História Fake Love - True Love

~Narrador pov

Depois daquele dia, Natsu começou a ir para a escola, talvez um pouco forçado, mas ele contava com os seus amigos para que eles pudessem o ajudar. Semanas se passaram, mesmo distantes, Natsu e Lucy trocavam mensagens, na verdade, só eram mensagens idiotas, mas era o suficiente para deixa-los contentes.  
(...)
—Não larga esse celular não? —perguntou Gray rindo. 
—Me deixa! 
—Se isso não for amor, aí eu já não sei. —comentou Gray para Juvia.
—Será que ela vai voltar logo?  —perguntou Juvia para Gray. 
—Sim, ela vai voltar! —disse Natsu sorridente.
—Quando? 
—Daqui dois meses, no natal! 
—Isso é bom, é por isso que você não para de mexer nesse celular? —disse Gray.
—Não, estou fazendo outra coisa. 
—O que? Deixa eu ver! —Gray tentou espiar o celular de Natsu, mas Natsu saiu correndo dali. 
(...)
Lucy havia voltado da escola, ela pegou seu celular e havia mensagens desconhecidas. 
"Ei, Lucy..." 
Era mensagem daquele garoto, Sting.
"Oi..."
"Desculpa incomoda-lá, mas, de quem você gosta?"
"De ninguém!"
"Você é amiga do Natsu do segundo colegial né?"
"Sim, por quê?"
"Eu andei conversando com ele, e eu tô com muita raiva dele, eu descobri que ele gosta de você..."

"O que? É claro que ele gosta de mim, ele é meu amigo."
 
 
"Ah, então é isso... desculpe, por incomoda-la."
—Garoto estranho... —disse Lucy baixinho. 

(...)
   
Havia passado dois meses, e como Lucy tinha dito para Natsu, ela iria para o Japão no natal, mas o único problema, é que ela não teria onde dormir. 
—Ué, tem a casa da Juvia! —disse Natsu no celular com Lucy na outra linha. 
—Natsu, o problema não é esse, meu pai é sistemático e não está aceitando que eu vá para o Japão sozinha...
 —E a Flare?
—Justo agora que eu ia para o Japão, ela veio de surpresa aqui nos Estados Unidos... —disse Lucy.
—Então você não virá para o Japão? —disse Natsu cabisbaixo.
—Não tenho certeza, mas as probabilidades são baixas de eu ir...       
—Fazer o que né... vou desligar...
—Espera! Você conhece um tal de Sting? —perguntou Lucy. 
—Eu conversei com ele outro dia... por quê? 
—Nada não! Vou desligar, tchau e desculpa...
—Tudo bem, tchau...

Natsu se jogou na cama, ele estava triste, mas teve uma ideia. 

(...)
 
~Lucy pov
Era véspera de Natal, não era um dia alegre, e sim deprimente, meu pai havia falecido. A única coisa que eu poderia fazer era chorar, era como se fosse um pesadelo. Mesmo meu pai sendo do jeito que ele é, eu o amava muito. Minha infância vinha em minha mente. Ele me ensinou a ser uma criança comportada, eu nunca fui mimada graças a ele, pois minha mãe faria qualquer coisa por mim, e isso era errado, pois eu era apenas uma criança, e eu tinha que ter limites. Ele foi um bom pai e amigo. Uma parte de mim se sentia vazia. E aquele garoto Sting me mandava mensagens, eu deveria apenas ignora-lo, mas resolvi ler as mensagens dele. 

