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História Fake Smile - Esqueça tudo por uma noite


Escrita por: sugar_monster

Notas do Autor


Por favor, leiam as notas finais ~

Beta por: Nova.

Boa leitura!!

Capítulo 6 - Esqueça tudo por uma noite


 

 

 

Domingo, 22h50.

Namjoon levara Yoongi a um pub. O lugar era escuro na medida certa, não havia muitas pessoas e o mais baixo logo fora puxado para uma mesa em um canto afastado. Sentando um de frente ao outro, Min continuava tão sério quanto estava desde que saíram de seu apartamento, com a mente ainda presa no constrangimento de ter chorado enquanto conversava com o outro pelo telefone. Namjoon, em contraposição, mostrava seu típico sorriso bonito e calmo ao outro, sem dizer nada.

Apesar de envergonhado, ainda conseguia lhe encarar e esperava que o outro pudesse ler sua mente e entendesse que, apesar de desconfortável, estava agradecido pelo que o outro fizera por si. Não era difícil sair de casa, enfrentar pessoas, frequentar um pub ou beber, de forma alguma. O que realmente atormentava Yoongi era o ocorrido de mais cedo – e todos os outros acontecimentos passados -.

– Hyung, seu rosto parece ótimo. – Finalmente ouviu o outro falar e pôde jurar que suas bochechas queimaram. Elogios também não eram tão fáceis de aceitar.

– Não zoa comigo, Namjoon-ah. Sei que estou horrível.

– Acho que depende do ponto de vista. Quem sabe depois de uma bebida você se sinta melhor? – perguntou e, mesmo que retoricamente, Yoongi fez que sim com a cabeça, tão lento quanto podia. Com um pequeno sorriso, comentou a primeira coisa que viera em sua mente:

– Mamãe sempre dizia pra não aceitar nada de um estranho. – e com isso, vira o rosto de Namjoon, antes buscando por algum garçom, voltar a si e um largo sorriso surgir em seus carnudos.

– Sorte a sua que não sou estranho. – piscou.

Não muito tempo depois e um homem de pernas realmente longas chegara para atender ambos e, tão rápido quanto fora, voltou com as bebidas pedidas por Namjoon. Sem hesitar, o mais velho dos dois passara a consumir o líquido não se importando muito com o teor alcoólico quando o gosto parecia tão agradável.

– Hyung... – Namjoon chamara depois de dar alguns goles. Min pensou quão mais resistente o mais alto era em comparação a si. – Vamos fazer um acordo, ok? Hoje você esquece absolutamente tudo o que tem acontecido na sua vida e eu te proporciono uma noite realmente divertida. Que tal?

Sorrindo, Min mordera o inferior brevemente, antes de assentir e olhar em volta. Não que tivesse visto algo, não que estivesse focando em algo, mas pensava, uma última vez, em todos aqueles eventos antes de tentar esquecê-los por toda noite.

 

 

Segunda, 04h34

Yoongi nunca pensou que um dia em sua vida compararia sua cama a uma boca, mas era o que estava acontecendo. Namjoon tinha lábios macios, ao ponto de deixar o mais velho confuso, deitado contra aquele colchão tão macio. Estava confuso se o que lhe deixava mais à vontade era o calor de seu edredom ou do corpo grande do outro sobre o seu. Mesmo que ainda estivessem vestidos, Min podia sentir o quão quente Namjoon era e se perguntava por que não reparou nisso antes.

O beijo era profundo, lento. Os dedos longos de Yoongi se embrenhavam nos fios roxeados, Namjoon pressionava a coxa entre as do mais velho, uma das mãos sendo usada de apoio, a outra invadindo sutilmente a camisa que Yoongi escolhera tão cuidadosamente algumas horas atrás. O músculo úmido explorando sua boca, lutando contra o próprio fazia o moreno grunhir baixinho, abraçando o outro com força por cima dos ombros e resmungar audivelmente quando sentiu Namjoon se afastar.

Talvez, se o mais novo não tivesse mais uma vez afundado seu rosto contra o pescoço de Yoongi, o mesmo poderia lhe convencer de não interromper mais nenhum beijo, de forma alguma. Em contrapartida, a boca de Namjoon também caía muito bem enquanto mordendo e sugando a pele clarinha do pescoço de Yoongi. O fazia inclinar a cabeça, dar mais espaço ao outro, deixar que fizesse o que quisesse ali.

