

-Não tendo, tendo gatos!

-Gatos são chatos.

-Eu sei! - Reviro os olhos. - Mas minha vó é fascinada. Amanhã ela chama você para mostrar os 3 gatos que tem. Se é que algum deles ainda não morreu.

Bruno tomou banho antes de mim, enquanto eu abria as malas e dividia o guarda roupas em partes exatas para eu e ele. O banheiro era em frente ao nosso quarto, então ouvi quando ele parou com o banho. Levantei-me, pegando o pijama e uma toalha que minha avó fez questão de deixar ali, limpinhas e fofinhas. Assim como uma quantia grande de cobertas, lençóis, fronhas, e duas almofadas extras, para caso quisessemos.

-Essa água é maravilhosa. - Ele entra no quarto, sem camisa e secando os cabelos com a toalha.

-Não tinha chuveiro em casa, não? - Implico com ele.

-É melhor gastar água e luz dos outros, por isso é maravilhosa.

Quando retornei ao quarto, Bruno já estava dormindo, e a casa por si estava quieta e toda escura. Deitei, me cobrindo com um lençol roxo, e virando para o lado da parede. Estava completa por um lado, e incompleta pelo outro. Deixei amigos, minha família, e Kai, mas tinha meus avós, Bruno, e uma cidade com muito para explorar e viver.

A ficha de que irei vê-los daqui a um tempo bem grande, ainda não caiu. Sinto que ainda vou chorar bastante, vou gritar de saudades e espernear em silêncio quando barulho não poder fazer. Eu precisava do Kai comigo nessas horas, estaríamos agarrados e quando eu ousasse chorar, ele iria me ter em seus braços e me acalmar com um beijo doce. Mas Bruno supre essas necessidades, menos o beijo, é claro.

Fechei os olhos, desejando que pudesse ter meus pais e Kai ali, quando acordasse, mesmo sabendo que isso seria um pouco em vão.

E mesmo com os olhos inchados de chorar um pouco, eu acordei com um sorriso no rosto, que disfarçava bem. Bruno ainda "roncava" na sua nova cama, e o dia estava claro lá fora. Depois que penteei meus cabelos e troquei minha roupa, cuidando para que ele não acordasse, abri a janela deixando a claridade envolver aquele quarto. Bruno espraguejou algumas palavras, e passava a mão no rosto. Pobrezinho, seus olhos devem ter doído.

-Bom dia! - Sorri, pondo a mão na cintura e olhando pra cima.

-Morre! - Revirou os olhos, se ajeitando na cama.

-Obrigada. Bruno, vamos, o dia está lindo, e é o primeiro dia em Los Angeles.

-Lea, não é como se fossemos ir embora amanhã, estamos morando aqui agora, e podemos deixar pra visitar a cidade outros dias.

-Mas... - Ele tinha razão. Eu posso ter adormecido alguns minutinhos no avião, mas ele se manteve firme e acordado. Não posso cobrar dele. - Ok. - Puxei a cortina novamente. - Bom dia, Bruno. - Atiro um beijo, que não é visto por ele, já que estava com os olhos tapados.

-Muito obrigada! - Agradeceu, sutilmente. - Aliás, tenha um bom dia.

-E você bons sonhos.

-Uhum. - Somente concordou e virou para o lado, adormecendo em segundos, creio eu.

Fui ao banheiro para fazer minha higiene matinal, e já deixei minha escova de dente por ali. Agora ali seria o lugar dela por um bom tempo. Desci atrás dos meus avós, que conversavam com alguém de quem não reconheci a voz.

-Bom dia. - Sorri para meus avós e para uma senhora que conversava com minha avó.

-Oh, Tessa, essa é minha neta, a que comentei que iria vir morar conosco.

-Muito prazer...?

-Eleanor. - Estendi minha mão.

-Muito prazer, Eleanor, sou Tessa, vizinha e amiga da sua avó. - Ela tirou sua mão da minha e virou-se novamente para minha vó. - Aphril, pensei que era um neto que viria.

-Não, não tenho netos. Somente minhas duas meninas. O amigo dela veio passar uma temporada conosco, até conseguirem um lugar para morarem.