"Oi, Lucy... eu estou na praça principal da cidade em que você está, você poderia me encontrar aqui?"
"Quem te deu a informação sobre a cidade em que eu moro? E por que você está aqui?"
"Natsu me disse, estou aqui porque vim visitar meus parentes."
Eu não quero me encontrar com esse garoto, de jeito algum, eu quero ficar em casa deitada na cama, meu pai se foi, não é para eu ter um encontro com um garoto. Mas, eu irei, pois estou curiosa.
Meu rosto estava inchado, eu passei um pouco de maquiagem para esconder, mas adiantou muito. Coloquei um vestido rosa e uma sapatilha branca, penteei meu cabelo e fui até a sala. 
—Mãe... 
—Está tão bonita, onde vai? —disse minha mãe segurando as lágrimas. 
—Eu vou encontrar uma pessoa, já volto, desculpa por te deixar sozinha... 
—Tudo bem filha, eu irei tentar dormir um pouco, leve a chave... 
Eu tranquei a porta e saí. Chamei um táxi que me levou até a praça principal. Eu estava com medo e confusa, mas também curiosa. Eu não sou o tipo de garota que tem vários encontros com caras, mas um dia eu tenho que ter, e esse dia talvez seja hoje. Pensando bem, eu já saí muitas vezes com o Natsu, será que era considerado um encontro? Não sei, mas eu vivo pensando em Natsu. Ele é o único garoto em que eu diria que amo, mas como amizade, na verdade, eu não sei, ando muito confusa.   
Eu não o achava, a praça estava movimentada por causa do Natal. Na verdade, eu só tinha em mente a foto de perfil dele, eu não o conhecia pessoalmente, talvez eu já vi ele na escola, mas não me recordo, isso dificultava um pouco. 
Eu estou desistindo, talvez seja algum tipo de brincadeira que me fez o procurar igual uma idiota. Eu sentei em um banco na praça e olhei para o céu, começou a cair gotas de chuvas. Que legal, eu não trouxe guarda-chuva. Eu me levantei e vi ele molhado na chuva. Era inacreditável, como eu pude ser tão cega? Sting não existe, e sim Sting era uma conta fake, eu estava desistindo mas tudo parecia mais claro. Era ele, um amigo que não me abandonaria nunca, mesmo distante, ele me mandava mensagens todos os dias, ele não desistiu de mim e veio até a mim. Eu não estou confusa, e sim eu já sabia a verdade já faz um tempo, mas eu não conseguia acreditar. Eu estou apaixonada pelo garoto que está em minha frente molhado.
—Te achei... —disse ele ofegante—Eu fiquei sabendo agora que seu pai havia falecido... me desculpe, não era para eu ter vindo aqui hoje... 
—Natsu... você é o Sting né?
—Eu tentei te enganar mas não consegui nada com isso... mas eu queria dizer que o que o Sting sente, sou que sinto... tentar fazer um fake e me confessar por lá, foi muito errado, me desculpa... mas, eu estou com medo... —disse Natsu se aproximando de mim.
—Com medo de quê?
—Medo de te perder...
 
A chuva estava ficando forte cada vez mais, e Natsu começou a chorar, eu fui até ele e o abracei. Eu sentia sua falta, das coisas idiotas que nós faziamos na escola, das nossas risadas escandalosas, dos dias que nós ficávamos até tarde jogando video-game, de tudo o que a gente passou junto. Se eu pudesse, eu voltaria para o Japão, mas eu não posso. Principalmente agora que meu pai se foi, minha mãe precisa de mim.
 
—Natsu... eu estava morrendo de saudades de você, não tinha um dia que eu não pensava em você! —disse eu chorando.

—Eu também Lucy, eu também!

—Ei... eu te amo! —disse eu abraçando ele mais forte.
—Eu também te amo, Lucy! E o motivo por eu ter vindo aqui é o fato de eu estar apaixonado por você!    
—Isso foi muito fofo, para! —eu ri baixinho.
Ele sorriu para mim e eu senti um pouco mais feliz. Estava parando de chover aos poucos. Eu estava fixamente olhando nos olhos dele e ele nos meus. Nós se aproximamos e nos beijamos. Parecia uma cena de filme, havia um arco-íris em cima de nós. Eu não iria voltar para o Japão tão cedo, mas eu sei que ele vai estar me esperando voltar.
—Isso foi muito vergonhoso, nós estamos molhados e um monte de gente está olhando para nós! —disse Natsu.
—Ei, isso não importa, sabe por quê?
—Por quê?
—Porque nós somos idiotas apaixonados!