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História Faking It - The last beat


Escrita por: chorusvato

Notas do Autor


Bem-vindos ao fim...

Capítulo 9 - The last beat



Jean point of view

-Repete comigo...Titia -Jenna incentivava Maddie que gargalhava da tia

Sábado já havia chegado, passava um pouco das quatro da tarde e nenhuma carta foi recebida. Tentava ao máximo não pensar nesse assunto mas era praticamente impossivel. Scott ligava a cada trinta minutos, era de se achar graça todo seu entusiasmo e no fundo eu tinha muito medo de decepciona-lo.

Nos últimos dois dias eu tentei incansavelmente entrar em contato com Harry, ele não atendia minhas ligações e nem muito menos apareceu no trabalho, eu não fazia ideia de onde ele poderia estar. Tiffany não me ligou também, eu estava completamente no escuro sobre esse assunto, não sabia se ela havia conseguido entrar em contato com Harry ou simplesmente voltado para Chicago e se arrependido da ideia de procurar auxílio com o pai do seu filho. Eu odiava estar a parte da situação.

Odeio mais ainda não ter certeza de nada na minha vida.

Eu havia mudado o endereço para que o resultado seja entregue na casa dos meus pais, não queria estar sozinha quando soubesse o resultado, eu precisava de apoio mais que nunca agora.

Jenna colocara Madison na cadeirinha de alimentação e estava tentando a todo custo fazer a menina chama-la de tia. A mais nova ria da cara de frustração da mesma quando ela soltava palavras sem sentido algum. Eu corria atrás de Thomas pela casa, desde que aprendera a andar não parava mais quieto. Meu medo dele se machucar se fazia presente a todo momento, contudo, o pequeno ria da minha dos meus gritos de espanto toda vez que se aproximava de algum móvel que poderia o machucar. O capturo no chão fazendo cócegas em sua barriga, ele gargalha deitando sua cabeça em meu ombro.

Volto para a sala com ele no colo e o mais novo logo se agita novamente ao ver a avó que prontamente se levanta para pega-lo. Caminho em direção a Jenna e coloco a mão em seu ombro, ela me olha e sorri de leve.

-Jen, deixa a menina. -Rio um pouco e ela revira os olhos

-To incentivando ela a falar, já tá na hora. -Da língua pra menina que desajeitada devolve.

Gargalho juntamente com minha irmã que ajeita sua cadeira de rodas e tira a menina da cadeirinha a colocando no colo. A menina faz uma careta de choro e estende seus bracinhos em minha direção.

-Mama

Arregalo os olhos e encaro Jenna que me olhava boquiaberta, minha filha havia falado pela primeira vez e havia sido mamãe, ou quase isso.

-Oh meu Deus! -A pego no colo enchendo-a de beijos, sentia-me emocionada por ter presenciado isso, queria que Harry estivesse aqui também. Sinto meu coração doer ao lembrar dele.

-Meu Deus que safadinha! -Jenna cruza os braços sorrindo.

Meus pais vinham animados até nós animados por terem ouvido a neta falar. Sentia-me feliz naquele momento, abençoada e também com medo de que tudo estragasse, torço muito para que fique tudo bem.

Eu mereço que fique tudo bem.

Estavamos distraídos enquanto brincávamos com os gêmeos até que a campainha soa pela casa, engulo seco sentindo minha barriga remexer.

-Eu atendo -Minha mãe diz tranquilamente passando Thomas para o colo do meu pai que rodopiou o menino no ar.

Minha mãe se afasta e eu tento ao máximo me focar na minha filha, Jenna fazia palhaçadas para que eles rissem, me sentia tão bem ao não ter mais nenhuma briga com ela.

Caminho com Maddie no colo até a cozinha pegando água no filtro para dar a menina, sorrio ao vê-la segurar a chuquinha tomando todo o líquido.

Com minha visão periférica, vejo minha mãe se aproximar e viro meu rosto em sua direção, ela carregava um semblante preocupado enquanto me olhava, franzo o cenho e desvio o olhar para suas mãos onde estava um envelope. Aperto os olhos sentindo um frio enorme na barriga de ansiedade.

*Iniciem So Cold - Ben Cocks, deixem em repetição caso a música termine antes do final do capítulo*

Ouço o barulho da cadeira de rodas de Jenna se aproximar mas não tenho forças de me virar para ela. Aperto uma pouco mais a menina em meus braços inalando o cheirinho de seus cabelos encaracolados.

-Jean...me dá ela. -Minha irmã diz baixo

Alterno meu olhar entre minha mãe e ela para então entregar Madison que não resmungou, distraiu-se logo com o cordão da tia. Pego calmamente o envelope das mãos da minha mãe e suspiro sentindo meu coração acelerado, a mais velha coloca sua mão em meu ombro respirando fundo.

