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História Fake - 20. Antigos Sentimentos


Escrita por: porquINO

Notas do Autor


Sim, eu demorei muito e agora com a tristeza de como devo ter ido mal no enem me motivei a escrever pra vocês.

Espero que gostem, vou responder os comentários amanhã lindinhes e obrigada por tudo

Capítulo 20 - 20. Antigos Sentimentos


Fanfic / Fanfiction Fake - 20. Antigos Sentimentos


Tentem Mitsashi POV'S 




Encostei minha cabeça em seu ombro a quase não me aguentando em ver Lee tentando ligar o carro.



— TENTEN! Que maldade, como se liga esse treco? 



— Lee, não é um treco, é o Steven. Por isso não está ligando. 


—  O truque, Lee, é beijar o volante três vezes e pedir para ser abençoado pelos deuses do carro. — Respondeu Neji e eu só consegui rir ainda mais ao ver Lee realmente tentando.



Nós estávamos em frente a academia, com o Lee dentro do Steven e o Neji ao meu lado. Suados, provavelmente fedidos, mas juntos e felizes. 



Quase como nos velhos tempos. 



— Eu desisto, vou andando. — Se emburrou, abrindo a porta do motorista e saindo. 



—  Saiba decisão, deixa que a mamãe aqui assume. — Me desencosto de Neji caminhando até Lee e entrando no carro. Aliso o volante girando a chave e mostrando como realmente se faz. — Viu? Simples. 



— Eu estava quase conseguindo. 



— Quase conseguindo fazer o carro ligar por pena de você? Realmente. — Lee cruzou os braços emburrado com o comentário do Hyuuga que deu a volta entrando no banco da frente. 



— Não liga pra ele, Lee, eu acredito na sua capacidade. — Sorrio recebendo um sorriso de volta do querido Rock que entrou no banco traseiro e eu pude finalmente sair com o carro assim que coloquei o cinto. — Quais os planos para o final de semana?



— Jogo de beisebol, hoje a tarde, já tenho nossos ingressos e não aceito não. 


— Hoje? — Pelo espelho vi Lee olhar para Neji que franziu o cenho. 


— É. 


— Não posso. 


— Por que? 


— Vou sair com… alguém. 


— O cara da musculação!? — Arregalei os olhos surpresa. Já tinha visto várias vezes os olhos de Lee rolando pra direção dele.


— TENTEN!


— Quem? 


— Ninguém, Neji, Tenten é maluca. — Tinha certeza que mesmo fora da minha visão que ele estava cruzando os braços e bem vermelho. 



Senti Neji encostar a mão em minha coxa e olhei para sua direção. Em seu rosto, havia um sorrisinho perverso acompanhado do olhar "Me conte isso depois" que sempre aparecia na Hinata. 


Sorri, voltando a olhar para pista. 



— Pode deixar, Lee, se divirta. — Desejei ao estacionar em frente ao sobradinho que ele morava. Ele agradeceu beijando meu rosto e saiu do carro. Olhei para o moreno — E então? 



— Você vai no jogo comigo. 


— Isso não me soa como um convite. 


— Não é um. — Gargalhei. Então minha companhia não servia de muito coisa. 



Arranquei com o carro dessa vez em direção a casa do rapaz enquanto um silêncio confortável se instalava entre nós. Confortável só para mim, aparentemente, já que Neji em segundos tratou de tentar ligar o rádio do Steven. 


— Não acredito que o rádio funciona mesmo. — Sorri dando um tapa em seu braço. 


— Você é igualzinho a Hinata, adora ficar implicando com o meu carro. 


— Talvez seja porque é verdade. 


— Ou talvez um mal Hyuuga. — Rebati ouvindo o baixo som da sua risada. Ele não tinha muito o costume de rir, eu me lembrava disso e quando acontecia era em raros momentos. 


Estacionei o carro em frente sua casa e olhei para ele, recebendo um sorriso. 


— Valeu a carona, Ten e Steven. — Se aproximou beijando meu rosto e então abriu a porta para sair. O segui com os olho  e já próximo a sua porta ouvi-o dizer "Até mais tarde". 



Voltei a ligar o carro desta vez indo em direção a minha casa que felizmente não era muito longe. 


Ao entrar em casa, peguei o celular em mãos digitando uma mensagem de bom dia para a Hinata. 