-Ah...

Não me interessava ouvir os papos das duas, e eu também não queria ser a intrometida, então dei oi para meu avô e fui para a cozinha preparar algo. Estava precisando de um café da manhã bem reforçado.

Poderia levar um tempo até me acostumar onde exatamente tudo estava. Me confundi várias vezes onde pegar, e o que pegar. Minha vó realmente tem costumes bem diferentes da minha mãe, ou eu não estou acostumada com a casa dos outros, já que a única em que vivi foi na minha antiga casa com meus pais, e depois algumas vezes dormindo na casa do Kai. Senti uma mão passar rapidamente pelas minhas costas, e aquela voz de sono me desejando bom dia.

-Bom dia, Bruno! - Sorri, ao morder mais um pedaço do meu bolo de laranja.

-Me belisca pra eu ver que isso é realidade!

-O que? Que estamos em Los Angeles?

-Não. - Ele senta ao meu lado na mesa da cozinha. - Que eu acordei cedo somente porque você pediu.

Dei um tapa de leve em seu braço e servi o café pra ele. Nosso dia começaria em alguns minutos, assim que tomássemos banho para nos arrumar. Meu avô emprestou o carro para que minha avó nos levasse, já que transporte público é quase impossível. E eu acostumada com fazer tudo apé e de bicicleta no Havaí.

Descemos do segundo andar, onde já tínhamos nos arrumado, ansiosos para podermos ir conhecer pelo menos um pedaço pequeno de Los Angeles. Minha vó deu algumas instruções.

-Los Angeles engana bastante à todos, não pensem que irão conhecer tudo em um dia. - Minha avó diz, ao arrancar o carro.

-Disso nós já sabemos. - Digo rindo, um pouco impaciente.

-É que as pessoas acham que é basicamente a calçada da fama, o letreiro de hollywood e os estúdios. E claro, o observador, que nem todos acham que é um ponto, por não gostarem. Mas essa cidade tem muito mais a oferecer. - Sentia nas palavras dela o quanto amava essa cidade. Me pergunto se no fundo, ela não sente falta do Havaí, e se o vovô não sente nenhum pouco de falta da calma do ar.

-Appril, você não sente falta do Havaí? - Bruno tira as palavras da minha boca.

-Ah, não posso dizer que às vezes me pego pensando em como seria se eu ainda estivesse lá, mas eu sinto que aqui é meu lugar.

-Minha vó me entende. - Falo em voz alta, provocando o riso deles.

E assim foram nossas duas primeiras semanas, apenas conhecendo lugares e aprendendo um pouco mais sobre tudo. Até mesmo um pouco da culinária, que muda de lá pra cá. Fomos em museus conhecidos, museus desconhecidos, em praças, em bairros periféricos e característicos, chiques demais até. Os estúdios, visitamos todo dentro do possível, e os parques de diversões. Não poderia ser melhor, nos divertimos demais, a cada dia mais. E eu tinha a mais plena certeza de que meu coração nasceu para ser criado e cultivado em Los Angeles.

Se eu sinto falta dos meus pais? Essa é a pior parte. Ligo para eles todos os dias, mas a saudade aperta no peito, e tenho vontade de correr para o colo da minha mãe e abraça-la fortemente, não soltar nunca mais, preferencialmente. Me pego às vezes com umas lágrimas nos olhos, pensando na vida que tinha lá, e que aqui iremos começar do zero.

Já está tudo encaminhado. Minha avó me deu um curso, do qual ainda não escolhi, e Bruno está procurando empregos. Já conseguiu um violão velho que era do meu avô, e é nele que às vezes se empulhara e passa horas a fio dedilhando o instrumento.

Não poderia ter escolhido pessoa melhor para partilhar desse sonho comigo, dessa loucura de vir pra cá.

Estava arrumando uma pilha de roupas para minha avó, enquanto Bruno se divertia com meu avô falando de esporte, ou luta, seja lá o que for.

-Porque não sai hoje à noite? Acho que já consegue conhecer a noite de Los Angeles sem a supervisão de um adulto. - Appril para ao meu lado, puxando uma das blusas do monte para dobrar.

