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História Fallen - As chamas em mim


Escrita por: Leidi_Almeida

Notas do Autor


Olá olá leitores como estão? Espero que bem.

Eu sei, eu sei. Devo centenas de explicações a todos vocês e um enorne pedido de desculpas por ter deixado a história um bom tempo parada. Infelizmente eu tive o nosso temido BLOQUEIO CRIATIVO, e com as mudanças que ocorreram comigo tive pouquissimo tempo para me dedicar na escrita. Mas, agora estou de volta e espero que me perdoem pela demora.

Boa Leitura 📚

Capítulo 32 - As chamas em mim


Fanfic / Fanfiction Fallen - As chamas em mim

Aquela tarde na floresta estava bem quente e Daniel achou que seria agradável se refrescar na beira do rio. Já havia se esquecido de como gostava de nadar, e as lembranças de Sword & Cross logo vieram em sua mente. Enquanto mergulhava sobre as águas cristalinas e se misturava sobre os peixes que nadavam com a corrente das águas, em um de seus mergulhos profundo Daniel pode ouvir uma voz. Era clara e em alto tom, fez o loiro ergue-se sobre a beira do rio rapidamente para ter a certeza de que aquilo não era apenas algo de sua mente.

Não havia ninguém por ali naquele instante, nem se quer alguém que tivesse passado para chamá-lo. Daniel recuou sobre um riso bobo e continuou a nadar em mais um mergulho. Novamente a voz passou sobre seus ouvidos e fez seu corpo se arrepiar por completo.

— Daniel! — dizia a voz mais alta do que antes.

O loiro novamente ficou de pé na beira do rio e achou certo sair naquele momento de lazer. Colocou sua blusa branca e passou as mãos sob os cabelos molhados, os colocando um pouco para trás. Foi no exato momento seguinte na pausa de seus olhos se fecharem e abrirem em seguida sentindo o aroma vindo das folhas verdes da floresta, que ele viu ela bem diante de seus olhos.

— Jenni? — seus olhos violetas arregalaram de imediato.

Ela sorriu para ele e estendeu a mão para que o loiro a pegasse. O mesmo fez rapidamente e a seguiu pela floresta á dentro. Daniel mal se quer podia acreditar que era realmente real tentava perguntar diversas vezes como ela estava, mas o silencio de Jenni o incomodava não lhe dando nenhuma resposta se quer.

Quando caminharam lentamente já parando próximo de um local desconhecido, ela soltou de sua mão e os céus ficaram negros como a imensa escuridão. Daniel procurou por Jenni em todos os lugares, mas havia desaparecido outra vez. Sua respiração ficou ofegante e sem pensar muito, pois suas asas a aparecer, e ter a chance de voar dali o mais de pressa possível.

Daniel sentiu um calor incomum dominar seu corpo e ao tentar sair do chão, observou está coberto por enormes chamas. O loiro gritava desesperado sentindo a dor consumindo todo seu corpo, suas asas perderam a força e queimavam sobre as chamas altas, despedaçando aos poucos até que uma figura caricata surgiu pendurava sobre um galho de uma árvore. Um rosto desfigurado, garras enormes, algo sob sua cabeça e olhos avermelhados que sorria para Daniel sem parar. Abaixo da criatura ele avistou Jenni, paralisada com um vestido preto envolvida em um véu da mesma cor. Enquanto queimava até sua morte ele a viu assistindo tudo, parada como se não o amasse mais, como se apreciasse sua partida. Daniel literalmente estava sob as chamas do inferno.

Quando seus olhos abriram seu corpo ganhou um impulso o fazendo levantar de pressa, notando ser encarado por Gabbe que estava encostada sobre uma pilha de mochilas. Seu rosto queimava e seu corpo estava molhado pelo suor. Suas mãos foram até sua cabeça, e ao olhar a loira novamente notou ela fazer sinal com a cabeça para confirmar que ele estava bem.

