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História Faithfully - Trégua


Escrita por: Kalish

Notas do Autor


último de hoje!!!!!!!

Capítulo 8 - Trégua


Chegamos no aeroporto, a viagem acalmou meus nervos, o Uchiha conseguia me deixar a flor da pele, em todos os sentidos. Eu já havia me rendido a minha fase de apaixonada, o melhor a se fazer é admitir e esperar, uma hora ou outra essa coisa que eu sentia quando ele me encarava e discutíamos ia passar. Nunca pensei que fosse me apaixonar por um estupido, mas tudo na vida tem sua primeira vez é só esperar que isso passa. Olha você de novo Sakura Haruno pensando no traste. Foco.

Duas vans esperavam a gente, todos estavam pegando suas malas e fazendo check out.

-Sakura, há uma locadora no piso inferior, preciso de um carro para a semana inteira.

-Sim, vou providenciar Uchiha. -Ou ele estava em meus sonhos me amando, ou nos meus reais pesadelos me fazendo de escrava. 

Cheguei em frente ao aeroporto e pra minha surpresa recebi a notícia de que as vans já haviam partido para o hotel. Minha vontade era pegar essa bosta de cartão e alugar um carro pra mim, mas infelizmente aos vinte anos eu ainda não sabia dirigir.                

Soltei um longo suspiro tentando reaver a minha paciência, comecei a procurar os papeis do hotel em minha bolsa. De relance vi um carro parando em minha frente.

-Bela escolha Haruno, Acho que está começando a acompanhar meu raciocínio.

-Era só o que me faltava, Uchiha. - Ele estava abrindo a porta de trás do Mercedes, o carro mais caro que encontrei na locadora para aquele exibido.

-Vamos eu te levo. - Falou já pegando minhas malas. Fiquei parada vendo aquela cena e em seguida abriu a porta do passageiro. - Vai entrar?

-O que você tem Uchiha? - Falei entrando no carro. Ele fechou a  porta e entrou do lado do motorista.

-Nada, só estou tentando deixar a viagem mais agradável.

-Hm. Como se alguma coisa ao seu lado fosse agradável.

-Começamos mal a nossa relação. Estou tentando mudar isso, então não torne as coisas mais difíceis.

-Relação? -Minhas mãos estavam quentes e minhas pernas bambas, se eu não estivesse sentada estaria no chão com toda certeza.

-Sim, pelo bem da empresa e do juízo dos meus pais temos que colaborar.   

-Hm. - Foi só o que consegui responder, ele estava diferente, me  deixava ainda mais nervosa.

Notei suas mãos agarradas ao volante, percebi que dirigir o tranquilizava. Seu rosto tinha uma expressão serena, meu coração estava acelerado e ele me olhou de soslaio, como se pudesse ouvir meus batimentos.

Sasuke mantinha aquela postura porque era preciso, ele tinha que ser o chefão tirano, pois ele tinha a mesma idade que os outros ou até mais novo que muitos na companhia, mas teve que crescer, amadurecer, bem mais cedo. E lá estava ele com seus vinte e cinco anos, afrente da empresa mais importante fundada pelo pai, herdeiro de toda a fortuna dos Uchiha com tanto trabalho a fazer. Por um momento me coloquei em seu lugar e só consegui sentir uma coisa: Solidão.

Mas ele tinha tudo que desejava, podia ter a mulher que quisesse. Certo que bens materiais não trás felicidade, mas ajuda bastante.

Talvez eu só estivesse procurando algum motivo para entender o porque dele me tratar daquela forma. Se bem que o podia classificar como bipolar, uma hora era rude e arrogante outrora era quase que gentil e preocupado. Depois a louca sou eu. Decidi parar de tentar decifrar os mistérios por trás daqueles olhos negros, tinha que me concentrar no meu trabalho.

Voltei meu olhar pra frente o que não adiantou muito, meus pensamentos insistiam em pairar sob o homem ao meu lado, andávamos por uma avenida a beira-mar o carro ia em alta velocidade.

Fiquei pensando em como era dificil ter que manter uma postura assim tão séria perto dos outros, a única pessoa que Sasuke abriu espaço em sua vida foi Naruto. O silêncio me fazia ter mais devaneios.

-Sasuke?

-Diga.

-Porque...você não ainda não me demitiu?

-No momento não tenho escolha. - Ele me olhou rapidamente.

-Então me mantém na empresa somente pelo seu pai? - A frase foi quase um sussurro.

-Você não é tão burra, então sabe que mesmo eu sendo o diretor e herdeiro, meu pai não permitiria sua demissão.

-Bem antes do seu pai nós já tínhamos problemas. Podia ter feito antes mesmo dele me conhecer.

-Tem muitas coisas sobre mim que nem eu mesmo entendo, uma dessas coisas é você. Você pode ser mimada e me pirraçar, mas foi a única funcionária  que tive que não acatava minhas ordens sem me questionar se seria o melhor a fazer,  e também não tentou se aproveitar da minha...posição social. - Eu o olhava atentamente enquanto ele falava sem tirar os olhos do caminho que fazíamos. - Você me intriga e me assusta Sakura, ao mesmo tempo que quero você longe sei que é uma das poucas pessoas que se preocupam com o que acontece de verdade na companhia. Talvez meu pai esteja certo sobre tudo que ele vê em você. Tudo o que falta em mim.

Quando ele terminou a frase o carro já estava parado na porta do hotel. Ele sem me olhar saiu do carro, entregando as chaves para o senhor que aguardava na calçada.

-Senhor Uchiha, que prazer recebe-lo novamente! - A recepcionista tinha um brilho nos olhos ao falar com Sasuke.

-Olá Norah. - Sasuke sorriu, espera foi isso mesmo que eu vi, ele sorriu?

-Seu amigo já chegou com o resto do pessoal e estão na área de lazer, eu faço seu check in não se incomode pode começar a aproveitar nossa cidade. -Ela piscou pra ele, sério que ela também era uma das peguetes dele? A recepcionista do hotel.

-Obrigada, mas hoje temos uma hóspede nova. Sakura. - A voz de Sasuke ecoou ao pronunciar meu nome me tirando dos meus devaneios, amor platônico é mesmo uma doença muito séria, eu já havia matado aquela recepcionista de três formas em minha cabeça. Eles estavam me olhando.

-Sim?!

-Seu documento de identificação por favor senhorita. - Norah sorria.

Enquanto ela ia preenchendo algo em seu computador conversava com Sasuke, me virei para olhar a saida do Hotel que dava de frente com uma praia linda. Ela entregou as chaves e meu documento para ele, melhor assim senão iria acabar colocando um dos meus planos de homicídio em prática.  

Apesar de ser luxuoso o hotel não era muito grande. Andamos em direção ao elevador, último andar. Sasuke me entregou a chave do quarto e me avisou que logo chegariam com as minhas malas. 

Fui até a porta que tinha o número 603 em seu topo. Olhei para o final do corredor e lá estava ele, com a luz do sol batendo contra sua pele. Vizinhos. A imagem me deixou imovel até o momento em que ele desapareceu pela porta.

Entrei no quarto, era tão grande que poderia jurar ser maior que meu  apartamento. A porta dava logo para uma sala com estofados e uma  enorme televisão. Tinha uma cama num local mais elevado do quarto, enorme por sinal. Uma porta ao lado da cama estava coberta pela cortina de cor clara, dava acesso a sacada. Escutei algumas vozes vindo lá de baixo, provavelmente os meus amigos estavam na piscina. Eu estava  cansada demais para descer e deitei.



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