-Não sei. Não sabemos dirigir, somos menores de idade, conhecemos a cidade somente há duas semanas...

-Mas eu gostei da ideia. - Bruno se intromete, chegando de mansinho.

-Falou em sair, é claro que iria gostar, não é? - Reviro os olhos.

-Acho que faria bem, conhecer coisas novas.

-Depende do que né, Bruno. - Minha vó o repreende. - Tem festas de fraternidades, às vezes são abertas ao público.

-Lá rola de tudo, Appril. As crianças não saberão se cuidar direito naqueles lugares. - Ouço meu vô falar, e vejo o Bruno fazendo uma careta escondido.

-Deixa de ser tolo, eles são bem inteligentes.

-Se acharmos uma, e você estiver disposta a nos levar e buscar, por mim tudo bem, vovó. - Coloco uma blusa sobre a pilha já dobrada. - E vô, nós sabemos nos cuidar, somos inteligentes, crescidos, só não somos maiores de idade ainda.

-Eu sei, meu amor. Mas nós, pais e avós, temos medo.

-Ele é careta. - Diz minha vó para o Bruno, como se dissesse um segredo.

-Quer ir na festa também, senhora Appril? - Ele coloca a mão na cintura, olhando seriamente para minha avó, que sorri.

-Quero sim, senhor Paul.

Já passavam das três da tarde quando terminei de limpar a casa. A pequena casa que posso chamar de minha. Tanta coisa que mudou em quatro anos que aqui estamos.

Fiz um curso de administração, que minha avó pagou completo já que eu não quis ir a faculdade, simplesmente por não ter nada que me prenda, me interesse completamente a ponto de passar anos estudando sobre aquilo, então, como nunca é tarde, talvez um dia eu saiba o que fazer e faça. Mas, após o término desse curso, eu vi que não era isso que queria, então continuei a largar currículo em toda e qualquer loja que precisavam de pessoas para trabalhar. Fiquei por quatro meses em uma loja de doces, perto da casa de minha avó, e então me chamaram na imobiliária para trabalhar. Primeiramente comecei como secretária, no primeiro ano, e então fui conquistando várias coisas lá, uma delas é não me atrasar, faltar muito raramente - somente quando estava passando realmente mal. Meu chefe, Sr. Dunn, ou apenas Ian, é um homem muito bom, ocupado, mas que sabe reconhecer as coisas que estão em sua volta. Ele me pôs em um curso, de alguns meses, nada demais, e lá aprendi muita coisa, e encrementei mais algumas que já sabia por trabalhar lá, sobre o mundo dos imóveis. Então subi de cargo, para vendedora, ou melhor, corretora.

Assim, com três anos de empresa, no inicio desse ano, 2008, ele me abriu a proposta dessa pequena casa, para não precisar sofrer mais com aluguel. Foi um preço bem bacana. Então Bruno e eu nos mudamos pra cá.

Por falar nele, em pouco tempo ele deve estar chegando. Foi sair, para não sei onde, com não sei quem. Não sei como ele consegue atrair tantas mulheres.

Bruno está trabalhando numa padaria há mais ou menos três anos, agora está na parte interna, como administrador de pequenas coisas, mas antes era como vendedor também. E a noite, ele faz seus shows em alguns barzinhos, alguns solo, outros com seu amigo, Philip. A carreira pareceu que ia decolar, mas estava realmente difícil. A sorte parecia nunca bater na porta dele quando se falava em cantar. Foi contratado por uma gravadora, esse momento foi feliz, até o contrato "não dar em nada" e a gravadora acabar falindo. Mas foi lá que conheceu o Philip, e o Ari, um outro cara que não tive muito contato como tive com o Phil.  As músicas eram maravilhosas, sua voz é uma das mais lindas que já ouvi, mas mesmo assim as gravadoras batiam a porta em sua cara alegando que ele não poderia cantar música de branco sendo negro. Preconceito!

