[Nath's POV]
Entrei no quarto que eu ficaria durante o verão bufando e resmungando palavras ininteligíveis até mesmo pra mim.
Porra! O que aquela garota ta fazendo comigo? Você não é assim Nathan! Você a odeia! Merda! Chutei minha mala que estava ao lado da cama e afundei na cama, com a cabeça no travesseiro. Eu não acredito que to assim por causa de uma garota, sinceramente, Nathan Sykes, eu esperava mais de você. E ainda mais pela irmã de um dos meus melhores amigos. A garota mais insuportável, irritante e que eu odeio! Porra, mas porque ela tinha que ser tão gostosa? E com aquele biquíni vermelho então...
A maldita ainda ficou com a minha blusa. A MINHA BLUSA PREFERIDA! Eu devo ter jogado pedra na cruz pra merecer mesmo. Fui interrompido dos meus pensamentos por Jay abrindo a porta sem nem bater. Mal educação deve ser de família mesmo.
- Dude, o que você tem? – ouvi a voz dele perguntar. Ainda estava com a cara afundada no travesseiro fofo e sair dali era a última coisa que eu queria.
- Nada. – respondi seco, com a voz abafada.
- Levanta daí, anda. Nós temos uma festa pr... – ele mal terminou de falar e eu me pus de pé num instante.
- Festa? – perguntei esperançoso e Jay riu. Eu precisava me distrair e afastar todos aqueles malditos pensamentos sobre Ana Laura da minha cabeça, e uma festa seria perfeita, afinal, isso incluía... – Vai ter garotas, né?
- Sim, Nath – ele revirou os olhos ainda rindo. – Você não cansa nunca não?
- Se você me disser que cansa, eu vou deduzir que você é gay, Jay. – arqueei uma sobrancelha e fiz careta. Jay riu mais ainda.
- Tá, eu não canso. Mas você chega a ser ninfomaníaco. – Jay fez uma careta e foi minha vez de rir alto.
- Sexo nunca é demais. – sorri malicioso e ele revirou os olhos mais uma vez.
- Tá mate, agora vai se arrumar. Daqui a pouco a gente ta indo. – ele deu as costas e eu me deitei na cama novamente, rindo. Meu humor estava melhor e definitivamente daqui a umas horas ficaria melhor ainda. Nada que um bom par de pernas italiana não resolvesse.
[NARRADORA ON]
Estavam as quatro prontas. Iriam para a melhor balada de Palermo, segundo Ana e alguns empregados da casa que moravam na cidade. Mal podiam acreditar que estavam na Itália, na Sícilia em Palermo! Bella, Stacy e Ashley estavam tão animadas com a boate, as roupas e tudo mais que nem notaram a desanimação repentina de Ana. Não só porque ela era uma ótima atriz, e conseguia disfarçar seus sentimentos durante todo o tempo, mas estavam felizes demais para se darem conta da luta interna que Ana Laura enfrentava. Ela quase não estava acreditando no que dissera mais cedo ao Parker.
“- Nós não nos pegamos e isso nunca, NUNCA, vai acontecer!” a frase vinha a sua cabeça várias vezes e ela não agüentava mais as mesmas coisas rodopiando sua mente, como crianças felizes brincando em um parque. A diferença era que não eram crianças. E não eram felizes. Ao contrário, aquilo a estava deixando louca e seriamente bipolar. Talvez não fosse uma má ideia consultar um psicólogo. Balançou a cabeça levemente, incrédula, e riu sozinha de seus próprios pensamentos loucos, chamando atenção das garotas que conversavam algo sobre sapatos ou garotos, não importava. Talvez Ashley começasse a ter razão, afinal.
- Eu nem falo mais nada. – Ash a encarou e depois desviou o olhar revirando os olhos. Stacy e Bella riram, mas Ana continuava com a mesma feição.
- Vamos? – Stacy perguntou se avaliando uma última vez no espelho. As amigas assentiram e todas saíram. Precisavam beber, se divertir, afastar os pensamentos importunos. Principalmente Ana Laura. Ela mataria por uma dose de vodka.
- TEQUILA, BABY! – Tom gritou, rindo e levantando um copo de tequila com os quatro amigos, que também riam, já meio alterados devido a bebida. A festa mal tinha começado pra eles, na verdade.
- YAAAAAAAAAY! – eles gritaram todos juntos quando terminaram de golear a bebida. Estavam totalmente animados. A noite prometia. Para cada um ali, mesmo sem eles saberem, a noite prometia. E muito.
Nathan olhou ao redor com calma e atenção. Havia mulheres muito bonitas ali – as italianas realmente não eram de se jogar fora -, mas por incrível que pareça, nenhuma ali estava chamando muito sua atenção. Foda-se, ele pensou. Pegaria qualquer uma só por pegar mesmo.
- Hey, Nath – Jay o chamou, fazendo Nathan voltar sua atenção até ele. – Aquela gostosa ali ta te dando mole, dude. – Ele apontou para uma garota de cabelos pretos caídos nas costas e olhos incrivelmente azuis, que estava encostada no balcão do bar e encarando Nath descaradamente enquanto passava a língua provocadamente no canudo de sua bebida. Nathan revirou os olhos e sorriu malicioso. Acenou com a cabeça para Jay e foi se espremendo entre as várias da pessoa da boate. A moça sorriu mais ainda ao ver que ele se aproximava, mas antes que Sykes chegasse ao seu destino esbarrou em uma garota pelos ombros.
- Ana Laura?! – ele arregalou os olhos, ao reconhecer a garota que estava toda sorridente – e mais bonita que o normal, com o vestido preto tomara-que-caia curto e totalmente colado ao corpo definido da garota -, mas assim que o reconheceu também, fechou a cara erguendo uma sobrancelha.
- Sykes. – Ana bufou e cruzou os braços. Nath cerrou os olhos percebendo, só agora, o quanto ela ficava sexy quando estava brava ou nervosa. – O que está fazendo aqui?
- Aproveitando a festa. – ele sorriu – E você?
- Tentando. – ela bufou, desviando do olhar dele que insistentemente procurava pelo dela – Mas com você aqui vai ser impossível.
- Quanta maldade, coraçãozinho. – ele gritou mais alto devido a música que começava a tocar. Um remix qualquer de Don’t You Worry Child –Swedish House Mafia. – Sabe, acho que você deveria aprender a ser um pouquinho mais simpática comigo. Afinal, nós vamos passar o verão todo, juntos.
- Você está bêbado, Sykes! – Ana Laura fingiu reprovação enquanto se afastava do garoto que se aproximava cada vez mais dela.
- Talvez. – ele sorriu colando o corpo da garota ao seu, e sentindo aquela sensação maravilhosa tomar conta de cada mínima célula de seu corpo, enquanto um arrepio na espinha de ambos subia por toda a extensão de seus corpos. – Mas eu acho que estou bêbado no amor, Ana Laura.
Continua...
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