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História Excentricidade Lapidada (Omegaverso) - Definições de "certo" atualizadas


Escrita por: Agata_Arco-Iris

Capítulo 47 - Definições de "certo" atualizadas


Olhava ela se banhando ao meu lado, estava escovando os dentes, apreciava suas curvas turvas através do box.


A porta estava entreaberta e eu olhava suas inúmeras marcas de arranhões e mordidas, mais da metade delas eu nem lembro como fiz, mas são minhas, porque meu cheiro está impregnado na Blue.


Bryanna já não vai à escola há uma semana, minha mãe deu um atestado para ela de duas semanas e mandou ela procurar um ginecologista depois.


Coisa que ela já estava fazendo, mas mamãe não quis olhar seus exames. Mãe Winny é formada em medicina, porém não exerce, ela entende das coisas mas nunca pisou num hospital. É meramente para agregar ao trabalho dela.


Mas voltando ao ponto… A gente fudeu muito essa semana, e toda noite mais de uma vez. 


No começo eu estava indo bem, mas depois eu comecei a perder a razão e entrar em frenesi. Hoje mesmo, começamos na cama, comigo de coleira e terminamos na varanda. Fazendo amor com ela sentada no guarda-corpo e eu metendo e rosnando. Minha coleira estava no caminho, e os roxos trilhavam o seu corpo.


Eu enlacei com ela e ficamos lá nos beijando até o nó desatar, isso nunca tinha acontecido comigo. Mas o foda é que eu nem sei como chegamos lá, o frenesi foi tão grande que só aconteceu.


Nem sei se estava de camisinha, porque quando voltei à mim, já havia acabado e não estava nem dura mais.


Sorte que no começo da semana eu comecei a usar anticoncepcional alpha, para reduzir a contagem de espermas até não ser suficiente para para fecundação.


Mesmo assim, não queria que fosse assim, queria me lembrar e agir com consciência.


Bryanna não deixou eu cicatrizar seus machucados, e após a última transa começou a ficar emburrada de novo, acho que o cio está passando.


Naquele momento mesmo, vendo ela saindo enrolada de toalha do banho eu perguntei:


—Esses dias… Não vai mudar nada entre a gente, neh?


Ela parecia longe, mas então respondeu:


—Eu também não sei, Hellena… De verdade, eu não sei — ela saiu do banheiro e já avisou — Acho que vou sair um pouco, mas eu logo volto.


Estava estranho, eu fiz algo de errado mais cedo. Mas eu não lembro o que fiz.


Após me recompor, eu saí do meu banheiro e fui andar um pouco, me sentia meio mal por algo que eu nem lembro de ter feito.


Sentei na cama, e fiquei a olhar na poça de sangue nos lençóis brancos… Foi tanta fornicação que eu esqueci daquele detalhe, nos tornamos íntimas e Bryanna havia perdido o que a comunidade considera o fim da virgindade, seu hímen.


O sangue sobre a colcha confirmava aquilo e… Ela me deu isso, por assim dizer. Mas eu mal percebi quando aconteceu.


Não dava para prever o que se passava na cabeça da minha ômega naquele momento, mas ao ver o sangue eu tirei as roupas de cama e fui descer para a cozinha.


Peguei uma torradinha e comia no escuro, do nada minha mãe Dennise apareceu.


—Saiu do quarto finalmente — Mamãe falou sentando ao meu lado, massageando as minhas costas, beijando meu ombro — Então você e a Bryanna se resolveram.


—Mais ou menos, acho que o cio tá acabando e ela voltou a ficar estranha comigo.


Falei meio cabisbaixa.


—Ah, deixa ela, quando ela quiser sua companhia, ela certamente vai te procurar. Começo do casamento é assim mesmo, principalmente arranjado… É momentos de "te amo muito", misturados com momentos de "que merda eu tô fazendo da minha vida".


Ri um pouco, mas então falei:


—Nem isso, foi só instinto mesmo, mas a gente finalmente transou… Caso a senhora e a mamãe queira saber.


Mamãe sorriu e falou:


—Sexo sem parceria é uma coisa, mas eu acho que pelo menos amigas vocês já são então… Não pensa assim não, dá um tempo para ela que eu sei que ela é difícil, depois vocês conversam.


Mamãe beijou minha testa e falou:


—Bom, vou lá ver sua irmã, porque ela está com febre.


—A Pink está doente, mãe? — Perguntei meio preocupada.


