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História Extinct World (Reescrevendo) - Crossfire


Escrita por: SenhoraDixon

Notas do Autor


Quem tem dois polegares e demorou para postar? Exatamente, euzinha aqui! Sorry por isso amore, mas eu tava com uma coisa muito grave chamada ''preguiça'', sim...esse é um dos meus defeitos! Tô com esse capítulo a muito tempo na cabeça, mas não sei se ficou ''TOP, FASHION, CHIQUE, SHOW'' Igual diz meu amigo! Mas espero que gostem !

Ps: A música do cap se chama Crossfire, vou deixar o link nas notas finais !

Beijinhos e boa leitora!!

Capítulo 59 - Crossfire


Fanfic / Fanfiction Extinct World (Reescrevendo) - Crossfire

Me vejo no espelho, mas não me reconheço. Confesso que até de mim as vezes eu tenho medo.

Pov's Ivy

Ter uma arma apontada para a minha cabeça já era algo comum, afinal, quem não ficou sobre a mira de uma arma nos últimos anos? Mas o medo era algo inevitável, pois cada vez que havia uma arma apontada para mim, era como se eu estivesse face a face com a morte.

Tricia mantinha sua pistola 9mm apontada para mim, com um sorriso sádico nos lábios. Seu olhar para pura maldade e eu sabia que ela não hesitaria em apertar o gatilho mais uma vez.

—Olha só para você...–Ela diz em tom de deboche. —Está parecendo uma gatinha assustada. 

—Por que?...–Minha mão ainda estava sobre a orelha que havia sido atingida de raspão pela bala que Tricia disparou. —Nós cumprimos com o acordo! Arriscamos nossas vidas por aquelas malditas armas! –Digo entredentes e Tricia solta uma risada debochada.

—Como minha tia disse, fizemos um acordo melhor. –Balanço minha cabeça em sinal de negação. Era indignante olhar para essas pessoas e ver que elas só se importam consigo mesmo, a vida daqueles ao seu redor de significa nada! Pessoas como os Salvadores e os Heapsters são a razão par o mundo estar podre. Nunca pensei que diria isso mas, sinto falta de quando nossa única preocupação era lutar contra os mortos. —Então...Ivy, não é mesmo? Sabe, eu gostei do Carl. Se importa se eu ficar com ele depois que você morrer?

—O Carl jamais iria querer alguém como você. –Faço esforço para me levantar, e assim consigo, ainda cambaleando. —Ele é um garoto bom. 

—Mesmo? Mas ele não hesitou em atirar nos meus companheiros, assim como você. Sabia que muitos daqueles que vocês mataram eram meus amigos? –A expressão era de raiva. 

—Eu mentiria se dissesse que sinto muito, pois não sinto. –Dou um passo á frente. Eu precisava me aproximar o suficiente dela para conseguir desarmá-la. Tricia era mais baixa, então eu tinha uma vantagem, mesmo que pequena. —Eles mereceram.

—E você também merece morrer, vadia. –Ela me lança um olhar furioso. Continuo dando pequenos passos em sua direção, Tricia parece não perceber. Logo já estou frente a frente com a mesma, a menos de três passos.  —Você e todos os seus amigos irão morrer! E será um grande prazer pra mim atirar em você. –Sua arma estava encostada em meu peito.

—Eu acho que não. 

Em um movimento rápido, seguro o cano da arma com a mão esquerda e uso a direita para afastar sua mão, desarmando-a. Agora, a arma que antes estava apontada para mim, estava apontada para ela. Tricia erguei as mãos em sinal de redenção, mas logo as abaixou com um sorriso debochando estampado no rosto. 

—Eu acho que eu subestimei você. Vejo que é esperta. –Eu a encara com uma expressão firme. —Mas não o suficiente. Ande, aperte o gatilho.

—As coisas não precisavam ser assim. Nós confiamos em vocês. –Digo balançando a cabeça em sinal de reprovação. —Podíamos...

—Por Deus, pare com esse discurso moralista idiota e aperte logo o gatilho. –Franzo o cenho. Com  alguém que estava prestes a morrer conseguia manter um sorriso nos lábios? 

Vocês pediram por isso. –Foi a última coisa que eu disse antes de apertar o gatilho. Mas para a minha surpresa, a arma faz o típico som de quando está descarregada. Engulo a seco e Tricia sorri diabolicamente. —Merda! –Esbravejo entredentes.