-Nós podemos nos retirar se você quiser...-Minha mãe diz baixo

-N-não precisa -Nego, ela assente e então se afasta voltando para a sala onde eles estavam.

Passo a mão sobre meus cabelos, eu sinto muito medo agora, medo da possível decepção e do que está por vir. Olho para a porta de vidro encarando através dele o enorme quintal da casa, tiro meus chinelos e caminho em direção a porta, abro a mesma sentindo a forte brisa bagunçar meus cabelos. Ventava naquela tarde, o sol estava escondido entre as nuvens deixando-as alarajadas juntamente com o céu, uma mistura de cinza e laranja, extremamente lindo.

Caminho descalça lentamente até a larga escada de três degraus que dava para o quintal, tiro meu celular do bolso colocando-o no chão e me sento no segundo degrau estendendo meus pés no gramado. Encaro o envelope em minhas mãos sentindo-as trêmula.

Me sentia tensa, meu rosto queimava em nervoso e ansiedade, sentia uma enorme dificuldade de respirar agora, meu sangue parecia vorrer mais rápido em minhas veias, eu queria muito chorar. Me sentia prestes a ter uma crise de ansiedade.

Fecho os olhos repetindo incansavelmente em minha cabeça: apenas continue respirando.

Abro os olhos de uma só vez retirando o papel de dentro do envelope.

Narrador Pov's:

Ele entrava em seu carro apressado, sua cabeça estava a mil por hora. Harry estava evitando ao máximo pensar em problemas desde que Tiffany o ligara avisando que estava na cidade com Leo. Já suspeitava que sua esposa sabia da existência do menino depois de tantas ligações não atendidas por ele, não tinha coragem de conversar com a mulher, não agora.

Tiffany corria desesperadamente para o hospital mais próximo do hotel onde estava hospedada, Leo tossia sangue sem parar e se encontrava com muitas dificuldades respiratórias.

Harry partia de encontro a eles, mesmo que não tivesse muito contato com o menino, continuava sendo seu filho, não podia desampara-lo mais uma vez.

Ele se sentia péssimo por isso.

Apertou firme o volante ao lembrar-se do dia de hoje, era o dia do resultado da paternidade dos gêmeos. De repente, sentiu um enorme frio na barriga e pegou o celular tentando não desviar sua atenção completamente do trânsito. Ele estava aflito, sentia-se com medo de algo desconhecido.

Digitava o nome da mulher em sua lista telefônica e, quase que num presságio, sentiu-o vibrar em sua mão e o nome de sua esposa brilhar na tela, respirou fundo antes de o atender sem tirar os olhos da rodovia.

-Hey...-Disse baixo e foi capaz de ouvir um suspiro da esposa

-Oi...-Ela responde no mesmo tom- P-por quê não atendia minhas ligações?

Ela gagueja um pouco e ele suspira, sabia que ela perguntaria.

-Estive muito ocupado, me desculpe.

Ela fica em silêncio, se sentia nervosa do outro lado da linha porém grata por ouvir novamente a voz do seu amado.

-Eu...-Ela começa depois de alguns segundo de silêncio- Eu estou com o resultado em minha mãos.

Ele aperta seus dedos no volante firmando uma de suas mãos enquanto a outra segurava seu celular no ouvido. Respira fundo mais tenso.

-Jean, só quero que saiba que apesar de toda confusão você ainda é e sempre será minha esposa -Ele aperta os lábios em uma linha sentindo seus olhos marejarem- Eu te amo!

Ela se desmancha em lagrimas sorrindo boba, seu peito aquecia, ela o amava e tinha certeza que ele também. Harry observa o sinal no final da rua mudar de cor e então, com pressa, pisa mais fundo no acelerador contando em chegar a tempo de tê-lo aberto.

-Eu te amo, e nossos filhos também  -Ela diz o fazendo sorrir abertamente e deixar cair uma lágrima solitária cair por sua face- São seus, meu amor.

Jean tinha o maior sorriso do mundo em seu rosto e Harry também, ele relaxa seu corpo no banco e ultrapassa o sinal vermelho. Uma buzina muito alta é ouvida e um impacto muito forte e desesperador fora ouvido pelo celular.


Um caminhão arremessava o carro dele longe.

Um silêncio perturbador se fazia na linha.

-HARRY? -Sua esposa gritava desesperadamente aos prantos do outro lado da linha.- HARRY?

Ela sentia uma dor imensa no seu peito, estava sendo corroída por dentro. As pessoas que estavam perto ligavam para a ambulância e para a polícia, mas não tinha mais nada para ser feito. Sua família entrara em desespero com os gritos vindo do quintal. Era capaz de ouvir seus gritos por todo quarteirão. Ela sabia. Ela sentia. Ele tinha partido.

E seu coração teve sua última batida dedicada aos seus filhos.









Notas Finais


Nos vemos uma última vez no epílogo!


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