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História Explicit Line - Ameaças


Escrita por: maracujah e cajuz

Notas do Autor


Gente, pelo amor! Mil mil milllll perdões pela demora. A culpa foi toda minha (Júlia). Eu acabei deixando o capítulo para depois, ai veio a falta de tempo e depois a falta de criatividade para o capítulo. A Drii que o terminou para mim! Vamos tentar não demorar tanto mais, prometo.
Se estiver ruim, relevem, nenhuma de nós duas estava com muita ideia para esse capítulo. O próximo vai ser melhor.

Capítulo 31 - Ameaças


Fanfic / Fanfiction Explicit Line - Ameaças

O departamento ainda parecia o mesmo de três meses atrás. A agitação diária, o som do teclado sendo pressionado, um telefone a fio tocando aqui e ali, um adolescente chapado sendo liberado por uma fiança que os pais pagaram, encarando o filho como se dissessem “estou muito decepcionado com você.”

O mesmo renomado Departamento De Polícia renomado por prender uma das maiores assassinas da década e depois, perdê-la num incêndio que ninguém entendia quem, como ou por quê. Até esse momento. Caminhei lentamente pelos corredores barulhentos, sorrindo levemente para as pessoas que acenavam quando eu passava através de suas ocupações.

Luís estava atrás de mim, caminhando silencioso, incerto da minha decisão. Era perigoso, eu sabia, disso a ele, mas precisava mirar e atirar no principal alvo. Afinal, quem mais deveria saber dessa informação do que Bieber?

— Eu só espero que você esteja certo. — disse Luís antes de descermos do carro àquela manhã. — Não quero que tudo se quebre por uma tolice impensada.

Bati na porta amarronzada, esperando-a abrir-se. Um segundo depois, o rosto de Justin encarou o meu de maneira duvidosa e surpresa, relutante em nos deixar entrar, mas acabou cedendo.

Estava sério, demonstrando mais uma vez o quanto me odiava.

— O que quer? — perguntou direto. — Eu estava ocupado e achei que você estivesse resolvendo coisas em outros estados, Delegado.

Soltei o ar insipidamente, tirando a bolsa do ombro, jogando-a por cima da mesa amadeirada. Ele não a olhou, preferindo desferir a raiva pelo o olhar, os braços cruzados impacientemente. Indiquei a bolsa:

 — Veja você mesmo. — ele relutou, mas acabou caminhando até ela, abrindo-a. — Este aqui é Luís Clarkson, um dos maiores peritos e detetives do país. Ele estava me devendo uma, sabe como é. O liguei e ele disse que me ajudaria a resolver um caso.

Enquanto falava, Bieber tirava as coisas de dentro da bolsa, observando as cópias das fotos e dos documentos, os olhos mal se desviando, colado naquilo.

Primeiro, os corpos desenterrados de terrenos baldios ou construções abandonadas, terrenos de casas ou fundos de cimento na parede; corpos mutilados, destroçados, despedaçados, queimados, apodrecidos, irreconhecíveis; depois, as fichas em hotéis ou motéis sórdidos, cada um com nomes e idades diferentes. Serviços em bordéis, esquinas, praias. Uma casa de família que contratou uma babá. E em todos, todos os lugares, um rastro de sangue, de morte e de dor.

E depois, depois ele observou as fotos da mulher espreitando-se numa janela, numa viela, no volante de um carro ou caminhando pela rua, como se nada fosse sua culpa. Um cabelo loiro, outro curto, um óculos escuros, uma roupa comprida outra curta, botas ou scarpans, preto, vermelho, azul; mas em todos os momentos, em todos eles, era ela. Quando terminou de olhar tudo, os olhos presos, anestesiados, preso e surpreso, ele me encarou, a boca mal se movendo, não conseguindo dizer um som se quer.

 Eu sabia o que era aquilo e ficava feliz em ter tomado a decisão de conta-lo.

 — As datas das fichas, das mortes ou das fotos, diferem de antes de dois anos atrás para no período em que todos acharam em que ela estava morta. — comecei lentamente, tentando explicar. — Quando ocorreu o incêndio e eu vi o corpo, soube que algo estava errado. Não era ela, mesmo o teste dando positivo. E depois, com a surpresinha na cela dela, eu tive certeza.

