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História Excited (Imagine Park Jimin) - Dança privada.


Escrita por: biasmut

Notas do Autor


Oi, gente linda <3
Queria agradecer a quem comentou no capítulo anterior, porque vocês não fazem >ideia< de como isso me deixa feliz e me faz ficar 100% inspirada pra escrever mais! Espero que vocês estejam gostando da história, e que gostem dessa parte 3 <3

Capítulo 3 - Dança privada.


Tenho certeza de que vejo seus ombros se tornarem tensos com minhas palavras, mas assim que ele se afasta e seu olhar recaí sobre o meu, tudo nele parece perfeitamente em ordem, e o pensamento me assusta. Basta alguns segundos para que o garoto nervoso e envergonhado seja substituído pelo dançarino de antes, e sua presença parece dominar toda atmosfera do lugar. Assim que Jimin começa a se mover ao som da música ambiente, tenho certeza de que o garoto com quem divido apartamento está enterrado em algum lugar esquecido dentro de seu corpo, porque esse definitivamente não é o Jimin que conheço.

O Jimin que conheço não exala segurança e sexo. 

E também não tem o olhar penetrante e feroz que me fita agora, como se estivesse tentando enxergar através de mim, e me deixando desconcertada. 

Suas mãos deslizam por seus cabelos negros e mordo o interior de minha bochecha com força, tentando controlar o que quer que seja que estou sentindo, e que está acabando com minha sanidade. É melhor pensar nele usando uma camisa social e os óculos redondos de sempre… Acho que isso vai ajudar. Fechos os olhos por um segundo e mentalizo a imagem de um Jimin comportado e preparado para seu estágio, e quero me socar assim que percebo que a imagem que formo está longe de ser saudável. A lembrança da camisa branca levemente aberta na altura do pescoço, e da gravata frouxa, só tornam minha respiração mais instável, e volto a abrir os olhos depressa, porque tenho certeza de que estou arruinando todas as lembranças que tenho de Jimin, e sou ridícula por isso.

É evidente que a imagem que encontro não é muito melhor. O casaco de veludo vermelho escorrega por seus ombros e deixa parte de seus braços exposta, e ele continua movimentando os quadris de um jeito absurdamente lento. Assisto em silêncio ele se movimentar até estar cada vez mais próximo do chão, e então sinto minha boca seca novamente. Desvio meu olhar para baixo porque sou incapaz de olhá-lo nos olhos, mas basta um segundo e um novo movimento de quadril para eu ter certeza de que aquela não é a visão mais segura, pelo contrário. O jeito como o couro se agarra em cada centímetro de sua pele, e deixa pouco para a imaginação, é quase que um castigo. Ergo o olhar novamente e percebo que Jimin está de olhos fechados, com a cabeça levemente tombada para trás, e estou convencida de que vou precisar tomar um banho de água benta assim que colocar os pés em casa.

Park Jimin parece um pecado em carne viva, e nunca em minha vida eu quis tanto ser uma pecadora. Esse pensamento faz com que a culpa que eu sinto por estar pensando isso sobre meu colega de apartamento se torne ainda mais esmagadora, e me pego cravando as unhas em minhas próprias coxas, desesperada por alguma forma de alívio. O modo como a luz azulada da cabine reflete em sua pele e faz com que ele pareça ter saído de dentro de algum sonho proibido meu me faz esfregar as pernas uma contra a outra. 

Quero implorar para que Jimin termine logo com isso, mas, assim que ele se aproxima novamente de mim, as palavras são todas roubadas de minha boca, e o único som que sou capaz de reproduzir é o de um suspiro que escapa sem permissão. Agradeço mentalmente por ele continuar mantendo seu olhar distante do meu, mas todos meus agradecimentos se transformam em um mar de palavrões quando o vejo retirar a venda de tecido do bolso de trás de sua calça.

Mil pensamentos proibidos tentam surgir em minha mente e continuo empurrando-os para longe, em uma batalha sem fim para me manter sob controle.