Uma das coisas que mais encontramos por aqui. Mas a vida sempre nos surpreende com altos e baixos, e assim nós vamos levando a cada dia por vez. O que mais me deixa feliz e orgulhosa é que ele nunca desistiu do sonho dele. Mesmo recebendo vários "nãos", ele sentava no sofá velho, com seu caderninho, o violão, uma caneta, e sua inspiração, dando o melhor de si para que um dia alguém veja esse trabalho e o reconheça. Eu acredito que ele ainda vai ser um sucesso, e dos grandes.

Sobre a nossa vida, não tem muito o que falar. São vários finais de semana bebendo como doidos, agora que não trabalhamos finais de semana, eles são feitos para isso: beber e dançar. Vamos em todas as boates possíveis, bebemos de tudo e o mais importante, saímos com várias pessoas. Não vou mentir, tenho que admitir que fico com muitos caras, já chegou noites de eu sair beijando uns 9, ou 10 talvez, mas para ir pra cama são poucos. Raramente vou pra cama com alguém que encontro na balada, e se vou, tomo todos os meus cuidados necessários.

Já o Bruno... ele transa com várias, e às vezes mal se cuida. Mas isso é raro acontecer, segundo ele somente duas meninas com quem esqueceu a camisinha, alegando pra mim estar completamente bêbado. E ele é um imã para mulheres, fica com muitas e mesmo assim quase todas correm atrás dele. Fazer o que, meu amigo é lindo.

Pego o telefone da mesa de centro e disco o número da minha mãe. O telefone chama três vezes até ela atender.

-Alô?

-Oi, mãe! - Já ponho o sorriso em meu rosto.

-Lea? Minha pequena! Como está, querida?

-Bem, muito bem, mas cansada. E você mamãe?

-Levando. Hoje passei duas horas correndo pela orla.

-Legal! Quero voltar a correr aos finais de semana.

-Já estou sabendo que a senhora anda passeando demais aos finais de semana.

-Vovó? Eu sabia que ela falaria.

-Claro que sim. Se cuide, não quero precisar puxar suas orelhas depois de adulta.

-Ah, mamãe, nós vamos fazer festa, beber, comemorar, mas nos cuidamos. Somos responsáveis.

Conversei por muito tempo com minha mãe no telefone. Ultimamente passamos bastante tempo assim uma vez por semana, e sempre quando ligo colocamos todos os assuntos em dia. No último mês o assunto mais comentado foi sobre minha irmã e seu noivo. É, sim, a mala-sem-alça arranjou um namorado, ou melhor, noivo. Irão se casar no final do ano, em Nova York mesmo, então no final do ano irei ver meus pais pela terceira vez desde que vim morar em Los Angeles.

Ao contrário do Bruno, que suas irmãs vem pra cá sempre que possível, e sua mãe com seu pai também. Se eu sinto um pouco de inveja? Talvez não possa denominar inveja, já que eu estou feliz por ele, mas desejava que acontecesse comigo também.

E uma das maiores questões... Kai? Eu não sei. Soube apenas que ele tinha ido para a faculdade, mas nunca mais soube notícias dele. Foi difícil esquecer ele, e nos meus dias de TPM, eu chorava feito doida de saudades. Saudades de tudo, saudades dele completo. Embora levamos uma vida boemia, cheia de pessoas novas, e tudo mais, sinto falta de dormir a noite com alguém ao meu lado, entrelaçando as pernas, fazendo cafunés, dando um beijo de boa noite, e às vezes sendo acordada com um bom sexo matinal.

Não sou de ferro, e sou mulher, tenho necessidades, então não posso negar de que já me toquei várias vezes, assim como Bruno também faz isso, e é super normal. Sexo por sexo é bom, mas acaba enjoando, e chega a parte que você pensa que é melhor ter um namorado. Mas essa é a mesma parte que chega a menstruação, a TPM, e não devemos tomar nenhuma decisão nesse meio tempo.

Desligo o telefone e o ponho em sua base, voltando para o sofá e ligando a televisão. Passava das cinco e ainda nenhuma notícia do Bruno, eu nem queria imaginar o que ele estaria fazendo.

Foi somente pensar que não tinha nenhuma notícia do Bruno desde a hora que ele saiu, que a porta abriu e ele entrou rapidamente, batendo a porta e indo para o banheiro.

