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História Family - Uma grande família


Escrita por: JMINK

Notas do Autor


E AÍ! É de madrugada, pois é, nada novo sob o sol. Vocês estão bem? APROVEITEM QUE É MINHA ÚLTIMA VEZ PERGUNTANDO ISSO AQUI, HEIN ~chora

JÁ VOU AGRADECENDO PARA CADA UM QUE FEZ PARTE DESSA FAMÍLIA \O/ VOCÊS SÃO ESPETACULARES, E NADA VAI MUDAR ISSO.

ESSE CAPÍTULO FICOU E-NOR-ME! DIGNO DE CAPÍTULOS FINAIS, E... Vamos parar de enrolação e deixar as lágrimas para as notas finais, né!? Boa leitura, meus dengo <3

Capítulo 30 - Uma grande família


Capítulo Final: Uma grande família

 

Jin-appa estava em uma delegacia. Sim, em uma delegacia! Eu sempre achei que, se eu fosse pra ter um irmão problemático, causador de problemas, o problema em pessoa, esse irmão seria o Yoongi. Mas, pensando bem, Yoongi é muito parecido comigo, ou eu sou muito parecido com ele, então, talvez, se ele fosse um problemático, eu também seria.

Jimin estava ao meu lado se empanturrando de batata-chips, tagarelando um monte de besteira para Taehyung que apenas fazia que sim com a cabeça, mal dando ouvidos para o que ele falava, ocupado demais se preocupando com o destino que o nosso irmão mais velho teria. Ele encarava de uma janela do carro, e eu da outra, completamente vidrado. Yoongi, o meu odiado irmão, porque convenhamos… nós nunca nos daremos bem, estava no banco da frente ao lado do meu pai que não estava resolvendo problemas. Na verdade, ele até queria estar do lado de Jin-appa, ajudando a convencer o dele… delegado? Deve ser isso… Enfim, ele estaria tentando ajudar o papai a convencer o moço que cuidava do chilindró a não prender o bendito do meu irmão mais velho.

Eu estava doido para saber o que tinha acontecido, e porque no meio da noite tivemos que sair de casa para ficarmos parado dentro de um carro. Meu pai – o outro pai, Nam-appa para os mais íntimos – tinha dito que só não estava lá dentro por causa da gente – nós, crianças ingênuas, oh tadinha delas –, ele não queria lotar a delegacia de crianças. Iriam confundir ele e o appa com um casal de coelhos – claro que se olhassem para a minha cara e os meus dentinhos salientes, esse fato seria ainda mais evidente.

Abandonei meu posto de guardião da janela do lado esquerdo, enquanto Taehyung guardava o lado direito, para me apoiar no banco do Azedo-hyung, me inclinando para conseguir ler as mensagens que gritava naquele maldito brilho alto. Essa criatura não sabe usar brilho baixo, gosta de prejudicar as vistas. Vai ter que comer muita formiga em um futuro não muito distante. Para a minha – total – infelicidade, ele notou a tentativa de curiar sua conversa e escondeu o celular, me olhando feio.

O ignorei, afinal se a cada olhada feia que eu recebesse do hyung, eu ganhasse um real, estaria em Londres e bem longe dele. Ah… Bem, por que não começar tudo desde o começo, huh?

Eu sou o Jeongguk, o caçula do filho dos meus pais que… hm, espere um pouco, eu preciso apresentar os meus pais também? Certo, vou fazer isso. O que posso dizer de Jin-appa? Ele é o melhor pai do mundo quando não está irritado ou com raiva do Nam-appa, que a propósito é o principal responsável por nossa família ter se estendido tanto. Jin-appa, certa vez, me disse que apenas planejava ter só dois filhos, eu nunca entendi essa história direito, até porque quem em plenos 12 anos entenderia algo difícil desse jeito? Talvez algum gênio por aí, porque eu não.

Podemos pular para a parte que eu falo dos meus irmãos. O primeiro de todos tem que ser Hoseok-hyung – o meu antigo guardião –, eu o vejo poucas vezes, porque ele já não mora na mesma casa que eu. Quando ficou de maior, resolveu investir mais na carreira como rapper, então se mudou para uma garagem – é literalmente uma garagem! – no centro da cidade, onde tudo ficava mais perto, lá ele mora com alguns amigos e uma garota. Sim, uma garota! Meu irmão mora com uma garota! Isso é tão nojento que chega a fazer meu estômago revirar. Ugh. Se ele teve sucesso em sua decisão? Pelo o que pude perceber, terminar a noite em uma delegacia não podia significar boa coisa.

