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História Faith (HIATUS) - Querido diário...


Escrita por: dickgrayz

Notas do Autor


Então serumaninhos mais um cap pra vocês! Esse não tem muita coisa, mas acho que gostarão dele e do próximo. Não tenho muito o que falar, desculpe os erros, não revisei hehe!
relax and enjoy.

Capítulo 18 - Querido diário...


Fanfic / Fanfiction Faith (HIATUS) - Querido diário...

Capítulo 18 – Querido diário...
Sioux Falls – Dakota do Sul.
Alison Faith Adams.

Dean estava sentado no chão do banheiro e olhando para o nada da parede. Eu estava ao seu lado, porém observava e girava o anel em meu dedo anelar como se fosse a coisa mais interessante do mundo. A questão é eu estava envergonhada demais para conversar com Dean – acho que o álcool estava saindo do meu organismo, ou esse era somente mais um efeito dele. Eu pensava até onde iria conseguir ir com essa mentira, escondendo o que eu sou, não só de Dean, mas também de Bobby, Sam, Castiel e meu pai. Eles se esforçavam tanto para descobrirem e eu já sabendo há um tempo e escondendo isso deles. Grande traição!

Depois da conversa com Raphael, Sam decidiu que já havia passado da hora de irmos para casa e assim o fizemos. Dentro do carro era um silêncio total, até Sam perguntar o que Dean fazia quando sumiu e o loiro responder simplesmente que estava se divertindo. Eu não precisei de mais nada ou nenhuma outra palavra para entender o que ele estava fazendo, então deixei de lado. Eu tinha que parar com essa mania ridícula de ter ciúmes de algo ou alguém que não me pertence. Afinal, eu e Dean não temos nada, certo?

— Você precisa entrar debaixo do chuveiro – o Winchester quebrou o silêncio e eu o ignorei, como vinha fazendo durante toda noite, ou pelo menos depois de tê-lo visto com a loira.

Quando chegamos em casa, Sam foi conversar com meu pai e Bobby e achou-os apagados sobre o capô do Camaro na oficina. Resolvendo não atrapalhar, o mais novo decidiu que seria melhor conversar amanhã e então subiu para seu quarto para descansar. E logo Dean ficou encarregado de cuidar da garota bêbada – acho que Sam fez isso de propósito.

— Alison, você pode, por favor, levantar e ir pra debaixo do chuveiro?

— Não estou afim. – Respondi dando de ombros e jogando minha cabeça para trás sentindo um enjoo repentino. Isso era claramente um dos inúmeros efeitos da bebida.

— Perguntei se você está afim? – Dean retrucou e eu revirei os olhos, virando-me para ele. – O que foi? – Perguntou arqueando as sobrancelhas. Fitei-o por mais alguns instantes, antes de revirar os olhos mais uma vez e me levantar, apoiando-me na parede devido estar tonta. Retirei primeiro minha blusa e deixei-a em cima da pia. – O que está fazendo? – O loiro perguntou e eu o ignorei, desabotoando minha calça e descendo-a por minhas pernas, deixando-a junto da blusa quando já fora de meu corpo. – Alison o que você está fazendo? – Ele já estava de pé quando perguntou e tinha o corpo apoiado na porta e a respiração estava pesada.

— Não quero molhar minha roupa. – Um sorriso travesso cresceu em meus lábios enquanto eu ligava o chuveiro. Virei-me mais uma vez para Dean ainda com o sorriso no rosto e me preparei para tirar o sutiã, mas senti suas mãos me empurrando para debaixo do chuveiro. – Porra Winchester! – Eu segurei o tom de voz e me controlei para não gritar. – Porque fez isso?

Ao finalizar a pergunta, Dean já se encontrava debaixo do chuveiro junto de mim. Nossos corpos colados, respirações se misturando e lábios entreabertos. Eu não queria beijá-lo – ou pelos menos era disso que eu tentava me convencer. Eu estava irritada por ele ter me chamado de criança e por ter transado com aquela loira de bar.

— Porque se você retirar essa única pecinha, eu não conseguirei me controlar, Alison. Está vendo o esforço que estou fazendo? Não quero fazer nada que você não vá lembrar ou se arrepender depois. – O loiro respondeu passando as pontas dos dedos por minhas bochechas.

— Você não deveria estar tão próximo assim de uma criança, Dean. Não é isso que eu sou? – Murmurei buscando todo autocontrole do mundo para poder me controlar e não beijá-lo.

O Winchester mais velho me fitou por alguns segundos, se aproximando mais, como se me provocasse e então se afastou, cambaleando e me permitindo respirar quase normalmente. Sem dizer mais nada, apenas me lançando um olhar, Dean se virou e saiu do banheiro, batendo a porta quando já do lado de fora. O suspiro frustrado saiu de minha boca e meus olhos se fecharam, apenas sentindo as gotas escorrendo pelo meu corpo. Eu me sentia péssima.