-Foi criado em circo pra não saber lidar com portas, querido? - Intico com ele, e não ouço ele resmungar algo como sempre.

Fiquei esperando ele aparecer, falar algo, resmungar, mas nada aconteceu. Bati na porta do banheiro esperando que ele me respondesse.

-Bruno? - O chamo pela segunda vez.

-Uh? - Ouço seu resmungo.

-Está tudo bem? - Ele poderia estar fazendo algo que eu não pudesse interromper.

Não obtive resposta, então somente poderia ser algo que ele não pudesse falar. Permaneci quieta, saindo da porta do banheiro e sentando novamente no sofá. Tirei a televisão do mudo, esperando a hora que ele resolver aparecer por ali.

Passava mais programas idiotas, entre eles os fúteis, que não trazem nada demais para a nossa vida. Passei a mão no rosto, pensando que daqui a pouco tenho que mergulhar a cabeça em alguns estudos em que quero me aprofundar, sobre informações do meu trabalho.

-Lea. - Falou meu nome de forma apreensiva.

O olho, em pé, próximo ao sofá, com o olhar fixo, olhos fundos e pequenos, e sua pele pálida. Havia acontecido algo.

-O que houve? - Levanto-me, preocupada com sua aparência.

-Vamos sentar. - Ele indica o sofá, com um semblante horrível.

-Bruno, está me assustando. - Dou uma risada nervosa. - Se for algo bobo, eu vou bater em você!

-Lea, minha vida vai mudar, vai tudo desmoronar. - Ele senta ao meu lado, voltando a ter lágrimas nos olhos. - Porque nada dá certo comigo?

-Como não dá? Bruno, olha a vida que você tem! Já disse que o que tiver que acontecer, vai acontecer. E é pra você ser famoso, é só ter paciência.

-Você falando não parece difícil, mas é. Eu estou surtando. Minha vida está uma completa desgraça.

-Não diga isso. Disseram não mais uma vez pra você? - Passo a mão sobre o seu braço. Bruno mantem seus olhos fixos num ponto, mas a mente distante. - A cada um não que você recebe, vai ser mais uma gravadora que se arrependerá no futuro, pode apostar.

-Não é só a carreira, não é só as gravadoras. É a minha vida, Lea!

-Mas eu não virei adivinha ainda, eu não sou nenhuma vidente. Se você não me disser, eu não irei saber. - Odeio esse jogos de enrolação que ele faz, ainda julgando como se eu já soubesse do assunto. - Desculpa! O que houve, Bruno?

-Lembra daquela garota que eu saí mais de duas vezes?

-Mmmmm. - Fiz um esforço para me lembrar de qual ele falava. - Não estou lembrando.

-Aquela estudante de economia, que quer largar a faculdade...

-Pra virar viajante! Sei, sim. - Afirmo, ajeitando meu modo de sentar.

-Lea, ela está grávida! E, é meu. - Encorajou-se a dizer. Soltando do peito o ar trancado.

-O que? - É difícil digerir algo assim, de supetão é pior ainda. Eu não sabia como reagir.

Um filho? Mudaria tudo. Tanto seus planos pessoais, quanto os da carreira, tudo! Quanto mais de uma mulher por quem ele ficou algumas vezes, e um relacionamento somente carnal, nada de conversas. Pelo que eu conheço ele, Bruno não deve saber ao menos o sobrenome dela, ou a data de aniversário, nem onde mora. Não sei o que será dele, da criança, e dessa mulher. 


Notas Finais


Gente, vou frisar uma coisinha: Até um certo momento, eu não irei focar muito na carreira do Bruno. Dois motivos: Não é importante nessa época para a fanfic, e não sabemos ao certo as coisas que aconteceram, e se colocar muita coisa fora do normal, podem me interpretar mal. Então prefiro omitir esses fatos e não entrar em detalhes da carreira dele.
Espero que entendam, e que tenham gostado, agora parará um pouco essa coisa de passagem de tempo. E um bebê vem por ai, o que acham?
Beijos e até o próximo <3


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