Meu irmão mais velho é persistente, e mesmo que esse sonho de ser rapper ainda esteja no topo de sua lista de sonhos, ele resolveu começar a cursar alguma coisa na faculdade no final do ano passado, já que ele não ia conseguir sobreviver com a mesada que os meus pais – ainda – dão para ele. Ele é do tipo que planeja se casar cedo para fazer a própria família, e  eu suspeito que  seja com a garota estrangeira da  garagem, mesmo que Yoonie-hyung saiba muito mais desse assunto do que eu. Não era o primeiro amor de Hobi-hyung, mas acho que… seria o último. É complicado achar alguém que te apoia em cada decisão, e ela fazia isso muito bem. Eles planejavam viajar, assim que tivessem dinheiro, depois da faculdade, e depois de alguns anos se casar.

Na escala do amor que eu tenho pelos meus irmãos, ele é o número -1.

O segundo irmão é o Yoongi. Eu não gosto dele. Não gosto que ele mexa nas minhas coisas e use a minha escova de dentes, e era um saco ter que dividir um quarto com ele. E eu fiz isso por quase a minha vida toda! Ainda bem que, com a saída de Hoseok-hyung, acabou sobrando mais um quarto e ele se emancipou pra lá. Hm, o Azedo-hyung é… tudo o que eu odeio no mundo. Chato, chato, chato e muito chato. Explode com qualquer coisa, surta com qualquer coisa, tudo para ele é “qualquer coisa”. Na escada do amor que eu tenho pelos meus irmãos, ele é o número -10.

Terminou a escola faz um tempinho, e decidiu que não queria fazer faculdade. Isso fez com que ele brigasse feio com a minha avó por parte do Nam-appa, que disse que ele acabaria morrendo de fome. Ele se importou? Não! Falou tantos palavrões naquele dia que eu achei que Jin-appa fosse lavar boca dele suja com sabão. Esse é o meu irmão confusão. Mas, é, de qualquer forma – e pelo o que eu ouvi da conversa dos papais com ele, em uma dia desses –, não é como se ele precisasse mesmo, mesmo, mesmo de uma faculdade para viver, não era o fim do mundo e ele ainda tem muito tempo para decidir o que vai querer da vida.

Ah, o Azedo-hyung tem uma coleção de cd’s, e eu confesso que ele tem um ótimo gosto pra música – roubo um dele todas as noites. Trabalha na lojinha do senhor da esquina, e namora um garoto. Sim, ele namora! Aquele Sehun… O cara que sempre que vai na minha casa leva um bolo para os meus pais – para comprá-los! –, e uma coleção dos meus jogos favoritos. E, por mais que eu… urgh, eu odeie confessar isso, eu sinto muito ciúme dos meus irmãos, ainda mais de Yoongi que vive na mesma casa que eu. Tenho certeza que vou sentir o mesmo quando for a vez de qualquer um dos outros começar com essa coisa chamada namoro.

Nam-appa explicou que namorar faz parte da vida, mas não necessariamente é coisa que todo mundo vai fazer. E, eca, espero nunca precisar passar por isso.

Chegando na parte dos irmãos gêmeos… meus irmãos gêmeos, que estranho pensar dessa forma. Ah, Jimin continua grudento, manhoso, chato, sensível e… ele é muito sensível. Entrou em uma escola que oferece cursos para dança, e ele ama dança artística. Acho que ele tem futuro na área. Conheceu um tal… como é o nome dele mesmo? Se não me engano, é Taemin – é muito admirável esquecer o nome do crush bem sucedido do Chim-hyung, porque ele não para de falar sobre ele desde que começou na escola artística e não sai da cola desse cara há tanto tempo que eu nem me lembro mais –, vive saindo com ele… eu não gosto muito disso. Em uma dessas saídas, Namjoon-appa me obrigou a ir com ele, pra saber quem era esse sem noção e essas coisas – Jimin resistiu até o último segundo, mas não tinha muitas opções –, fomos em uma sorveteria perto da casa do Taemin-hyung, eu conversei um pouco com ele, e por mais que ele seja um exemplo do que é ser gentil, ele não me engana! Não ficaria com o meu irmão – pensou eu –, ao menos que eu aprovasse – não que eu ligue para o que qualquer um dos meus irmãos fazem da vida.