Na manhã seguinte, eu acordei querendo gritar de dor. Minha cabeça latejava a cada leve passo que eu dava e quando cheguei a cozinha, a barulheira que aqueles quatro faziam, me fez querer pegar uma arma e atirar em minha própria cabeça. Sentei numa cadeira ao lado de Sam e fechei meus olhos, debruçando meu corpo sobre a mesa e apoiando minha cabeça em meus braços.

— Você está bem? – Sam perguntou e eu o olhei com os olhos semicerrados e uma carranca. – Acho que isso foi um não. – Ele se respondeu e riu voltando sua atenção ao café, mas me entregando um copo com o liquido preto. – Beba. – Ordenou e eu ri de seu tom de voz, pegando o copo e sentindo o café quente descendo por minha garganta.

Meu pai falava algo sobre um sonho que teve com mamãe, que era mais uma lembrança de quando os dois caçavam juntos. Eu resolvi não prestar atenção, não queria ficar pensando nela ou revivendo lembranças. Até que meu pai disse algo sobre ir com Bobby caçar, para reviver os velhos tempos. Eu arqueei uma sobrancelha para os dois velhos.

— Vão caçar? – Perguntei deixando o copo sobre a mesa.

— Sim. – Papai respondeu sorridente. – Preciso de um pouco de ação em minhas veias, a situação da difícil querida, essa é a realidade. – Ele completou e eu assenti, dando de ombros.

— Vão me deixar aqui sozinha o fim de semana todo?

— Qual é honey, Dean e Sam estarão aqui, você nunca ficaria sozinha.

Revirei os olhos assentindo e enchendo o copo de mais café.

— Tenham cuidado. – Murmurei pegando o copo e me levantando, indo ate a sala.

Sentei no sofá deixando a preguiça me dominar e só voltei para a realidade quando o som da tosse de Dean ecoou pelo cômodo. Olhei para trás vendo que meu pai e Bobby conversavam distraidamente, então voltei minha atenção para o loiro que via televisão.

— Bom dia – ele falou sem me olhar.

— Bom dia – respondi pegando meu celular no bolso do short e checando as mensagens de Pedro.

Levantei-me do sofá e fui para o lado de fora, discando o número do meu melhor amigo e suspirando aliviada ao ouvir sua voz.

Vadia – foi a primeira coisa que ele disse assim que atendeu o telefone.

— Sinto saudades também, machão – ironizei e ouvi sua risada.

Quando vem me ver? Porque foi embora? Não volta mais? O que houve, Ali?

— Pedro as coisas estão... Seriamente complicadas no momento. Estou viajando com meu pai e não paramos num lugar que não seja por uma noite. – Eu mordi meu lábio após falar essas palavras. – Eu quero voltar, eu sinto saudades da nossa monotonia, as coisas estão diferentes. – Minha voz ficou embargada, talvez pela vontade de chorar, a falta que eu sentia de Pedro era enorme, eu só não tinha percebido isso.

Se você chorar eu choro também.

— Choraremos juntos então?

Não. Eu não quero chorar e não quero te ouvir chorando, isso é... Péssimo. Eu prefiro que contemos novidades.

— Você começa.

Estou saindo com alguém. E ela é bem legal e talvez eu esteja gostando mesmo dela.

— Emília Clarke?

Como você adivinhou?

— Sou sua melhor amiga – apoiei-me no capô de um carro qualquer. – E você sempre foi afim dela. – Completei dando de ombros.

Nem sempre.

— Tem razão. O que você irá fazer?

Beijar ela. Beijar muito.

— Isso parece ser bom pra você. – Eu gargalhei com o tom de voz do garoto.

Sabe de uma coisa? – Sua voz soou baixa e chorosa. – Falar de Lia não me ajudou a evitar a vontade de chorar de saudade.

— Então o machão irá chorar?

Não existe essa de machão quando se trata de você, minha princesa. ­– Pela conexão que eu e Pedro sempre tivemos, eu podia senti-lo chorando e isso me fez chorar junto.

— Adoro ouvir isso, meu príncipe. – Eu murmurei fungando e ouvi-lo fazendo o mesmo. Rimos juntos e com isso ouvi um pigarreado atrás de mim. Virei-me fitando o castanho dos olhos de meu pai, que tinha Dean e Sam ao seu lado. – Ei, eu vou ter que desligar. Depois nos falamos.

Mas já?

— Desculpe. Ligo-te depois.

Ok então. Ei, eu te amo, sabe né?

— Eu também de amo, P. – Respondi sorrindo e desliguei a chamada, dando atenção aos três homens em minha frente. – Já vai, pai?

