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História Fairy City - Lust


Escrita por: Barthoviche

Notas do Autor


Uma capítulo que seria melhor dizer que esta em fogo!
Sério, to amando escrever para vocês e, mesmo que eu demore respondendo aos comentários, não se zanguem. É porque estive ocupada demais digitando mais um capítulo maravilhoso - modéstia a parte - para vocês 💕

Título: Luxúria

Mais uma vez, obrigada a todos 😘
Seus ❤😘 fofenhos do meu kokoro ❤

Capítulo 6 - Lust


A luxúria é como a avareza: aumenta a sua própria sede com a aquisição de tesouros. Quanto mais tesouros se tem, mais sôfrega se torna. Quem será que pode me vender um pouco de prazer para aguentar a vida sem brincar com a morte?



Ano 250 da Nova Terra

Inverno na Cidade de Fairy City

Esconderijo da Gang Dragon



A loira já saia, Natsu erguendo-se para a alcançar. Pois Lucy não sairia da sua vista agora sem terminar o que começou: um beijo como aquele, inocente e puro, só o deixou sedento por mais: quente e excitado. Mas, antes que pudesse alcança-la, um outro elemento entra em cena, escondendo a loira com o seu corpo ameaçador.

― August. ― disse contrariado, apertando os lábios e fechando os olhos para se acalmar ― Como tu… Espera… Tu seguiste-a pelo cheiro?

― Não. Eu sabia que ias conseguir deitar-lhe a mão.

Encaram-se por mais alguns minutos, como se estivessem conversando telepaticamente – mas isso não era possível, então Lucy tomou isso como puro territorialismo. Tentavam vencer um ao outro, intimidando.

― E o que pretendes fazer agora? ― indagou, quando a gang toda ficou atras dele, todos encarando o loiro ameaçadoramente.

― Leva-la daqui! ― rosnou, andando e puxando Lucy pela mão.

A loira acenou em despedida ao rosado, que nem prestou atenção nela. Tinha os olhos postos no sobrinho que andava rumo ao Levante, irritado, mas não tanto como ele. Percebeu que, talvez, devesse fazer uma visitinha intima a loira. Porque August não os deixaria conversar em paz.

― Gajeel. ― chamou ouvindo o moreno responder com um ganido ― Preciso de ti. Segue-me. ― disse, finalmente tirando os olhos do mais novo e indo na direção oposta.

Lucy o analisava já longe, pensando na ultimas reações do rosado.

O resto da gang, juntamente com Erza e Levy, ainda encaravam o tabuleiro, como se ouvissem a palavra checkmate rodar vezes e vezes sem conta pela sala, naquele mesmo tom perigoso de veneno, o mesmo tom que despertou o interesse de Dragneel. Apesar de estarem chocados pelo fato do líder ter perdido num dos jogos que ele mais conhece, ficaram ainda mais com a expressão que Lucy traçava para ele.

― Eu nunca vi o rosinha assim! ― ria uma morena, embaralhando a voz enquanto bebericando numa garrafa ― Ele gostou dela... E eu tenho pena dela...

― Cana Alberona! ― berrou Erza, despertando do seu torpor com o cheiro de álcool ― Não são permitidas bebidas alcoólicas no recinto escolar! ― ditou, fazendo os outros arrepiarem e encarar a morena penosamente, alguns a repreendiam com o olhar ― Vai ter de me acompanhar até a sala do diretor!

― Tu precisas é de uma rola nesse cu, bambi! ― gritou Cana, abraçando um pilar, na tentativa de resistir a Erza. Mas isso só a incentivou mais, deixando-se ser domada, mais uma vez, pelo espírito de Titânia.

Não demorou muito para que ela fosse rebocada para a rua, apesar de ter-se agarrado a tudo quanto é canto, a ruiva puxava-a sem dificuldade alguma. Titânia não perdoava ninguém e ninguém de opôs a ela. Deixaram que Cana fosse levada, mesmo que fosse parte da Gang – pois ela foi a descuidada e ninguém se atreveria a manchar-se por um descuidado.

Levy seguia, orgulhosa, a ruiva.



Lucy foi deixada no apartamento de August. Ele a largou la, dizendo que, por enquanto, era o lugar mais seguro para ela. Ia procurar algo e voltava em menos de nada, dando a Lucy a tarefa de comer e se banhar ate que voltasse.

Terminando de tomar banho, ela largou-se na cama dele. A cama cheirava a mel e lavanda. Tanto luxo e amabilidade, a faz sentir em casa e pequena, porque na sua experiência, ela foi sempre foi pequena em meio ao luxo.

