1. Spirit Fanfics >
  2. Faith (HIATUS) >
  3. Eu vou achar você.

História Faith (HIATUS) - Eu vou achar você.


Escrita por: dickgrayz

Notas do Autor


Hello pessoas, cap novo para vocês! Bom, em relação a Deanali só peço para relaxarem, Dean foi sim muito filho da puta, mas veremos onde isso vai dar, certo? E esse cap não tem participação dos Winchesters, que pena! Mas vai mostrar como a vida da Ali estava indo desde que eles foram embora, blz? O cap não está grandão, porque foi meio que necessário que eu não escrevesse tanto, ok? Espero que gostem.
perdoem os erros.
relax and enjoy.

Capítulo 22 - Eu vou achar você.


Fanfic / Fanfiction Faith (HIATUS) - Eu vou achar você.

Capítulo 22 – Eu vou achar você.
Crowley – Louisiana.
Alison Faith Adams.

Eu havia feito papai alugar dois quartos num motel na cidade.

Eu não tinha ideia de quanto tempo havia que Dean, Sam e Bobby haviam ido embora, mas ainda doía – principalmente quando eu me lembrava do olhar que Dean me mandou e de suas palavras rudes. E é isso que se ganha por dizer a verdade! Eu não queria ver meu pai, não queria conversar com ele – minutos depois do Impala ter sumido de minhas vistas, tive uma conversa esclarecedora com meu pai e ele já sabia de toda verdade, mas nem por isso deixou de ficar com minha mãe. Ele a amava demais para isso, afinal. Tolo! No fim de tudo, foi amor que me trouxe a isso. O amor de minha mãe pelo proibido, o fato de ela ter amado Lúcifer e ter me dado à luz... E hoje estamos todos ferrados. Obrigada mamãe.

— Alison – a voz de Castiel se fez presente, mas eu não me movi da cama. – Eu já estou sabendo de tudo, eu...

— É isso que se ganha por fazer a coisa certa e dizer a verdade, Cas. – Eu murmurei apertando ainda mais o travesseiro. – Está doendo tanto... Eu não sei explicar por que. – As lágrimas voltaram a escorrer de meus olhos e os soluços já saíam de minha boca.

O anjo se senta ao meu lado e sinto seus braços me contornando, puxando-me para um abraço. Foi aí que eu desmoronei e deixei que toda minha tristeza e dor fossem demonstradas através de minhas lágrimas, que escorriam sem parar. Eu chorava alto e me engasgava com o choro. Quando foi que minha vida virou esse inferno? Poderia piorar? Apertei o sobretudo de Castiel, afundando minha cabeça em seu pescoço. Era uma dor inexplicável.

— Eu sinto muito – ele murmurou acariciando meu cabelo.

Ficamos alguns minutos nessa mesma posição – abraçados e eu encharcando sua roupa com minhas lágrimas infinitas. Até que eu não conseguia mais chorar, era como se meu estoque de lágrimas houvesse se esgotado. Então Castiel fez a gentileza de ir até a casa de Bobby e buscar minhas coisas e de papai. Logo quando ele voltou, Hunter saltou de seu colo, pulando em mim.

— Eu vou voltar, só preciso resolver algumas coisas no céu.

— Não se preocupe comigo, Cas.

Num piscar de olhos, e após um sorriso triste, Castiel havia sumido do quarto. Deixei Hunter sobre a cama e fui até minhas coisas, revirando minha mochila em busca da única coisa que poderia me ajudar neste momento, e quando o achei, sentei novamente ao lado do meu cachorro, abrindo em alguma página vazia e escrevendo as primeiras palavras.

Querido diário, ele foi embora...

[...]
Meses depois.
East St. Louis – Illinois.

— Alison, aqui! – Papai gritou e sem esperar muito eu já jogava o facão em sua direção, vendo-o pegar e cortar a cabeça do vampiro que o atacava.