Rapidamente largo a arma no chão e começo a correr em disparada na direção da plataforma de vigia. Tricia estava logo atrás, certamente também viu o rifle que estava encima da plataforma. Eu corria como se a minha vida dependesse daquilo, e de fato dependia. Não podia deixar que os Salvadores e seus aliados vencessem, eu não podia deixar que mais amigos meus morressem.  Chego até a escada de ferro, que range assim que piso no primeiro degrau, começo a subir por ela, mas Tricia agarra meu pé, fazendo com que eu escorregasse, ficando pendurada apenas com as mãos. Balanço minhas pernas no ar tentando chutá-la para que ela largue e então consigo acertar meu pé em seu rosto, fazendo com que a mesma o soltasse. Firmo os meus pés nos degraus e volto a subir a escada rapidamente. Assim que chego até a superfície plana da plataforma vou em direção ao rifle e pego o mesmo, mas quando vou me virar, o corpo de Tricia se choca contra o meu, fazendo com que eu batesse minhas costas contra a madeira que cercava a superfície da plataforma. Com o impacto o rifle escapa das minhas mãos e caí no térreo.

—Parece que teremos que resolver isso da forma mais antiga...mano a mano. ‒Tricia diz e em seguida desfere vários socos em meu rosto. Sinto o gosto metálico em minha boca, o gosto de sangue. Suas mãos foram para meu pescoço, apertando o mesmo.

Eu realmente não sabia o que fazer, precisava reagir. Depois de todas as coisas que passei desde que essa merda toda começou, seria uma grande filha da putagem se eu morresse nas mãos dessa vadia loira. Como uma última tentativa de sair daquela situação, eu cuspo o sangue que estava em boca no rosto de Tricia, ela então se distraí, me dando tempo o suficiente para virar a garota, invertendo nossas posições.

Começo a socar seu rosto com força, descontando toda a minha raiva e frustração em cada golpe. Tricia ainda mantinha seu sorriso debochado nos lábios e aquilo me irritava profundamente. Seu nariz já sagrava, mas isso não parecia incomoda-la. Levo minhas mãos até seu pescoço e começo a sufocá-la. Tricia fazia de tudo para afastar as minhas mãos, mas não conseguia. Era como o meu corpo tivesse sido dominado pela raiva, tudo que eu mais queria naquele momento era matá-la.

Ouço um estalo e no segundo seguindo, uma das madeiras que cercavam a plataforma,onde Tricia estava escorada  cede devido o peso imposto sobre a mesma, fazendo com que eu e a loira despencássemos da mesma.  O impacto do meu corpo contra o chão me causa uma imensa dor por ele todo, minha visão embaça e os sons de tiros e gritos parecem se distanciarem, como se eu estivesse saindo do meu próprio corpo. 

''Aconteça o que acontecer, a gente não morre. Eu e você, essa é a regra.''

A voz de Carl invade a minha mente, me despertando no mesmo instante. A dor se apodera de todo o meu corpo, como se cada um dos meus ossos fossem feitos de galhos secos, que se quebram facilmente. Respiro fundo, apoia minhas mãos no chão e faço um pouco de esforço na tentativa de ficar de pé, mas antes que eu possa firmar as minhas pernas, Tricia desfere um chute em minha barriga, fazendo com que eu perdesse e fôlego, tossindo descontroladamente. 

—Você quase me matou, sua desgraçada. ‒Estávamos no chão, uma sobre a outra. Tricia estava por cima, enquanto eu ainda lutava para recuperar o fôlego que me faltava. —Mas agora...fim de jo...‒Um tiro atinge seu ombro, fazendo com que ela caí ao meu lado.  Rapidamente fiquei por cima da mesma, com as mãos em seu pescoço.

Eu estava cansada e não me restavam muitas forças. Precisava acabar com aquilo de uma vez por todas, mas eu não era forte o suficiente para acabar com Tricia usando apenas as minhas mãos.

—O que vai fazer agora, vadia? ‒Ela pergunta, mantendo seu tom de deboche. —Você é fraca! E é por isso que todos desse lugar irão morrer! Todos vocês v...

Antes que ela pudesse terminar sua frase, eu agarro sua jugular com os dentes, mordendo a mesma com toda a força que me resta, arrancando um pedaço. Tricia me encarra com os olhos arregalados, enquanto se engasga com o próprio sangue. Cuspo o pedaço que arranquei de seu pescoço e saio de cima da mesma.  Eu observava aquela cena sem esbouçar nenhuma emoção, nem um sentimento ou arrependimento...simplesmente não sentia nada.