Daniel também confirmou com o olhar passando tranquilidade para Gabbe, que em seguida voltou a dormir. Mesmo que quisesse descansar naquele instante, sua mente ficou perturbada por aquele pesadelo. De todos que teria tido com Jenni em milhares de anos que esteve em vida, nada se comparava ao que ele acabaria de presenciar. Achou certo o momento de levantar e dar uma volta pela floresta para espairecer, já tendo consigo a certeza que ficará longe do rio por um tempo.

Enquanto isso alguns arrumavam tarefas para desempenhar, Gabriel enrolava uma corda fixa em uma lança enquanto era encarado por Cam, que permanecia em silencio desde a última conversa que tiveram. Suas expectativas para que pudesse ser útil dali em diante cresciam, mesmo que não fizesse ideia de como começar.

— Pegue está corda e enrole com força. — dizia Gabriel lhe entregando a lança que estava em suas mãos, mostrando como repetir o processo.

— E então como começamos? — Cam pegou o objeto e o encarou.

— Me diga você, essa é a parte onde tudo vai depender de você mesmo.

— Por que tudo que diz sempre me parece ter metáforas?

— Porque é um tipo de anjo de pouca fé Cameron. — Gabriel abaixou a cabeça e pegava outra lança, ergueu seus olhos observando a expressão do moreno. — Vamos começar me diga como está indo os sonhos?

— Sonhos? — Cam ergueu a sobrancelha e seu olhar ficou curioso. — Do que está falando?

— Teve algum tipo de sonho estranho nos últimos dias, ou algumas sensações diferentes devo imaginar.

— Eu não tive nada de incomum. — ele mentia ao responder e ficava intrigado com a habilidade de Gabriel de sempre saber o que ele fazia ou pensava.

— Nada que o fizesse questionar quem é? Ou por que continua a fazer o que faz? — Gabriel o fitou diretamente com olhar. — Acha que na hora certa Lúcifer o escolheria simplesmente porque é um servo leal?

— Tenho a certeza que sim.

— Jura? — Gabriel soltou riso debochado. — Não me admira que muitos de todos que caíram tenham escolhido este lado.

— O que quer dizer?

— Lúcifer apenas uniu o que ele podia controlar e o colocou para fazer tudo que ele não fosse capaz. Essa maldição está acabada porque ele decidiu que seria assim, essa luta que enfrentaremos irá acontecer porque ele está disposto a vir nos confrontar.

— E o que isso tudo tem a ver comigo?

— Me diga você Cameron o porquê realmente estamos aqui agora? Você recebeu uma ordem exata e pode executar quando quiser, mas preferiu ter a minha ajuda. Por quê?   

— Não quero mata lá. — Cam parava de enrolar a corda sobre a lança quando ergueu a cabeça para olha ló. — Não quero machucar ela porque a amo.

— E o que te faz pensar que a ama? Você sabe o que significa este sentimento? Pois por causa dele um anjo caiu.

— Eu sei muito bem da história. — Cam revirou os olhos.

O moreno largou a lança no chão e levantou rapidamente olhando toda a vista que a floresta tinha. Cam ficou pensativo diante daquela questão. Questionando consigo mesmo em seu interno como toda aquela maldição havia o afetado de uma forma que nunca imaginaria.

Gabriel permaneceu sentando o encarando com curiosidade, largando também a lança onde trabalhava e cruzando os braços olhando o moreno. Os dois ficaram em silencio por alguns minutos até que Cam encontrou as palavras que poderia expressar o que sentia.

— Ela estava diferente nessa vida todos nós percebemos. Os olhos dela não eram como os de antes, e quando nos falamos eu percebi que ela não me odiaria. Ela não seria capaz de tamanho sentimento como o ódio. Isso fez com que eu a amasse.

— Então a ama porque ela o aceitou mesmo sabendo quem era?

