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História Exposed - Camren - Amigas até quando?


Escrita por: isjipwiw

Notas do Autor


Créditos do desenho na imagem. Espero que gosteeemm!!

Capítulo 2 - Amigas até quando?


Fanfic / Fanfiction Exposed - Camren - Amigas até quando?

Eu estava paralisada ali, foi como se um raio me atingisse diretamente na cabeça e um soco no estômago me deixasse tonta. Está bem, eu certamente estou exagerando, que tipo de pessoa se sentiria assim por outra que acaba de "conhecer"? Minha mãe tem razão, eu conheço melhor que ninguém o significado de empatia. Não era por ser a Lauren, era por essa história, saber de coisas assim me deixam terrivelmente desconfortável, e quanto à sua amiga, me deixou tão indignada mas tão confortável em saber que ela é leal e supera a discriminação ao lado de Lauren, o que me faz pensar, eu sou nova aqui, sou nova na cidade, eu não sei se devo aparecer com Lauren em público, sabe? É minha única chance de recomeçar minha vida e ter amigos, coisa que nunca tive, estou soando tão egoísta mas na minha cabeça eu sinto que é como necessidade, passar os proximos anos da minha vida sendo odiada mais do que já fui até hoje não pode ser parte do meu futuro.
— Ei Camila, paralisou? Se não conhece ela por que está desenhando? — Dinah disse, novamente, me despertando de longos pensamentos.
— Eu estou impressionada com o nível de maldade dos seres humanos... — eu disse pensando em mil maneiras de mudar de assunto, o que eu lhe diria? "Encontrei com ela hoje mais cedo e fiquei terrivelmente encantada com os olhos e traços dela, com uma necessidade tremenda de encontra-la, por isso decidi por em papel toda sua delicadeza"? — Então...
— Bom, se quiser sentar com nós duas hoje, sinta-se a vontade. Agora me contra sobre você. — Dinah disse notando que estava desconfortável com aquele assunto. Por um estante eu raciocinei o que seria suscetível a expor para uma estranha intrometida.
— Eu me chamo Camila, isso você ja sabe... — eu disse tentando soltar uma risada para ser engraçada, mas ela ficou séria. — Eu tenho 18 anos, vim para Londres faz duas semanas, nasci e fui criada em Miami... — fiquei pensativa, o que mais podia dividir? — E eu... eu sou lésbica. — eu disse quase sussurrando, por que fiz aquilo? Não devia ter dito, eu sou tão estúpida quando quero, eu nem sequer a conheço.
— Lésbica? — ela disse super-empolgada e super alto, chamou a atenção do professor, que logo nos lançou um olhar que quase falou "calem a boca!", logo fiz um sinal com a mão para que ela diminuísse o volume. — Por que ninguém deve saber? Eu sou Dinah Jane, tenho 18 anos também, nasci e cresci aqui mesmo, sou bi... — Ela disse soltando risadinhas.
— Oh meu deus, isso não é o tipo de coisa super raro aqui? — eu estou feliz, mal posso conter o sorriso, uma pessoa que me entende. — Tenho medo de expor e sofrer qualquer tipo de preconceito.
— Ah, relaxa, é uma das coisas mais comuns aqui. — Dinah disse olhando para minha boca, aquilo me constrangeu.
— Quanto à sua amiga Ally... — eu disse apontando para a garota la na frente.
— É hetero. — ela disse revirando os olhos.
— Não... não isso, — eu disse rindo — me conta sobre ela. — ela abriu um belo sorriso.
—Ah, desculpa pela bola fora... Ela tem 22, já trancou três cursos diferentes da faculdade, nos conhecemos desde que eu nasci, é natural daqui também. Senta com a gente hoje no intervalo que nós nos conhecemos melhor, agora vou voltar pro meu lugar. — ela levantou sem que eu pudesse falar nada... criar vínculos parece uma coisa boa, mas sem notar, outra aula já havia passado e eu continuava desinteressada naquilo. São três aulas antes do intervalo, então falta só mais uma... isso está me frustrando. Eu virei a página do caderno e comecei a escrever, isso é outra coisa que amo fazer, escrever canções. Pude escrever um pouco, ficou mais ou menos assim:

"Há quem diga que a coisa mais linda
Que um dia exista
Seja a forma de viver de alguém,
Suas delicadezas,
Suas tantas belezas,
Não escapam da admiração de ninguém

Quando sentir que a gravidade
Insiste em te derrubar,
Lembre-se que se cair,
Terá uma nova chance pra levantar,
Poderá se machucar,
Mas nada que vá doer
Se tiver as mão certas
Para ajudar a levantar você"

