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História Facínora - Capítulo 17


Escrita por: Gabriely_Oliver e JuliaVileto

Notas do Autor


Olareeees! E ai gente? Como vocês estão?
Estou bem também, obrigada. Atrasada de novo? Talvez.
Qualquer erro sorry, é que bem, já sabem, né?
Ah, dica de música: Christina Perri - A Thousand Years.
~ Até as notas finais.

Capítulo 18 - Capítulo 17


Alex

 

Não consegui dormir à noite. Sinto o cansaço sobre o meu corpo. Desde que Peter desapareceu na festa de Halloween, ontem. Ele disse que ia buscar algo no carro, e não voltou mais naquela noite. Por que? Tento ligar para o seu número gravado em meu celular, e sempre caí na caixa postal. O que fiz a ele? Fiz algo que ele não gostou? Impossível. Nós estávamos indo bem, não estávamos?

Durante a festa o esperei, uma eternidade, era o que parecia aqueles minutos. Mas ele não voltou. Fui até o estacionamento, que estava deserto, e nenhum sinal de Peter, em nenhuma parte. Apenas o seu carro preto, com a porta do motorista aberta. Por que ela estaria aberta? Aproximei-me do carro, e vi um amassado na lataria, porque aquilo estava lá? Naquela noite, avisei aos outros o seu desaparecimento, desde então começamos a procurá-lo, de todas as formas possíveis, mas sem nenhum resultado.

A manhã está fria, o inverno se aproximando aos poucos. Levanto-me da cama, sem ânimo. O relógio marca meu atraso para a faculdade, mesmo não conseguindo dormir dignamente ainda consigo me atrasar. Sorrio fracamente. Então meus olhos detectam meu celular em cima do criado mudo, vejo que está sem bateria, como não percebi isso na noite anterior? Devia estar acabada. Depois de conectá-lo ao carregador checo as mensagens.

Chloe - "Como está Moore? Espero que bem... Notícias do Peter? :(

Qualquer coisa me ligue. Beijos da Chloe."

Sinto meus olhos se encherem de lágrimas. Porque estou com esse sentimento horrível?

Tiffany - Hey. Ainda não temos notícias sobre ele... Espero que ele apareça. E ele irá.

Beijos e se cuide. T."

Há outras mensagens, de amigos e conhecidos de faculdade. Todos lamentam. Mas por que? Peter com certeza está bem, em algum lugar, sei disso.

Respirando fundo deixo o celular e vou para o banheiro, preciso me aprontar e rápido. Antes que eu pudesse entrar meu telefone toca. Corro em sua direção com esperanças que seja Peter ou alguma notícia boa.

- Olá? - Nervosismo faz minhas mãos tremerem.

- A...Alex... - Ouço a voz de Chloe abafada, seu tom é choroso e doloroso.

- Chloe? O que aconteceu? – Pergunto sem entender. Meu coração pulsa mais forte.

- Alex... Oh meu deus... - Seu choro aumenta e o desespero também.

- Se acalme. - Meus olhos voltam a lacrimejar. - O que está havendo? Fale logo Chloe. – Meu tom é rude. Ouço um soluço do outro lado. - Por favor Chloe. – Digo com medo.

- É o Peter, Alex, e-ele está... Céus! Não sei como lhe dizer isso...

- O que houve com ele? Por favor me diga. - Fecho as pálpebras fortemente temendo a sua resposta. Meu corpo todo treme.

- Ele está morto.

[...]

Vários policiais estão em frente ao prédio da faculdade, há uma multidão de pessoas, também. Desde que Chloe disse a palavra 'morto' não consigo pensar mais em nada. Saí de meu apartamento como uma louca, dirigindo pelas ruas movimentadas. Por Deus, Peter não!

Abro a porta da BMW e corro em direção às pessoas.

- Alex não!

Alguém me puxa pelo braço fortemente para trás antes que eu pudesse chegar ao centro daquele tumulto barulhento. Viro-me vendo Chloe me segurando, seus olhos estão vermelhos. Seu semblante é de dor.

- Mas o qu...

- Alex, não vá até lá. Por favor. Você não merece ver essa cena. - Sua voz é suplicante. Mas não posso seguir o que ela diz.