— Sim. — Cam virou-se para o anjo e colocou as mãos em seu bolso. — Exatamente isso. Eu sabia que precisava que alguém me aceitasse porque eu já estou cansando de fingir. Eu escolhi o lado de Lúcifer, admito que não foi a melhor decisão que fiz.

— Realmente não.

— Só que agora as coisas são diferentes, eu não quero ver essa maldição idiota acontecer á última vez. Eu não quero assistir Daniel perdendo novamente e ela morrendo outra vez.  

— Porque notou que no fundo se importa com isso?

— É eu me importo e maldito seja esse sentimento que não entendo, mas eu quero realmente me importa agora.

Cam olhou para os céus quando um grupo de aves passava sob sua cabeça, em um voo acelerado e sincronizado, o fazendo querer rir naquele momento. Uma ventania suave atingia seu rosto e bagunçava seus fios de cabelos escorrendo para seus olhos, os mesmo estavam verdes vibrantes e dilatados como enormes pedras de diamante. E naquele exato segundo o Cam fechou seus olhos desejando entender o que estava guardando dentro daquele velho coração em pedaços.

Gabriel finalmente levantou-se e caminhou em sua direção pondo as mãos sobre os ombros do rapaz. Sua respiração foi passiva e as palavras que sairiam de sua boca naquela sequência, tornaria a calmaria no coração perturbado de Cam.

— Tenha fé. — dizia ele com suas mãos pesadas em seus ombros. — O paraíso ainda existe para que um dia todos os anjos retornem para seu lugar.

— E por que um anjo como eu voltaria? — Cam apenas observava pelo canto de seus olhos ainda parado ali.

— Porque está no caminho certo outra vez.  

A cama estava gelada e o corpo de Jenni permanecia encolhido sobre suas próprias pernas. Era totalmente impossível dormir em um lugar como aquele, até mesmo imaginar ter um momento de paz já que as vozes de tormento por todos os lados ficavam cada vez mais altas, e invadiam os pensamentos de Jenni deixando perturbada. Seu coração estava apertado e uma dor que a consumia por dentro fazia lágrimas rolarem por seu rosto sem parar. Jenni não queria acreditar que fosse verdade tudo que soube por Lúcifer, não poderia imaginar aquele sentimento existente entre eles mesmo que fosse a um passado bem distante, em uma vida muito antes de todas que soube que teria.

Acreditar que era um anjo que reinava aos céus ao lado de Deus era a pior das revelações naquele momento. Jenni questionava-se o porquê do real motivo de Daniel nunca ter lhe revelado essa verdade, talvez realmente Lúcifer estivesse razão em dizer que esse amor entre ela e Daniel, teria trazido a grande rebelião entre céu e inferno e que sua vida agora era uma tragédia.

Sua cabeça estava com um turbilhão de pensamentos ao momento que se encostou ao gelado travesseiro e fechou seus olhos. Em seu coração desejava compreender o motivo de passar por tudo isso já que teria sido alguém tão importante nos céus. Em seus pensamentos os questionamentos contra todos que conhecerá desde sua ida para a escola até o atual momento, por que nem mesmo alguém como Cam teria lhe dito essa verdade. Quantas verdades ainda teriam de ser reveladas a ela, para que essa dor finalmente chegasse ao fim.

A porta de seu quarto abriu rapidamente e a presença nada agradável de Sophia apenas piorou o estado emocional que estava. Jenni se ergueu ficando sentada em sua cama e olhou a velha mulher que estava acompanhada de dois possíveis homens, pelos quais naquele momento ela sabia que seria servos de Lúcifer, mas obedecia a Sophia.

— O que quer? — Jenni a encarou enquanto passava a mão sobre seu rosto limpando as lágrimas.

— Eu vim lhe preparar para o glorioso dia, venha levante-se logo não podemos perder tempo. — assim que Sophia deu um passo para trás os dois homens aproximaram-se de Jenni.

