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História Fallen Angel - Cachorro Quente Assassino


Escrita por: Tori_Keyland

Notas do Autor


An eternity (a month) later......
Sorry, pessoinhas!! Nem sei se alguém ainda acompanha a história, mas se sim, peço perdão pela demora. Meu PC foi monopolizado pela minha irmãzinha. ;-;
Espero que tudo fique bem com Rossi e Dominique, porque senão.... vai dar ruim. Huehuehuehue
Mas enfim, melhor eu deixar de graça. Se você está lendo aqui, você provavelmente quer ler o capítulo, então não vou te segurar!
Enjoy!!

Capítulo 8 - Cachorro Quente Assassino


Gaby gritou um palavrão muito feio, que (in)felizmente foi encoberto pelo som dos vidros se quebrando e caindo. Rossi cobriu o rosto com as mãos, enquanto Dominique se envolveu com as próprias asas. Todos os outros alunos já haviam corrido para fora, sem saber o que estava acontecendo. Gaby, no entanto, parecia ser a única que vira dez demônios e um anjo no meio da cantina. 

-Dominique! - Rossi correu até o anjo - Você está bem?

-Estou, e você? - Murmurou Dominique, recolhendo lentamente as asas - Mas nós precisamos de uma saída...

Os dois começaram a olhar em volta, mas o maior dos demônios riu com deboche, porque a tentativa deles era inútil. 

-Há uma barreira mágica ao nosso entorno. - Disse ele, os lábios retorcidos com um sorriso maligno - Ninguém entra, ninguém sai. E nenhum humano comum poderá intervir. 

-Fiquem longe de Dominique! - Rossi deu um passo a frente, tentando parecer ameaçador e falhando miseravelmente.

Os demônios tiraram alguns segundos para rir. Rossi esperava que assim Dominique bolasse um plano, mas sua expressão não revelava nada além de medo

-Não trabalhamos para aqueles anjos idiotas. - Respondeu um demônio mais baixo. Sua coloração avermelhada o fazia parecer um camarão gigante - Viemos atrás de você!

-E.... - Todos olharam para Gaby quando ela falou. Ninguém percebera sua presença até então - O que está acontecendo e o que eu tenho a ver com isso?

-Ai meu... - Dominique ofegou - Gaby, o que faz aqui?

-Veja que belo bônus. - Riu o maior demônio - Promoção pegue um meio demônio bastardo e leve de brinde uma refeição mortal e um escravo caído.

Novamente, os nove capachos riram. Eles realmente pareciam achar graça. 

Rossi, no entanto, encheu o peito com uma coragem que não tinha. Afastou as pernas e estreitou os olhos. Decidiu naquele momento que, de qualquer forma, iria vencer dez demônios imortais e salvar seus amigos. Ele precisava.

-Vocês não tocarão em mim ou em meus amigos. - Disse ele, estralando os dedos. 

Os demônios riram mais, sem nenhuma pressa de vencer. Dominique abriu as asas para mostrar imponência. Até Gaby correu até o balcão da cantina e pegou a arma mais útil que encontrou: a chapa de pão. Rossi, no entanto, fechou os olhos, e concentrou em seu peito todos os sentimentos mais fortes que o alimentariam naquela batalha.

Seu medo, sua determinação, seu amor pela família, sua vontade de manter seus amigos vivos e, principalmente... a necessidade de manter Dominique longe da morte e poder ver seu sorriso mais uma vez. Precisava ouvir mais uma vez aquela música no piano, precisavam ver juntos mais um episódio de anime, e precisavam tomar sorvete no parque juntos.

Quando Rossi abriu novamente os olhos, todos se chocaram. O amor de Rossi pôde equilibrar seu ódio, o que o salvou de uma combustão instantânea. Seus olhos e mãos, literalmente, ardiam em chamas azuis esverdeadas. Dominique podia sentir o calor de onde estava. O corpo todo do meio demônio formigava com um calor agradável e familiar, porém ao mesmo tempo destrutivo e implacável. Ao menos era como se sentia.