Justin não disse nada, apenas ouvindo.

— Eu liguei para Luís. Foi um trabalho árduo, tenho que admitir. Dois anos, mas valeu a pena. Primeiro, tínhamos que ter certeza se ela estava morta ou não. Um fio de cabelo que você deixou para avaliação bem no inicio de tudo e pum, o resultado foi burlado. O verdadeiro corpo era de Katherine MAcdan.

— Então, eu aconselhei a Rick a não dizer nada a ninguém. Nós tínhamos que achá-la, ou pelo menos a prova para o que estávamos dizendo. — Luís tomou a frente. — Primeiro, seguimos os rastros dos primeiros corpos que ela ainda revelou a localização e com isso, conseguimos achar outros, todos numa mesma linha bizarra de raciocínio.

 — Eu não quero mais ouvir sobre isso. — diz Justin de repente, erguendo-se da cadeira, empurrando as coisas em minha direção. — Ela está morta.

— Ai é que está meu chapa. — diz Luís mais uma vez. — Não está. Edline Elizabeth Lawrence ou simplesmente Beleza Negra nunca esteve morta. Ela está viva e por mais esperta que seja, conseguimos descobrir a verdade. E eu me pergunto: será que ela não voltou para o entretenimento tão amado dela?

Percebo o clima tombar na sala, pesando mais do que quilos, agora toneladas. Bieber inflar o peito, respirar fundo, fechar as mãos em punhos, o rosto se aquecer e suas mãos seguirem até a arma presa na cintura. Dou um passo a frente, mas Luís não parece se preocupar, determinado como sempre esteve desde o início. E encarando-o, eu entendi que ele sabia de algo que ainda não havia me contado.

 — Edline está morta. E eu não tenho mais nada a ver com isso.

— Ou será que sim, Detetive?

Sua expressão se manteve passiva. Mas seu peito subia e descia rapidamente. Seus olhos me encaram sua boca se abriu e ele disse:

— Estou muito ocupado para suas especulações neuróticas, Delegado. — ele fechou a pasta que se encontrava aberta em cima da sua mesa e guardou dentro da gaveta. —  Beleza Negra está morta, agora se me der licença... —indicou a porta com a mão — Alguém precisa trabalhar de verdade.

— É só questão de tempo Bieber. Há prova e nós já temos.

Sorri sarcástico e sai de sua sala com Luís ao meu lado.

— Talvez ele não saiba de nada — Luís murmurou.

Olhei de relance para ele e sorri mais uma vez.

— Talvez ele já tenha estado com ela — ele me olhou sem entender — Beleza está viva e disso nós sabemos e Justin só confirmou que também sabia disso. Ele já esteve com ela, agora só precisamos achá-la.

-— E como faremos isso?

— O seguindo.

Edline Lawrence – Point Of View

Era difícil saber o que ele via nela.

Sua bondade podia ser sentida a quilômetros. Seu olhar de anjo era algo enjoativo. Vendo-a dançar, ela era praticamente uma princesinha pulando para fora de um conto de fadas e não satisfeita, montada em um pônei. Eu queria vomitar. Essa com certeza não era o estilo dele.  Ela era o oposto de mim.

Sorri de canto. Irônico não?

Continuei a observá-la dançando, suas pernas se moviam rapidamente, dando piruetas no alto; seu corpo girava, suas pernas levantavam, seus pés eram ágeis. Ela estava dando um show. Justin se encontrava na segunda fileira, seus cabelos aloirados eram reconhecíveis de qualquer ângulo.  Ele havia chegado a alguns minutos e eu estava aqui a algumas horas. O ensaio havia começado às seis da tarde e queria observá-la um pouco mais, saber exatamente o que fazer. Mas estava ficando chato.

 Levantei-me lançando um ultimo olhar para ele e caminhei em direção a saída. Caminhei lentamente entre as pessoas, parando na entrada do teatro.

— Quer que eu lhe chame um táxi, madame? — O manobrista perguntou.

— Sim, obrigada.