Mas a verdade é que quero soltar um grande foda-se para o meu auto-controle. 

Engulo a seco e mordo o lábio inferior com força, certa de que vou acabar deixando um machucado na região. Aguardo ansiosamente para ver Jimin vendar os próprios olhos. A antecipação corrói minhas entranhas, e minha vontade de esticar a mão e tocá-lo é quase que enlouquecedora, e por alguns segundos sou incapaz de me reconhecer. Todas minhas fantasias, porém, são destruídas assim que ele contorna a cadeira e para atrás de mim e, sem aviso algum, vejo minha vista ser bloqueada pela faixa de tecido.

— Ji-Jimin… O que você tá fazendo? — Ergo minhas mãos tentando impedi-lo de amarrar a venda, mas ele ignora meu protesto e logo estou mergulhando na escuridão, e cada fibra do meu corpo parece enviar um recado para meu cérebro que grita que estou em perigo, mas por algum motivo a sensação faz meu corpo arder ainda mais, e minha excitação aumenta. Assim que ele termina de amarrar a venda, seus dedos deslizam quase que de maneira superficial por meu pescoço, e odeio admitir que preciso de mais. Que preciso sentir suas mãos em mim... E isso é tão absurdo e errado. 

— Tentando tornar as coisas mais fáceis — Sua voz sopra próxima de meu ouvido, e é óbvio que nossas definições de fácil são completamente diferentes — Você precisa relaxar um pouco.

Dou um pulo na cadeira quando sinto as mãos dele deslizarem por meus ombros, dessa vez com a intensidade certa, e logo seus dedos estão apertando minha pele e fazendo uma massagem gostosa, que faz com que meu corpo relaxe automaticamente sob seu toque febril. A situação parece relativamente sob controle até que sinto suas mãos deslizarem por meus braços e refazerem o caminho até minha nuca. Seus dedos envolvem meu pescoço e seguem para minha clavícula, aproveitando o acesso fornecido graças ao meu decote. Minha pele parece prestes a entrar em combustão, e sou obrigada a continuar prendendo o lábio inferior entre meus dentes para me impedir de emitir uma série de sons incoerentes.

A sensação das mãos quentes e macias de Jimin em minha pele é tão boa que sinto meu corpo amolecer na cadeira, e mesmo com a venda impedindo minha visão, acabando fechando os olhos e me permitindo vivenciar o momento. Suas mãos voltam a correr por meus braços e dessa vez sinto sua respiração quente em minha nuca, e o som que escapa de minha boca me faz corar de vergonha.

Seus dedos continuam a pressionar meus ombros e braços, e sinto a ponta de seu nariz deslizar por minha nuca levemente, até que sua respiração está próxima de meu ouvido. Não consigo decidir se Jimin fez isso de propósito ou sem querer, mas nenhuma das opções justifica o rastro de fagulhas que percorre minha coluna e incendeia meu interior.

— Por que você está tão tensa? — Suas palavras fazem cócegas em meu ouvido, e quero perguntar porque ele continua fazendo questão de sussurrar e tornar minha vida mais difícil — Fui eu quem te deixei assim? 

Ao invés de responder, me pego pensando em como é possível que Jimin faça uma pergunta tão inocente parecer tão suja. A vibração da sua voz em minha pele faz com que eu afunde ainda mais as unhas em minhas coxas, e pressione as pernas uma contra a outra, precisando urgentemente me livrar da sensação incômoda que domina meu corpo.

— Eu devo entender que seu silêncio significa sim? — Ele volta a sussurrar, enrolando meu cabelo solto em torno de uma de suas mãos e puxando os fios, me obrigando a inclinar a cabeça ainda mais para trás. Outro som engasgado escapa de minha boca e sinto sua mão livre envolver a frente de meu pescoço, apertando-o de leve — Ou não? 

— S-sim...  — Minha voz sai trêmula e baixa, mas tenho certeza de que ele entendeu.