O cheiro de álcool ainda estava presente nos dois, consequência das muitas bebidas que compartilharam durante uma noite extremamente divertida, se comparada à rotina de Yoongi depois da morte de Jimin. Não. Eu não posso pensar nisso agora... Pensou, quando a imagem do amigo surgiu brevemente em sua memória. Desviando o olhar ao homem ainda concentrado em seu pescoço, o puxou com pouca força pelo cabelo, assim obrigando-o a voltar a lhe beijar. A mão já passeava pelo abdômen magrinho de Yoongi, como se dessa forma pudesse conhecê-lo em cada pedacinho de pele.

Aos poucos, a camisa de Yoongi fora retirada, assim como a de Namjoon. Agora que podia sentir sua pele como era realmente, não queria de forma alguma deixa-lo se afastar. Não sabia se era por estar bêbado, mas a atração por Namjoon parecia ter multiplicado mil vezes desde o primeiro beijo, quando a tensão sexual já era grande demais para permanecer naquele pub.

Sem camisa, não demorou muito para que Yoongi fosse posicionado no colo de Namjoon. Podia sentir o quão duro ele estava embaixo de si e sabia que estava igual, mesmo que o único real estímulo tivesse sido tão simples e sutil. Sentindo-se no dever de retribuir, Min passou a mover-se sobre o colo alheio, em meio a beijos e as grandes mãos do mais alto lhe apertando em diversos locais.

Talvez – novamente – por estar bêbado, Yoongi mal notou quando mais uma vez fora deitado na cama, as peças de roupas restantes deixadas em qualquer canto do quarto, assim como as de Namjoon. A confusão de corpos nus chocando-se, a forma como o Kim fora cuidadoso consigo, o quão bom era ter os carnudos alheio deslizando em seu membro e quão incrível era a sensação de tê-lo completamente dentro de si eram, sem dúvida, muito mais dignos de sua atenção.

 

 

Não fora fácil para o garoto acordar aquela manhã. A luz que atravessava a janela espalhava-se por todo o quarto, compondo-se aos resmungos do moreno, cujo arrependimento por não lembrar-se de fechar as cortinas na noite passada o impedia de dormir mais. Ao abrir os olhos em busca do porque se esquecera de um detalhe tão essencial, tivera uma vaga lembrança de tudo que ocorreu naquela madrugada e automaticamente buscou por Namjoon. Nem mesmo suas roupas estavam ali, o que não fazia sentido para o mais velho.

“Por que ele sairia sem se despedir? Não é como se tivéssemos nos conhecido noite passada”. Pensou, um sutil e ainda presente sentimento de decepção tomando conta de seu peito. Com um longo suspiro, se pôs de pé com dificuldade e ainda bocejando, caminhou para fora. Não sabia o que buscaria saindo do quarto tão imediatamente, quando o normal era simplesmente voltar a dormir, mas o sono ironicamente o impedia de pensar em algo tão óbvio.

À medida que se aproximava da cozinha, no entanto, suas dúvidas ainda acerca de Namjoon eram cessadas. O mais alto dos dois conversava ao telefone, em um tom mais baixo do que Yoongi julgava normal e por isso diminuíra ainda mais o próprio passo, tomando cuidado para não fazer barulho algum.

– O que quer dizer com resolveu tudo? – o ouviu dizer. Franzindo o cenho, parou à entrada da cozinha, de forma que o outro não pudesse vê-lo. – Taehyung... Quantas vezes tenho que te dizer pra não resolver algo assim? Não seja idiota, confio em você e na sua capacidade, mas sinceramente, todas as vezes que você fez algo sozinho, acabou dando merda.

Naquele ponto, o sono de Yoongi já havia sumido completamente. O que Namjoon não queria que Taehyung resolvesse? O que ele fazia e sempre dava errado? Sem perceber, Min aproximou-se mais ainda da entrada, focado o bastante para não notar a pequena mesa no corredor, chocando-se contra esta e assim derrubando um objeto qualquer de decoração. O som ecoou alto pelo local e, ouvindo-o anunciar que ligaria para Taehyung depois, tentou sua melhor expressão sonolenta, bem em tempo de vê-lo aparecer na porta da cozinha.

– Hey baby... – o mais novo disse, aproximando-se com um sorriso. – Você está bem? – e assim fizera um leve carinho em seus fios. Min mostrou ao outro um leve sorriso, mesmo que não estivesse realmente com vontade de fazê-lo. Sua mente ainda estava naquela outra conversa.