Sem hesitar, Rossi partiu para cima dos adversários. Dominique arregalou os olhos e fez o mesmo, conjurando sua espada de luz. Os dois haviam treinado muito devido a iminência de um novo ataque, mas não esperavam tantos demônios. 

A visão de Rossi estava avermelhada, e seu corpo parecia muito mais leve do que antes. Quando o primeiro soco atingiu a massa cinzenta que era o primeiro demônio, este voou e se chocou contra a parede, causando rachaduras. Gaby soltou um grito, assustando-se, e ergueu a chapa para se defender quando foi atacada por dentes afiados de um demônio faminto.

-Gaby! Cuidado! - Dominique se colocou na frente dela e atacou com sua espada.

Quando outro adversário foi para cima, o anjo estendeu a mão e fez uma rápida prece em latim. De imediato, o demônio não estava mais lá.

-O que você fez? - Ofegou a menina.

-Exorcizei-o. - Murmurou Dominique, os olhos estreitos - Um anjo caído como eu não pode bani-los, mas eu posso expulsá-los de um território se reivindicar como meu. Entretanto, essa área é muito grande. 

-E o que Rossi é? 

-Conversamos depois que estivermos seguros. - Dominique voltou a atacar com sua espada de luz.

Rossi se movia com agilidade por entre o "exército" inimigo, socando-os e derrubando-os. Seu corpo parecia mover-se sozinho, ele sabia exatamente onde atacar, quando atacar. Chutou os joelhos de alguém e sentiu o impacto do corpo no chão. Em seguida agarrou um dos chifres do menor demônio e, chutando sua barriga, arrancou-o da cabeça. 

O demônio sem chifre berrou em agonia e atacou, mas seu peito foi perfurado pelo que, segundos atrás, fora seu. Ele caiu sangrando, e Rossi colocou fogo em seu corpo, voltando à luta. 

Gaby correu até a cozinha novamente e vasculhou a despensa, apanhando um punhado de sal. 

-Eu sou ateia, mas assisto boas séries! - Exclamou ela ao jogar sal em um demônio. Ele também se dissolveu.

Faltavam sete.

Dominique não podia voar ainda, mas podia usar suas grandes asas para se impulsionar e deixar o corpo mais leve. Isso somado a anos de treinamento rendeu aos seres infernais uma luta razoavelmente difícil. Gaby tentava acertar os demônios com sua chapa de pão, e Dominique pensou vagamente que adoraria gravar a cena... se não estivessem correndo sérios riscos.

Rossi, por outro lado, não pensava. Tudo que havia em sua mente era a necessidade de lutar, de matar, de manter vivo quem era importante para si. O garoto cerrou os punhos e bateu com foça no chão, rachando-o, e a rachadura cresceu até se tornar um buraco. E de lá, sacudindo-se para apagar pequenas chamas em seu corpo, emergiu um enorme Dogue Alemão preto.

O cão era negro como a própria escuridão, seus músculos eram impressionantes, apesar de proporcionais ao corpo. Suas orelhas levantadas indicavam que estava atento a tudo, e seu rosnado ameaçador reverberava pelo ambiente. Gaby e Dominique gritaram quando o cão atacou, mas ele foi para cima dos demônios ao lado de Rossi. E como velhos amigos, eles lutaram juntos, lado a lado, em perfeita sincronia.

Dominique logo se recuperou do choque e, sentindo as esperanças renovadas, apunhalou um inimigo. Logo sobravam apenas três. O cão abocanhou o demônio-camarão e literalmente o partiu ao meio pela cintura. Não deu tempo de ser uma visão traumática, logo o corpo se dissolveu em pó. Dominique decapitou o penúltimo, mas ainda havia um. O maior, o líder.

-Dominique! - Rossi bradou, sua voz estava grave e alta - Ataque conjunto!

Mais nenhuma palavra foi necessária. Os dois correram na direção um do outro, e as quatro mãos agarraram o punho da espada de luz.