Mamãe não está em casa, era para eu cuidar delas se precisasse.


—Sim, catapora — Mamãe falou rindo — Está manhosa que só.


—Precisa levar ela ao médico não? Se precisar, eu levo.


—Relaxa, já lidei com isso uma vez, sei controlar a situação.


Mamãe foi saindo e eu continuei lá comendo meio sem graça. Fui dormir sozinha aquele dia, Bryanna não voltou, nem apareceu no dia seguinte.


Pois fiquei em casa estudando até a hora do trabalho, mas ela não estava lá. Seu carro não estava na garagem e seu telefone estava desligado.


Ela sumiu, simplesmente sumiu, e eu estava mega preocupada com isso.




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Me sentia mal, queria fugir, então fui direto para o loft da Lottie e da Aurora, minhas amigas de faculdade.


Elas são ômegas, então por algum pensamento de girico, eu achei que elas me entenderiam naquele momento difícil, naquele cio indesejado.


Mas quando contei minha situação para elas, Aurora já começou falando:


—É tenso, mas e a Hellena, você simplesmente saiu depois de falar isso e… Nem avisou, tá andando por aí sem falar que está bem?


—Não entendi, eu falei que precisava de um momento para mim.


—Amiga, VOCÊ ESTÁ NO CIO! — Lottie falou exaltada — Quando a Aurora ficava no cio e saía eu já ficava com o cu na mão, cheia de preocupação. Porque ela é igual a você, o bloqueador parou de funcionar depois de um tempo. É muito perigoso sair como você está agora, se ela cuidou bem de você o resto da semana, como acha que ela deve estar agora?


—Querendo sexo, só isso, não? 


Ambas se olharam, então me falaram:


—Um segredo de ômega… Nossas mães sempre falam que a pessoa que a gente tem a primeira vez… — Lottie começou falando.


—Fica ligada a nós para sempre, parece que é bobeira mas… O alpha que eu tive minha primeira vez, volta e meia aparece, ele sempre me ajuda nos piores momentos — Aurora me explicou — É meu amigo até hoje, mesmo que não tenha virado nada nosso namorico. Não sei como funciona essas coisas, mas o laço forjado com a marca é tão forte e semelhante quanto a primeira vez de um Alpha e um ômega. 


Fiquei meio preocupada, meio feliz, meio assustada com as palavras delas. Mas então falei:


—Tá gente, mas tem outro problema que… Olha, eu não me lembro de tudo que aconteceu essa semana, a gente começava a transar e meio que sumia e voltava só quando tava pra gozar, ou depois disso… E… E… Tô com medo de estar grávida agora.


—Ah, pílula do dia seguinte e chás abortivos estão aí para isso mas.. Você tem certeza que uma gravidez seria um problema para você agora?


Aurora me falou isso e eu realmente me senti mal, porque eu não sei. Sabe, quando percebi que fizemos sem proteção eu senti muito prazer, até porque ela me marcava mais enquanto gozamos juntas.


Eu me senti muito bem, porque eu ouvi um "te amo" da Hellena logo depois.


Sei que foi por conta do meu cio, mas mesmo assim. Me senti querida, desejada e amada naquela hora.


Mas hoje, depois da última transa em que eu me senti bem, mas bateu um peso na consciência…


Nem sei o que dizer, só sei que se passa um turbilhão de pensamentos em minha cabeça.


Eu fiz coisas essa semana que eu dizia que nunca iria querer, eu desejei coisas que nunca desejei antes. E o pior, ninguém me forçou a nada, foi eu que quis.


Pensei que era diferente, mas quando o cio pega, ele leva embora nossa consciência.


E o que dói agora nem é meu íntimo, que não estava nem um pouco acostumado com sexo. O que tá me cobrando agora, é minha consciência.


Para me acalmar, minhas amigas e eu fumamos um pouco após jantarmos pizza, elas deixaram eu ficar na casa delas naquela noite.


Mas após fumar, eu fiquei com uma vontade louca de voltar para casa e dar mais uma vez para a Hellena.


Aproveitei que elas riam na sala, chapadas da maconha que me deram, e fui para o banheiro.


Nunca pensei que precisaria fazer uma coisa dessas, mas enchia a banheira discreta delas e entrei.


Abri as pernas e levei a mão até minha intimidade, coloquei uma música em meu celular, lentamente comecei me masturbando com uma mão.


Mexendo em meu clitóris, imaginando a boca de Hellena, colada na minha e a sensação gostosa de sua língua em minha boca.