— Você quer que eu diga que sinto muito? — Ele pergunta, afastando a mão de meu pescoço e envolvendo meus fios de cabelo entre seus dedos com mais força. 

— Você sente? 

Dessa vez, é ele quem não responde. Penso em repetir sua pergunta para descobrir se seu silêncio também significa que sim, mas assim que seus dedos finalmente se afastam de meu cabelo, desisto de prolongar a conversa. Volto a erguer o rosto e respiro fundo, certa de que nosso tempo juntos chegou ao final. 

Eu não poderia estar mais enganada. 

Sinto as mãos de Jimin voltarem a pressionar as laterais de meu pescoço e deslizarem para minha garganta lentamente, e sem perceber estou inclinando a cabeça para trás novamente e deixando minha pele exposta para que ele possa explorá-la a vontade. Assim que seus dedos voltam a circular por minhas clavículas, e sinto eles traçarem o contorno de meu decote, deslizando devagar para dentro de minha blusa, uma onda de realidade me atinge e faz com que eu me dê conta do que está acontecendo.

Preciso urgentemente me livrar dessa maldita venda e acabar logo com isso.

— Isso não é justo — Digo sem pensar. 

— O quê? — A voz de Jimin toca a pele sensível de meu pescoço e quero dizer que é ele. Ele não é justo, e o fato dele estar ali atrás de mim não é justo, e nada disso é justo. Mas as palavras que escapam são completamente diferentes. 

— Eu quero te ver. 

E juro que quero gritar que é mentira assim que termino a frase, mas fico muda, em choque com as quatro palavras que digo sem nem saber o por quê. Jimin finalmente afasta as mãos de meus ombros, e a falta de contato faz minha pele doer, e me pego quase implorando por mais. Seus dedos retiram a venda de meus olhos, e a verdade é que não tenho certeza se tenho coragem de olhar para ele novamente, mas assim que ele fica em minha frente percebo que não é uma questão de coragem, e sim de necessidade.

Tudo em mim grita por Park Jimin, e me sinto envergonhada por perceber que meus sentimentos estão em total desordem. Quero poder culpar o álcool, mas nunca em minha vida me senti tão sóbria e ciente de tudo ao meu redor. 

Meu olhar busca pelo dele com a mesma urgência com a qual minha boca implora por um pouco de água, e por mais que eu teime em umedecer os lábios com a língua, a sensação não é o suficiente. Minha sede se torna ainda pior quando, sem aviso algum, vejo Jimin se inclinar para frente e suas mãos alcançarem meus joelhos.  Minhas mãos se fecham em torno de seus pulsos de maneira puramente instintiva, tentando impedi-lo de fazer o que quer que ele tenha em mente. 

— Ji-jimin… — Eu gaguejo, me sentindo uma criança medrosa. 

Ele ignora o aperto em volta de seus pulsos e se abaixa em minha frente, e então seu olhar está passeando por meu corpo e parando na altura de minhas coxas, e vejo ele inclinar a cabeça levemente para o lado, parecendo ter sua atenção roubada por alguma coisa. Sigo seu olhar e percebo que uma parte de minha coxa parece coberta por uma porção de gotículas de algo, e antes que eu consiga lembrar que acabei derrubando bebida em mim mesma, Jimin está se livrando de minhas mãos e deslizando seus dedos por minhas pernas.

Seus dedos se arrastam por minha pele e fazem com que minha respiração fique presa no fundo da garganta. Estou tão embrigada com a sensação de suas mãos deslizando por minhas pernas que mal percebo quando seus dedos estão sobre a região na qual os resquícios de bebida derramada ainda são visíveis. Minha atenção, porém, retorna com força total no segundo seguinte, quando vejo que seu polegar está encontrando seus lábios, e tenho certeza de que minha boca está seca porque toda umidade de meu corpo está concentrada em uma região localizada um pouco mais abaixo.