Aquilo não era um ataque planejado, mas por alguma razão, os dois sabiam exatamente o que fazer. Dominique sentiu as intenções de Rossi, que sentiu que o plano daria certo. A espada de luz escureceu pela metade, se tornando meio brilhante e meio negra. Juntos, os dois empalaram o demônio pelo peito, mas não antes da barriga de Rossi ser atravessada pela mão inteira do inimigo.

O demônio se dissolveu em pó.

A espada de Dominique voltou ao normal e sumiu, assim como suas asas, enquanto o anjo gritava. Rossi parou de pegar fogo e caiu no chão, sangrando. Dominique entrou em desespero, sem saber como salvar Rossi e se proteger do Cão Infernal ao mesmo tempo. O cachorro se aproximou de Rossi.

-Sai! - Dominique estreitou os olhos - Fica longe!

A criatura negra abriu a boca, e Gaby gritou de medo, mas o que aconteceu não foi exatamente o esperado. O cachorro estava lambendo a ferida de Rossi, que lentamente se fechava. O garoto estava inconsciente, mas após alguns segundos, estava apenas dormindo, ileso.

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Quando abriu os olhos, Rossi sentiu uma dor lancinante no abdômen. O cheiro de remédio invadiu suas narinas com violência, o que o fez tossir. Logo, sua mão foi envolta por um calor conhecido. Ele nem precisou olhar para reconhecer Dominique.

Ele honestamente não se lembrava de muita coisa. Sabia o que havia acontecido, sabia o que fizera, mas os detalhes... vagos. A primeira pergunta de Rossi fez o peito de Dominique se aquecer confortavelmente:

-Você está bem?

-Ah, seu bobo... - Sussurrou o anjo - Você pegou fogo e me pergunta se eu estou bem?

Rossi deu uma risadinha forçada e amarga, esfregando o olho com o pulso. Em seu braço, havia um acesso, e ao seu lado, uma bolsa de soro. Só dava a entender que estavam no hospital.

-Como está Gaby? - Perguntou ele - E os outros?

-Eu sei tudo que você vai perguntar. - Dominique bagunçou os próprios cabelos - Então fique quietinho, eu vou contar o que houve.

Mas o anjo precisou de uns segundos para se acalmar e organizar os pensamentos antes de começar a narrativa.

-Gaby foi inserida em uma barreira mágica, o que vai afetá-la permanentemente. Ela agora pode ver claramente o seu... nosso mundo. - Começou - Ela lutou bravamente, mas tem alguns arranhões meio chatos. Os outros, por outro lado, estavam fora, então não viram a luta. Acreditam que foi um ataque terrorista ou algo do tipo.

-Menos mal... - Murmurou Rossi - Mas ei, eu não sabia que nosso mundo ficava escondido.

-Basicamente é invisível. - Dominique suspirou, fazendo um gesto de descaso - Desde que queiramos que seja. É necessária uma barreira mágica como a que você viu. Enfim...

"Seus pais estão resolvendo a parte burocrática, cuidando da mídia e tal... mas eles vieram te ver. Estão preocupados."

Houve mais um minuto inteiro  silêncio antes que Dominique soubesse como continuar. Era tanta coisa....

-Você se lembra do quê? - Perguntou.

-Eu peguei fogo verde-barra-azul. - Respondeu Rossi, quase sério - E invoquei um cachorrão brabo.

-Foi meio que isso. - Dominique riu baixo, sentindo o alívio de ver que seu amado estava bem - Você libertou seu poder demoníaco, o que significa que será mais fácil de usar, difícil de esconder. 

-Divertido. - Resmungou o garoto - Vou ter que tomar cuidado para não começar um incêndio enquanto durmo.

-Exato.

Dominique ia falar mais, mas literalmente do nada o cão assassino de mais cedo pulou em Rossi e começou a lamber seu rosto, animado. Só haviam alguns problemas em ser agradado por um cachorro gigante e desconhecido dentro do hospital. Problema número um: Ele pesava o equivalente a um lutador de sumô. Problema número dois: Ele tinha fogo nas patas (que felizmente não se espalhou pelo lençol). Problema número três: Ele tinha quatro olhos negros. Problema número quatro: Era babão.