Ele saiu as pressas parando em sua mesinha e fazendo uma ligação, depois voltou sorrindo e disse:

— Chegará daqui a cinco minutos.

— Tudo bem.

Cruzei os braços contra o peito, o ar gelado atingia minhas bochechas fazendo meus cabelos loiros artificiais voarem. Soltei o ar quente, respirando um bafo totalmente gelado. Olhei de relance para os lados, sendo tomada por uma sensação de inquietação. Eu não estava com medo que alguém me reconhece-se, mas era estranho sentir que estava sendo observada e não era a primeira vez.

Quando o táxi chegou o manobrista abriu a porta e entrei, disse o endereço e o motorista prosseguiu. Olhando para fora da janela notei respingos de chuva. E algo dentro de mim cresceu, queria encontrá-lo mais uma vez. Queria senti-lo mais uma vez.

Mas sempre era assim, uma vez nunca era o bastante pra mim.

Eu desejava tê-lo todos os dias e noites. Era incontrolável.

Esfreguei as mãos umas nas outras e olhei no retrovisor. Havia um carro acinzentado atrás do nosso. Fora nós, não havia mais ninguém na rua daquele bairro. Olhei para o motorista, ele seguia cantarolando uma musica e dirigindo. Continuei encarando o retrovisor, quando fizemos a curva o carro fez o mesmo e assim seguiu nas próximas três esquinas.

Não era apenas uma sensação, eu estava sendo observada.

— Pode virar a esquerda rapidamente e depois  a direita? — Perguntei ao motorista.

— Sim, mas por que...

— Apenas faça.

Quando entramos em um cruzamento, mais carros apareceram e ele fez o que foi pedido. O carro que nos seguia ficou a três carros para trás, parado em uma esquina. O ar que estava preso em meus pulmões saiu pesadamente. Eu estava ficando paranoica. Quantas pessoas não pegam o mesmo caminho que o meu? E o que eu temia?

Quando chegamos ao pequeno prédio, paguei ao motorista e desci do carro, meu salto fazia barulho enquanto caminhava. Tirei minhas chaves, abrindo a porta e entrei, subi as escadas de dois em dois e quando entrei no meu pequeno apartamento, tranquei a porta.

Desejá-lo me deixava louca.

Joguei as chaves sobre a mesa e o casaco também. Fui ate a geladeira peguei uma garrafa de vinho e me servi. Ali dentro estava totalmente abafado, tirei minha blusa, ficando apenas de sutiã e calça, me desfazendo das botas. Quando estava prestes a ir pro banheiro a companhia tocou. Parei por alguns segundos, olhando para a porta.

Somente uma pessoa sabia onde eu morava: meu vizinho chato e tarado, sempre lembrando que matá-lo seria um desperdício de tempo.

Peguei as chaves em cima da mesa e segui até a porta, quando olhei pelo olho mágico, estava tudo preto. Franzi a testa.

— Quem é? — perguntei e não ouve resposta — Quem é? — repeti.

Depois de alguns segundos de silencio, uma voz se pronunciou:

— É assim que recebe suas visitas?

Seu sotaque totalmente reconhecível fez meu corpo formigar. Sorri de canto, sabendo que era questão de tempo até ele juntar as peças. Destravei a porta, abrindo a mesma. Rick estava encostado contra a parede, seus braços cruzados sobre o peito, sua jaqueta de couro o deixava com aparência mais superior. Encarei-o por alguns segundos. Eu não estava paranoica, ele estava me seguindo.  Sabia que ele estava ali para uma única coisa.

— É assim que trato minhas visitas que não gosto.

— Não vai me convidar para entrar? — perguntou sem se abalar.

— Creio que nossa conversa seja breve. O que quer Delegado?

Seu arquear de sobrancelhas seguido por um sorrisinho de canto foi a resposta.

— Fingir que estava morta?  Não faz seu estilo, Beleza.

— Tenho muitos gostos, querido. Até para aquilo que não parece bom, às vezes só precisa de uma ajudinha para melhorar .— desci o olhar pelo seu corpo.

— Como Justin? Acha que ele precisou de uma ajudinha sua para melhorar? — cutucou ironizando.