Vejo sua língua envolver seu polegar e seus lábios se fecharem em torno dele, sugando-o. E isso não é o pior. O pior é que seu olhar continua fixo sobre o meu durante todo o tempo, me mantendo presa e completamente entregue à ele. 

E é essa fração de segundos que rouba todo o ar de meus pulmões que me faz ter certeza de que vou ser obrigada a me mudar. É oficial.

Vou precisar fazer minhas malas e me mudar para o outro lado do planeta, porque minha relação com Jimin acaba de ser arruinada e vou ser incapaz de conviver com ele sem lembrar do quão ridiculamente obsceno ele consegue ser, e de como essa imagem me deixa fraca. E desesperada. E querendo que seu polegar seja substituído por cada mísero pedaço do meu corpo.

Ele afasta o polegar da boca e vejo sua língua contornar seu lábio superior, de lado a lado, e meus pulmões imploram por mais oxigênio. Sem dizer nada ele volta a apoiar as mãos no encosto da cadeira e se inclina novamente sobre mim, deixando sua boca a centímetros da minha. Seu olhar permanece fixo um pouco abaixo do meu, e então sua voz volta a acariciar meu rosto.

— Já te falaram que você tem gosto de morango? — Ele pergunta, e pela primeira vez na noite consigo perceber um rastro de diversão em sua voz, e isso me quebra em mil pedaços, porque tenho certeza de que ele está se divertindo com a situação. Abro a boca uma centena de vezes pra responder, mas não consigo formar nenhuma frase — Preciso que você me faça um favor…

E quero dizer que ele poderia me pedir para subir naquele palco e fazer um show eu mesma, e eu o faria com um sorriso no rosto, mas apenas concordo com a cabeça, esperando que ele volte a falar.

— Eu preciso mesmo fazer o meu trabalho… — Suas palavras me pegam desprevenida, porque tenho certeza de que ele já estava fazendo seu trabalho e de que isso tudo já era mais do que o suficiente — Preciso você fique parada, e não tire os olhos de mim, tudo bem? — Ele diz calmamente, mas o olhar em seu rosto não combina com suas palavras tranquilas, e não tenho certeza se ele realmente está tão controlado assim. Continuo sem entender o que ele está tentando me dizer, até que tudo se torna ridiculamente claro.

Assim que a batida da música se torna mais acelerada, Jimin acaba com qualquer possibilidade de espaço entre nós e cola seu corpo no meu, envolvendo minhas pernas entre as suas e praticamente se sentando em meu colo. Ele se movimenta lentamente para frente, até que seu quadril está  quase encontrando o meu e fazendo com que a barra de minha saia suba mais do que o necessário. Em um impulso involuntário, ergo as mãos e as levo até meu rosto, me escondendo e tentando acalmar minha respiração. Ele começa a mover os quadris contra o minhas coxas, deixando sempre um espaço pequeno demais entre nossos corpos, e todo meu interior parece prestes a se partir em mil pedaços a qualquer segundo.

O atrito do tecido de couro de sua calça contra as laterais expostas de minha coxa faz minha pele arder em chamas, e quando acho que a situação não pode ficar ainda pior, sinto as mãos dele se fecharem em torno de meus pulsos, me obrigando a afastar as mãos do rosto. Me sinto a garota mais infantil do mundo por fechar os olhos no mesmo segundo, continuando sem enxergar Jimin, até que sinto seu polegar traçando o contorno de minha mandíbula e parando logo abaixo de meu queixo, me fazendo erguer levemente o rosto.

— Achei que você tivesse dito que queria me ver — Suas palavras são sopradas contra minha boca e me obrigo a engolir o choro engasgado em minha garganta e abrir os olhos. 

Ele sorri vitorioso e, ainda segurando minhas mãos, começa a guia-las na direção de seus ombros, me fazendo segurar neles. Engulo a seco assim que sinto o contorno de seus músculos abaixo de meus dedos e tento pensar em mil maneiras diferentes de resistir a urgência de cravar minhas unhas em sua pele suada e deixar uma série de vergões avermelhados nela.