Virei-me para o outro em minha frente, chutando-o para fora do quarto. Deslizei por cima de uma mesa, parando com as pernas envoltas no pescoço do vampiro, que se levantava do chão. Ele bateu na parede, na tentava de me fazer soltá-lo, mas apenas um gemido de dor saiu de minha boca. Girei seu pescoço quebrando-o e pegando o facão que papai jogava para mim, cortando fora sua cabeça e sentindo o sangue respingar em meu rosto.

— Odeio quando isso acontece. – Murmurei limpando o sangue com a barra da jaqueta. – Acabamos? – Perguntei abaixando-me para ficar mais próxima do corpo do vampiro e retirando sua jaqueta para limpar o facão.

— Sim. – Papai respondeu olhando em volta. – Vamos logo.

— Sim, senhor. – Bati continência num modo brincalhão e segui papai até a saída da casa, desviando dos corpos de vampiros que tinham no chão.

Alguns meses haviam se passado desde o incidente que resultou em Dean, Sam e Bobby indo embora. Eu não tive mais contato com nenhum deles. Eu sentia raiva, remorso e acima de tudo, saudade. Uma semana depois que eles foram embora, eu caí na estrada com papai e resolvi que seria bom caçar junto do mais velho, assim eu poderia acalmar minha mente e me distrair de tudo que vinha acontecendo. Todo mês vou para Crowley ver Pedro, o garoto havia ficado bem depois de perder tanto sangue e quase morrer, mas seu maior trauma era saber que tudo que ele mais temia era real. Um mês num psicólogo ajudou-o um pouco.

A guerra no céu havia dado uma esfriada. Castiel ainda estava determinado a acabar com Raphael e se recusava a me dizer como faria isso. Nossa relação havia melhorado bastante, digo, estávamos bem mais próximos. Toda noite ele vinha até meu quarto e me ajudava a dormir – o anjo me acalmava quando eu acordava gritando no meio da noite devido pesadelos. Meus sonhos com Aurora haviam dado uma amenizada, algumas noites tudo que eu via eram momentos bons dela com Deanno e isso me deixava levemente mal. Tudo que eu tinha agora, relacionado a Dean, eram lembranças, assim como Aurora e Deanno.

Papai e eu estávamos mais próximos do que nunca. Ele não gostava de me ver caçando e matando, mas logo se acostumou. Ele talvez não percebesse, mas matar coisas era minha maneira de extravasar a raiva e distrair minha mente. Geralmente, depois de uma caça, nós íamos para um bar beber, então eu dava um perdido nele e ia para algum quarto ou para dentro do carro com algum cara qualquer. Durante o sexo, eu não conseguia me concentrar e quase nunca chegava ao ápice da satisfação. Então eu voltava para o bar, chamava papai e íamos embora da cidade, rumo a outro caso para podermos exterminar mais algumas coisas. Era monótono, mas eu já havia me acostumado e quase nunca reclamava. Acho que a melhor parte do meu dia era quando chegava a noite e às onze e meia em ponto Castiel aparecia no meu quarto. Isso eu com certeza havia me acostumado perfeitamente bem.

— Para onde? – Perguntei para papai, enquanto entrava no carro.

— Em frente. – Ele respondeu ligando o carro e acelerando para longe do lugar.

Antes de voltarmos a cair na estrada, tínhamos que ir para o motel que estávamos para pegar nossas coisas. Observei, pela janela do carro, o sol se pondo e sorri sentindo a brisa gelada batendo em meu rosto. Em questão de cinco minutos já estávamos no motel. Desviei meu olhar da tela do celular, onde eu olhava meu reflexo ajeitando os cachos bagunçados. Eu havia abandonado o liso um tempo depois de começar a caçar com papai e já havia me acostumado com meu cabelo assim.

— Pegue suas coisas, honey.

— Ok.

— Alison? – Papai me chamou parando na porta de seu quarto.

— Sim?

— Eu amo você, querida.

Sorri com suas palavras.

— Eu também amo você, papai. – Respondi, recebendo um sorriso como o meu que eu havia lhe lançado.

