1. Spirit Fanfics >
  2. Eyes on You >
  3. Quarenta e Seis

História Eyes on You - Quarenta e Seis


Escrita por: Melonkali

Notas do Autor


Oi! Primeiro, quero pedir desculpa por estar há um mês sem postar capítulos. Estou sem internet então acabou complicando bastante a minha rotina com vocês, mas isso me deu tempo para finalizar a história! ;)

Boa leitura.

Capítulo 46 - Quarenta e Seis


Fanfic / Fanfiction Eyes on You - Quarenta e Seis

Terça-feira.

− Ally, eu não quero contar!

− Mas você tem que contar, Will! São seus pais! Beijar é uma coisa completamente natural.

− Não aos oito anos de idade, mas é natural, sim. – Heath diz erguendo as sobrancelhas. Dei-lhe uma cotovelada. – Ah, desculpe, mas eu dei meu primeiro beijo aos doze.

− Como você é lerdo. Eu beijei aos dez. – Digo em meio aos risos.

− Tá, mas eu transei aos quinze. – Ele sorri daquela forma maliciosa de sempre. – E você foi quando mesmo?

− Dezesseis. Mas para a mulher é diferente!

− Desculpinha. – Revira os olhos e eu lhe mostro a língua.

A campainha tocou e Heath engoliu seco. Will correu para atender a porta com um sorriso que aumentou ao ver as pessoas que aguardavam para entrar. Minha mãe deu um grito de felicidade e abraçou meu irmão, apertando-o e enchendo-o de beijos. Seus cabelos negros caíam sobre o rosto de William algumas vezes, causando-o cócegas e estimulando o riso. Meu pai o pegou no colo após ser liberado pela mamãe.

− Cadê a... – Mamãe começou a procurar e pousou os olhos sobre mim, sorrindo mais ainda. – Achei!

Abraçamos-nos com força em meio aos risos repentinos. Era sempre assim quando nos encontrávamos, risadas que nunca faziam sentido. Olhei para Heath, ele estava claramente sem graça e sem noção de como reagir naquela situação familiar em que ele não conseguia se encaixar. Abracei meu pai e eles encararam Heath de forma confusa e curiosa. Pigarreei e fui para o lado de meu namorado, prestes a apresentá-lo.

− Mãe, pai, esse é o Heath. Não sei muito bem como apresentar um namorado para vocês porque nunca passei por isso. – Menti o fato de ter dado uns beijinhos no Stark ao ponto de chamá-lo de amor também. Mas isso não vem ao caso, não consigo considerar aquilo um... Namoro. – Então... É isso.

− Namorado? – Meu pai disse surpreso.

− Eu acho que vou para o meu quarto. – Diz William. O seguro pelo pulso e o puxo para perto de mim.

− Não pense que esqueci. – Sussurrei para ele.

Minha mãe veio e abraçou Heath com um sorriso, as pulseiras douradas faziam barulho quando levantava os braços. O vestido longo, liso e branco a deixou elegante e charmosa. O loiro não soube muito bem como reagir a ação da minha mãe, a abraçou de volta com cuidado e receio, como se a qualquer segundo ela fosse quebrar ao meio de tão linda que era.

− Olha, muito bem-vindo. – Mamãe o solta e segura seus ombros. – Acredite, eu estou muito tranquila de o primeiro namorado da Alicia ser tão bonito assim. O pai dela e eu tínhamos medo para caralho dela namorar aquele tal de Stark todo tatuado, parecia um marginal com aquele comportamento todo.

− Ah, sim. O conheço bem. – Heath abre um sorriso irônico, erguendo as sobrancelhas.

− Namorado? – Papai pergunta novamente.

− Francamente, Noah, sua filha não tem cinco anos. É claro que ela ia arranjar um namorado quando morasse com a avó. – Minha mãe revira os olhos. – Bom, eu achei o máximo.

Engoli em seco ao nome de minha avó ser mencionado. Digamos que... Ainda tinha algumas coisinhas para serem explicadas.

− Se tocar um dedo na área proibida, eu te mato. – Noah Guenevere ameaça. O sorriso de Heath aumentou com a frase dele. – Não tocou, não é?