Jimin continua sustentando o peso de seu corpo nas próprias pernas, mantendo seu quadril a uma distância segura do meu, e o esforço que faço para não implorar para que ele chegue mais perto faz com que uma gota de suor deslize por meu pescoço. Sinto a gota deslizar devagar por minha pele, traçando seu caminho até desaparecer em meu decote, e vejo o olhar de Jimin seguir todo seu caminho atentamente, e então ele engole em seco, parando de se mover por alguns segundos.

Ergo umas de minhas pernas quase sem perceber, em uma tentativa inocente de me ajeitar na cadeira, mas logo sinto minha coxa alcançar e tocar o meio das pernas de Jimin de modo quase que superficial. O toque acaba pegando-o desprevenido, e o gemido abafado que escapa de sua boca faz com que meu coração tropece no peito. Puta merda, puta merda, puta merda. Levo uma de minhas mãos até sua nuca e enrosco meus dedos nos fios cobertos de suor de seu cabelo, porque preciso desesperadamente me agarrar a algo.

— Eu disse pra você ficar parada — Ele relembra e sua voz é uma zona de suspiros roucos e arrastados que se misturam com as palavras sussurradas. 

— Des-desculpa — Gaguejo, ignorando o fato de minhas saia estar completamente fora do lugar, e repetindo mentalmente que preciso ficar parada.

Meus dedos envolvem seu cabelo com mais força, puxando os fios, e sinto ele voltar a se mover conforme o ritmo da música. Me atrevo a afastar meus olhos de sua boca e olhar em seus olhos por um momento, e me arrependo na mesma hora. Suas íris parecem um tom mais escuras, e suas pupilas estão completamente dilatadas, deixando transparecer a intensidade em seu olhar, e toda necessidade que ele sente.

Ele está fazendo o trabalho dele, ele está fazendo o trabalho dele, ele está fazendo o trabalho. Ele deve fazer isso com várias outras garotas. É só o trabalho dele, não é nada demais. Você precisa se acalmar.

Me obrigo a olhar para baixo, e assisto seu quadril chegar cada vez mais perto do meu, mas o contato nunca é completo e ele sempre se afasta antes que nossos corpos se encontrem. O calor que emana entre nós dois é sufocante e sinto os cabelos de minha nuca grudarem em minha pele e nunca em minha vida inteira senti tanta vontade de algo como sinto agora, e a certeza de que não vou conseguir aliviar nem 5% de tudo que sinto do jeito que gostaria faz meu corpo inteiro doer.

— Eu acho que… — Começo a falar mas as palavras somem assim que vejo ele afastar umas das mãos do encosto da cadeira e segurar minha cintura. De repente não faço mais a menor ideia do que acho, ou de quem sou, ou do que estou fazendo com a minha vida.

— Que devemos parar? — Ele pergunta, e a palavra parar faz com que meu cérebro forme uma série de protestos diferentes. Mas sim, devemos parar. Precisamos parar. 

Me sinto incapaz de dizer que sim, então me contento com um simples concordar de cabeça. Ele imita meu gesto e respira fundo, parando novamente de rebolar contra meu corpo, e se inclinando um pouco para trás. Sem pensar, me pego deslizando a mão que até então permanecia em seu ombro por seu peito, e sinto todo seu corpo se retesar abaixo do meu toque. O que estou fazendo? Tento afastar a mão depressa mas os dedos fortes de Jimin envolvem me pulso, fazendo com que minha mão fique parada em seu lugar. Consigo sentir seu coração batendo acelerado abaixo de minha mão, e todos meus pensamentos se tornam uma bagunça assim que ele começa a deslizar minha mão para baixo, e meus dedos começam a percorrer seu abdômen por cima do tecido leve da sua regata.

