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História Family business - Qui corpus quod ex infernis


Escrita por: becausetardis

Capítulo 17 - Qui corpus quod ex infernis


Fanfic / Fanfiction Family business - Qui corpus quod ex infernis


No sonho eu estava sentada num jardim, não conseguia me mexer, casais passeavam pra lá e pra cá me olhando como se eu fosse uma criminosa. Achei ele, Dean. Segurava a mão de uma mulher bonita, tinha cabelos negros como os olhos de um demônio. Um menino corria ao redor deles, eram felizes.  Os outros casais começaram a repetir "deixe-os em paz", cada vez mais alto, quando um deles estava quase encostando em mim, acordei. Decidi que não esperaria mais. Arrumei minhas coisas, deixei uma carta para o Bobby em cima da mesa sem dizer para onde ia nem por quanto tempo ficaria fora.

Não atendi ligações nem respondi mensagens, resolvi casos sozinha e dormi em motéis baratos. Os dois primeiros meses, sem dúvida foram os piores. Eu sentia falta de tudo, me perguntava como eles estariam, se Dean tinha ido atrás dela, se estavam bem. Mas mesmo me perguntando isso incessantemente, eu não queria respostas. Não queria saber de coisas que talvez eu não pudesse aguentar.

Exorcizei muitos demônios, torturei outros, ouvi coisas ao meu respeito. Antes, só os filhos mais queridos do rei do inferno sabiam sobre mim, agora, todos sabiam um pouco. Muitos tinham medo, outros chegavam perto até demais. Além dos demônios, muitos homens tentaram alguma coisa e foi nessa época em que mais tive nojo do sexo masculino. Então ele apareceu, Joseph, caçador. Era alto, moreno, forte, cabelo baixo, tinha um rosto lindo, mãos fortes e sempre atentas. Tinha tudo que eu mais queria em alguém. Mas não consegui. Ele me acompanhava nos casos e era sempre muito cuidadoso, gentil, elegante até matando vampiros. Isso me incomodava, o fato de não conseguir retribuir o que ele estava tentando me dar. Mesmo assim, continuou comigo, bebíamos juntos, ele me contava da vida, os casos mais perigosos, as mulheres mais malucas, os melhores bares que já havia conhecido.


No quinto mês éramos amigos, grandes amigos. Mesmo sem contar muito da minha vida pra ele, era assim que me sentia, uma amiga muito próxima dele. Eu não me importava que saísse com outras mulheres, quando ele percebeu isso, parou de me informar sobre os seus encontros.

- Você realmente não se importa que eu te deixe aqui no bar? - perguntou enquanto uma moça puxava-lhe gentilmente o braço.

- Claro que não. - sorri - Ande logo, ela parece que está com pressa. - ele sorriu de volta e então saíram apressados.
Comecei a soltar meu cabelo do coque folgado em que se encontrava quando um homem sentou no banco ao meu lado perto do balcão. Assim que se aproximou senti um cheiro de enxofre. Minha faca na cintura parecia implorar para ser usada.

- Boa noite. - a voz dele parecia uma cobra, me circulando, cheia de malícia. - Posso te pagar uma bebida? - me farejava como se eu fosse um jantar.

- Duplo por favor. - ainda não tinha olhado pra ele, a minha bebida chegou e eu continuei fingindo que ele não estava ali. Mas quando terminei de beber, pousei o copo no balcão e me virei pra ele. Os olhos semicerrados escureceram totalmente. - Obrigada. - Ele se remexeu inquieto como se tentasse se afastar. Era um animal assustado. - Ora vamos, não me diga que está com medo de uma mulher atraente. - sorri e pedi mais um duplo. Quando o copo foi colocado na minha frente, voltei a olhá-lo. - Saia daqui antes que eu termine a minha bebida. - dei um gole. Ele desceu nervoso do banco e tentou passar por trás de mim. Segurei seu pulso com uma agilidade de um bicho. A cobra era eu. - Qui corpus quod ex infernis. - sussurrei. Soltei seu pulso e ele me olhou desesperado, saiu do bar e eu pude ouví-lo deixando aquele corpo como eu havia ordenado.
É. Um dom que veio com a parte angelical. Um dos melhores, não posso negar. Foi pensando nisso que voltei para o motel.


Tomei um banho quente, coloquei uma camisa grande e me deitei. Essa era a minha rotina. Caçar, torturar, matar, esquecer um pouco mais. Nesses 5 meses os resultados obtidos foram até satisfatórios se não levarmos o tópico Dean em conta. Eu continuava a mesma em relação a ele. Apaixonada. Juro que se pudesse caçar esse fantasma dele em mim, já o teria queimado com sal há muito tempo.
 


Notas Finais


desculpem a demora


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