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História Fairy Tale - Preparativos.


Escrita por: Otsutsuki_Otto

Notas do Autor


Espero que gostem.

Capítulo 7 - Preparativos.


Fairy Tale

 

 

Capítulo 7  – Preparativos.

 

 

[…]

 

 

Oito meses depois.

 

 

É novembro. Passaram-se oito meses desde o incidente entre Minato e Boruto. Sobre a relação dos garotos, após a bronca ferrenha que o loirinho recebeu de seu pai, passou um bom tempo refletindo sobre suas ações, tentando ser mais compreensivo com os pais e com os irmãos, felizmente. O filho mais velho de Naruto até que estava tentando se ligar mais ao irmão, mas a vida de Gennin o deixava bastante ocupado. Aliado a isso, Minato, por ser muito dedicado em suas atividades, estava sempre ocupado com a academia. Contudo, ainda se viam amigavelmente e com frequência, afinal de contas, não tinham um motivo grande demais para manter aquela situação, ambos entenderam isso.
 

 

No escritório do Hokage.

 

 

Naruto era, certamente, o mais satisfeito com aquela evolução comportamental de seu primogênito. Estava em seu escritório lembrando dos curtos treinos que tivera com os dois: ambos os seus filhos lutaram e mantiveram respeito, sem se machucar. Foram dias proveitosos e divertidos. O homem “morria de rir” ao ver a frustração de seus filhos contra seus clones das sombras, dificilmente pegava leve com os garotos, embora fosse responsável e compreensivo, como professor. Mesmo Minato tinha dificuldade, apesar de conseguir derrotar mais clones que Boruto, deixando-o irritado. Não era para menos: Minato detinha uma precisão com taijutsu acima da média, mérito das aulas que teve com Hinata sobre o estilo de luta dos Hyuga. Enquanto que Boruto era um pouco mais desajeitado, utilizando de ferramentas ninjas para lutar, na maior parte do tempo.

Naruto estava, naquele momento, dividindo sua atenção nas memórias e no trabalho acumulado. Incrivelmente, sua mesa estava sempre cheia de documentações enormes para ler, revisar e assinar. Viviam uma era mais segura, falando de estabilidade política e militar, contudo o fenômeno constante de transnacionalização dos mercados o deixava bastante ocupado. O Hokage precisou, por um longo período, dedicar-se aos estudos de economia e política para que pudesse se sustentar no cargo. Não era exatamente o que esperava a vida de um Líder, mas o loiro se saía bem. Suas atividades resumiam-se em tratar de negócios na maior parte do tempo, o que era vantajoso para sua gestão, afinal de contas era um homem esperto, embora não tão especialista, mas podia contar com o auxílio sistemático que Shikamaru sempre lhe prestava. O “cara” era um verdadeiro analista.

Enquanto trabalhava incansável em sua mesa, Naruto não notou Hinata entrando sorrateiramente pela porta de seu escritório. A perolada logo pôde observar a situação em que seu marido se encontrava: Abatido, porém lia e assinava tudo com afinco, sequer piscava com tamanha concentração. Ao entrar na sala de fato, a mulher deixou sua bolsa em uma pequena cadeira que tinha próxima da entrada, onde encontravam-se mais três acompanhadas de uma pequena mesa, utilizada para rápidas reuniões. Em seguida, Hinata pôs-se a andar na direção do marido, no ímpeto de chamar a sua atenção. Ao aproximar-se e perceber que o som do solado de suas botas não foram suficiente para tirá-lo do transe, a mulher rapidamente toma a palavra:

 

— Naruto-kun! - Hinata fala audivelmente.

— “AI”! - Exclamou Naruto.

— Está tudo bem? Já passaram dois dias e você continua aqui trabalhando! - Hinata reclamou visivelmente chateada.

— Oi, amor. Perdoe-me, eu estava realmente ocupado. Porém, eu estava pensando em ir para casa, pois acabei me lembrando do aniversário de Minato. - Naruto chama a atenção de Hinata.

— E o que o mocinho tinha em mente? - Hinata responde docemente.