Tenho total consciência de que no segundo em que minha mão finalmente alcança a barra de sua regata, e fica ridiculamente próxima de sua calça, nenhum de nós dois está respirando. Ele parece lutar contra a vontade de continuar guiando minha mão por seu corpo, e finalmente a afasta da minha, voltado a segurar o encosto da cadeira. Meu olhar continua fitando minha mão, e tento me impedir de olhar para o volume evidente que a calça escura de Jimin não é capaz de esconder. E sei que preciso colocar um fim nisso e ir embora, porque minha saúde mental realmente depende disso.

Mas tudo que consigo sentir é o calor de sua pele abaixo do tecido, e não é o suficiente. Quero culpar a bebida mas a verdade é que estou sóbria demais e que sou a única responsável por erguer a barra da regata de Jimin e finalmente deslizar a mão por baixo do tecido, sentindo sua pele suada e quente. No mesmo segundo em que meus dedos encontram seu abdômen definido, ele afunda o rosto na curva do meu pescoço, e seus dedos envolvem minha cintura com mais força. Quero fingir que não estamos arruinando nossa relação, mas nem mesmo a certeza disso me faz parar.

Seu corpo inteiro parece tenso e sua respiração ofegante e pesada acaricia a pele sensível de meu pescoço, me encorajando a continuar explorando seu corpo. Curvo meus dedos e deslizo as unhas de leve na região acima do cós de sua calça, e a reação que isso provoca em Jimin me obriga a tentar cruzar minhas pernas desesperadamente, mas não encontro espaço nenhum para isso e meus movimentos são todos desgovernados.

Sem querer estou encostando novamente em Jimin e ele está deixando que outro gemido abafado escape do fundo de sua garganta, e o som vibra contra a pele de meu pescoço me deixando extasiada. E, de verdade, foda-se. Eu preciso ouvir todos os sons que ele continua tentando silenciar sem sucesso, e assim que ele percebe que estou erguendo a perna novamente, tentando urgentemente acabar com o pouco de auto-controle que me resta, ele se antecipa e pressiona seu corpo contra o meu, finalmente empurrando seu quadril contra o meu e arruinando por completo minha tentativa de impedir que minha saia suba ainda mais.

— Noona… — A palavra sai na forma de um gemido contra meu pescoço e ele movimenta seu quadril contra o meu novamente, e o atrito entre nossos corpos é tão ridiculamente bom que tenho certeza que não vou durar nem mais um minuto. 

Cada vez que ele se afasta me pego erguendo meu corpo involuntariamente e tentando desesperadamente encontrar seu quadril novamente, até que as mãos de Jimin estão envolvendo minha cintura e me empurrando com força contra o assento da cadeira, me mantendo parada. Quero resmungar uma série de protestos mas assim que seu corpo se movimenta contra o meu novamente, todas minhas palavras são substituídas pelo som abafado de meus gemidos.

— Você disse… — Ele começa a falar no pé de meu ouvido, mas sua respiração fora de ritmo o atrapalha, e o tecido de couro de sua calça deslizando por minhas coxas faz minha pele queimar — Que ia ficar parada… — E então ele joga seus quadris contra os meus novamente, e é tudo tão obsceno, e quente, e cada lufada de ar que inspiro tem o cheiro intoxicante de Jimin, o que só me deixa ainda pior. Sua boca desliza por minha mandíbula e ele apoia sua testa contra a minha. Nosso narizes se tocam e é impossível distinguir nossas respirações bagunçadas — Noona… — Ele suspira a palavra novamente, dessa vez contra minha boca, e o tom sofrido e urgente de sua voz me faz pensar em um milhão de palavrões diferentes. 

Estou a um passo de mandar tudo para o inferno e avançar em direção a sua boca quando o som agudo de uma campainha nos pega de surpresa. Não faço a menor ideia do que isso significa, mas me convenço de que é um sinal enviando pelos céus e de que preciso dar ouvidos a isso e sair dali o mais depressa possível, antes que a situação fuja ainda mais do controle.

Ficamos em silêncio por algum tempo, e o único som que preenche a cabine é o volume alto de nossas respirações, que parecem longe de voltarem ao normal. Jimin se afasta devagar e a ausência de seu corpo pressionado contra o meu faz cada célula minha protestar, implorando silenciosamente para que ele se aproxime novamente.

