1. Spirit Fanfics >
  2. Everything You Are >
  3. Capítulo 87

História Everything You Are - Capítulo 87


Escrita por: divergentmars

Notas do Autor


Boa leitura, amores <3

Capítulo 87 - Capítulo 87


Fanfic / Fanfiction Everything You Are - Capítulo 87

Eu não tenho nenhum motivo para chorar
E eu tenho todos os motivos para sorrir

(Die With You - Beyonce)

Acordar no outro dia de manhã cedo para ir no trabalho não foi uma tarefa fácil. Minhas costas doíam e eu estava com olheiras enormes. Culpo o Bruno por isto. Meus olhos estavam pesando mais que meu corpo inteiro, eu precisava de um bom banho e uma xícara enorme de café preto extraforte.

Saí do banho e assustei-me com o ronco que Bruno deu. Ele estava em sono profundo. Ri da situação e saí do quarto indo diretamente pra cozinha.

Eu estava tão eufórica ainda com essa situação toda que a ficha ainda não tinha caído de vez. Bruno e eu íamos ficar noivos. Aquilo ainda é muito surreal.

Enquanto o café passava, mandei uma mensagem para os meus pais. Perguntei qual seria a possibilidade deles virem pra cá ainda está semana, pois não iria conseguir minhas férias completas. Até o final da manhã eles me respondem.

O dia passou se arrastando, acho que o sono que eu estava piorava toda a situação. Precisei transcrever um documento, coisa que demoro uns vinte minutos, acho que levei uma hora e meia pelo cansaço.

-Como você não falou que tinha feito uma tatuagem? – Tiara revira os olhos na tela do celular.

-Isso foi ontem de tarde. Me bateu a loucura e eu fui fazer. – Rio.

-Você nunca iria sozinha fazer uma tatuagem. Você morre de medo. – Diz Megan, ao lado de Tiara.

-Mas eu perdi o medo, tanto que eu a fiz. – Dou um sorriso de canto.

-Qual estúdio?

-Um lá no centro. – Jogo as palavras. Não faço ideia onde tem estúdio de tatuagem no centro.

-Aquele na rua da Sephora? – Megan pergunta.

-Isso. Este mesmo. – Respondo, pelo menos elas caíram. 

-Não tem estúdio nenhum na rua da Sephora, sua mentira. – Tiara aponta o dedo pra mim e eu rio de nervoso. – Onde você andou, Eleanor Winters?

-Ok. – Respiro fundo e olho pra elas. – Eu estava bêbada. – Elas riram. – Foi no centro, mas eu estava bêbada e não lembro de metade das coisas que fiz. Tanto que eu estou com essa cara terrível.

-E essa olheira de ressaca. – Megan ri.

-E quem estava com você? – Tiara pergunta em seguida.

-Sim, exatamente por isso. Não consegui disfarçar nem com base e corretivo.

-Botasse umas bolsas de chá, iriam diminuir.

-Acha mesmo que eu iria pensar isso às seis da manhã? – Rio.

-Tá, mas quem estava com você? – Droga! Tiara não caiu na minha ainda.

-Se eu falar vocês iram me julgar.

-Quem foi? – Megan se exalta.

-Meu irmão? – Ouço Tiara perguntar.

-Não. Seu irmão estava no estúdio, eu acho. – Dou de ombros. – Eu estava com o Richard, com o Sam e outra menina que eu não sei quem é, Liddy.

-Mentira! – Tiara bate palmas e ri. – Não pode ser. Você saiu com o Richard e não nos falou nada?

-Se eu falasse, vocês iriam pregar uma cruz em mim. – Rio.

E então elas me encheram de perguntas sobre o Richard e como ele estava. Eu disse que saímos para beber, pois ele havia passado nas finais e seu trabalho concluído e então quis comemorar comigo, porque eu havia o incentivado desde sempre. Usei muitas coisas das quais ele me disse por telefone e elas caíram direitinho.

Isso era mágico.

Após um longo dia discutindo com meus pais a vinda deles pra cá, eu só precisava chegar em casa, comer algo e me atirar na cama. Não necessariamente nessa ordem.

Mas consegui com que meus pais aceitassem vir pra cá, o que me deixou tão feliz e aliviada. Chegando em casa eu precisava contar isso ao Bruno, mas lembrei que ele havia saído por uns dias.

-Mamãe! – Lana corre em minha direção. – Senti sua falta.

-Oi, meu amor. – Beijo seu rosto e sua testa. – A mamãe também sentiu muito a sua falta.

-Hoje eu aprendi um novo número. Acho que terá uma peça de fim de ano no balé. Você e o papai irão, não é?

-Com toda a certeza, meu bem. Você quer me mostrar o passo ou prefere fazer surpresa pra mamãe.

-Surpresa! – Ela diz toda empolgada.

-Ai, que ótimo. – Beijo o topo da sua cabeça. – Sabia que seus avós vão vir pra cá no final de semana?

-Sério? – Ela arregala seus olhos. Confirmo, balançando a cabeça. – Oba!