Em outra situação, eu iria a sua casa, mas depois da academia estava cansada demais e ainda teria que sair mais tarde. O intuito da mensagem era não deixar que parecesse que eu estava deixando-a de lado agora que havia voltado minha amizade com o seu primo. 


Ela me respondeu com um "bom dia" com inicial minúscula, sem acréscimo de letras para demonstrar animação e eu logo franzi os cenhos. 


    Aconteceu alguma coisa? Você está bem? 

  11:23



Eu sabia que tinha acontecido algo no momento que recebi sua mensagem depois do almoço informando que ela tinha ido pra casa e eu não havia visto Naruto o resto do dia. 


Eu chutaria que eles haviam passado o dia juntos, mas pela cara de Sakura, algo mais grave tinha acontecido com o garoto e parecia ter dedo de Hinata nisso. 



Hina: 


Aconteceu, e eu nem sei como devo começar a contornar essa situação 

  11:23


Eu disse umas coisas não muito legais para o Naruto…

11:23


Sabe, meio intrometida

11:24


Eu e minha mania ridícula de me meter onde não sou chamada 

11:24


Mas dessa vez eu realmente peguei pesado, Ten

11:24


Suspirei, tinha muita informação faltando, mas se ela não queria dizer, eu não podia simplesmente me meter. Apesar que não tinha muito o que fazer, porque eu nem entendia o que estava acontecendo. 


Olha, Hina 

11:25


Eu não sei bem o que tem acontecido entre vocês e muito menos o que você disse 

11:25


Mas o óbvio a se fazer é você falar com ele, sabe, mas dar um tempo pra ele pensar, esfriar a cabeça com seja lá o que você disse 

11:26 


O Naruto parece ser um cara compreensivo e ele já descontou em você antes, então se você conversar direitinho, ele vai te entender 

11:27


Igual você entendeu ele 

11:27 


Mas não se preocupa tanto com isso, aproveita seu final de semana viu 

11:27 



Me sentei no sofá, colocando as pernas na mesa de centro e aguardando que ela visualizasse a mensagem. Eu não sabia realmente o que dizer. 


Vegetei durante um tempo até ver sua resposta


Hina:


Vou fazer isso, obrigada, Ten. 


E um emoji de coração vermelho. Sorri. A mesma Hinatinha de sempre. 


Deixei o celular no sofá me levantando e subindo para o quarto onde tomei um longo banho e lavei os cabelos. Ao sair, vesti algo bem confortável e já deixei meu boné de beisebol separado junto com a camiseta que mais tarde eu iria usar. 


Antes que batesse a preguiça, sequei meus cabelos com o secador e deitei sobre a cama me deixando navegar nos pensamentos. 


Havia passado tão rápido esses dois meses de aula que eu sequer havia percebido. Minhas novas amizades, a volta das antigas e o aprofundamento do meu curso na área que eu tinha escolhido. 


Ao pensar em faculdade, não pude deixar de fazer uma careta de dor. Quando eu havia pensado em fazer medicina, hein? Eu só podia estar louca da cabeça ao seguir os conselhos das outras pessoas. O curso não tinha nada a ver comigo e eu estava começando a pegar raiva dos professores. 


Não que fosse ruim, eram ótimos professores, mas eu, em particular, não sentia a magia de Sakura em fazer perguntas na sala de aula ou a de Ino ao contar algo novo sobre cirurgias plásticas. Simplesmente não era pra mim. 


Antes que eu percebesse, cai profundamente no sono e acordei com a minha porta se abrindo. 


— Celular tocando, filhota. — Minha mãe jogou-o nas minhas mãos e eu meio sonolenta atendi.


— É a sexta vez que te ligo, garota, onde você estava? 


— Neji? Hm, dormindo. 


— É, Tenten, falta meia hora para o jogo. — MENTIRA! Eu sequer tinha almoçado. Olhei as horas no meu relógio digital na parede e pulei da cama. Ao menos banho eu havia tomado. 


— Fica aí fora, já estou chegando. 


Desliguei o celular abrindo meu guarda roupa e pegando um short jeans claro, um par de meias e uma jaqueta jeans. Vesti depressa a roupa calçando meu par de all star brancos e  colocando o boné em minha cabeça. Passei a mão no cabelo sentindo alguns nós e notando que ele estava mais ondulado e amassado que o normal, mas era o que tínhamos para hoje. Escovei os dentes e corri para fora de casa. 