— Já que daqui a 2 semanas ele completará 11 anos, nós precisamos fazer algo interessante, com os amiguinhos dele, como uma festa, para comemorar a data. - Naruto sugere.

— Pensei que não fosse fazer algo assim Naruto-kun, levando em conta o ano passado… - Hinata responde a sugestão meio chateada.

 

Após a fala de Hinata, um silêncio se instaurou no recinto. Naruto se cala e começa a lembrar do aniversário de Boruto do ano anterior: Havia estragado tudo, para variar. O loiro até tentou compensar seu filho de alguma forma, o que aparentemente foi aceito pelo menor, porém ele sabia que seu filho estava demasiadamente chateado, sobretudo irritado, por causa do motivo da falta de Naruto no jantar em família que Hinata havia preparado. O loiro estava em reunião com o Kazekage e com o Mizukage, para tratar de negócios, e por conta da quantidade de pautas naquela reunião, acabou perdendo a noção de tempo, tendo como medida no atraso para o aniversário. Para finalizar, além de chegar atrasado, o loiro havia enviado um clone, que pouco durou e se desfez, chocando a todos. Após se lembrar do ocorrido, o Hokage se pronuncia:

 

— Eu sei o que você quis dizer Hinata. Depois daquela conversa com o Boruto eu realmente estou tentando melhorar a nossa relação… - Naruto abaixa o tom, em culpa.

— Eu sei melhor do que ninguém, Naruto-kun. Sabe, os meninos sentem a sua falta e eu realmente fico feliz ao ver você se esforçando para ser mais pai e menos Hokage. - Hinata menciona orgulhosa.

— Mas, isso não muda o fato que ano passado eu estraguei o aniversário do Boruto. Mal consegui imaginar e pouco tentei entender a dor dele. - Naruto fala com pesar.

 

Com a fala do esposo, o semblante de Hinata fica mais sério, mas, em seguida, suaviza. A morena era uma esposa dedicada, uma mãe preocupada com os filhos, sobretudo, era, para dar conta disso tudo, uma pessoa extremamente compreensiva. Naquela família, certamente a pessoa mais equilibrada emocionalmente era Hinata, pois sabia que o resultado do descontrole poderia gerar consequências maiores. Por essa razão, era ela a conselheira de todos, entretanto também era a mais ouvida, sendo amada pela sua família e retribuída por toda a atenção.

 

— Eu lembro. Mas, eu acho que ele já superou. Mesmo após tudo isso ele anda bem com o Minato. Além disso, ultimamente ele anda bem obediente e sereno no dia a dia. A minha preocupação é se ele vai se chatear novamente, por causa dessa festa, já que no aniversário dele não fizemos nada grande por conta da sua ocupação. - Hinata indaga pensativa.

— É uma possibilidade. Talvez seja melhor não tocar no assunto perto dele e deixar acontecer. Eu espero que todos se divirtam, se algo acontecer eu tentarei resolver. Por enquanto vou continuar com as minhas atividades regulares com eles. Tenho me divertido muito com as crianças ultimamente. - Naruto sorri para a esposa.

— Eu fico muito feliz em ouvir isso. Os meninos me dizem a mesma coisa. - Hinata retribui o sorriso.
— Pois bem, agora precisamos sair um pouco. Precisamos comprar algumas das coisas da festa, você veio me chamar para isso, não é? - Naruto pergunta ao levantar de sua mesa.

— Você dizendo desse jeito faz parecer que sou só interessada no seu dinheiro, chato. - Hinata faz um bico, chateada.

— Que isso, não quis dizer nada do tipo, meu amor. - Naruto abraça e beija a esposa.

— Chega, vamos depressa. Temos muito o que preparar. Devemos aproveitar esse tempo de provas para não deixar que Minato veja algo. - Hinata acrescenta esperta, soltando-se de Naruto.

— Tudo bem, meu amor. - Naruto responde desanimado, afinal não recebeu atenção.

 

 

Em uma loja qualquer de festas.