Depois de um tempo se debatendo, Tricia parou de se mexer, seus olhos continuaram abertos, fixados em mim.  Continuo ali parada observando a mesma, até que sinto alguém chegando por atrás de mim e então me viro rapidamente, soltando um suspiro de alivio ao notar de se tratam de Chase e Kyle. Eles me encaram, depois o corpo de Tricia e então se entreolham por alguns instantes. Era impossível decifrar o que eles estavam pesando, mas provavelmente pensavam que eu era um monstro, algo que realmente sou. Me viro novamente para o cadáver da garota.

—End Game, vadia. ‒Digo enquanto sua a manga da minha camisa para limpar o sangue em minha boca. 

—Você está bem? ‒Sinto uma mão em meu ombro.

—Sim. ‒Digo vagamente me virando para Kyle. 

—Olha só para você! Está toda machucada! ‒Chase se aproxima, parando em minha frente. —É óbvio que não está bem. ‒Ele coloca uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha, fazendo com que eu soltasse um grunhido de dor. —O que ouve com a sua orelha?

—Levei um tiro. ‒Digo afastando sua mão. —Mas mas não precisa se preocupar. Estou bem. ‒Vou em direção ao rifle que havia caído da plataforma, pegando o mesmo. —É hora de matar mais alguns Salvadores. ‒Engatilho o rifle e troco breves olhares com os dois meninos. 

[...]

Eu, Chase e Kyle corríamos pelas ruas de Alexandria com nossas armas em mãos, enquanto atirávamos em todos os Salvadores e Heapsters que víamos pela frente. A comunidade parecia um verdadeiro campo de guerra, haviam sangue e pessoas mortas por todos os lados. Os sons de tiros ecoavam pelos meus ouvidos, eu estava ofegante e cansada, mas não podia me dar ao luxo de parar, pois seria facilmente pega naquele fogo cruzado.

Ao virar a esquina,paro bruscamente ao me deparar com a seguinte cena: Nate estava ajoelhado ao lado do corpo de seu pai, Holy e Chess tinham armas apontadas para sua cabeças, meu pai e os outros também havia sido rendidos e mais a frente, Carl e Rick estava ajoelhas, enquanto Negan e Jadis estavam ao lado. Logo tomam nossas armas também e apontam as suas para as nossas cabeças.

As lágrimas começam a escorrer pelos meus olhos descontroladamente, as minhas mãos soam e o meu coração começa a bater descompensadamente. Dou um passo á frente, mas Carl nega com a cabeça e sussurra um ''Eu te amo'' sem som. Nossos olhares estavam fixados um no outro e a cada segundo que se passa, o meu desespero aumenta. Engulo a seco e fecho os olhos com força, aquilo não podia acontecer, não de novo, não com Carl.

—Isso vai deixá-lo triste. ‒Negan caminha ao lado de Rick com seu taco de baseball nas mãos. —Quebrado. Vai desejar estar morto.  Gosto de me divertir. Gosto mesmo. ‒Ele para ao lado de Carl. —Mas talvez você pense que o cara que fez o que fez com seus amigos não tenha sido eu, que foi uma espécie de fingimento, como se eu não fosse o cara com o taco..Sou só o cara que fez espaguete pro seu filho e pra namoradinha bravinha dele. ‒Ele lança um olhar para mim e sorri debochadamente. —Merda. Talvez a culpa seja minha. Talvez a culpa de todo isso seja minha. Tenho que corrigir isso. ‒Negan diz cinicamente. —Acho que tenho que começar de novo...

—NÃO! ‒Grito e tento correr em direção a eles, mas sou impedida por um dos capangas de Negan que me segura com força. Me debato o máximo que posso e continuo gritando, mas é inútil. O homem então tapa minha boca e me impede de gritar. 

—Mulheres sempre tão...dramáticas. ‒Negan revira os olhos. —Continuando. Devo dizer, Rick , se eu tivesse filhos, que eles fossem iguais ao seu filho e a boneca ali...‒Ele aponta para mim com o taco. —Eles são um casal fodão, o que torna isso bem mais difícil.

—Você não vai vencer. ‒Carl diz entredentes, o encarando com um olhar raivoso. 

—Carl. Acabou.  Quero que aponte seu olho para aquela rua e olhe bem.  ‒Um grito ecoa do alto das casas e pela cara de Rick não demoro a deduzir de quem se trata. Michonne. Fecho os olhos novamente e deixo as lágrimas caírem. Aquilo só podia ser uma pesadelo. —Perdeu alguém importante para você agora...‒Negan diz rindo e alto, enquanto se ajoelha em frente a Rick. —Neste instante. Credo. Que oportuno. ‒Rick o encarava com os olhos merejados, mas a expressão em seu rosto era firme. —Você escolheu isso, Rick. Não sei mais o que eu podia ter feito para avisá-lo . E isso não é um aviso.  Isso é um castigo. Agora eu vou matar o Carl.