Sorri ao pensar isso.


Então em meio ao prazer eu levei a segunda mão e comecei a introduzir um dedinho em meu íntimo.


O pau dela é muito maior e mais gostoso, porém, eu imaginava isso enquanto me tocava.


Tentava manter silêncio, mas em minha mente eu imaginava o som de seus rosnados e gemidos gostosos.


Ela mexia comigo, putz, mexia demais. Abri bem as pernas e fui me tocando, o que eu fumei me deixou mais sensível e quando vi já estava trêmula, mordendo minha mão livre para não gemer, me tocando frenética, introduzindo dois dedos em meu íntimo.


Meu corpo foi ficando quente, o suor começou a escorrer pelo meu corpo, se misturando ao vapor da água quente da banheira.


Hellena!

Hellena!

Hellena!


Meu corpo novamente gritava por ela, tanto que quando gozei eu sussurrei sem querer:


—Hellena… 


Fui relaxando, e quando me acalmei eu terminei de me limpar e com a cara mais lavada voltei para perto de minhas amigas.


Elas se beijavam e riam na sala, eu vi aquilo de longe e senti uma leve inveja. Queria aquilo com a Yellow, admito.


Aurora e Lottie pararam quando me viram chegar, eu fiquei meio sem graça perto das duas depois daquilo e do que eu fiz no banheiro mas… Precisava daquele tempo para mim, foi importante.


Não consegui dormir aquela noite, não pensava em outra coisa senão a Hellena.


Diferente do começo da semana, eu só imaginava seu pau dentro de mim… Agora eu não parava de pensar em seu sorriso, no seu gosto por roupas amarelas, entre outras coisas.


Droga de cio!


Na manhã seguinte eu acordei tarde, ajudei elas a fazerem comida. Voltei para casa quando sabia que Hellena não estaria lá. No caminho passei na farmácia e comprei a famosa pílula do dia seguinte, mas não tomei.


Mandei email para todos meus professores, junto ao atestado e requerimento de prova substituta.


Estava meio sem ação, vi séries o resto da tarde, mas fiquei inquieta até Yellow aparecer por volta das sete da noite.


Ela entrou, fingiu naturalidade, foi mijar de porta aberta, então se sentou ao meu lado e perguntou friamente:


—Você está bem?


—Tô, tô bem sim — Falei meio apreensiva — É só que… Essa semana foi um tapa no meu ego, sabe…


—Não muito, mas faço ideia.


—E eu não sei se a gente usou proteção todas as vezes então… E se eu estiver grávida, Hellena?


Ela ficou em silêncio, respirou de forma estranha, e por fim me falou:


—Bom, acho difícil você engraçado, eu tomei cuidado e me protegi.


—Eu não lembro de tudo que aconteceu, sério, eu queria me lembrar mas… Era como se eu entrasse em transe no meio do sexo, e só sabia que estava bom — Falei quase chorando, mas mantendo a pose — E quando terminava eu me sentia satisfeita, mas sem lembrar dos detalhes e…


Hellena pegou minha mão, nos olhamos e quando percebi, começou de novo.


Fomos nos aproximando, eu a beijei e mais uma vez meu cio nos interrompeu.


Dessa vez, foi eu quem tomou a iniciativa. A empurrei na cama, tirei minha camisa e comecei a rebolar em seu colo enquanto a beijava.


O pau dela já não parecia tão exageradamente grande, depois de ter ele dentro de mim. Mas com certeza ficou mais atrativo, já que eu rebolava para sentir sua textura em contato à minha intimidade.


—Para ser sincera, eu adorei ser mãe agora, Blue… — Yellow falou entre um beijo e outro — Mas essa sou eu, não sei de sua parte.


—Quero estudar, pelo menos me formar nessa faculdade primeiro, Yellow… Criança não é para agora — Falei a enforcando, nem sei porque, só senti vontade, e ela também gostou.


Soltei sua garganta e a beijei, roubando seu fôlego enquanto a excitava.


Assim que consegui, olhei para seus olhos castanhos e só vi amarelo. Então é assim que ela entra em frenesi?


Chamei seu nome, e ela só rosnou.


Me virou na cama, então me beijou com mais vontade, foi acariciando meu corpo, fui me sentindo quente e quando percebi por mim, tudo passou novamente como um sonho.


Eu também entrei em frenesi, pois só conseguia sentir, não dava para pensar. 