-O-o quê?! - Rossi tentou afastar o bicho, que abanava a cauda com felicidade.

-Então... - Dominique parecia não saber se ria ou se batia a cabeça na parede - Esse é seu novo companheiro. Você conjurou um Cão Infernal durante a luta, e agora a alma dele pertence a você. Ele obedece aos seus comandos.

Wow, era muita coisa para processar. Sem jeito, Rossi mandou o cachorro descer, e o bicho foi para o chão, a língua de fora e o rabo balançando. Aquilo era, apesar de assustador e desconexo, muito maneiro. O bicho tinha, mesmo sentado, um metro e meio de altura. Era enorme, grande até mesmo para um cachorro daquela raça.

-A alma dele... me pertence? - Rossi ergueu a sobrancelha.

-Você chamou por ajuda. - Dominique se aproximou e acariciou a cabeça do cão. Rossi ficou com ciúme - Ele te julgou digno e se entregou aos seus serviços. - E com um sorriso, completou - Eu descobri que ele é um ótimo companheiro.

-Só mais uma pergunta sobre ele. - Rossi não queria saber mais coisas - Ele por acaso me curou com saliva mágica? Por que eu tenho certeza que fui empalado.

-Foi. - Dominique sorriu - Mas ele pode te curar com sua própria energia vital. 

O bicho latiu em concordância, o som reverberando pela sala. 

-Legal, tenho um tanque de guerra mágico. Ele faz mais coisas? - Rossi soltou um suspiro.

-Provavelmente. - Dominique assentiu - Já vi Cães Infernais ficarem invisíveis, se camuflarem... eles costumam ter super força, velocidade e sentidos, além de rastrearem muito bem. Raramente alguém sobrevive em uma luta contra eles, e raramente eles obedecem alguém. Quando você nomeá-lo, o contrato será definitivamente selado.

Rossi começou a pensar em nomes, mas então percebeu que não poderia ficar com o cão. Era uma criatura do inferno, um monstro assassino! Como ele poderia convencer seus pais a mantê-lo?! Não, não tinha como. A ideia estava fora de questão. O bicho pareceu sentir aquilo e choramingou. Logo ele se metamorfoseou, tornando-se um cachorro de porte comum, dois olhos e, olha só, sem fogo.

-Vamos ficar com ele... - Dominique sorriu minimamente - É muito fofo. Por favooor.

-Espero que eu não me arrependa. - Rossi esticou a mão na direção do cachorro e falou firmemente - Eu reivindico tua alma, besta infernal, e tu agora me serve sob o nome... Shadow!

O cão latiu mais uma vez, parecendo alegre, mas nada mais aconteceu além das gargalhadas de Dominique.

-Só precisava dar o nome, idiota! - Riu.

-Eu sabia. - Rossi resmungou - Só quis dar um ar dramático.

Mas no fundo, ele estava decepcionado por não terem havido fogos de artifício, uma explosão de fogo ou um padre demoníaco para dizer "eu os declaro demônio e cachorro." Mesmo assim, estava bom.

Rossi se acalmou e olhou para Dominique. Seus olhos se encontraram e não se desviaram mais. Ao mesmo tempo, os dois se abraçaram forte. O garoto puxou seu anjo para cima de si, fechando os olhos. Era lindo como, quase que literalmente, uma paz luminosa envolvia dos dois. 

Nem uma palavra era necessária, eles saiam o que sentiam. Estavam aliviados pelo outro estar bem, estar a salvo. Eles estavam seguros nos braços um do outro, e não precisavam de nada mais.

-Só que... - Rossi sussurrou - Temos dois problemas.

-Hum... - Dominique respondeu preguiçosamente, sem querer soltar o amado.

-Como vamos explicar o que houve para Gaby? E pior... como vamos convencer meus pais a ficar com o Shadow?

-Dê seu jeito. - Foi a resposta do anjo.


Notas Finais


Gente, eu não sei vocês, mas o Shadow me pareceu muito amorzinho. S2
Espero que tenham gostado! Kissus!!
Deixem opiniões!


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