N-não. ‒Tento gritar, mas minha voz saí abafada por causa da mão do homem que ainda estava sobre a minha boca.

—Vou fazer com uma boa e velha forte tacada, tentar fazer de uma vez porque gosto dele. Quero que coloque na sua cabeça e pensei nisso por um minuto. Eu vou matar o Carl, depois a Lucille aqui...‒Ele mostra o taco de baseball. —Vai quebrar as suas mãos.

—Pode fazer isso na minha frente. Pode quebrar as minhas mãos. Eu já disse, vou te matar. ‒Rick diz entredentes e com um olhar desafiador. —Vou matar todos vocês. Talvez não hoje, nem amanhã...Mas não irá mudar isso. Nada. Vocês já estão todos mortos. ‒Negan o encara por longos segundo, com uma expressão de raiva, mas logo começar a rir em tom de deboche. 

—Maldição. Rick. Está bem. ‒Negan se levanta bruscamente e vai até Carl, retirando o chapéu da cabeça do mesmo. Sinto o meu peito doer, eu não podia perder Carl. Eu não conseguia imaginar minha vida sem ele, eu não ia conseguir suportar aquela cena. Aquela sensação era insuportável , as lágrimas escorriam pelos meu rosto sem que eu tivesse controle, era como se eu estivesse prestes a morrer também. —Você disse que eu podia fazer.

Negan ergue o taco de baseball e se prepara para bater com o mesma na cabeça de Carl. Aconteceu tudo muito rápido, Shiva surgiu de repente, pulando encima de um Salvador e fazendo com que Negan parasse seu golpe na metade por causa do susto. Ouço os sons de tiros e logo o pessoal do Reino surge atirando nos nossos inimigos. Mordo a mão do homem que me superava, fazendo com que ele soltasse um grito de dor e me soltasse, tento correr para longe dele, mas o mesmo me puxa pelo braço e desfere um tapa no meu rosto. Caio no chão com a mão sobre o local atingido e o encaro com raiva.

—Maldita. ‒Ele agarra a gola da minha camisa e me faz ficar de pé, depois agarra o meu pescoço. Sinto os meus pés serem tirados do chão, mas continuo o encarando sem demostrar medo. O homem pega sua faca, mas antes que me atingisse com a mesma, um tiro atravessou sua cabeça,  sangue espirou em meu rosto.. As mãos do homem se afrouxaram, fazendo com que ele me soltasse. Caí sentada no chão e seu corpo, sem vida, caiu ao meu lado. Olho na direção em que o tiro veio e vejo Enid com uma arma em punho, ao seu lado estava Maggie. Esboço um sorriso para ambas, estava feliz em vê-las ali. 

Me levanto rapidamente e pego uma AR 15 que estava caída no chão e atirando em todos os Salvadores e Heapsters que entravam em meu caminho. Me aproximo de meu pai, que também atirava sem cessar contra nossos inimigos, e fico de costas para o mesmo, cobrindo sua retaguarda.

—Você está bem? ‒Ele pergunta em um tom alto para que eu escute. 

—Melhor impossível. ‒Respondo enquanto disparo um tiro certeiro na cabeça de um Salvador. 

ALEXANDRIA NÃO CAIRÁ, NÃO HOJE! ‒Ouço Ezekiel gritar enquanto atira. Carol estava ao seu lado usando uma armadura. 

Não pude deixar de sorrir, Alexandria, Hilltop e o Reino estavam lutando juntas e agora, mas do que nunca eu tinha a certeza...nós podíamos vencer. 

[...]

O tiroteio durou alguns minutos, mas logo os Heapsters e os Salvadores recuaram. Negan foi o primeiro a correr quando a coisa realmente ficou feia. Um pequeno grupo correu atrás do caminhão do mesmo, mas foi inútil. O desgraçado conseguiu fugir.

Michonne estava bem, graças a Deus não havia sido ela que despencou da sacada e sim Farrom. Agora a mesma estava recedendo cuidados médicos, assim como Rick, Rosita e os outros que haviam sido feridos no combate. Meu pai e Carl insistiram para que eu também ficasse na enfermaria esperando Kyle ou Rose me atenderam, mas eu neguei e mesmo os contrariando, resolvi ajudar a procurar por inimigos retardatários. Carl havia ficando com o pai, Nate cuidava de sua mãe, Holy e Chess ajudavam com os feridos, enquanto eu, Enid, Chase e mais algumas pessoas caminhávamos por Alexandria com nossas armas em punho.