— Não cheguem perto de mim. — Jenni levantou imediatamente de sua cama pondo suas mãos a frente dos dois. — Lúcifer sabe que está aqui?

— Acha mesmo que ele está tão preocupado com você neste momento não é? — Sophia gargalhou. — Ele terá coisas mais importantes para cuidar até o final disto.

— Final? Do que está falando?

— Estou falando que finalmente chegou o dia em que Daniel não poderá mais protege lá, e que essa infantilidade dele de não escolher um lado acabará de uma vez por todas.  

Os olhos de Jenni ficaram perdidos e seu corpo não correspondeu mais seus sentidos. Os dois servos a pegaram pelo braço e a arrastavam com força pelos corredores, sendo guiados pela velha mulher que ainda permanecia com a mesma aparência neutra. Caminharam por diversos locais pelos quais Jenni nunca saberia descrever, apenas sabia que tudo era muito escuro, sujo e barulhento ao redor e que muitas das vezes notava vultos passando entre eles.

Sophia a largou em uma ala qualquer onde era apenas observada por dois servos estranhos, cujo rosto não era possível de ser visto. Jenni estava apavorada e apenas olhou quando a velha lhe trancou naquele lugar vazio e apenas sorriu antes de partir. Ela sabia que a hora estava chegando e que seu coração estava acelerado, seus pensamentos confusos, só que o desejo de apenas saber que Daniel viveria era a esperança que guardava dentro de si.

Havia um enorme exercito posto ao portão principal e muitos ainda estavam chegando para se reunir. Lúcifer veio em sua forma de criatura e pousou sobre o chão a frente de todos, retornando a sua forma humana. Ele erguia uma espécie de lança afiada de três partes, seus olhos avermelhados encaravam todos seus servos com poder que havia sobre eles.

Sophia surgiu logo atrás chamando atenção por seus cabelos brancos e a capa enorme que arrastava no chão. A mulher parou alguns metros do mesmo inclinando-se como uma reverencia antes de se aproximar.

— O que faz aqui? — Lúcifer dizia em alto tom incomodado com sua presença.

— Quero pedir permissão para acompanha ló.

— Permissão não concebida agora volte ao seu posto.

— Mas senhor eu fiz minhas obrigações e eu acho que seria muito útil quando o senhor estiver lá finalmente.

— Quero que fique e cuide dela para mim.

— De Jenni? — Sophia se encheu de fúria pela ordem. — Meu senhor eu acredito que ela fique bem sozinha.

— Eu disse que quero que fique aqui não estou pedindo eu estou ordenando. Se algo de errado acontecer era será minha segunda opção.

— Tudo bem. — a velha afastou-se de cabeça baixa.

Lúcifer tornou-se a chamar atenção de todos e novamente virou a terrível criatura da escuridão. A lança agora posta em suas garras foi erguida sob o alto e uma enorme brecha foi aberta. Todos os seres reunidos naquele lugar saíram em uma só cavalaria, prontos para dominarem qualquer coisa que aparecesse em seu caminho. A escuridão tomou os céus e o inferno era aberto em um selo com a terra e Lúcifer finalmente saiu, guiando seu exercito.

Na floresta passando pelas barracas estava Cam deitado cortando um pedaço de árvore com seu canivete, quando seu corpo sentiu um calafrio e seus olhos arregalaram tornando-se enormes. Moveu-se de pressa para fora da barraca olhando os céus.

— O que foi? — perguntou Daniel que passava perto quando o viu de uma forma estranha.

— Tem algo estranho acontecendo. — Cam continuava olhando para cima.

— O que é?

— Lúcifer. — os olhos verdes foram em direção aos violetas, ambos se olharam de uma forma incomum compreendendo o que estava por vir naquele exato momento finalmente.


Notas Finais


Então, valeu a pena esse capítulo?
Me enviem suas opiniões, sugestões, isso ajuda muito na parte criativa.
Até próximo capítulo <3


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