Sentia seus lábios chupando meus seios, descendo até minha intimidade. Sentia aquela língua atrevida dela, adentrando meu íntimo.


Sentia ela sobre meu corpo, e seu pau em minha boca. E eu chupava, porque ela também me chupava. Acho que fizemos um 69 para começar.


Era como se estivesse de olhos fechados, mesmo com eles abertos. Pois as sensações me diziam mais que a visão. E sentir ela me beijando, metendo em mim, me abraçando e enquanto eu unhava suas costas, era como se Deus tivesse tirado toda a tristeza e amargura do meu coração, jogado fora e naquele momento, tudo que importasse na minha existência fosse fazer amor com minha mulher.


Yellow sabe muito bem como satisfazer uma mulher na cama, e apartir do momento que eu parei de reclamar, ela começou a trabalhar.


Puta que pariu, eu não pensei que fosse assim!! Tipo, eu sentia as pernas bambas, ao mesmo tempo que algo queimando de forma boa em minha intimidade, minha respiração acelerava e mesmo não sabendo ao certo o que acontecia, meu corpo falou por mim.


Novamente, ela estava me levando direto ao orgasmo, então algo em mim pediu com muito desejo e carinho naquele momento:


—Goza junto comigo? Não quero sozinha.


Acho que nessa hora chamei minha mulher de volta a si, pois nós olhamos e em transe paramos novamente.


Ela humidificou seus lábios, eu os meus. Nos beijamos e senti que ela acelerava aquele bate estaca, comecei a gemer por entre os lábios, ela também.


O animal dentro de nós tomava conta naquele momento, mas mesmo assim ela conseguiu segurar minha mão, eu apertei forte.


Então antes de gozar, ela me falou bem baixo ao meu ouvido:


—Eu… Tô perto… Mas vou segurar até você estar satisfeita.


Sei lá porque, mas eu achei isso fofo. Tanto que quando eu gozei, senti que ela tem gozou e logo depois caiu sobre meu corpo.


A abracei forte e com carinho falei:


—Desse jeito eu vou me apaixonar por você, você me faz sentir bem…


Ela não respondeu nada, mas assim que voltou a si, novamente me disse:


—Eu já te amo, Bryanna… Não me importo se você gosta de mim ou não, vou cuidar de você mesmo se você não corresponder meus sentimentos.


Gelei naquele momento, o que ela me falou naquele dia não foi da boca para fora.


Me senti mal porque sei que não ando tratando ela da melhor forma, mas sorri ao saber que ela gosta de mim assim. Então chorando eu falei:


—Você me ama… Mesmo eu sendo horrível com você? Isso não é sensato.


Ela limpou minha lágrima então falou:


—Não mesmo, nenhum sentimento é… Não espero que seja minha namorada, ou minha esposa. Mas saiba que eu te amo, e você tem meu apoio.


Yellow beijou meu ombro e me abraçou mais ainda.


Do nada, ela começou a cantar uma música para mim, bem baixinho. Não sabia se me zombava, ou se me descrevia.


—Complicada perfeitinha...Você me apareceu.


Nós olhamos e eu ri, ela continuou cantando. Ela cantava Mulher de fases, canção da banda Raimundos. 


—Quando à noite surgia… Meu bem, você cresceu — Yellow continuou cantando e me beijando.


—Ah não, essa música não, para Yellow — Resmunguei rindo e a empurrando sem a intenção de realmente me afastar.



—Meu namoro é na folhinha… Mulher de fases — Ela falou e me abraçou forte — Ai Bryanna, tu é cheia de fases e de não me toques… Mas é minha esposa, e sinceramente, é legal ser casada e ter alguém pra dividir a cama. 


—Mais ou menos, não passo mais frio a noite pelo menos… — Falei sorrindo — E sempre tenho você pra conversar também.


—Sim, tem isso também. E quanto a gravidez, relaxa, eu usei anticoncepcional também… É muito difícil você estar grávida agora, mas… — Yellow me olhou com cara de safada — A gente pode continuar tentando… Se é que você me entendeu…


Sorri maliciosamente mais uma vez e então a empurrei para o lado.


—Tá… Me deixa só ir fazer pipi e a gente continua.


Yellow começou a rir de mim, mas fazer o que, a bexiga estava cheia mesmo.


Eu sorri ao entrar no banheiro e me ver sozinha, ver ela falando assim, dava a sensação que tudo iria dar certo.


Seja lá qual é a definição correta de "certo".









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