Assim que ele se levanta e se afasta, passando as mãos pelos cabelos e tentando afastá-los de seu rosto suado, vejo que toda sua confiança anterior parece sumir, e tudo que resta é um misto de desconforto e vergonha. Mas seu olhar continua vários tons mais escuro, e seu peito continua se movendo depressa em razão de sua respiração acelerada, e tudo nele me atraí de um jeito que chega a provocar dor. Vejo seus olhos avançarem na direção de minhas pernas e ele prende o lábio inferior entre os dentes, tornando a passar uma das mãos pelos cabelos escuros. 

Demoro tempo demais para lembrar que minha saia está completamente fora do lugar, deixando praticamente tudo a mostra, e demoro ainda mais tempo para conseguir arrumá-la. Me levanto depressa, determinada a dar um jeito na minha situação e a sair dali correndo, mas assim que meus pés tocam o chão sinto o mundo ao meu redor girar e minhas pernas ficarem fracas.

Em um piscar de olhos os braços de Jimin estão envolvendo minha cintura e me ajudando a ficar em pé, e minhas mãos estão encontrando apoio em seus ombros. Meu olhar busca por sua boca sem que eu perceba, e me pego umedecendo meus lábios novamente. Sinto os dedos de Jimin apertarem minha cintura com mais força, e preciso lutar contra a vontade que sinto de chegar mais perto.

Ele é meu colega de apartamento, e isso não pode acontecer. Na verdade, isso nunca passou por minha cabeça, e não faz sentido passar agora. Só estou abalada porque descobri algo que não deveria. E porque ele parece tão bem todo suado, e sem aquelas roupas todas certinhas e sua pose de estagiário… E porque o atrito entre nossos corpos é tão viciante e… não.

Jimin é só meu colega de apartamento, só isso.

E posso lidar com isso.

— Acho que precisamos conversar em casa… — Ele diz, e percebo que sua boca está a apenas uma respiração da minha, e que nossos corpos continuam próximos demais.

E.

Não.

Temos.

Intimidade.

Pra.

Isso.

— Certo — Respondo, concordando com a cabeça e me dando conta de que essa é a uma péssima ideia, porque sinto nossos narizes se tocarem novamente, e a ideia de me afastar parece errada demais. 

Mas Jimin parece disposto a me ajudar, e suas mãos finalmente se afastam de meu corpo, e logo ele está abrindo a porta e deixado a passagem livre. Demoro alguns segundos para me lembrar de como caminhar, e assim que o faço saio depressa em direção ao corredor, tentando ignorar a vontade estranha que sinto que voltar para perto de Jimin e dar início a uma conversa sem palavras mas cheia de línguas e bocas ali mesmo. Tenho certeza de que assim que começo a me afastar posso ouvi-lo dizer algo, mas suas palavras não fazem sentido algum e me obrigo a seguir em frente, deixando-o para trás.

Quando encontro Yoona e Taeyon sentadas no bar, as duas já estão preparadas para irem embora e agradeço por isso, porque tudo que preciso é de um banho e do silêncio do meu quarto para organizar meus pensamentos. Elas me fazem uma centena de perguntas durante o caminho até minha casa, mas desistem de obter alguma resposta assim que percebem que não estou nada a fim de conversar.

A sensação de paz que sinto ao colocar os pés dentro do apartamento dura muito menos do que desejo. De repente o ambiente todo parece contaminado pelo perfume de Jimin, e a ideia de que logo a presença dele vai estar preenchendo cada cômodo me deixa desesperada.

Droga… 

Como é que as coisas vão voltar ao normal?


Notas Finais


Então... Nem sei o que comentar kkkkkkkkkkk ):
Como vocês acham que as coisas vão ficar entre os dois agora? Me contem!! <3
Até a próxima atualização, e bom feriado pra vocês!


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