Taemin e Jimin ficaram agarradinhos, fazendo aquelas coisas nojentas que pessoas que se gostam fazem, conversando sobre dança e essas coisas que eu não entendo, e o retardado ainda teve coragem de me perguntar se podia namorar o meu irmão! E o que eu podia fazer? Deveria ter batido nele pra ver se a cabeça voltava a funcionar, mas eu fiquei tão surpreso que apenas aceitei.

A gente voltou bem tarde naquele dia. Fomos – com 'fomos' eu quero dizer que Taemin-hyung  e Jimin-hyung foram, porque eu estava presente só de corpo, minha alma estava jogada na cama – em um parque, e essas coisas. Jimin disse que nossos pais adoravam dar aqueles passeios, e ele queria fazer igual porque admirava isso. Naquele mesmo dia… Nam-appa quase nos matou.

Já Taehyung… Ele não mudou absolutamente nada! Eu sou mais maduro que ele, e nós temos quatro anos de diferença. Ele ainda larga as meias fedorentas na sala, ou em qualquer lugar que ele estiver, anda nu pela casa quando não tem ninguém, bagunça tudo o que encontra pela frente, ainda divide o quarto com Jimin-hyung, e os dois se dão muito bem, não brigam, mais parecem com dois melhores amigos do que irmãos.

É irritante!

Taehyung gosta de computador, videogame – sempre perde para mim nas partidas –, pregar peças, e odeia as aulas de coreano com todas as suas forças. Os dois estão no colégio ainda, e por mais que o gêmeo idiota seja um cabeça de vento, atraído por Lego e essas coisas, ele só tira notas altas, como se fosse um gênio. Pelo o que sei, em uma dessas competições de raciocínio, ganhou uma viagem para algum lugar dentro do país, e irá fazê-la no final do ano.

Uma coisa que ninguém sabe, apenas Jimin e eu, é que Taehyung tem uma tatuagem na bunda e a fez quando estava bêbado.

Bizarro? Bizarro.

Yoongi tem o cabelo colorido, porque ele gosta dessas coisas. E o máximo que Jimin se aproxima disso são os piercings que tem pelas orelhas.

Namjoon-appa não liga muito para essas coisas, mas o Jin-appa não gosta muito.

— Finalmente! — sacudi a cabeça ao escutar a voz grave do papai na direção que tinha uma das mãos no peito, suspirando aliviado. — Achei que não fosse mais sair de lá.

Vi o meu pai resolvedor de problemas se aproximar mais do carro e abrir a porta justamente do meu lado, empurrando Hoseok com certa cautela apenas para que ele entrasse logo. Yoongi rapidamente passou para trás da van, e Taehyung decidiu ir com ele, para não ficar apertado onde acabou ficando apenas eu, meu irmão mais velho, e o outro gêmeo.

Ouvi papai bufar ao conseguir finalmente se sentar no banco do passageiro, massageando a cabeça de olhos fechados. Parecia muito nervoso.

— Não acredito que mesmo depois de grandinho, ainda tivemos que vir resolver os seus problemas, Hoseok! — repreendeu enquanto meu outro pai ligava o carro, passando a guiá-lo. — Você tem noção do que acabou de acontecer?

— Pai, eu já disse que… — foi interrompido.

— Você estava em um show que tinha drogas! — aumentou o tom de voz, fazendo tanto eu quanto Jimin arregalarmos os olhos. Até mesmo Yoongi-hyung largou o celular para prestar atenção na conversa. — O que está pensando da vida? Que vai fazer o que quiser e vai estar tudo bem?

— Jin, se acalme. — papai pediu, ainda surpreso.

— Não vou me acalmar! — olhei para Hoseok de cabeça baixa do meu lado. Não foi dessa forma que eu achei que iria ver o meu irmãozão de novo. Era tão… estranho. — Tivemos que vir aqui, a essas horas da noite, porque Hoseok foi confundindo com um… um… daqueles caras que passam drogas, já que ele estava no lugar, e poderia ter ficado preso. Eu… — cobriu o rosto. — Hoseok!

— Eu só fui chamado naquele lugar para cantar rap. Só queria fazer a minha música!