Uma vez, Layla, a sua mãe, a levou para passar as ferias numa casinha que haviam contruído no meio da mata. Jude ajudou e disse que deveriam ficar ali por uma semana, ate tudo se ajeitar. Ela não fazia ideia de nada. No primeiro dia, foi difícil fazer as coisas sem a Dona Espetto. Mas aprendeu muito, trepou arvores e plantou-as também, cozinhou e tricotou com a mãe… Sentiu-se grande e responsável. Livre. Uma semana depois, voltou a casa e começou a interessar-se pelos afazeres domésticos. Inicialmente, ninguém a deixava mover uma palha, mas pouco a pouco, foi conquistando um pouco de tudo. Ate que domou a cozinha e o pomar… Por isso tinha as mãos mais ásperas do que a irmã, Michelle que era muito desastrada para lidar com tarefas domesticas.

Sentou-se na cama, analisando ao redor.

Toda a sala foi projetada para um príncipe. Realmente másculo. É uma piada a quantidade ouro em contraste com o negro. Só faltavam diamantes na parede… Mas haviam lâmpadas com cristais, que dava quase no mesmo.

Acontecimentos da semana passaram pela sua mente, parando na mochila que continha o cartão onde estavam guardados cinco mil bit coins. Saltou para fora da cama e procurou pelo cartão. Suspirou de alívio quando viu que ele estava ali, intacto. Brincou com ele por um tempo, pensando em como seria melhor se fugisse com aquele dinheiro todo. Mas, depois de ter conversado com o pai, ele prometeu depositar a mesma quantidade a cada mês, se ela ficasse na escola.

Jude sabia que Lucy preferia fugir a ficar naquela escola. Mas sabia também que ela queria uma vida aprazível – uma estufa em algum canto do planeta para produzir o que quizesse. E dinheiro era essencial para comprar o gerar atmosférico de qualidade. Por isso, Lucy aceitou ficar na escola. Aprender mais e receber por isso?

Porque não! Mas ainda preferia ficar com o pai num canto qualquer.

Escondeu o cartão na parte inferior da mochila.

Não havia nada que a impedisse de fugir amanha ou no próximo mês ou no mês seguinte. Se as coisas não forem como o planejado, fugiria com o dinheiro que tinha agora. Por enquanto, faria a vontade do pai. Não queria dececiona-lo, afinal, ela foi a única dos irmãos que demostrou habilidade em gestão. E Jude acreditava nela para carregar o peso das suas ações na Acnologia Company.

Andou ate ao closet do namorado, fazendo um balanço das roupas. Haviam poucas, na sua maioria túnicas e togas – puxou o estilo do pai. Apenas suas camisas, um casaco e cinco boxers. Algumas meias de dormir. Procurou na mochila e encontrou a sua própria roupa interior, enrolando com o casaco e metendo debaixo do braço.

Entrou na casa-de-banho, enorme e branca, começando a tirar o uniforme novo que vestiu as pressas pela manhã, metendo-as de seguida na maquina de limpeza a seco. Durante o banho, pensou que talvez pudesse procurar um part-time, em algum lugar, atendendo mesas. Uma churrascaria seria bom. Isso a daria algum dinheiro e não teria que mergulhar no que tinha no cartão, o que ela considerava agora intocável.

Saiu do banho enrolada na tolha e com a roupas limpas entre os dedos.

Uma batida na porta a assusta.

— August?— chamou.

— Não. Natsu. Abra.

Analisou o seu corpo na tolha de grandes dimensões. Era de August e por isso a cobria toda, mas não ia ficar de frente para o olhar daquele rosado que carregava uma tonelada de testosterona com ele, a menos que estivesse totalmente vestida.

— Eu não estou bem vestida.

— Como se eu desse a mínima. Tens cinco segundos. — as palavras são diretas e contundentes. E Lucy não duvidava que ele conseguiria entrar mesmo sem a confirmação do computador.

Com aqueles braços…

Ele bate mais uma vez e então mete os dedos por baixo da porta de metal isolante e o levanta ate que estivesse suficientemente aberto para que ele entrasse. Mal entrou e a porta desceu outra vez.

— O que foi?

Natsu a analisa com um olhar rude, e mesmo com a longa toalha preta, Lucy se sente completamente nua. Ela não gostou disso. Havia uma ponta de desconfiança nos olhos negros, contrastando com o desagrado genuíno que existia antes da sua derrota.

Isso a fez ter uma ponta de esperança.

Talvez pudessem ser amigos.