Era tão bom sentir a magia e o calor de uma criança de oito anos super empolgada.

13 de Outubro de 2016

Eu não gostava da ideia de ter enganado meus pais, mas não consegui achar outra maneira para eles virem para Los Angeles, ao não ser dizendo que consegui apenas uns dias de folga, mas a realidade é que eu não consegui apenas uns dias, porque eu preciso tirar todos os meus dias corridos, ou a empresa ganha multa, já que não tiro minhas férias há um tempo. Teria que falar pra eles que os enganei assim que chegassem aqui.

Eu estava me arrumando para busca-los no aeroporto, e enquanto isso ia tentando ligar para minha irmã durante a segunda vez essa semana. Só chamava. Olhei pelo aplicativo de mensagens e ela havia entrado há pouco tempo. Resolvi fazer a ligação através dele, talvez apareça minha foto e ela identifique o número.

- Alô? – Sua voz estava um pouco diferente. Pigarreei antes de falar.

-Oi, Eli. – Dou um sorriso tímido, como se ela pudesse me ver. Um sorriso envergonhado demais.

-Lea? – Seu tom de voz muda.

-Quem mais te chamaria de Eli? – Rio. – Como você está?

-Eu estou bem. Nossa, há quanto tempo que não nos falamos. – Eu podia ver a sua cara de espanto através da sua voz.

-Muito tempo. Eu estava com saudades.

-Eu também. – Ela suspira. – Muitas! Como você está?

-Eu estou bem. – Brinco no volante do carro. – Desculpa não ligar antes, não sei como fomos perder o contato dessa forma. – Respiro fundo.

-Eu também não sei, lamento por isso.

-Não quero que isso aconteça novamente.

-Nem eu! Como está Los Angeles?

-Quente ainda. Não quero inverno. – Resmungo.

-Você deveria estar acostumada com o clima daí há muito tempo, Eleanor. – Sua risada me faz sorrir.

-E Nova Iorque?

-Está linda! Eu amo esse lugar.

-Eu sei. – Rio. – Como está seu marido?

-Ele está uma pilha de nervos. Estamos resolvendo muitas coisas do escritório dele, e agora sua irmã tá se formando no final de semana. Está tudo uma loucura, nem sei como vamos até o Colorado ainda, com tantas coisas para fazer.

-Nesse final de semana? – Não pude deixar de ficar meio triste com a notícia.

-Sim! Ela está se formando em direito. Você lembra dela, sim? – Confirmo num múrmuro. – Então, ela está uma mulher linda, crescida, inteligente. Mas mora no Colorado. – Eliza resmunga.

-Nossa! Manda os parabéns para ela, por favor. – Ouço ela falar um “é claro”. – Ah, Eliza, eu queria que você viesse para cá esse final de semana.

-Poxa. – Eu torço meus lábios. – É uma pena que eu tenha combinado tudo isso há muito tempo, senão eu iria, com toda certeza.

-Sim, eu sei. – Rio. – Estou indo buscar nossos pais no aeroporto.

-Mentira? – Ela grita. – Eleanor, como você só me diz isso agora! Caramba. Quanto tempo eles vão ficar aí?

-Uma semana. – Dou de ombros. – Sabe que eles não ficam mais que isso.

-Como você os tirou de casa? Que droga, eu vivo os chamando para vir pra cá!

-Eu paguei as passagens. – Rio. – Brincadeira. Mas eu paguei mesmo, já que eu iria pra lá, mas não consegui as férias completa, então discuti com eles por horas até eles toparem vir pra cá.

-Caramba, que saco. Eles nunca querem vir pra cá, Lea. Já ofereci de tudo.

Claro que, a partir daí nós entramos numa pequena discussão. Acho que ela estava com saudade até de nossas discussões. Pelo que entendi, meus pais se recusam a ir para Nova Iorque, e ela vive dizendo que vai para o Havaí, mas nunca vai. Acho que não é por maldade, nem dos meus pais e nem dela, apenas coisas mal resolvidas e que as pontas estão soltas.

Nós conversamos até a hora de eu chegar no aeroporto, que foi quando ela precisou desligar para fazer algo. Em suma, minha irmã não poderá vir nem para ver nossos pais. Ela deixou um grande talvez em aberto, mas talvez nunca é certo.

Fiquei com medo de não chegar a tempo de pegar o voo dos meus pais, mas acabei chegando alguns minutos antes. Tomei um café pingado num local do aeroporto e me direcionei para o portão de desembarque. Minhas mãos suavam frio, eu estava nervosa e ansiosa quanto a ver meus pais após dois anos. Só eu sei a saudade que carregava no peito.

Conversei no celular, até ver que o portão estava sendo aberto. De lá saíam muitas pessoas, até eu ver uma cabeça quase branca e outro cabelo bem preto e comprido.

-Mamãe! Papai! – Meus olhos nadam em lágrimas que escorrem sem eu nem perceber. Ando rapidamente na direção dos dois e faço o possível para abraça-los igualmente. Fungo próximo ao ouvido de minha mãe e ela dá dois tapinhas em minhas costas.