Desvencilho-me de seu aperto e corro em direção ao corpo de Peter. Minhas mãos vão de encontro a minha boca instantaneamente. Meus olhos saltam de horror.

- NÃO... Não... Não... - Começo a repetir. E repetir. Olho para todos os lados atordoada. Não posso vê-lo, não consigo.

Peter está preso nas grades em torno do campus, em forma de cruz. Sua cabeça está pendida contra o peito, mas consigo ver seu rosto, ou o que restou de sua face. Ele está irreconhecível. Cheio de cortes, sangue, hematomas... Oh meu deus. Seus olhos estão abertos e fitam o chão, vidrados, sem alma. Uma vez cheios de vida, agora estavam vazios. Lágrimas borram minha visão e me vejo chorando sem parar. Meus joelhos cedem, caio sobre os mesmos.

Os médios responsáveis pelo recolhimento do corpo aparecem, carregam um enorme saco preto e uma maca, para o cadáver. Soluço mais alto. Os vejo desprenderem Peter das amarras na grade, seu corpo pende para frente. Por que ele não reage? Não se vira para mim e sorrindo me diz que tudo isso é um sonho ruim, do qual irei despertar? Simples, porque ele está morto. Inferno.

- Alex, acho melhor sairmos daqui. O corpo agora será levado para analisarem, não podemos fazer mais nada. Entende? - Chloe diz ao meu ouvido. Olho para seu rosto com um semblante de dor e ódio.

- Não podemos fazer nada? Ele está MORTO CHLOE! MORTO! - Cuspo as palavras como navalhas. - Não devia tê-lo deixado ir até o estacionamento, não podia... Céus! Por que isso está acontecendo? - Dizendo isso Chloe me envolve em seus braços, em um abraço. Assim que nos abraçamos minhas lágrimas caem como se uma represa tivesse sido aberta, inundando tudo.

- Olhe para mim Moore. - Me recuso. - Olhe para mim, garota. - Chloe me puxa. - Você não teve culpa alguma nisso, ok? Infelizmente as coisas aconteceram assim, você não podia adivinhar que isso aconteceria. Eu conversei com alguns dos policiais. Eles disseram que irão abrir uma investigação sobre o caso, irão analisar o corpo também. O assassino será encontrado e pagará, pode apostar. - Suas palavras me tranquilizam. - Mas enquanto isso, você tem que ser forte, mesmo que pareça impossível. Peter nunca gostaria de vê-la assim, acredite. Tiffany e eu estaremos sempre do seu lado. - Chloe sorri fracamente para mim. Ela também está horrível pelo o que aconteceu.

Me viro para onde o corpo de Peter está. Vejo o cobrirem com o plástico negro. Seus olhos estão fechados. Antes que o cubram por completo, vejo o seu rosto deformado. Essa cena ficará gravada em minha memória para sempre.

[...]

 

2 dias depois

 

Hoje é o velório e enterro de Peter. O caixão está fechado e lacrado, para evitar exposições. A polícia ainda não possui pistas sobre o que aconteceu ou quem o matou. Apenas há a hipótese de uma briga momentos antes de seu desaparecimento, pelo grande amassado em seu carro, encontrado no estacionamento. Sua autópsia foi rápida, e cruel. Os resultados foram assustadores. No laudo consta que os seus órgãos foram corroídos por alguma substância como ácido, o assassino deve tê-lo feito ingerir. Sinto meu corpo se arrepiar com o pensamento. Quem seria capaz de tanta crueldade?

Vejo os pais de Peter, os quais ainda não tive chances de conhecer. Eles estão desolados, principalmente a mãe, que chora ruidosamente sobre o caixão negro. Seu estado me lembra do meu, esses três dias foram como o inferno. Noites inteiras sem dormir por conta do choro. Ainda bem que meus óculos escuros ocultam minhas olheiras, não queria deixar minha dor tão visível.

Chloe e Tiffany também estão presentes, estamos todos de preto, como o costume.

Não consigo acreditar que isso aconteceu... Prendo-me na ilusão que quando eu chegar na faculdade, Peter estará lá. Ele vai estar ali me esperando. Ele me fará uma de suas cantadas ridículas. Eu sei que vai. Mordo meus lábios. Consigo sentir as gotas de água saindo de meus olhos.