A viagem até a casa de Neji foi rápida e eu mal olhei para seu rosto quando entrou no carro, somente pisei no acelerador e fui direto ao estádio. Ao estarmos estacionados faltando dez minutos para começar, eu finalmente olhei para ele. 


Neji tinha os cabelos longos soltos, o boné igual o meu na cabeça e a camiseta do nosso time de beisebol no corpo. A pele branca parecia macia e os olhos claros tinha aquela seriedade que eu jamais havia visto nós de Hina. 


Me ouvi suspirar assim que sua mãos mãos tocaram meu rosto tentando retirar alguns coisa dele.


— Seu rosto tá todo amassado. 


— Obrigada, é gentileza sua. — Revirei os olhos abrindo a minha porta e saindo do carro acompanhada do Hyuuga. 


— Se abaixar o boné ninguém vai perceber. — Disse assim que se aproximou abaixando a aba do meu boné. Empurro sua mão. 


— Sai, Neji! — Parecia que ele tinha tirado o dia para implicar comigo, maravilha. 



Entramos no estádio procurando rapidamente nos lugares e sentando, o jogo estava prestes a começar. 


— Acha que eles vão perder? 


— Duvido muito, durante a temporada inteira eles vieram ganhando contra os times que tem o mesmo esquema de jogo que o adversário. — Respondeu e balancei a cabeça. 


— Mas existe chance, então? 


— Torcendo pro adversário, Tenten? 


— Cala a boca, lógico que não. — Rolei os olhos — Só testando se sua fé no nosso time é maior que no meu Steven. 


— E precisa testar? Não coloco fé alguma  no carro, garota. 


— Você vai voltar a pé, então. — Mostrei a língua e antes que ele abrisse a boca para me responder, coloquei o indicador em meus lábios indicando para que ele fizesse silêncio. 


A partida ia começar.


Cruzei as pernas ansiosa com a primeira marcação e antes que eu percebesse ela partiu do meu time. O lado da minha torcida foi a loucura e eu participei soltando alguns gritos antes de voltar a prestar atenção. 


Foi bem no finalzinho da partida que senti fome e já tratei de avisar para o Hyuuga que após o jogo, passaríamos em algum lugar para comer e ele concordou. 


Com uma enorme vantagem, meu time saiu vencedor e diversos abraços de comemoração foram distribuídos entre os desconhecidos e meu acompanhante que apesar de feliz, tinha uma careta no rosto por toda a urina que estava perdendo durante o jogo. O acompanhei até o banheiro masculino, esperando do lado de fora até notar uma garota loira se aproximar de mim.


— Oi, tudo bem? — Franzi as sobrancelhas mas esbocei um meio sorriso. Ela era muito bonita, apesar de parecer um pouco intimidada. — Posso te fazer uma pergunta indiscreta? 


— Oi, pode sim. O que é? 


— Você e aquele garoto de cabelo preto… São namorados? 


— O que? Não, não, somos só Amigos. — Fiz uma careta. Sempre sai com o Lee e ninguém nunca achou que fossemos namorados. Por quê isso agora? Pela sua expressão, ela não parecia acreditar muito no "só amigos" — Mas só amigos, amigos mesmo. De verdade, sem segundas intenções. 



— Tem certeza? — Confirmei com a cabeça. Era certeza absoluta. Ela me estendeu um papel e eu peguei olhando-a. — É o meu número, se não for muito incômodo, entrega pra ele por favor. Obrigada! — E saiu rapidamente saltitando.



Eu quis rir por fora, mas achei que seria estranho demais, então somente sorri. Quem podia culpá-lo? Neji era lindo, de verdade, é claro que as pessoas se encantavam. 


Senti meu peito se aquecer a lembrar de anos atrás, quando Neji foi minha primeira paixão, extremamente platônica que eu já havia superado, mas ele havia sido. 


E por algum motivo desconhecido quando Neji saiu do banheiro com aquele semblante sério e sereno me perguntando o motivo do meu sorriso eu só balancei a cabeça enfiando o papelzinho no bolso do meu short. 


Eu sei que planejava ajudá-la antes, mas agora, eu simplesmente não conseguiria. 




