História Excluded - L.A

Depois que saí da escola fui para minha casa, Henrique e Harry estavam colocando algumas coisas no carro para a gente poder ir para Los Angeles.
- Vamos?- Perguntei.
- Sim.- Respondeu meu primo, nos despedimos da minha mãe e entramos no carro.
- Vocês dois vão usar o GPS né?- Perguntei.
- Sim. Não vamos te levar para o meio do nada Cart.
- Que bom.
- Pelo menos você vai ter alguma coisa diferente para tirar fotos e esfregar na cara do seu vizinho que eu esqueci o nome.- Falou o Harry.
- O nome dele é Alex. E a última coisa que eu quero falar agora, é sobre ele.
- Por que?
- Para de tentar me irritar Harry.- Falei meio grossa.
- Ok... mas era só uma pergunta, não precisava ser tão grossa.
- Harry, ela não quis ser grossa.- Falou meu primo.- Coloquei o fone de ouvido e a primeira música que tocou foi, sem nenhuma coincidência, minha música favorita que é de uma banda americana não muito famosa que chama The Girl And The Dreamcarcher, que eu achei quamdo eu estava entediada um dia no YouTube. A música chama Cry Wolf que na realidade eu só ouvi porquê tem lobo no nome, mas depois de um tempo meu cérebro de roedor descobriu que Cry Wolf é tipo uma "metáfora" para alarmar sem razão, o que eu deveria saber já que sou fluente em inglês, por opção da minha mãe. Enfim, gosto da música porque eu estava em uma das minhas "quedas de depressões", vamos chamar as épocas do ano que digamos que eu fico pior assim, eu ouvi essa música em uma dessas "quedas" e continuei ouvindo ela até hoje, me faz lembrar de coisas que aconteceram, fazendo com que eu pense na minha vida e reavalie algumas coisas. Minha parte favorita da música que fala:
Screaming loud, kiss me sweeti
(Gritando alto, beije-me carinhosamente)
Beg it on my love you ever miss a beat
(Imploro no meu amor que você não perca a batida)
Drag me down, save my life
(Arraste-me para baixo, salve minha vida)
Always say it’s over but we know it’s a lie
(Sempre digo que acabou, sabemos que é mentira)
Gosto de quando a música tem antítese, não sei porque, mas eu gosto.
Por mais que eu tentasse evitar pensar em qualquer coisa relacionada ao Alex, o fato de que ele tirou uma foto minha sem eu saber e colocou no trabalho dele me fez pensar um pouco. A teoria da Meggy é que ele gosta de mim, mas descarto essa possibilidade porquê eu percebo o jeito que ele olha para mim, e ódio é tudo que eu consigo ver.
Não tive tempo de perguntar sobre isso para o Peter, mas acho que ele concorda com a minha teoria que é a seguinte: Alex está tentando me irritar até eu surtar.
Faz mais sentido do que a da Meggy, bom, pelo menos na minha cabeça faz. Afinal, qual a lógica em tentar levar a pessoa que você supostamente gosta à ter um ataque e se suicidar? Posso não ter muitas experiências com o amor, mas não acho que é assim que funciona. Leio bastante livros de romance e também assisto vários filmes, para falar a verdade os tipos de livro que eu já li foram desde A Culpa É Das Estrelas até Cinquenta Tons de Cinza. E nenhum deles se encaixa na minha vida neste exato momento.
Enfim, depois de mais ou menos duas horas olhando pela janela eu acabei dormindo, quando acordei o que eu vi da janela foi o letreiro de Hollywood.

- Eu dormi mesmo por 17 horas?- Perguntei.
- Sim. Mas ainda não conseguiu bater seu recorde de 20 horas dormindo.
- Acho que você dorme mais do que um urso.- Falou o Harry.
- Eu sei. O que vamos fazer quando a gente chegar lá?
- Dormir.- Respondeu meu primo.
- São três da tarde, vocês quiseram vir aqui, então a gente vai fazer alguma coisa.
- Qual é Cart, a gente está cansado. Se você quiser, faz alguma coisa sozinhas agora depois a gente se encontra.
- Ok, eu vou ver a calçada da fama, e aquele museu de cera enquanto vocês dois dormem.

Os dois concordaram, logo chegamos até o hotel. Felizmente fiquei em um quarto separado dos dois, era na frente do deles. Arrumei minhas coisas e saí. O hotel não era longe da calçada, então foi fácil de achar. Fui lá mais para tirar fotos do que outra coisa. Depois de andar a calçada inteira, fui até um museu de cera que também era perto. Eram seis e meia quando eu comecei a andar sem saber onde eu estava indo, foi o que eu fiquei fazendo até Henrique me ligar.

C: O que foi?
H: Onde você está?
C: Eu meio que não sei. Por que?
H: A gente vai na praia, você vem?
C: Vou. Chego no hotel em uns quinze minutos.
H: Ok.

Ele desligou e eu fui até o hotel, coloquei um biquíni, mesmo que não fosse entrar na água, com uma saída de praia em cima. Fomos até a praia e como não gosto muito de entrar no mar, fiquei sentada na areia, que felizmente não era aquele tipo de areia muito fina e fofa que gruda em tudo e voa na sua cara.
Henrique e Harry alugaram pranchas de surf, e começaram a surfar. Eu até sei surfar, aprendi com meu pai, eu morava perto da praia, mas não era uma praia que dava para nadar no mar, tinham bastante ondas e também muitas pedras, enfim, surfar não é meu hobby preferido, não gosto da parte de levar caldos, engolir água do mar, e desde que eu pintei meu cabelo, ele fica meio verde quando entro no mar, então tento evitar. Esportes em geral não gostam muito de mim.