— Ele pode ate te esconder, mas não de mim. Mas agora quero saber quais são os teus planos, Luce. — Natsu dá um passo para a frente e aproximando-se perigosamente dela. Ele usava o seu físico tanto como uma arma e quanto uma isca. Apesar de ter abalado a loira no inicio, já não havia aquele choque estrondoso. Talvez uma leve faísca…?

E que raio de apelido era aquele? Luce!

— O meu pai foi quem me pôs aqui.

Natsu dá mais um passo até que estivessem praticamente colados, cada respiração que tomavam os fazia esfregar um contra o outro. Ele era quente o suficiente para que a boca dela ficasse seca e formigamentos comecem a dançar no seu corpo. Gostaria de pensar que um gangster malfalado como ele nunca iria excita-la. Mas uma outra lição que aprendeu com a mãe é que seu corpo pode gostar de coisas que a cabeça odeia.

Mas era a cabeça que tinha de tomar todas as decisões.

Esse foi um de seus conselhos — faça o que eu digo, não como eu faço.

— Porque pediste, pois não? — ele olha para baixo com desdém para os picos que se formaram sob a toalha fina. Não há nada que ela pudesse fazer, apenas fingir que ele não a porra de um deus grego.

Era errado! August era ate mais belo!

Mas porque raios era esse baixinho – mesmo que fosse vinte centímetros mais alto – que mexia tanto com o seu peito e o seu corpo.

— Por acaso, fui contra. — ditou, afastando-se e fingindo que ele não estava ali disparando cada nervo no seu corpo. Pegou a roupa interior entre os dedos, uma calcinha de renda preta, e abriu-a para meter as pernas e vesti-la. E, como fosse muito desastrada, a tolha caiu, revelando apenas as suas costas e a sua bunda para o rosado atras.

Ouviu uma ingestão rápida de ar.

Ele deve estar horrorizado! — pensou a loira — Porque ele gosta de homens, não?

Tão indiferente quanto possível puxou, cuidadosamente a peça pelas pernas sob os olhos dele. Podia senti-los correr sobre seu corpo como se fosse um toque físico.

— Deves saber que qualquer jogo que tentes jogar a partir de agora, não poderás vencer. Não contra toda a minha gang. — sua voz se aprofundou áspera. Ele estava afetado pela nudez da loira, mas nunca chegou a pensar que ela fosse tão desinibida a ponto de não importar-se em ficar nua para ele.

Lucy estava tão feliz por estar de costas. Assim ele não poderia ver como ela estava envergonhada, mas não tanto se ele fosse um hétero, porque ai sim, ela o enxotaria a chutes do quarto.

— Se saíres agora, não te machucas. Vamos deixá-la manter o que quer tenhas tomado de August e nenhum de nós vai incomodá-la. Se ficares… tudo pode acontecer e podes ser quebrada, Heartfilia.

Lucy, nem sequer tinha ouvindo o que ele dizia, ocupada demais tentando parecer o mais calma possível, voltou-se a procura da sua camisa. Uma risada dura segue e ouviu passos rápidos em direção a ela. O toque no seu ombro, volta a enrola-la na toalha. Ele a gira para encará-lo. Em seguida, ele se inclina para perto, seus lábios próximos a orelha dela.

— Só para saberes, baby, podes fazer um strip-tease na minha frente todos os dias e eu não ficaria minimamente tocado, entendeste? August pode ate gostar disto aqui… — verbalizou, deslizando a mão desde o seu seio coberto ate a cintura, onde ele apertou firme — Mas eu já vi coisa melhor.

A respiração quente de Natsu no seu pescoço, a fazia pensar cada vez mais no loiro. Estaria com medo? Excitada? Ela não sabia. O seu corpo estava confuso, porque Natsu nunca se sentiria atraído por ela na verdade, e ela devia seguir o exemplo. Mas, gostava do modo rude com que ele a tratava, e não como todos a tratavam: a princesinha de Jude.

— Dói. — disse com a voz trêmula.

Ele a solta imediatamente, um momento antes de empurra-la para trás. Lucy tropeçou, com o coração a mil, a caiu na beirada da cama. Aqueles magníficos seios balançando sob o olhar rápido do rosado, que fazia força para manter o sangue bombando para outra zona que não fosse para o sul.

— Estamos todos de olhos bem abertos, Luce! — diz ameaçadoramente e rodou os calcanhares, andando firme ate a porta.

A loira tremia, confusa, sem saber o que mais deveria sentir. Amava August, isso não estava no caso, mas porque se sentia assim por alguém que sequer a via como mulher… como alguém sensual ou talvez ela quisesse ser vista no contexto sexual?