••• 


P.O.V. Hinata Hyuuga 



Eu sabia que o relógio já marcava mais que as cinco da madrugada, mas mesmo assim eu não conseguia de jeito nenhum pregar os olhos. Talvez a culpa fosse da tarde de domingo que dormi inteira e agora não conseguia mais agarrar no sono, quem sabe, mas esse foi o principal motivo de eu pegar o notebook e colocá-lo em meu colo me ajeitando no travesseiros. 


A primeira coisa que apareceu na tela do computador foi minha caixa de e-mail aberta, com o último e-mail que eu havia enviado para o Sr. Namikaze. Se eu o informei que tinha sido chamada de "metida a jornalista" pelo filho dele? Não. Se eu o magoei também? Mas é claro que não. Foi um relatório simples, superficial, mas o melhor que eu podia fazer sem deixar de ser neutra.


Eu ainda não sabia como falar com Naruto, mas eu sabia que estava metida em mais uma das minhas mentiras que eu simplesmente não podia sair contando a verdade. 


Fechei a aba do gmail abrindo em seguida o google e antes que percebesse meus dedos digitaram "Naruto Uzumaki Namikaze". As primeiras coisas que aparecem foram fotos dele em todas sorrindo lindamente  com a família, uma ou outra aparecia também Sasuke ou Sakura junto com ele. Mas as imagens não me interessavam. 


Cliquei em notícia e esta página estava mais cheio do que eu desejava. Desci a aba notando a quantidade de acessos e clique na que continha mais visualizações e nem sequer li o título da matéria partindo diretamente para o conteúdo. 



"Na noite do 12 de agosto de 2018, aproximadamente às onze horas da noite, o herdeiro da editora Kaze, Naruto Uzumaki, foi visto na delegacia central da cidade com as roupas e punhos manchados de sangue." 



Interrompi minha leitura. Eu jurava que fazia mais tempo, mas havia acabado de completar seis meses o que seja lá o que tenha acontecido com Naruto. 


O que mais me surpreendia, era se  a matéria estava exagerando nas informações ou não. 



Desci mais um pouco, após este pequeno trecho, havia uma imagem distante, de um rapaz loiro sentado em uma cadeira com os cotovelos apoiado nos joelhos e o rosto enterrado nas mãos que apesar de não ser tão visíveis, estavam sujas de sangue. E aquele era o  Naruto, o mesmo garoto que não bebe, vive sorrindo e corou na minha frente ao me pedir desculpas.


O som do meu despertador tocando me assustou. Já era seis e dez. 


Fechei a aba e o notebook deixando-o de lado. 


Eu não terminaria ler, eu não tinha o direito de ir tão longe assim por uma coisa que não me pertencia e agora eu entendia o motivo de Naruto ter agido como agiu. 



Me levantei, tomei banho vestindo uma  calça preta, blusa cinza e coloquei um simples arco preto de ferro preto no cabelo ajeitando minha franja. As olheiras estavam grandes e bem destacadas no meu rosto, por isso rapidamente tratei de cobri-las com corretivo e aplicar uma fina camada de pó antes de sair do quarto. 


Deixei o café de Hana preparado, o de papai e tomei o meu logo em seguida subindo para acordar minha irmã, que com uma careta de ódio gigantesca, se levantou rapidamente. 


Sai de casa faltando vinte minutos para as aulas começarem e precisaria esperar mais um pouquinho até Tenten aparecer com o Steven. 


— Bom dia. 


— Quem tirou seu sono? — Me perguntou assim que entrei no carro e comecei a colocar o cinto. Tenten não deixava uma escapar mesmo. 


— Algumas coisas. — Murmurei. Eu sentia vontade de comentar com Tenten, mas não me parecia certo. Eu não queria que uma má imagem de mim fosse passada e eu jamais poderia contar sem antes dizer tudo o que eu sabia de Naruto. Que não era muito. — Como foi seu final de semana? 


— Bom, fui ao jogo de baseball com o seu primo. — Arqueei uma sobrancelha. Eu ficava bastante feliz pela amizade deles de volta, mas eu sentia que Tenten estava forçando a mesma convivência de quando os dois eram garotinhos e bem… Nenhum dos dois eram ingênuas crianças mais. — Seu time perdão, aliás. 


— Porcaria. — Resmunguei. Era uma péssima temporada pro meu time, mas em breve, as coisas mudariam.



O resto da viagem permaneceu-se em silêncio até estacionarmos, descermos do carro e nos despedirmos. 