 

 

Naruto e Hinata passaram praticamente o dia inteiro no centro comercial de Konoha. Entraram em várias lojas onde compraram os mais variados produtos e objetos necessários para tudo que se possa imaginar em relação a festas. Nesse momento eles estavam na última, onde procuravam o restante dos itens necessários. Naruto empurrava o carrinho de compras como se fosse um zumbi, parecia estar muito cansado, enquanto que Hinata continuava a andar, procurando alguma coisa pelas prateleiras. Nisso, Naruto chama por sua esposa:

 

— Hinata eu estou esgotado. Não aguento mais! - Naruto diz quase chorando no meio do mercado.

— Eu também estou cansada. Podemos terminar amanhã ou outro dia da semana se você quiser. - Hinata dá a sugestão.

— Amanhã vou deixar o Shikamaru e o Sasuke no escritório, aqueles dois preguiçosos que não me ajudam! “Tô certo!”. - Naruto se diverte ao imaginar a cena.

— Tudo bem então. - Hinata segura o riso.

— Você fica rindo, mas quem sofre lá sou eu! - Naruto parecia indignado.

— Tudo bem, venha querido. Vamos no caixa, deixar pago tudo o que escolhemos, e avisar que amanhã viremos para comprar mais coisas. Dessa maneira, eles deixam guardadas as nossas compras. - Hinata pede.

 

Nesse momento Naruto suspira desanimado, observou a quantidade de produtos que tinham escolhido e pensou no quão caro ia ficar tudo. O loiro sabia o valor do dinheiro, afinal de contas sempre teve uma vida dura e simples, sendo que por um bom tempo viveu de ajudas de Hiruzen Sarutobi, o Terceiro. Por causa disso, aprendeu a ser responsável com finanças, mesmo sob as influências devassas do velho tarado, digo, Mestre Jiraiya. Mesmo assim, Hinata, que viera de uma filha importante, embora fosse uma pessoa consciente, ainda extravagava as vezes, sendo a responsável, na maioria das vezes, por gastos excedentes nas finanças da casa.

 

— Tudo bem Hinata…- Naruto cabisbaixo.

 

Ao término das compras, e do emagrecimento surreal do sapo onde Naruto ainda insistia em guardar seu dinheiro, o loiro e Hinata foram para casa. Embora traumatizado, novamente, pelos gostos da esposa, Naruto a abraçou pelos ombros enquanto andavam calmamente para casa. Amava aquela mulher, tudo que vinha dela era como uma benção divina em sua vida. Por meio dela, teve uma família incrível, que com os seus problemas comuns ainda eram bastante felizes. Por meio dela, teve filhos a quem tiveram quem puxar. Por meio dela deu ainda mais valor aos seus sonhos. Por meio dela, passou a amar a vida de forma incondicional.

 

 

Mais tarde, em casa.

 

 

Passadas algumas horas, Naruto estava em seu escritório domiciliar. Estava terminando de resolver algumas pendências importantes que não poderiam ser adiadas, bem como avisando Sasuke e Shikamaru sobre as suas respectivas atividades. Após negociar, depois de diversos protestos por parte de seus colegas de trabalho, Naruto finalmente pôde respirar melhor. Finalmente estava dispensado de algumas tarefas do dia seguinte e poderia se dedicar, junto de Hinata, às compras finais da festa de seu caçula.

Da mesma forma, Minato estava em seu quarto estudando. No cômodo, podia-se ver, ao entrar, que o lugar era claramente pertencente a alguém “nerd”. As estantes eram cheias de livros, pergaminhos, e não havia quase nada eletrônico em seu quarto. Uma cama simples rodeada por dois apoios (Antigamente chamados de “criados-mudos”, porém o termo naturalmente deve entrar em desuso, afinal é extremamente pejorativo e preconceituoso), e de frente para a cama, que era acompanhada também de uma janela, havia uma mesa com duas cadeiras, onde localizavam-se Minato e Naomi. Concentrada, a ruiva terminava de ouvir algumas explicações de seu amigo, enquanto anotava alguma coisa.

 

— Finalmente entendi isso! Obrigada, Minato-kun, você é incrível! - Naomi sorriu abertamente, enquanto agradecia.