— Sim. – Ele respondeu e me abraçou apertado sob o olhar desconfiado de Dean. – Conversava com Pedro? – Papai perguntou e eu assenti. – Não contou...

— Não. – O cortei partindo o abraço e colocando um sorriso triste no rosto.

— Tudo bem. Vamos aos avisos. – Frank começou e virou-se para os garotos, passando o braço pelos meus ombros e me puxando para perto. – Se algo acontecer com a minha garotinha, eu quebro o pescoço dos dois. Entenderam? – Arregalei meus olhos virando-me para papai e o mesmo sorriu de modo normal, como se não tivesse acabado de ameaçar os Winchesters. Segurei a risada com a careta dos dois rapazes em minha frente.

— Sim, senhor. – Sam e Dean falaram juntos e meu pai assentiu satisfeito.

— Ótimo.

— Precisava ameaçá-los? – Perguntei baixinho indo para próximo ao Camaro com papai.

— Assim é mais divertido. – Ele respondeu no mesmo tom e riu.

[...]

Eu estava no quarto, deitada na cama, lendo um livro sobre exorcismo que havia pegado na sala, e ouvia My Demons da banda Starset que tocava em modo repetição – como eu não havia achado meu fone, a música tocava baixo para não atrapalhar os irmãos no andar de baixo. Fazia uns cinquenta minutos que papai e Bobby haviam saído para caçar e desde que eles se foram, eu entrei para o quarto e comecei a ler. Não me sentia muito a vontade em ficar na sala com Dean, e Sam estava mergulhado em suas pesquisas, como sempre.

Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incursio infernalis adversarii, omnis legio, omnis congregatio et secta diabolica... – Sentia uma energia estranha emanando de mim. Cada palavra dita era como um tiro que não doía. – Ergo, draco maledicte et omnis legio diabolica, adjuramos te... Cessa decipere humanas creaturas... – O que pareceu ser um bocado de livros caindo no andar de baixo tirou minha concentração.

Bufei irritada deixando o livro na cômoda e fitando o diário embaixo do que antes estava em minhas mãos. Porque não? Pensei pegando o diário, a caneta cheia de frufrus e abrindo na primeira página vendo a letra garranchada de Dean: “quando for desabafar não se pense sozinha, se pense comigo. Espero que goste. – D.W.”. Eu sorri involuntariamente e passei de página, achando outra vazia e começando a escrever. Querido diário... Típico. Sorri mais uma vez e continuei a escrever. Cada palavra era como um peso que saía de dentro de mim e que eu deixava sobre as páginas. Eu não sei quanto tempo passei ali, mas a última frase foi escrita no segundo que as batidas na porta ecoaram em meus ouvidos. Escondi o diário embaixo do colchão e levantei da cama, abrindo a porta e sendo surpreendida por Dean.

— O que você quer com a criança aqui, Winchester? – Perguntei arqueando uma sobrancelha e colocando uma mão na cintura enquanto a outra segurava a porta.

— Começamos algo outro dia que não deu para terminar... – Ele começou a falar e mordeu o lábio, o que foi fodidamente sexy. – E agora seu pai não está aqui para atrapalhar. – O loiro completou e deu um passo para frente, ficando bem próximo a mim.

Minha respiração vacilou e meus olhos piscaram, abrindo e mirando certeiramente na boca de Dean. Passei a língua entre meus lábios tentando segurar o desejo louco subindo para meu cérebro e incendiando todo meu corpo, lembrando-me da cena de ontem em minha cama.

— O que você quer de mim?

— De você? Tudo que poder me dar e muito mais. – O Winchester mais velho murmurou.

Sinto meu corpo sendo travado contra o seu quando uma de suas mãos puxou minha cintura. A outra deslizou pelo meu braço, parando delicadamente em minha bochecha, acariciando-a e logo em seguida descendo para minha nuca.

— Pensei que não cuidasse de criança... – Eu murmurei andando em passos lentos para dentro do quarto, sendo acompanhada pelo loiro.

— Eu abro uma exceção para você se prometer se comportar. – Dean falou fechando a porta com um dos pés. – E cuidarei muito bem de você, minha pirralha. – Suas palavras me amoleceram em seus braços e os olhos de Dean se fecharam, me segurando com mais firmeza.

— Sua? – Perguntei fechando meus olhos.

— Minha. – Ele respondeu quebrando os centímetros que nos separavam e me beijando. 


Notas Finais


E então, o que acharam? Um pouco de Pedro e Ali em ligação, vou tentar me aprofundar nessa amizade e também na amizade de Ali e Sam. Esse momento Deanali/Alidean aí no final... O que será que renderá isso? Dean tem que deixar de ser tão bipolar, não concordam? Espero que tenham gostado e comentem, serumaninhos lindos ♥
https://twitter.com/yeahcaptain


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