Terminou de se vestir, fazendo uma nota mental de que teria de reforçar a porta de August e a dela, caso quisesse ter privacidade.

— Lucy?

Pulou de surpresa e virou-se para ver August perto da porta aberta.

— August, assustaste-me! — guinchou, batendo a mão no seu trovejante coração. Temia que fosse Natsu outra vez…

Se calhar, ficar perto do namorado era o que precisava.

— Desculpe. — caminhou ate ela, beijando a sua testa — Temos aulas agora. Queres ir ou descansar mais um pouco?

— Eu quem deveria dizer-te isso. — sorriu, empurrando-o ate a cama — Deixa que eu digo a diretora porque não podes ir as aulas.

— Lucy… — ergueu-se outra vez — Não quero nada da minha mãe! Vamos! — revibrou, pousando mão aberta na base das costas dela e encaminhando-a ate a porta.

Estendeu uma bolsa que tinha um sumo e uma sandes dentro, que Lucy aceitou, começando a devorar a sandes e sujando-se com o molho. Atencioso, o loiro limpou-a com o seu xaile e beijou a sua bochecha.

Mesmo que estivesse com um par de costelas quebradas, o fémur fraturado e dores em todo o corpo, jamais permitiria que Lucy fosse se dar ao castigo de falar dele a Mavis. A sua mãe. Ela nunca procurou saber como ele estava esses anos todos, nem mesmo apareceu quando ele voltou para a escola agora, então não iria deixar que as noticias lhe caíssem no colo assim. Então, sorrindo e disfarçando toda a dor que sentia apenas para a fazer sorrir, August conduziu a namorada ate a sua aula, certificando-se que Natsu não estava perto e, só depois, seguiu para a própria aula.


Natsu já se encontrava acomodado na sua cadeira quando Lucy chegou. Ela parecia estar receosa para falar, pelo que só dava espreitadelas e desviava logo que ele a encarava de volta. Fingia escrever os seus apontamentos, com a caneta dele, e os pensamentos nele. No quarto não teve oportunidade, e nem sequer pensou, mas talvez Natsu estivesse desconfiado da vitoria dela.

Era obvio que ele queria intimida-la no inicio, mas agora, depois de ter ido ter com ela de livre e espontânea vontade, deixou a loira feliz. Queria ser sua amiga. Natsu era peculiar e seria interessante estuda-lo mais de perto.

Mas, inspirando forte, injetou coragem nas veias e resolveu encara-lo com mais vigor, a fim de saber o que se passava naquela cabecinha rosada. Quando finalmente ele olhou para ela, bastou apenas um segundo e ela sentiu o negro profundo do seu olhar, concentrado e com uma gota de perigo, para depois abandona-la e voltar a fixar a sua atenção na janela, ignorando-a. Pouco depois, ainda fustigado pelos olhos castanhos nas suas costas, reencontrou-se na cadeira, cruzando os braços no peito e caindo num sono profundo.

— Porque ele esta assim? — resmungou, inflando as bochechas — Ele nem brigou comigo nem nada! Foi por causa da minha vitória? Não! Não é isso. — pensava, mordiscando a ponta da caneta, ainda encarando o dorminhoco.

A sua mesa piscou, indicando uma nova mensagem, mesmo entre tantas outras, ela viu a identificação de Levy.

'Abriram um karaoke no centro comercial da escola.', dizia a mensagem. Levy sabia que Lucy tinha uma boa voz, só a ouviu uma vez, por acidente, quando ela saia do seu apartamento. Queria ver a loira, mais desinibida, entre quatro paredes e berrando para um microfone.

'Vou levar uma pessoa!', respondeu alegre, voltando a observar o rosado no seu sono, sorrindo feliz. Talvez, uma forma de obter mais informações dele seria criando um ambiente divertido. O karaoke era uma ótima ideia mesmo.

'Espero que não seja o Natsu?!', azulada perguntou, e Lucy tentou encontra-la entre as várias cabeças na sala de aula, acabando por chocar com o olhar raivoso dela sobre si. A mesma encarou o rosado, depois a loira e acenou negativamente com a cabeça, completando com um dedo que passou na garganta – imitando uma guilhotina – e apontou depois para ela.

Tenebrosa, Heartfilia protegeu o próprio pescoço com as duas mãos, suando frio sob o olhar gélido da azulada. Levy sabia como ser assustadora também. Nota mental: a namorada de Titânia é muito, mas muito mais perigosa.