— Não exagera, isso não é tão difícil. Se você revisar isso mais algumas vezes, vai estar tão natural que você nem vai precisar escrever tudo. - Minato aconselha modestamente.

— Arigato. - Naomi responde olhando para o rapaz.

— Naomi-chan, agora que terminamos essa revisão final, acho que é melhor você ir para casa. Está tarde, a sua mãe deve ficar preocupada. - Minato pede gentilmente para Naomi.

— T-Tudo bem, você tem razão. Você me acompanha até lá embaixo? - Naomi Pergunta meio desanimada.

— Claro, vamos. - Minato se levanta e dirige-se para a porta.

 

Após saírem do quarto, Minato calmamente desceu as escadas de sua casa, acompanhado de Naomi. O conteúdo que haviam sido instruídos na academia ninja estava circulando viciosamente em sua cabeça. Havia se preparado como nunca antes para aqueles testes finais. Sua dedicação era contagiante, levando Naomi no processo, que era bastante inteligente, porém muito desleixada. Embora a moça fosse “preguiçosa”, quando se esforçava, podia até mesmo passar Minato. Após descerem as escadas, o garoto suspira cansado e diz:
 

— “Minha nossa!”, hoje estou cansado mesmo. Estudamos muito e tenho certeza de que em breve nos formaremos! - Minato afirma convicto, apesar do cansaço.

— Vamos sim! Estamos estudando bastante. Também estou muito cansada! Só que, graças a você, certamente vou me sair bem, quem sabe até … - Naomi, confiantemente, vangloriar-se-ia, até que é interrompida pela campainha.

— Quem será? - Minato prontamente abre a porta.

 

O garoto ao abrir a porta se depara com a mãe de Naomi. A mulher, que se chamava Shimi, ao ver o garoto prontamente sorriu. Contudo, ao ver sua filha atrás dele, logo cerrou os olhos. Estava tarde e a mulher parecia preocupadíssima.

 

— Boa noite, Minato-kun. Vim buscar essa menina que me deixa preocupada porque não atende o celular. - Shimi falava calmamente, embora assustadora.

— Gomenasai, okaa-san. - Naomi rapidamente se desculpa com a mãe.

— Venha, filha. Vamos para casa. Lá nós conversamos. - Shimi parecia chateada.

— Shimi oba-san, a culpa é minha. O celular dela ficava apitando direto, então confisquei ele. - Minato parecia envergonhado.

— “Jura”? Então está tudo bem, você pode. - Shimi suavizou a expressão e piscou para Minato.

— M-Mamãe! - Naomi ficou indignada.

— D-Desculpe por qualquer coisa. - Minato reverencia a mulher.

— Não se preocupe, está tudo bem. Não vou mais dar bronca nela. - Shimi brinca.

— Bem, até mais Minato! Amanhã nos encontramos de novo. - Naomi fala sorridente.

— Até amanhã Naomi-chan! - Minato fala dando um abraço na ruiva.

 

Naomi, que não era boba, aproveita a situação pra brincar um pouco com Minato. O garoto, ingênuo, solta do abraço, mas é surpreendido ao receber um beijo no rosto de Naomi, ficando com vergonha no processo. Minato era extremamente branco, diferente da maioria das pessoas em Konoha, que eram “amarelas”, marcas de sua origem étnica, e por conta disso, naquele instante ficou rubro, tão rubro quanto os cabelos das mulheres em sua frente.


— Boa noite, Minato! Até logo! Vem mãe, corre, corre! - Naomi puxa sua mãe que fica rindo da situação.

 

Minato sorri bobo, em meio a vergonha. Naomi sempre que podia “tirava onda” com a timidez do rapaz. Ao contrário dele, ela era uma pessoa bem extrovertida, brincalhona e gostava de falar com todo mundo. Era muito sociável, enquanto que, na mesma medida, Minato era tímido e quieto, embora não fosse mal-educado ou ríspido com as pessoas, dificilmente tomava a iniciativa de um diálogo. Após fechar a porta de sua casa, o garoto, já de frente para a escada, toca sua bochecha, a mesma beijada pela ruivinha, e acaricia, sorrindo timidamente.