— E quem me garante que você não usa aquelas coisas? Quem? — a voz do papai estava estranha, parecia que ele queria chorar. — Hoseok, eu não sei o que eu faria se…

— Não! — quase gritou, assustado. — Não, eu não faço essas coisas. Eu nunca… nunca faria algo assim. — apertou os olhos ao ouvir o som do papai chorando. Jimin se encolheu do meu lado e Taehyung parecia estar… preocupado? Talvez fosse isso. — Appa…

— Hoseok, o que aconteceu, huh? — Nam-appa, que dirigia o carro, resolveu perguntar, tentando acalmar o outro appa acariciando seu ombro.

— Eu… eu fui chamado para cantar em um show de rap. Era um espaço pequeno, fechado. Eu acabei indo, fiz a minha parte, mas fiquei lá porque queria curtir, era uma festa e essas coisas. — sussurrou a última parte, parecendo estar arrependido. Eu nunca senti tanta pena do que meu irmão como sinto agora. — Deu umas horas, e a polícia chegou invadindo. Eu não ia imaginar que eles iam me confundir com um… Appa, você sabe que eu não sou desse mundo.

— Foi só isso?

— Por que você tava em um lugar assim, hyung? —  Jimin falou antes que Hobi-hyung respondesse Nam-appa, limpando o rosto.

— Eu… eu…

— Pare de fazer perguntas, Jimin. Mas que droga! Não é hora para isso. — quase acertei Yoongi-hyung com o meu pé. — Hoseok, vai ficar aqui até as coisas se ajeitarem por lá?

Taehyung entrou em uma conversa com Jimin-hyung, querendo acalmá-lo.

— Acho que sim… Eu não posso sair agora e deixar o pai assim, né!? — o meu irmão de cabelo colorido concordou.

O caminho até em casa foi bem demorado. O meu pai resolvedor de problemas tinha parado de chorar, e acabou se acalmando com o tempo de viagem até a nossa casa, e o meu outro pai tentava puxar algum assunto com… qualquer um que estivesse querendo responder ele. Eu não tinha ânimo para isso. Estava triste pelo Hobi-hyung, porque ele sempre odiou preocupar os nossos pais, e eu sabia que a culpa não era dele daquela vez.

Com toda aquela situação chata, meu irmão mais velho decidiu voltar a morar com a gente por um tempo, até que os appas voltassem a confiar nele. Trouxe algumas tralhas, se mudou para o quarto que era para ser só de Yoongi, e o Azedo-hyung teve que voltar a dormir comigo. Gêmeo 1-hyung – assim como chamo Taehyung, quando não encontro outro apelido: como idiota e afins – deu a ideia de fazermos uma fogueira no quintal, e eu junto dos meus outros irmãos topamos.

Jin-appa estava no trabalho quando resolvemos organizar tudo. O vizinho veio ajudar. Sehun trouxe comida, porque a única que ele faz é dar comida para gente – quer comprar todo mundo pela barriga –, os pais dele estavam viajando – lua de mel, alguma coisa assim, não tinha mesmo vontade de saber, por mais que meu senso curioso gritasse –, e seus irmãos estavam na casa dos avós, com exceção de Jongdae que estudava fora do país.

Enquanto todo mundo se acabava de trabalhar no quintal, derretendo no sol que não existia – mas o calor era real, porque eles não paravam de se mexer –, fiquei sentado dentro de casa, no sofá, pensativo e escutando a conversa de Nam-appa com tio Jackson pelo telefone.

Pelo o que parecia, tio Jackson tinha brigado com tio Mark, e os dois estavam separados há um tempinho. Yugyeom estava com o tio Jackson, e os outros – Youngjae e Jinyoung – com o outro tio. Meu pai dava alguns conselhos, se comportava como um especialista daqueles lances de amor por ter um relacionamento exemplo – meus pais tem um amor muito legal, confesso, mesmo que me dê vontade de vomitar.

A noite chegou, nos arrumamos em uma rodinha em volta da fogueira, e Jin-appa chegou, sendo surpreendido pela reunião de família surpresa. Nossa família não se reunia há quanto tempo mesmo?

Os meus irmãos não eram muito ausentes, mas não estavam sempre ali. Nós não estávamos sempre juntos, porque, como ouvi uma vez do papai Namjoon: nossos mundos giram em direções diferentes. Cada um tinha sua vida, menos eu… porque eu sempre seria o bebê da família.

Eu gostava de ser o bebê da família.

— Mas que surpresa boa. — papai Jin colocou as duas mãos na cintura, se aproximando da rodinha. — Porquê fizeram isso? — abriu um sorriso… o sorriso do papai me deixava feliz.