Sinto os braços de Chloe me apertarem, volto para a realidade ao meu redor.

- Alex, você não quer ir embora descansar? – Chloe pergunta com a voz falha. Já estamos aqui há algumas horas, mas eu não vou sair daqui enquanto não ver enterrarem o corpo de Peter.

- Não. – Chloe suspira cansada.

- Mas Alex, você está com uma péssima aparência, está com s... – A interrompo.

- Não. – Respondo seca.

- Você não precisa falar com ela desse jeito, Alex. – Tiffany diz calma. – Só estamos preocupadas com você.

- Desculpa. – Sussurro baixo.

Eu sei que não deveria estar agindo assim, mas eu não consigo agir de outro modo. Eu sinto como se a culpa fosse minha. Ah, se eu não tivesse deixado Peter sozinho... Droga.

Meus olhos andam pelo local, vejo Calvin, o amigo de Peter. Ele está sentado perto de uma árvore sozinho. Seu semblante é de dor, vejo algumas lágrimas escaparem de seus olhos. Desvencilho-me dos braços de Chloe.

- Já volto. – Falo sem olhar para nenhuma das duas.

Sigo em direção ao Calvin, me sento no chão, ao lado dele. Ele não fala nada. Penso em me levantar, talvez ele queira ficar sozinho. Quando vou me levantar, sua voz preenche o silencio.

- Ele gostava muito de você. – Sua voz é baixa e dolorosa, consigo sentir toda dor em sua voz. – Ele ficava te elogiando por horas. Ele ficava repetindo como você é bonita, como é gentil, ou como seu cabelo se movimentava com o vento. – Dá uma risada fraca. Mordo meus lábios enquanto sinto lágrimas dançarem pelo o meu rosto. Os olhos de Calvin continuam fitando o chão. – Ele ficava te observando de longe, por vezes não falou com você por medo... Ele achava que não era bom o suficiente para estar com alguém como você. E claro que eu o chamava de menininha por isso. – Abriu um pequeno sorriso. – Mas Alex... – Calvin levanta a cabeça e me olha nos olhos. – Peter realmente gostava de você.

[...]

Jogo-me na minha cama, eu não posso acreditar que acabei de chegar do enterro de Peter. Eu até poderia dizer que o meu coração dói, mas não sinto. Não sinto o meu coração.

É como se Peter tivesse levado meu coração com ele.

Tudo isso é surreal... Nunca vou me esquecer daquela cena, nunca vou me esquecer do corpo de Peter todo desfigurado, nunca vou me esquecer de colocarem ele naquele maldito saco preto.

Eu quero gritar. Mas eu não posso. Eu não consigo.

Ah Peter... Como isso aconteceu? Contorço-me na cama.

Meus dolorosos pensamentos são interrompidos pela campainha. Mas que merda! Eu já disse para Chloe e para Tiffany que quero ficar sozinha. Eu só quero o Peter perto de mim, e já que eu não o tenho, eu não quero mais ninguém!

Levantei da cama com raiva, estou pronta para brigar com quem está atrás dessa porta. Meus passos são barulhentos. Abro a porta com raiva. Meus olhos se arregalam quando vejo um par de olhos de um azul profundo me encarando. Como ele sabe onde eu moro?

- Jonas? – Pergunto confusa.


Notas Finais


Olares de novo.
O que acharam do capítulo? Triste? Contem para tia.
Gente, amo essa música. Ela é muito boa.
Hoje nem teve motivos especiais para o meu atraso. Só o fato que eu tive que terminar o cap, mas bem, eu não estava muito triste, então tive um pouquinho de dificuldade... Não sei se passou para vocês a tristeza que eu queria passar. Mas bem gente, o negócio ta triste.
Obrigada pelos comentários do cap anterior, teve gente que realmente gostou da morte do coitado do Peter, huh? Vocês não prestam shuahusuh. Mas pessoas que não gostaram: DESCULPEM A GENTE, OK? Obrigada <3.
Não tenho nada de wow para falar hoje.
Então é só isso mesmo.
Até domingo que vem.
Beijo no olho.
Tchauzito.


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