 

— É cada coisa que me acontece! - Minato acaba falando em voz alta.

 

Após proferir essas palavras, Minato decide ir à cozinha, afinal estudou a tarde inteira e estava faminto e sedento por água. Certamente teria oferecido algo para Naomi, mas a mesma estava tão concentrada, o que era raro, que ele se sentiria culpado por interrompê-la. Ao chegar na cozinha, pôde ver sua mãe sentada à mesa, com ambas as mãos apoiando o queixo, enquanto sorria de forma sapeca.

 

— Que “climão” entre vocês, ali na sala! - Hinata fala com um sorriso sapeca.

— M-Mãe! Você viu aquilo? Como pôde!? Eu estou cercado por mulheres más! Alguém me salve! Fujam para as montanhas! - Minato grita e sai correndo para seu quarto.

— “Poxa”, ele nem comeu. As vezes eu imagino o quão fofos eles são juntos! - Hinata comenta ao vento pensativa.

 

 

Dias depois.

 

 

No decorrer de duas semanas, Hinata fez Naruto ir com ela em tudo quanto foi loja e os estabelecimentos tiveram boas vendas graças a eles. Quase tudo já estava esquematizado e bastava apenas “montar” a festa. A comida ia ser toda fretada do Ichiraku Ramen, teriam muitos doces e coisas de criança, afinal é o “último” aniversário de criança de Minato, que já está um “homenzinho”, um verdadeiro adolescente. Malgrado os pais dele o tratassem com mimos, o que acontecia igualmente com Himawari e com Boruto, com este na medida do possível, afinal era travesso além da conta, Minato dificilmente agia com infantilidade, demonstrando maturidade na maior parte do tempo, sempre portando-se com etiqueta e respeito.

Dessa maneira, as duas semanas se passaram: em organização. Dia vinte e seis de novembro e Naomi, a pedido de Hinata, chamou Minato para que fossem passear e tomar sorvete, com a desculpa que a semana foi bem exaustiva e eles podiam “relaxar” um pouco. Dito e feito. Naomi havia parabenizado o rapazinho, que comentou com ela sobre o almoço que tivera em casa, em comemoração, e o quão feliz estava por ela tê-lo convidado para lanchar. Após o término de seus sorvetes, eles estavam a retornar para a casa de Minato, onde a mãe de Naomi esperava para parabenizá-lo, segundo a moça lhe contou.

 

— Nossa! Hoje foi divertido demais, obrigado Naomi-chan! - Minato exclama feliz.

— Sim, foi bem legal, vamos logo para sua casa. A mamãe vai querer falar com você também! - Naomi fala enquanto sorri cinicamente.

— Tudo bem, vamos! - Minato ignora a estranheza de Naomi, ela era louca mesmo.

 

Alguns minutos antes.


 

A casa de Naruto e Hinata, pode-se dizer que era de tamanho médio. Não era uma mansão luxuosa, porém era uma casa de uma família grande, com 5 quartos, afinal seus filhos não dividiam o seu espaço, o que era justo, afinal cada um tinha sua própria privacidade, e o casal tinha seu próprio quarto, além de um para visitas, normalmente Hanabi, irmã de Hinata. A sala de estar era relativamente espaçosa, embora não fosse lotada de decoração ou móveis, servia mais para que quem se locomovesse por ela dificilmente esbarrasse em alguma coisa. Evidentemente, isso era muito útil em algum jantar especial em família.

Naquela sala espaçosa, utilizada para receber convidados e montar um excelente buffet, estava realmente sendo feito isso. Os Uzumaki terminavam de organizar a festa do pequeno Minato, digo, do jovem Minato, afinal alguém daquela idade certamente se chatearia ao ser chamado de “pequeno” ou “jovenzinho”. Hinata terminava de colocar algumas comidas na mesa, enquanto Boruto a observava.

 

— Filho, pode me ajudar a terminar aqui? - Falou Hinata para Boruto, ainda pondo o resto das coisas na mesa.

— Certo, estou indo! - Boruto responde neutro.