— Nós queríamos lembrar os velhos tempos. — foi a vez do meu segundo irmão mais velho responder, encolhido dentro da blusa de frio gigante por causa do frio. — Quando o Hoseok não era preso, Jimin não era uma fada dançarina, Taehyung um pregador de peças, e Jungkook um… ah, enfim, ele é o Jungkook.

— Ei! — me senti ofendido, ele riu, sendo acompanhado um pouco depois. — Eu sou a melhor parte dessa família.

— E eu não sou uma fada bailarina!

— Dançarina.

— Tanto faz. — encheu as bochechas de ar.

— Ah, muito bem… — Nam-appa pigarreou, batendo em um lugar ao seu lado para que o outro papai se sentasse ali. — É um momento de paz, e eu não quero que vocês briguem.

— Mas foi o… — Taehyung deixou de apontar para o louco de cabelos coloridos ao receber um olhar do papai, cruzando os braços.

— Eu senti muita falta disso. — Jin-appa foi abraçado de lado por Hoseok, e em seguida por Taehyung que estava do outro lado. — Estou ficando velho, huh? Meus meninos já são homens, estão traçando os próprios caminhos…

— Começou… — Yoongi estalou a língua, e eu acabei rindo.

— As vezes, eu me sinto incapaz de protegê-los do mundo que tem aí fora. — acabei sorrindo ao receber um espeto de marshmallow, parecíamos estar em um filme americano e eu gostava muito disso. — Queria manter todos vocês embaixo das minhas asas para sempre.

— Nós sabemos. — falamos juntos, revirando os olhos. Acabei rindo de novo.

— Vocês sempre serão os nossos bebês. — Yoongi se recusava a ir abraçar Jin-appa também, ele se segurava no chão como se sua vida dependesse disso. — E nada no mundo vai mudar isso.

— Nem mesmo quando já estivermos maiores que vocês? — Taehyung perguntou, cheio de graça, tendo sua orelha puxada por Hoseok que acabou rindo. — Aí, Hobi-hyung!

— Quem conseguir chegar no meu tamanho, eu dou um prêmio.

Papai Namjoon sempre foi muito engraçado.

— Ah, appa! Desse jeito você me desanima. — rimos de Jimin. — A realidade é tão triste. Por que nós temos que crescer mesmo?

Era uma ótima pergunta.

Por que tínhamos mesmo que crescer?

Pensar em como éramos antes me fez voltar um pouquinho no tempo. Eu era muito pequeno para lembrar de tudo, mas eu sabia que meus pais deram tudo de si para dar a melhor educação para cada um de nós. Eles nos curtiram o tanto que puderam, curtiram a nossa infância ao nosso lado. Seguraram nossas mãos quando não sabíamos ficar de pé… Namjoon-appa era a parte doce e esquecida da nossa família, e Jin-appa a responsável e durona. Eu os amava tanto que… que.. eu sinto como se nada que eu fizesse irá retribuir o que já fizeram por mim e por meus irmãos.

Assim como meus irmãos, tipo… eles são uns irritantes, mas eu gosto tanto deles, gosto tanto de quando estamos juntos. Gosto quando me contam nossas histórias, quando recriam o cenário da primeira vez que eu disse um nome certo na vida, ou de quando acabei enganando um médico.

Ou quando Yoongi-hyung perdeu o medo de piscinas.

Ou quando ChimChim-hyung teve sua casinha de presente destruída por mim.

Ou quando Taehyung – mais conhecido por mim como gêmeo 1-hyung – fez com que todos nós nos apertássemos em uma cabine para tirar fotos polaroide. Que, a propósito, meus pais tinham até hoje na carteira.

E até mesmo quando meu irmãozão se apresentou em um palco pela primeira vez. Eu o admirei tanto naquele dia… mesmo que eu não me lembre de quase nada.

Eram lembranças que mereciam estar comigo para sempre.

Mesmo que eu não me lembrasse de quase nada.

— Kookie, você tá chorando? — Jimin reparou, já enchendo os olhos de lágrimas. — Ah, irmãozinho, não chora. — me puxou para um abraço apertado, e eu acabei chorando um pouquinho mais.

Os olhos de todos estavam em mim, e logo aquele monte de vozes juntas começaram a fazer mil e uma perguntas sobre os meus motivos para estar chorando. Não demorou para que cada um deles – até mesmo Azedo-hyung! – decidisse participar do abraço também.