Adentramos os quartos – sim, eu havia decidido que merecia um quarto só para mim e então sempre que viajávamos papai pegava um quarto para ele e um somente para mim. Juntei minhas coisas rapidamente e chamei por Hunter, que correu para fora do quarto, entrando no carro que tinha as portas abertas. Ouvi o barulho de algo caindo no chão quando já saía do quarto e girei meus pés fitando o pequeno caderno caído ao lado da cama. Era meu diário. Havia umas duas semanas que eu não escrevia. Todos os dias, desde a ida dos Winchesters e de Bobby, eu escrevia neste diário como vinha sendo minha vida e sim, meus maiores segredos estavam ali. Peguei-o e folheei, parando na primeira página onde continha o recado de Dean. Sentei na cama tentando resistir as lágrimas que já haviam invadido meus olhos.

Um alto barulho me fez arregalar os olhos e socar o diário na mochila, saindo de meu quarto e indo até o de meu pai. A porta estava trancada. Comecei a socar a mesma e gritar o nome de meu pai enquanto os barulhos de tiros podiam ser ouvidos de longe. Então o silêncio reinou por alguns segundos. Concentrei-me na maçaneta da porta e logo a mesma já estava aberta e quando adentrei o quarto, percebi a cama quebrada do outro lado – provavelmente estava impedindo que a porta se abrisse. Rolei meus olhos pelo cômodo e não vi meu pai. Soltei minha mochila indo até o banheiro e paralisando na porta ao ver a cena.

O corpo ensanguentado de meu pai estava caído no chão.

Eu soltei um grito rouco, que não fez som algum. Eu havia perdido a voz diante de tanto terror. Minhas mãos tamparam minha boca e minhas pálpebras se pressionaram uma contra a outra, numa tentativa de acordar, caso aquilo fosse um pesadelo. Porém não era. Eu já engasgava com meu choro e em passos lentos eu me aproximei do corpo de meu pai.

— Papai – eu o chamei colocando seu corpo sobre minhas pernas e o abraçando, sentindo sua pele gelada. – Não, não... Por favor, não. – Eu sussurrei soltando soluço atrás de soluço e apertando cada vez mais seu corpo. – Não me deixa, por favor, volta pra mim, pai, por favor... Eu amo você, eu preciso de você – minha voz saiu mais alta e completamente desesperada.

Senti sua mão apertando a minha fracamente, e olhei em seus olhos, vendo-os sem foco, mas levemente abertos. Eu o apertei mais contra mim.

— Está tudo bem, querida... – Ele sussurrou. – Alison, não se torne a pessoa que você está predestinada a ser. – Seu pedido foi claramente uma ordem, que eu não entendi.

— O que? Pai, eu não...

— Na hora certa. – Papai me interrompeu e tossiu bastante. Sangue escorria da lateral de sua boca e pingava no chão. – Não importa o que digam, não importa se você não tem meu sangue em suas veias, você é minha filha e eu amo você. Você é meu maior orgulho. – Minhas lágrimas aumentaram ao ouvir suas palavras e novamente ele tossiu, mas dessa vez não voltou a falar.

Eu não sentia o chão abaixo de meus pés, havia esquecido como se respirava e por dentro eu estava inteiramente quebrada, dilacerada. Não conseguia parar de chorar, muito menos soltar o corpo de meu pai. A dor dentro de mim era enorme. Meu pai era tudo que havia me restado, era minha única família e agora eu havia o perdido. É a terceira vez que eu sinto essa dor angustiante, infinita e descontrolada – e não foi menor que qualquer uma das outras duas.

Algo gelado atingiu minha cabeça e ao erguê-la, depois da visão voltar ao normal devido às lágrimas que a embaçavam, pude ler claramente o que estava escrito com o sangue de meu pai no teto: Lúcifer quer você.

— Eu vou achar você. E vou matá-lo.


Notas Finais


Então galerinhaaaaaaaaaaa, tio Frank morreu, quem mais aí está de coração partido? O que Ali irá fazer agora? As coisas não ficarão nada legais, isso eu posso dizer. Já tenho vários caps escritos e prontos para serem postados hehe, comentem amores e beijinhos de luz ♥
https://twitter.com/yeahcaptain


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...