—Você deveria descansar. ‒Enid diz e eu reviro os olhos. 

—Estou perfeitamente bem. ‒Respondo sem desviar minha atenção do caminho. 

—Você tomou um tiro, está mancando mais do que o normal, além de ter vários roxos e machucados pelo rosto...você deveria descasar. ‒Dessa vez quem diz e Chase. 

—E vocês deveria cuidar de suas vidas, chatos. ‒Digo e Enid solta um riso curto e anasalado. 

—Ivy, sempre sendo cabeça dura. ‒Ela diz num tom brincalhão.

—É de família. ‒Lanço um olhar para Chase, que revira os olhos. 

—Vocês dois são igualzinhos. Tem certeza que a sua gêmea é Chess? ‒Enid pergunta e eu solto uma risada.

—Se eu e a Ivy fossemos ir...‒Antes que Chase terminasse de falar, o som de um tiro rasga o ar. Rapidamente empunhamos nossas armas e começamos a disparar em direção de onde o tiro havia partido.

—Temos que ir atrás de quem atirou. ‒Digo a Chase, que assente.  

—Pessoal...‒A voz de Enid soa num tom baixo. Olhamos para a mesma, que estava com os olhos arregalados e as mãos sobre a barriga.  Ela então afasta suas mãos lentamento, relevando uma grande macha vermelha em sua blusa.

—Não. ‒Digo e a seguro antes que a mesma caia no chão. Me sento no chão e coloco a sua cabeça sobre meu colo. —Enid, ei...calma, você...você vai ficar bem. ‒As minhas mãos começam a tremer e os meus olhos se enchem d'água. Olho para Chase, que parecia fora de órbita. A respiração de Enid estava ofegante e ela estava assustada. 

—E-eu estou...‒Ela tentava dizer com dificuldade. —Morrendo...

—Shhh, não fale nada. Você vai ficar bem...vamos levar você até a enfermaria, ok? ‒Acaricio os seus cabelos e tento acalmá-la. —Por favor, você precisa ser forte. Você é forte, fique calma. ‒Coloco minha mão sobre seu ferimento e tento estancar o sangue. —Chase? ‒O chamo, mas o mesmo permanece parado. —CHASE. ‒Altero o tom de minha voz e enfim ele parece despertar do seu transe.

—Cuide dela. ‒Ele diz e sai correndo em disparada na direção de onde o tiro havia vindo. 

—Não! Chase! ‒O chamo, mas é inútil pois ele já estava longe. —Enid. Enid...vai ficar tudo bem...‒Minha respiração estava irregular, eu não sabia o que fazer, estava desesperada. Encaro as minhas mãos tremulas e sujas de sangue, depois o rosto de Enid, que chorava em silêncio. A essa altura eu também estava chorando. Enid não podia morrer. Ela olhava para mim, enquanto as lágrimas de dor desciam lentamente pelo seu rosto.

—C-Chase...‒Ela disse com a voz falha. 

—Shhh...‒Passo minha mão por seu rosto. —Você vai ficar bem, eu prometo. 

—M-me perdoa por...por magoar você. Ivy...você é...minha..minha ‒Ela pisca os olhos várias vezes e depois os mesmos se fecham lentamente. 

—Não, não, não. ‒Eu me desespero. —Por favor, não...não, Enid. Enid! ‒Chamo pela mesma, mas não obtenho respostas. Eu não sabia o que fazer, não podia levá-la até a enfermaria, eu não tinha forças. Mas eu não podia ficar parada esperando minha amiga morrer, precisava fazer algo, mesmo que fosse gritar. —ALGUÉM ME AJUDE! POR FAVOR! ‒Grito com todas as minhas forças.  —Meu Deus, não. ‒Olho para o rosto pálido de Enid. As lágrimas desciam pelos olhos sem que eu tivesse o minimo controle. —ALGUÉM ME AJUDE! ‒Eu tentava ao máximo gritar alto,mas parecia que eu estava perdendo a voz conforme o choro vinha. —ALGUÉM ME AJUDE, POR FAVOR! SOCORRO! 

Eu me sentia completamente inútil, e esse era com certeza um dos piores sentimentos que já havia sentido. Ver Enid naquele situação acabava comigo. Eu chorava copiosamente, enquanto gritava o mais alto possível. De certa forma, eu me sentia culpada, como se eu não tivesse conseguido protege-la. Se Enid morresse, eu jamais iria me perdoar.


Notas Finais


Espero que tenham gostado do cap ! Beijos e até a próxima !

Musíca do cap
https://www.youtube.com/watch?v=dErT7dz2Y24


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