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História Faithfully - Capítulo 9


Escrita por: sofiamoonn

Capítulo 11 - Capítulo 9


Fanfic / Fanfiction Faithfully - Capítulo 9

 

– O que você está fazendo? – foi a primeira coisa que ele ouviu depois que os dois cessaram o beijo.

– O que? – ele perguntou um pouco incerto, ainda desconcertado com o beijo.

– Oh meu Deus Manuel! Eu tenho um noivo!

            Foi a última frase que Manuel podia jurar que tinha feito o seu coração pular uma batida. Ela tinha um noivo?

            Os olhos azuis do loiro se arregalaram. Ele não queria acreditar que Nina tinha alguém, ainda mais um noivo, ele sempre imaginou que apenas ele se casaria com ela.

            Mas, então, ele se tocou de que era casado e que não tinha nenhum sentido se sentir magoado por Nina ter noivo. Afinal, há anos estavam separados, a vida continuava, não era?

– Eu... Eu... – ele gaguejou, não sabia o que dizer, seus pensamentos estavam em um turbilhão, estava confuso com a recente informação.

– Manuel, vá embora. – Nina se afastou dele, mas o loiro não se moveu – Manuel! – ela o chamou ainda mais nervosa.

            Ele a olhou, estava confuso. Ela também o tinha beijado, não tinha forçado nada, muito pelo contrário, apesar de ter agido por impulso, ele esperou que ela tomasse o primeiro passo, que ela retribuísse... Ele jamais faria algo contra a vontade dela.

– Vá embora! – ela repetiu, dessa vez ainda mais nervosa. –  Manuel! – ela chamou novamente e ele pareceu acordar do transe.

            Ele a encarou por um momento, pensou em dizer algo, mas Nina o encarava com raiva. Diante disso, ele suspirou e saiu do apartamento sem olhar novamente para a morena.

 

-x-

 

            Ele não tinha a visto mais, apesar do tanto que gostaria de vê-la. Ela não esperava mais os alunos irem embora na frente da escola, não retornava as mensagens dele... Era como se novamente ela não estivesse mais na vida dele, como se a aproximação que tiveram nos últimos dias não tivesse existido. Mas ele tinha cada segundo guardado em sua memória e ele sabia que tudo  tinha sido real, apesar de ter sido tão bom que pudesse ser fruto de um sonho de Manuel Neuer.

            Ele precisava vê-la. Passou tantos anos sem ter contato com ela, que não aceitaria facilmente esse distanciamento.

            O loiro tinha noção que o que tinham feito era errado.  Ele sabia disso. Tinha sido um deslize. Mas, para ele, isso não era justificativa para que não a visse mais. Deus, como ele não suportava a ideia de não a ver mais.

            Todos os sentimentos que nutria por Nina tinham ficado trancafiados por anos a fio, mas agora, com o retorno da morena em sua vida, tudo tinha retornado, mais forte de que outrora.

            Ele aceitaria qualquer imposição que ela propusesse, não ligava em ser apenas o seu amigo pelo resto da vida, mas só precisava tê-la de volta.

            Zapeou os canais da televisão sem realmente ver o que passava. Seu pensamento estava longe, seu corpo estava ali naquela cama, mas sua alma estava onde Nina estivesse.

            Sentiu um peso sob as suas pernas, o que fez encarar Doutzen que tinha se sentado ali, de frente para ele. Ela passou os braços em volta do pescoço do marido.

– Estou com saudades. – ela sussurrou no ouvido do esposo – Já faz muito tempo...

            As coisas não andavam bem entre eles, somado ao distanciamento de Manuel nos últimos dias, só piorou. Mas lá estava Doutzen, como uma perfeita esposa que era. Estava disposta a passar por cima de seu orgulho pelo bem de seu casamento, algo que Manuel não era tão disposto a fazer.

            Ela beijou o pescoço do loiro e suavemente passeou as mãos pelos ombros dele até chegar no peito e depois na barriga, ela esperava que assim algo se acendesse dentro do marido.

– Você não está com saudades? – ela murmurou contra os lábios dele.

            Ele ficou sem respostas. Sequer tinha pensado em sexo com os últimos acontecimentos. Muito menos em sexo com sua esposa, a qual ele tinha traído a poucos dias com sua ex-namorada. Então não, ele não tinha pensado em sexo com Doutzen.

– Claro. – ele mentiu, não queria magoa-la. Ele já se sentia culpado por não a amar como merecia, não poderia magoá-la e dizer que não tinha nenhuma vontade de transar com ela.

            Ela sorriu satisfeita e em seguida beijou os lábios de Manuel, esperando que ele retribuísse e assim ele o fez.