– Estou... Eu... Acabei me batendo na mesa enquanto vinha pra cá... – mentiu.

– Você fica fofo quando tá sonolento... Vem... – e assim fora puxado para dentro da cozinha. – Acordei mais cedo pra tentar fazer café da manhã antes de ir e acabei não encontrando nada...

– Por que vai embora tão cedo? – Min indagou antes mesmo que pudesse segurar. Por sorte, Nam sorriu com a pergunta, talvez por pensar que as intenções do mais velho com aquilo eram outras.

– Hoje é segunda, Hyung... Preciso trabalhar às oito.

Apenas assentindo, o mais velho deixou ou outro recostar-se ao balcão, enquanto buscava coisas que servissem de café da manhã. Imaginava que algumas torradas e café deveriam servir. Seus movimentos eram lentos e calculados, tentando ao máximo convencer o outro de realmente acabara de acordar e não ouvira absolutamente nada do que este falara com Taehyung.

– Hey... – ouviu de repente. Nam aproximou-se sem fazer qualquer barulho, passando ambos os braços pela cintura alheia. – Você parece cansado... – disse e, mesmo sem ver seu rosto, sabia que o mais novo estava sorrindo. Com um suspiro zombado, apenas negou com a cabeça, mesmo que não fosse verdade.

Finalmente parando para notar, passado o sono e a desconfiança, Min sentia seu corpo doer e sabia que, se Namjoon não tivesse sido tão cuidadoso consigo, estaria muito pior. Sabia também que, se tocasse em alguns pontos específicos de seu rosto, também o sentiria doer. Naquele momento, arrependeu-se de não ter simplesmente voltado a dormir. Os selares que o outro agora dava em seu pescoço, no entanto estava lhe ajudando a relaxar.

Aos poucos, Min sentia-se conduzido para trás, dando passos cuidadosos, até sentir o abraço em sua cintura ser desfeito. Namjoon estava agora à sua frente, segurando seu rosto e se aproximando para um demorado selar. Com um suspiro derrotado, Min permitiu-se aproveitar daquele toque, uma voz muito baixa em seu subconsciente reclamando do quão fácil era para Namjoon lhe fazer esquecer-se de tudo. O selar aos poucos era cessado, substituído por outro e em seguida mais um, até o beijo aprofundar-se.

Os longos dígitos de Yoongi aos poucos se perdiam mais uma vez naqueles fios coloridos, enquanto ambas as mãos de Namjoon o seguravam pelo quadril e erguia o corpo magro do mais velho até que este sentasse no balcão. O homem do qual Min suspeitava até poucos minutos atrás agora se encaixava entre suas pernas e o beijava profundamente, abraçando sua cintura possessivamente.

Mesmo com o barulho da cafeteira e o da torradeira atrás de Namjoon, a única coisa que os fizera parar fora um som até então desconhecido por Yoongi, tocando não muito longe de ambos. Imaginando ser o celular alheio, aos poucos cessou aquele beijo e, ainda próximo ao rosto alheio, indagou: – Não vai atender?

Assentindo, Yoongi podia ver o olhar decepcionado do outro, enquanto este retirava o celular do próprio bolso. Pôde ver “Taehyung” escrito na tela, antes de Namjoon levar o aparelho à orelha. – Hey, Tae...  Uh... Okay... Ok, tô indo. – e assim desligou. Fora impossível para Yoongi não encará-lo com curiosidade. – Taehyung disse que precisa de mim... Ficou preso do lado de fora de casa. – ouviu o Kim mais velho dizer, junto a uma pequena risada.

Namjoon dera mais um demorado selar antes de enfim se afastar, impedindo-o de acompanhá-lo até a porta, desculpando-se por ter de sair daquela forma e prometendo ligar mais tarde. Apenas assentindo, Min o observou ir, sua mente mais uma vez repleta de perguntas do qual tinha certeza de que não seriam facilmente respondidas.

 

 

 


Notas Finais


Olá pessoas... Desculpem o sumiço, exatamente 20 dias de atraso, pois é.
A verdade é que esse capitulo - muito pequeno e provavelmente ruim, me perdoem por isso - me deu um trabalho enorme, tanto para decidir os acontecimentos, quanto por eles em prática :\
A partir de agora entramos na segunda fase da fanfic, a penultima...
Por favor não desistam de Fake Smile e garanto a vocês ao menos um atraso não tão absurdo (ou não)
Espero que tenham gostado ~
Até a proxima!


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