Gajeel, mais ao fundo da sala, antes intrigado pela forma como o seu chefe, ao invés de enxotar a loira, a ignorava. Mas agora, brincando com o novo piercing desde cedo, observava o olhar malicioso que a azulada anã lançava a loira. A careta de terror na loira que derrotou Salamander, soube-lhe bem. Estudou a azulada, sorrindo de orelha a orelha.

‘Mulher de bolso… Vamos ver como posso dobra-la!’, pensou, gargalhando internamente com o seu súbito interesse nela.

As aulas do dia chegaram ao fim com o toque do alarme, acordando mais uma vez o rosado, que seguiu, mórbido, ate a saída – posteriormente seguido pelo seu grupo. A loira, que desta vez estava disposta a não perder o rosado de vista, correu atrás dele ignorando os berros de Levy, apesar de saber que mais tarde a azulada iria tirar o dia para inferniza-la com sermões. Eu degola-la, como prometera.

Chegou nos corredores, parando para respirar e procurar pela cabeleira rosa, que já estava a vários metros dela, juntamente com a sua gang. Apenas queria falar com ele, mas antes que desse mais um passo, alguém abraçou-a por trás.

— Hearty! — dizia o seu namorado, voltando-a e sorrindo como o sol — Onde vais com tanta pressa? — estreitou o olhar, com um sorriso sedutor, que não teve o efeito esperado na loira.

— Ah! — riu, apontando para o fundo do corredor — Eu quero ir falar com o Natsu! E tenho de ir já ou...

Aquilo fez o interior do macho borbulhar em raiva, ao relembrar-se da mesma frase que ouviu horas atras: ‘Queres apostar que eu vou foder a tua namoradinha em dois dias?’. Só de imaginar a sua menina atrás daquele ser vil e nojento, deixava-o em pulgas para soca-lo ate que restasse apenas alguns fios para contar historia! Parecia que o rosado gostava de tê-la atrás de si, glorificando-o ainda mais, fazendo Lucy passar por parva, evitando-a e ignorando-a ao máximo.

— Lucy. — disse firme, deixando-a nervosa — Ele não é boa pessoa e vai ser melhor se o evitares! — terminou, pegando o rosto dela entre as mãos — Eu só não quero que te magoes.

— Já estou a dois dias aqui e eu sei defender-me. — elucidou, soltando-se das grandes mãos — Não quero que voltem a lutar, nunca mais!

— Duvido que ele considere isso. — bufou, vendo a loira ficar murcha — Não faças essa cara, baby! — chiou, estalando dois beijinhos na bochecha dela. O apelido relembrou Lucy da invasão de Natsu ao quarto.

— Posso convida-lo então? — pedia, com os grandes olhos brilhando e derretendo a carranca do maior.

— Convida-lo? Para quê?

— Não viste a mensagem que eu te enviei?

— Ao karaoke? Claro! — concordou, acariciando o cabelo dela, pensando logo numa retribuição. Uma que a deixasse com o cheiro dele para afastar Natsu definitivamente — Mas eu também quero algo só para mim! — sorriu, safado, deslizando as mãos para a cintura dela, logo que mordia o lábio inferior.

— Pode ser um beijo?

— Sim, claro! — aceitou num suspiro, derrotado pela indiferença dela em relação a isso — Mas, já sabes que as minhas aulas são no período da tarde, eu só estou livre ao inicio da noite. — avisou, fungando uns quantos fios do cabelo da menina.

— Sem problemas. — disse, soltando-se do loiro e correndo — Falamos mais tarde! — ria, afastando-se cada vez mais dele.

August, apenas queria ficar mais tempo com ela, uma vez que Jude não o deixava sozinho com ela – por motivos óbvios – e agora, ele queria isso mais do que nunca: marcar Lucy e conectar-se a ela. Era o único meio de prendê-la a si e garantir que Dragneel não a seduzisse.

E pensar que até agora nunca a beijou como deve ser, como um namorado deve beijar a namorada, deixava-o tão irritado. Uma vez, ele destruiu o próprio quarto um dia que foi surpreendido por Jude e teve de interromper as suas investidas. Tinha a inocente Lucy mesmo a sua mercê, tão cálida e pura, corada ao sentir o seu toque nas pernas dela, aproximava o rosto do dela, misturando as suas respirações... estava tão perto!

Mas desta vez ele iria conseguir. Iria conseguir beija-la, fazer amor com ela e mostra-la que ele era o homem certo, que ele iria fazê-la a mulher mais feliz do mundo! E teria de fazer isso antes que Natsu a deslumbrasse e destruísse o frágil coração dela.


Tinha de encobri-la.

Tinha de escondê-la na sua sombra.




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