− O William beijou uma garota! – Anunciei.

− Alicia! – Meu irmão protesta.

− Eu avisei que eles iam precisar saber de alguma forma.

− Seria legal se fosse por minhas palavras, né?

− Vamos ter que conversar sobre isso. – Minha mãe diz e meu pai concorda. Dou um sorriso satisfeito ao conseguir distraí-los. – De qualquer forma, onde está a avó de vocês?

− Foi fazer compras. – William e eu respondemos ao mesmo tempo. Trocamos um olhar rápido, e voltamos a fitar nossos pais. Evitei olhar para Heath. – Ela ainda vai demorar um pouquinho.  – Expliquei.

− Ah. Não tem problema, estávamos pensando em passar essa noite aqui. – Responde papai. Suei frio e vi meu irmão mais novo ter a mesma reação da minha: Fodeu.

Coloquei meu cérebro para pensar. Droga, o que eu iria fazer? Como ia explicar a minha mãe que os documentos de posse do Will são falsos e que posso ser presa a qualquer segundo, assim que o assistente social descobrir algo. Ela pode até ser simpática e liberal como nenhuma mãe saudável é, mas... Ela não é burra. Ainda sabe colocar medo em seus filhos e dar sermões assustadores, irritantes ou que podem te fazer sentir a pior pessoa do mundo de tanta culpa corrompida. Então, é melhor não despertar a fera.

− Na verdade, não tem lugar para vocês passarem a noite aqui, mãe. – Respondi de forma calma. Meus pais me olharam. – Nós temos nossos próprios quartos, eu e o Will. E a vovó também, como sei que odeiam colchões, nem fizemos questão de comprar um. Sinto muito.

Mamãe olhou para meu pai que ainda mantinha os olhos firmes em mim.

− Compreendo. – Diz ele. – Não podemos dormir com nenhum de vocês?

− Na minha cama só dorme eu. – William responde cruzando os braços. – Você sabe disso, papai.

Noah entortou a boca em resposta. Assim como eu faço.

− Está certo, e a Alicia não deve ser muito diferente.

Dei um riso sem graça em resposta. Nem tanto, pai. Mas vocês realmente têm que ir embora. Eles concordaram no final, pegaram as malas de volta e se foram, deixando nós três sozinhos mais uma vez. Disseram que iriam cedo para ver se encontravam um hotel de urgência, não discuti, concordei e conclui que estavam extremamente certos. Heath inclinou a cabeça em minha direção, estava com aquela expressão do mesmo dia da briga sobre Alexander.

− Você não tem nada para me explicar, amor? – Perguntou erguendo uma sobrancelha. As mãos dentro dos bolsos do jeans.

− Você sabe a metade das coisas, Heath. Não aja como se não soubesse de nada. Aliás, eu te contei sobre os documentos, só não especifiquei que eu deveria estar morando com minha avó paterna, já que a materna morreu, né.

− Tudo bem. – Ele respondeu. – Não precisa surtar, Alicia. Só não queria ficar perdido na situação toda.

− Minha avó estaria aqui se eles avisassem as coisas com antecedência! Mas eles são loucos e radicais demais para gente tão rica e com essa idade.

− Alicia. Está tudo...

− E eu estou tentando, Heath, ser transparente. Modéstia a parte, acho sim que estou conseguindo, porque só tivemos uma briga desde o nosso início de relacionamento e eu ainda não sei o porquê diabos você teve de namorar a Margot. Agora que eu lembrei.

− Alicia. – Ele me chamou novamente.

− O que é? – Exclamei.

− Percebeu que você está surtando por nada? Se quisesse saber disso ainda, poderia simplesmente me perguntar que eu iria dizer. Não precisa de todo esse piti, mulher. Acalme-se.

Respirei fundo e concordei com a cabeça.

− Desculpe, eu não sei o que deu em mim. Queria conseguir resolver as coisas de forma simples quanto você, mas eu sou uma confusão em pessoa. E se você fosse embora me chamando de maluca, sério, seria tão compreensivo que chegaria até a ser engraçado.

− Você é muito louca, Ally. Mas eu não vou te deixar. A gente não transou a quantidade de vezes que eu queria ainda.

− Você é tão corta clima.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...