Durante o caminho para a minha sala, eu olhei atentamente em volta, procurando os cabelos loiros que eu já conhecia a distância. Eu precisava saber se ele viria. 


Não o vi, nem sequer de relance no meu percurso e não consegui me concentrar muito nas minhas primeiras aulas. 


Nos últimos vinte minutos antes do almoço eu desisti de continuar tentando prestar atenção e sai da sala, decidida a não retornar. Mas eu sequer tinha um rumo. 


Eu precisava de alguém que pelo menos soubesse os horários dele. Mas quem? Sakura? Ela faria um grande interrogatório e talvez nem me dissesse. A escolha mais sábia era Ino, que podia perguntar para ela sem citar meu nome e então me dizer. 




Oi, Ino. 

11:42


Me faz um favor? 

11:42



Loira: 

Opaaaaaaaa

11:45


Faço sim, Hina 

11:45


Qual a sala que o Uzumaki está agora? Se não souber, pergunta para a Saky, só não diz que é pra mim 

11:45


Loira: 


Vai aprontar, hm?

11:46


Loira: 


Predio B, segundo andar, sala 207. 

11:46


Obrigada

11:48


Sai do prédio A em direção ao B tranquilamente, eu estava devendo uma para a Ino agora. 


Parei ao lado da porta que Ino havia dito e mais rápido que imaginei a porta se abriu e as pessoas começaram a sair. Observei atentamente até que o loiro entrasse em minha visão e assim que aconteceu, ele me olhou, virou o rosto e saiu andando em direção contrária. 


Oh, não. Ele não iria me ignorar! 


Apressei o passo tocando seu ombro e obrigando-o olhar para mim.


— Posso falar com você, Naruto? Por favor? — Ele se virou por completo, o rosto sério e cruzou os braços. 


Os fios loiros estavam entrelaçados em ondulações, o dorso coberto por uma camiseta preta, os olhos profundos e eu só conseguia sentir falta de suas covinhas. 


— Pode falar. 


Dei um passo para trás agora que eu tinha sua total atenção e mordi os lábios. Eu havia imaginado esse momento, mas um friozinho resolveu me fazer companhia e eu não tinha capacidade de pensar. 



— Estou esperando. — Ele disse novamente e eu suspirei. 


— Eu quero me desculpar com você, me desculpar de verdade. — Comecei entrelaçando meus dedos em nervosismo. — Eu não tinha direito de perguntar ou falar da sua vida, porque eu simplesmente não conheço ela. O que eu li na internet, que foi muito pouco, não deve ser um terço de quem realmente é você. 


— Não mesmo. 


— Eu sinto muito se fiz parecer que sinto medo de você, mas não sinto, nem um pouco. Eu vejo no seu olhar, percebo no seu sorriso e ouço pelas suas palavras a pessoa doce que você é. E você não é a sua condição, ela faz parte, mas eu sei que você é mais que isso. — Desviei o olhar lembrando de Kushina e a sua doçura em falar do filho. Havia tanta sinceridade que era impossível duvidar que Naruto não era uma pessoa brilhante — Muito mais… Então, por favor, me desculpe pela minha intromissão e se eu precisar saber alguma coisa sobre você, vou esperar que me conte. — Dei um meio sorriso voltando a olhar para ele. Que tinha atenção fixa em meu rosto e me deixava um pouco constrangida — Gosto bastante da sua companhia e é uma das coisas que eu não gostaria de perder por culpa minha. E… 


— Você quer? — Franzi o cenho confusa com sua interrupção. 


— Quero o que? 


— Me conhecer, Hinata. 


— Ah. — Sua pergunta tinha a  cara de pergunta importante e eu não havia detectado exatamente onde ele queria chegar. Ele havia me desculpado? Ou não? — Quero. 


Ele abriu um sorrisinho de lado e olhou em volta. Só havia nós dois naquele corredor, os outros estavam todos no refeitório e eu nem queria imaginar a fila que deveria estar lá. 



— Vamos terminar essa conversa em outro lugar. O refeitório já vai estar lotado demais para almoçarmos. — Acenei em confirmação com a cabeça e seu braço foi colocado em meus ombros antes de eu precisar acompanhá-lo para fora do prédio sem nenhum das minhas perguntas respondida. 






Notas Finais


não desistam de mim miguchos, até o proximooooooo (que vamos ouvir o Narutinho)


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