 

Naruto estava no escritório de sua casa, onde guardou o presente de Minato. Pela décima vez ele olhou os três colares na caixa, um para cada filho. Retirando uma caixa, ele a coloca no bolso, guardando as demais em um pequeno cofre que havia em sua estante, respirou fundo e saiu do escritório. Para ele, estava sendo mais difícil, do que esperava que fosse, ser um pai presente. Era mais trabalhoso que ser hokage em tempo integral, coisa que o loiro entendia bem.

Ao chegar na sala de estar, Naruto observa cada detalhe com atenção para não passar nada despercebido. Era importante deixar tudo em ordem: Minato merecia isso. Era um filho obediente, educado, dócil, estudioso, dedicado e gentil. A única coisa que rondava os pensamentos de Naruto e o preocupava era Boruto, não sabia como ele estava reagindo a isso, nunca soube entender bem o que o seu filho mais velho sentia ou pensava. Naruto sabia que isso era culpa sua, mas não queria ver o quão profundo era, embora se esforçasse para amenizar. Após observar a organização, Naruto se aproxima de Hinata:

 

— Como vai tudo Hinata? - Naruto pergunta girando os olhos pelo ambiente.

— Terminamos tudo já, Boruto me ajudou. Certo filho? - Hinata fala olhando para seu filho.

— Sim, mamãe. Onde está a Himawari? Eu não vi mais ela. - Boruto dá uma pequena olhada em volta, para demonstrar que ela não estava por perto.

— Não sei filho, também não a vi. - Hinata responde achando estranho o sumiço da filha.

 

Após a rápida conversa dos familiares, puderam ouvir alguns barulhos advindos do segundo piso da casa. Parecia alguém correndo e quem corria parecia apressado e estabanado, pois parecia se esbarrar em tudo pelo caminho, de acordo com os ruídos. Ao direcionarem sua atenção para a escada, logo puderam constatar quem era o corredor, justamente Himawari, que chegou gritando:

 

— Olha! Olha! - Gritava Himawari alegremente, descendo as escadas.

— Himawari, cuidado! - Naruto mal termina de falar e a garota escorrega em direção à mesa.

— Arigato, otou-san! - Himawari agradece após Naruto segurá-la.

— Himawari! Você quase destruiu tudo, olha por onde anda! - Ralha Naruto com leve rispidez.

— Não fala assim com a minha irmã! - Grita Boruto ao ver Himawari chorando.

 

Naruto nada falou. Ficou surpreso com o tom que falou com sua doce e única filha. A menina ficou visivelmente abatida com a grosseria do pai. Quando ele pretendia falar algo, Boruto o interrompeu:

 

— Vem comigo maninha, mostre-me o que você fez. - Boruto fala suavemente com Himawari.

 

Quando os irmãos se distanciam, Hinata chama Naruto, que estava em choque pelo que fizera. A mulher pareceu entender o que passava pela cabeça do marido, porém ficou surpresa com o ocorrido.

 

— Naruto-kun? - Chama Hinata lhe tocando o ombro.

— Desculpa, Hinata, e-eu só… - Naruto estava realmente arrependido.

— Está tudo bem, querido. Você está a com a cabeça quente. Sabe, só não desconta nas crianças, por favor. - Hinata pede ao marido, não queria que nada acontecesse em um dia especial.

— Eu não estou estres… - Naruto ia falar algo, mas foi interrompido pela campainha, sinal de convidados.

 


 

Agora.
 

 

Meia hora já tinha se passado e praticamente todos que foram convidados tinham chegado, inclusive a família Uchiha. Apenas Minato e Naomi faltavam chegar. Sabendo que eles já estavam próximos, todos fizeram silêncio. Quando o albino entrou pela porta acompanhado de sua amiga, viu a casa com as luzes completamente apagadas. De início, o jovem estranhou aquela situação. Porém, logo entende o que se passa, era bem esperto, um sorriso se acendeu em seu rosto, assim como as luzes ao seu redor.
 

— SURPRESA! - Falaram todos em uníssono.


Notas Finais


O que acharam?


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