            Os toques de Doutzen ficavam cada vez mais ousados e por consequência, gradativamente os pensamentos de Manuel se enchiam de lembranças de Nina.

            Ele se recordava dos momentos que tiveram. De como era bom o sexo com ela, mas não era apenas sexo, era algo a mais, além do físico, uma experiência que ele jamais teve igual com outra pessoa.

            O loiro se arrepiava em se lembrar de quando chegavam no ápice e que em seguia se deitavam um do lado do outro e sorriam e se abraçavam e por vezes se amavam novamente.

            Ele gemeu. Gemeu porque se lembrava e em seguida deitou Doutzen na cama, mas ali não era Doutzen, era Nina, era a jovem Nina de 20 anos o encarando com desejo e pedindo por mais, pedindo que ele desse o que ela queria, que a completasse, que a amasse do jeito que só ele sabia dizer.

            Ele sentiu unhas arranharem suas costas e isso só o animou mais. Ele tirou as vestes daquela que estava embaixo dele, em troca ela fez o mesmo com as roupas dele.

            Ele gemeu novamente quando teve seus cabelos puxados para que se aproximasse para um beijo. Então se beijaram. Com luxúria. Com desejo.

            Nina estava cada vez mais na sua cabeça. Ela o intoxicava.

            As últimas peças foram tiradas. E Manuel se afundou no corpo quente e macio. Ele escutava ao longe gemidos e ele gemia junto, mais e mais.

            Os movimentos estavam cada vez mais rápidos e ele sentia o ápice se aproximar. Os braços se apertaram com força em volta dele e agora ele sabia que podia chegar lá e ele chegou e gemeu longamente.

– Oh Nina. – ele dizia entre sussurros – Oh Nina, eu te amo tanto. - sem perceber ele dizia, só parou quando sentiu um tapa forte em sua face e logo seguida o local se esquentar.

 

-x-

 

            Ela o empurrou com força para que tirá-lo de cima dela. A loira possuía uma coloração avermelhada no rosto tamanha era sua raiva. Doutzen se levantou da cama e apontou o dedo para o marido.

– O que você disse?! – ela perguntou com raiva, claramente tentava se controlar para não pular no pescoço de Manuel.

– Eu não disse nada. – ele mentiu descaradamente, o que enfureceu ainda mais a loia. Em seguida ele assistiu ela alcançar o primeiro objeto que viu, um relógio que ficava na cabeceira da cama.

– Mentiroso! -  ela gritou e jogou o objeto em Manuel, que por muito pouco não o atingiu – Você é um porco mentiroso! Quem é essa vadia?

            Ele engoliu em seco, sem ver uma saída para a situação. Por fim resolver se levantar, ir até a esposa, talvez assim conseguisse acalmá-la.

– Doutzen, se acalma. – ele murmurou, tentou segurar a mão dela, mas ao tentar isso recebeu um tapa da loira.

– Me acalmar? Você só pode estar brincando! Você diz o nome de outra enquanto estamos transando e quer que eu me acalme?! – ela sibilou – Vou perguntar novamente. Quem é essa vadia? Ela é a outra?

– Não tem outra, Doutzen. – ele tentou dizer no tom mais calmo possível, na tentativa que isso acalmasse a esposa, mas sabia que não teria sucesso nisso.

– Eu quero te matar Manuel! – ela gritou irada – Você não tem nenhum respeito por mim!

– É claro que eu tenho! Doutzen, querida, eu não tenho ninguém além de você! Eu juro! – e aquilo era verdade, além da esposa ele não tinha ninguém, não tinha nada com Nina, ela mesma tinha se certificado de manter-se distante dele.

– Então me diga quem é Nina?! – ela gritou e assistiu o marido coçar a cabeça. O que ele diria?

– Ninguém. Eu juro!

            A loira olhou para ele com desprezo.

– É melhor você sair desse quarto agora, ou eu não respondo por meus atos. – ela sibilou para ele.

– Querida, eu... – ele queria se desculpar, mas ela o interrompeu.

– Se não for para me dizer quem é essa vadia eu não quero ouvir nada. – foi categórica – Saía daqui! – no fim ela não se conteve, gritou para o marido.     

            No momento ela o odiava. Se sentia uma completa idiota por sempre ter feito de tudo para darem certo, mesmo que estivesse claro que Manuel não fazia esforço algum para as coisas funcionarem.

            O loiro acenou com a cabeça, apenas catou suas roupas jogadas no chão e saiu do quarto.

            Quando ficou sozinha ela se permitiu chorar. Abafou os seus gritos no travesseiro e praguejou como nunca tinha feito antes.