-Não chore, Lea. – Diz ela, com a voz doce. – Seu pai também deve estar chorando.

Nós nos desvencilhamos e rimos.

Meu pai passa o dorso da mão em seu rosto.

-Juro que não estava. – Ele beija minha testa.

-Você é uma manteiga derretida. – Minha mãe me abraça novamente. – Meu bebê. Como você consegue estar sempre mais linda? – Passa a mão sobre meus cabelos.

-Uma boa cadela, sempre lambe suas crias. – Meu pai indagou e levou um tapa da minha mãe.

-Você vai ver cadela! – Nós caímos na gargalhada.

-Concordo com ela, Eleanor. Você está linda. E parece tão mais jovial, alegre.

-Jura? – Espanto-me. – Me sinto mais velha a cada dia.

-Mas está bem. Parece apaixonada. – Minha mãe caminha um pouco pra frente e engata seu braço no meu.

-Apaixonada? – Rio. De nervoso. – Não.

-Eu falei, meu bem. – Meu pai rola seus ombros.

-Fedrerich disse que você não tem ninguém, mas uma mulher linda como minha filha claro que tem alguém. Não é?

-Eu sei ser independente, mamãe. – Rio. – Não preciso de homem nenhum, e também não tenho nenhum. – Dou de ombros.

-Eu falei.

α

Meus pais me encheram de perguntas sobre tudo o que estava acontecendo, durante o caminho pra casa. Nós rimos bastante e cada minutinho a mais eu percebi que eles estavam tão bem e isso me fazia tão feliz.

Quando adolescente, eu sempre achei que eles nunca fossem se separar. E isso realmente nunca aconteceu. O amor deles parece ser tão puro e verdadeiro, que nada os abala.

Lana pulou em cima deles quando os viu. Minha pequena, que está enorme, os ama de uma maneira inexplicável.

Meu pai deu a ela três presentes e trouxe um para mim, outro para o Bruno e uma pequena lembrança para Megan, que ele gostava muito. Na verdade eram presentes dos dois.

-Obrigada, pai. É lindo demais! – Abraço o vestido que ele acaba de me dar e o largo sobre o pacote para poder agradece-los.

-Foi apenas uma lembrança. – Minha mãe sorri. – Onde está o Bruno?

-Ele chega durante a noite de hoje. Teve algumas coisas do seu novo CD para ver.

-Vovô, o senhor vai me levar na escola amanhã?

-Claro que vou. – Ele se abaixou.

-E a senhora, vovó?

-Também irei, princesa. – Minha mãe fecha os olhos.

-Vamos jantar e vocês três já vão pra cama. Ok?

-Olha isso, parece que está falando com seus filhos. – A gargalhada do meu pai contagia todos nós.

-E não estou? – Rio. – Vocês precisam descansar. Foi um voo longo. A mamãe já está quase dormindo. A Lana precisa dormir para ir na aula amanhã, não é? – Ela assente.

-O que vamos comer?

-Vou pedir algo, pode ser?

-Eba! – Lana comemora.

E lá fomos nós. Jantamos juntos como uma família, só faltou o Bruno pra completar.

Mostrei a eles minha tatuagem e disse o significado. Claro que minha mãe ficou meio relutante, mas não deixou de achar lindo e agradeceu por ter feito tal homenagem. Meu pai ficou todo bobo, e ainda perguntou se doía.

Meus amores todos foram dormir e eu fiquei arrumando a cozinha. Depois coloquei um som baixinho, deitei-me no sofá e mexi no celular até pegar no sono, mas o bom é que acordei com bons beijos em meu rosto todo.

-Você vai ficar com dor nas costas, meu amor.

-Oi. – Digo, ainda sonolenta. – Que horas são? – Pergunto, mesmo pegando meu celular para verificar.

-Quase três da manhã. – Bruno senta ao meu lado. – Como está? – Dá-me um selinho.

-Estou bem e você? Como foi as entrevistas e tudo mais? – Passo a mão pelos olhos inchados de sono.

-Foram ótimas, mas amanhã falamos sobre isso, você precisa ir dormir.

-Ok. – Levanto junto com ele.

-Como estão meus sogros?

-Estão ótimos, dormindo, já que amanhã vão levar a Lana na escola.

-Coitados, mal chegaram e ela vai explora-los. – Nós rimos juntos. – Vá dormir, amanhã nós nos falamos.

-Ok. – Me aproximo do seu corpo e coloco a mão em sua cintura. – Boa noite. Eu te amo.

-Como?

-Eu te amo? – Repito.

-É tão bom ouvir isso. – Seus lábios se aproximam dos meus. – Eu amo você, Eleanor. Até amanhã.

-Até amanhã. – Deposito mais um selinho em sua boca e vou andando autômato até o quarto onde estou. 


Notas Finais


Tudo bem, gurias? Tá tão pertinho do fim que eu ainda não consigo acreditar. Espero que estejam gostando. Significa muito pra mim.
Volto muito em breve! <3
Beijões


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...