Fui interrompida pelo sinal que apita tão alto que não posso escutar o que o professor fala, me levanto e pego em minha bolsa o dinheiro que tava guardado ali faz um tempo. Percebo que todos da sala já sairam, como eu encontrarei Dinah e Ally agora? Vou andando em direção a porta e quando finalmente vou passar por ela, Dinah pula em minha frente me dando um susto tremendo.
— CARALHO! — foi a única coisa que consegui dizer. As duas começaram a rir descontroladamente e por um segundo eu fingi ficar séria, mas não pude me conter por muito tempo, comecei a rir junto. Nós três começamos a andar naquele corredor mais movimentado que uma feira. Estava perdida. Por alguns minutos fomos caminhando em silencio por um grande corredor, o que me lembrou de procurar a Lauren por todo aquele lugar. Mas do que iria adiantar ver ela ali tão bela, sem ao menos poder falar com ela?
— Então, Camila, Dinah me contou algumas coisas sobre você... — Ally disse quebrando o silencio, quase não conseguia ouvir, o barulho do corredor era um barulho e tanto, via agora o corredor bagunçado que Lauren descreveu. — e soube que desenha muito bem!
— O que? Você acha? Nossa, muito obrigada! — disse incrédula e um pouco intimidada enquanto me inclinava para frente para ver Dinah, já que Ally estava no meio de nós duas.
— Da minha boca sai somente as verdades — Dinah disse se inclinando também e em seguida nós duas voltamos a posição normal. Continuamos andando, esse lugar é imenso, o corredor está acabando e daqui posso ouvir barulho de pessoas comendo e conversando, será que Lauren está por aqui? Olho para meu lado esquerdo e vejo um banheiro. Ótimo, estava precisando!
— Vocês podem ir na frente? Eu preciso usar o banheiro, é rapidinho. — eu disse parando de andar, daqui tenho uma visão bem ampla de todo o refeitório.
— Vai nesse ai? Ele costuma ficar vazio, e se tiver algum tipo de fantasma? — Dinah disse parando e puxando Ally, que continuava andando, para que parasse também.
— Deixa de ser besta, Dinah! Vai lá Camila, vamos estar esperando você naquela mesa. — Ela pareceu procurar, com os olhos em meio a multidão uma mesa vazia, ate que avistou uma e apontou, ela e Dinah apostaram uma corrida até lá. Eu entrei no banheiro e fui em um dos boxes que estava vazio, na verdade, todos estavam, é estranho em meio a tanto caos lá fora, esse banheiro ser vazio. Termino de usar o banheiro e saio para me ver no espelho. Até que escuto alguém se assustar, olho para trás e está tudo vazio, por um segundo meus batimentos cardíacos aceleraram e eu considerei a hipotese da Dinah de que fantasmas estão entre nós. Observei todos os boxes e vi em um, um coturno, me parecia familiar, me aproximei devagar e pude ouvir que alguém estava comendo, mas que quando notou que me aproximei, sugou todo o ar que podia para seus pulmões e tentou ficar sem respirar. Alguma coisa estava errada. Eu entrei no box do lado, subi no vaso e pude ver, era Lauren, de cabeça baixa e com uma bandeja de comida nas pernas, quando pensou que eu finalmente tinha ido, soltou a respiração e voltou a comer.
— Oi — eu disse ali de cima, fazendo ela se assustar e engasgar com sua comida.
— O-o que você... — ela olhou pra cima enquanto tossia.
— Lauren — eu disse, não sei quem estava mais chocada, eu por te-la encontrado ou ela por ter sido vista comendo no banheiro.
— Quem? Você... Ai meu Deus, o que está fazendo aqui? Não devia. — Ela disse se levantando, colocando a bandeja em cima do vaso, destrancando a porta e saindo.
— Eu vim só usar o banheiro, que surpresa... — eu disse descendo do vaso em um pulo e encontrando com ela na frente do espelho, ela estava se encarando no espelho até que virou repentinamente me lançando perguntas sem parar.
— Quem te disse meu nome? O que te falaram? O que quer comigo? Eu nem ao menos sei quem vo...
— Sou a Camila, Lauren, prazer. — eu a interrompi — Uma garota estranha me disse seu nome e me contou uma história, olha, eu sei sobre o que você passa e não deve ser fácil. — disse tentando me aproximar dela fisicamente, mas ela andava para trás assustada.
— Eu não preciso de uma desconhecida sentindo pena de mim, você precisa sair, se veem você comigo... — ela abaixa a cabeça e prossegue — você disse que é nova aqui, mais cedo, eu não quero te causar problemas, por favor, não fala comigo, sai e finge que não me viu, aqui é meu unico esconderijo, não fala a ninguém, por favor.
— Eu... Não... Olha, não se esconde aqui, você não precisa disso, você tem direito de ir lá fora — eu disse receosa.
— Camila, me diz, você teria coragem de ser vista comigo fora desse banheiro? — eu raciocino a pergunta e a resposta é não, não teria a minha coragem. Fico calada apenas a observando morder os lábios. — É, eu imaginei, sai, por favor, vá fazer amizades, você... — ela é interrompida por duas loiras que entram no banheiro, Ally e Dinah, sua primeira reação foi correr para onde estava antes e se trancar novamente, mas foi tarde demais, já tinha sido notada ali. Dinah e Ally me olharam com uma certa curiosidade, não sei se pode se definir nojo, eu senti meu sangue correr mais forte, minhas mãos suarem enquanto abriam e fechavam, sintomas que acontecem quando estou nervosa. Sinto que mais uma vez, minha vida continuará o mesmo inferno de sempre, elas duas vão entender isso?


Notas Finais


Espero que tenham gostado!


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