— Não precisei ensiná-lo, acredite. Ele sabe o que faz. — sorri largamente. — Então, por que exatamente está aqui Rick? Não o vejo com algemas ou reforços; acha que não precisa de reforços? — ri pelo nariz.

— Acho que posso lidar com você sozinho. – acompanhou minha risada.

— Confiante, que sexy — pisquei para ele.

— Só vim para lhe avisar que isso que está fazendo não irá durar muito. Você vai cair Edline, é só questão de tempo — falou — Eu não sei o que se passa pela sua cabeça maluca, o por quê de fingir sua morte e depois voltar matando de novo. Só preciso de fatos e esses fatos aconteceram e tenho provas, e você não precisa de muito para pegar uma perpetua ou uma pena de morte.  — sorriu satisfeito.

— Isso foi realmente uma ameaça? — gargalhei — Meu Deus, que bonitinho. Onde aprendeu isso? No jardim de infância? — Rick estreitou o olhar — Posso matar você de olhos fechados, querido. Não me provoque, não ando muito temperamental.

— Isso não foi uma ameaça, considere um aviso. — ele deu alguns passos a frente, seu corpo parando a centímetros do meu. — Eu vou acabar com você.  Não irei te matar, isso seria pouco, mas vou fazer você sofrer, por cada morte, cada pessoa que você torturou.

Meu sorriso se ampliou:

— Está ficando melhor, continue — aproximei meu corpo do seu, sentindo sua respiração quente contra minha pele — Quero ver do que o grande Delegado é capaz. Eu consegui um, por que não conseguir o outro?

Rick – Point Of View.  

Encarei seus olhos azuis, sua expressão divertida.

Ela não estava sentindo medo, não se abalaria com meias palavras que ela não considera nada. Ela não temia a morte, ela abraçava-a. Ela tinha sempre um plano reserva, Edline é mais esperta do que qualquer um que eu conheci, ela não tinha um ponto fraco, pelo menos todos achavam que não, até ela mesmo.

Seus olhos estavam presos no meu, seu corpo a centímetros de mim, seu cheiro invadia minhas narinas.

— Você acha que não tem medo de nada, mas está muito enganada. Eu sei o que você teme, Beleza. Teme perder seu grande brinquedinho. Você não admite, mas Justin deixou de ser só uma diversão pra você há muito tempo.  

Seus olhos perderam o foco, mas seu expressão ainda era a mesma.  

— Você gosta dele, diria que o ama. Quem diria, a grande Beleza negra apaixonada por um Detetive? Isso sim é historia pra cinema.  — continuei, rindo secamente.  — Então vamos deixar claro uma coisa:  você não é invencível. É só uma mulher tola dando uma de Dexter. Eu irei te prender, irei fazê-la sofrer, mas na hora certa. E se eu encontrar mais um corpo e souber que tem dedo seu, pode apostar Edline, não só irei te prender, como irei fazê-la assistir sua pequena paixão morrer na sua frente.

Seu corpo recuou alguns centímetros, seus olhos brilhavam de raiva.

— Se tocar nele, não perderá só a mão, Delegado. Cortarei sua cabeça e mandarei para sua família de Natal. — rosnou raivosamente. — Não pense que me ameaçar vai me parar.

— Como disse, é só um aviso — levantei as mãos — Matar não é problema pra mim e se isso inclui ter que matar um cara para salvar o resto do mundo, fica mais fácil ainda. — rorri satisfeito com sua expressão — E não se preocupe, terá algum tempo antes que eu volte, mas dessa vez com algemas. — pisquei o olho em sua direção.  

Ela ficou alguns minutos em silencio, sua respiração estava mais pesada, sua boca se abriu e as palavras saíram:

E então, o sorriso frio, assassino, diabólico:

— Você acabou de assinar sua sentença de morte. É só questão de tempo.

 


Notas Finais


Obrigada por todos os comentários, vocês são umas lindas.
Mas e ai, será que a tão grande e má Beleza Negra ama o Bieber? Eu acho que não ein... HAHAH, mas vamos ver né.
GENTE, FOCUS AQUI! LEIAM MY NEW FIC http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-le-cir-2684209 bjocas
Até a próxima gente! <3


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