— Eu amo vocês, crianças. — Nam-appa, mesmo sabendo que meus irmãos não eram mais crianças, nunca deixou de nos chamar assim. Era engraçado, por mais que eu não gostasse quando isso acontecia em público.

— Ah, pai, não começa. — Yoongi se afastou, derrubando algumas pessoas no chão. — Pra mim isso é tudo um plano do Jungkook pra gente esquecer de comer os marshmallows e sobrar mais pra ele.

— Você está chorando também! — apontando, Taehyung acusou, rindo. — Chorão!

Meu irmão colorido passou o moletom no rosto, se recusando a acreditar que ele produzia lágrimas.

Hobi-hyung bagunçou os meus cabelos e me entregou um três marshmallows, me pedindo para não chorar mais, porque ele não gostava de ver nenhum de seus irmãos chorando.

Eu só estava aliviado por perceber que, mesmo depois de anos – e de toda a distância – nós continuaremos unidos. Da nossa própria maneira. Yoongi sendo chato, Hoseok sendo chato, Jimin sendo chato, Taehyung sendo chato, os meus pais sendo… não, deixa isso para lá. Não importa.

Desde que nós nunca esqueçamos o que somos: uma grande família.


Notas Finais


Sobre o capítulo: eu adoro treta, é isso. Eu não vou falar muito sobre ele, na verdade, quero deixar a cabeça de vocês limpa para que tenham as próprias ideias e conclusões.

Bem, foi difícil marcar a opção de conclusão lá em cima... Pode não parecer, mas eu sou muito apegada a Family, tipo... em um nível de comentar com qualquer um sobre ela, de ficar feliz com qualquer coisinha que aconteça a envolvendo, e eu fui muito feliz escrevendo cada capítulo, porque eu me diverti, eu libertei as minhas memórias em algum lugar. Eu amo lembrar da minha infância, foi a melhor fase da minha vida, e felizmente eu pude aproveitar ela como nunca vou poder aproveitar mais nada, já que nada é comparável a essa fase que a gente mal liga para as coisas. Foi com base nela que eu escrevi Family, que a proposito foi uma fanfic que eu tive bastante hesitação em postar. Primeiro por retratar os meninos como crianças, eu não sabia como essa ideia seria recebida, e eu confesso que me preocupei um pouco. Segundo porque queria mostrar que, oh sim, dois homens podem sim cuidar de uma família, e não necessariamente se precisa de uma mulher para isso (e eu não estou falando isso como um discurso machista, ok? Vocês sabem da visão que as pessoas tem por aí sobre família e o conceito dela). E, na verdade, também não necessariamente tem que ser constituída a partir de um relacionamento amoroso. Família é onde existe amor. Seja você com seu gato, seja você com o seu cachorro, um ou dois, até mesmo três, seja você e sua avó/ô, seja você e você mesmo. Você e o seu/a melhor amigo/a. Desde que tenha amor, está tudo bem.

Um dos meus objetivos foi fazer com que cada pessoa que lesse essa história, um capítulo ou outra que seja, se divertisse e saísse um pouco da realidade. Queria levar vocês para outra dimensão, para um mundo onde os problemas não pesassem tanto. Eu espero ter alcançado isso, espero ter feito você rir, dar um sorriso, ficar feliz, ou, de vez em quando, acabar se emocionando.

Eu sou muito grata a cada um de vocês. Muito obrigada a todos os que deram força para que Family chegasse até o fim! Obrigada pelos mensagens, comentários, favoritos, puxões de orelhas, ideias, conversas, apoio, sério, vocês são demais. Eu nunca vou ter palavras para expressar cada sentimento que cada um de vocês me proporcionaram <3 Eu fui muito feliz escrevendo Family, e eu espero fazer quem quer que leia ter esse mesmo sentimento.

Eu amo muito cada um de vocês <3 muito mesmo, com todo o meu coração e sou imensamente grata. Obrigada por dar amor para cada um dos meus personagens, para a história deles e para cada coisinha que aconteceu em determinadas partes dessa pequena história. Quero dizer que esse final não é conclusivo, você pode ter uma versãozinha na sua cabeça do que rolou depois, afinal a nossa imaginação está aí para isso: para ser explorada.

OBRIGADA À TODOS QUE ME ACOMPANHARAM EM MAIS UMA HISTÓRIA! A GENTE SE VÊ POR AÍ, EM UM BECO, EM UMA VIELA, QUEM SABE. AMO VOCÊS <3

~você fez parte dessa família <3


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