            Ela odiava a mulher que tinha se tornada. A mulher que dependia do marido, que cuidava da casa e do filho. Ela não tinha nada contra quem fazia o mesmo que ela, mas ela tinha a clara noção que não era o seu sonho ter a vida que tinha. Não gostava de depender de alguém, de dar satisfações.... Sentia-se presa.

            Mas tudo aquilo veio naturalmente, um dia ela tinha ficado grávida. Então quando ela e Manuel contaram para seus pais os mesmos ficaram enchendo sobre como eles deveriam se casar urgentemente. Então poucos meses depois eles casaram-se, passaram a viver juntos após um namoro de apenas alguns meses, era difícil, mas estavam dispostos a tentar pelo bebê à caminho.

            Quando Erik chegou Doutzen foi adiando seu retorno ao trabalho, cada vez mais tinha a sensação que o garoto precisava mais dela, mas, na verdade, era o contrário, quanto mais ela se apegava ao menino mais ficava difícil deixá-lo para poder trabalhar.

            Então, tinha sido assim, Doutzen sequer tinha pensando em largar o trabalho, mas ainda assim o fez, por Erik. Mas agora via como tinha sido errada, ela devia ter voltado, ter tomado as rédeas de sua vida, talvez agora não estivesse tendo um surto e se sentindo uma completa idiota por ter abandonado as coisas que amava por causa de um canalha.

            Manuel não a amava de verdade e ela sabia disso, sempre soube. Ele nunca a olhou com amor.... Talvez um dia tivesse a olhado com paixão, mas isso tinha sido há muito tempo atrás, antes mesmo de Erik nascer. E paixão é algo completamente diferente de amor. Ela pensou que pudesse fazer que ele a amasse, mas, agora, via como tinha sido inocente em pensar isso. Por alguma razão que lhe era desconhecida, Manuel era incapaz de amá-la.

            Mas no presente momento ela não ligava para isso, se sentia tão patética que jurou que faria de tudo para que Manuel se arrependesse de tudo. Ele iria pagar caro por tê-la feito de idiota. Não iria continuar tentando ser a esposa perfeita, que perdoava tudo que o marido fazia.... Agora ela se certificaria que Manuel tivesse certeza como uma convivência com uma esposa brava podia ser difícil.

            Após se acalmar do choro ela voltou a pensar com mais clareza e apenas um nome rodeava a sua mente: Nina. Quem seria ela? A loira não fazia ideia, Manuel não tinha amigas, fora uma mulher que Doutzen odiava chamada Mia.

            Mia era uma amiga de infância de Manuel, uma mulher que ela não suportava, que sempre a tratava com desrespeito, sempre deixando claro que ela não era boa suficiente para ser esposa dele. Apesar de odiar Mia, ela sabia que ela e Manuel jamais teriam algum envolvimento, até porque, ela tinha um namorado, que até era suportável, fazendo que Doutzen se perguntasse como Mia fora capaz de arranjar alguém que a aturasse.

            Ela pensou com mais afinco, fora o casal, Manuel só mantinha contato com a sua família e alguns colegas do clube. Será que no tempo que ele tratou a lesão ele arrumou alguém? Talvez em certas vezes ele se aproveitava da desculpa do tratamento para ter tais encontros.

            Naquele ponto Doutzen já tinha criado toda uma imagem para a tal Nina, talvez uma figura mais cheia de curvas, com mais seio e bunda, cabelos compridos e volumosos.... Um mulherão, já que, para ela, seria mais lógico o marido procurar na rua algo diferente do que ele tinha em casa. Era totalmente machista e absurdo pensar que um homem usaria isso como desculpa, mas ela se sentia como uma mulher traída, não tinha como evitar tais pensamentos.

            Então, ela pensou em algo, rapidamente tirou a cabeça do travesseiro e pulou para fora da cama, parando em frente a cômoda onde sabia que, quando o marido estava em casa, ele guardava o celular em uma das gavetas.

            Ela respirou fundo tentando se acalmar, pois sabia que, assim que conseguisse coragem para abrir a gaveta, ela encontraria o aparelho e com ele viria a verdade. A verdade que ela almejava, mas que também temia.

            Precisou respirar mais algumas vezes antes que, lentamente, abrisse a gaveta.

 


Notas Finais


Oiii, demorei, peço desculpas, estou com mil coisas, mas vou sempre tentar manter as atualizações uma vez por semana...
Espero que tenham gostado, me contem as suas opiniões :D
Ah, lembrando que tenho um grupo no whatsapp, quem quiser entrar é só me mandar o número...
Grupo do Facebook: https://www.facebook.com/groups/1488944141323557/

Beijos e um ótimo final de semana!!


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