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História Family Friends Our Love - Todos Por John I Explosão de Desejos


Escrita por: AndMcRetro

Notas do Autor


Hola mis amores! ¿Sabes por qué estoy hablando español? Tendremos un conquistador en este capítulo ... Y don Juan fue un conquistador español. Qui hacer algo diferente en la apertura del capítulo de hoy, kkkkkkk

Oi meu amores! Sabem porque estou falando espanhol? Teremos um conquistador neste capítulo... E, Don Juan era um conquistador espanhol. Quis fazer algo diferente na abertura do capítulo de hoje, kkkkkkk

~ OIIIIIIIIIIIII GENTE, OI OI OI!
Como eu quis improvisar ali logo àcima , só pra dar uma mudada. Nesse cap, o John vai ter um susto assim como seus amigos. A Lore vai legar um susto maior ainda, maior até do que o susto do John.... Para descobrir, só nos resta LER pq LER é a alma da coisa *u*

QUE SAUDADE DE VCS MEUS BBS! <3333333333333333333333333333333333
AMO VCS COM TODO MI CORAZON HSUAHAIUHSUIAS <3 <3 <3 E veremos o ´´Don Juan´´ da história, o conquistador, o romance ali pairando...

~ bora ler? Bora? Tá curioso(a) leitor(a) ? Eu também, quero saber sua reação! Para isso, comente logo abaixo assim que terminar de ler <3 Aw amo vcs meus lindos!!!!!!!!!!!!!!!!

- BESOS! Buena lectura!

Capítulo 14 - Todos Por John I Explosão de Desejos


Fanfic / Fanfiction Family Friends Our Love - Todos Por John I Explosão de Desejos

Pov. Elena

         A buzina de Jim , se repetia constantemente. Lorena e eu, apressadamente entramos no carro e ascenamos para mamãe. Paul e eu demos um beijo breve e Lore, só não disse uma gracinha logo pela manhã porque estava com biscoitos na boca. Então, conversei sutilmente com meu Paulie:

- Bom dia, namorado! --beijei sua bochecha.

- Novos beijos? --sorriu - Bom dia namorada linda... --acariciou meu rosto, fechando seus olhos.

- Esses casais de cinema são tão docinhos, mais que estes biscoitos --Lorena mastigava.

- Adolescência é a melhor época, aproveitem jovens --Jim virava o pescoço e piscava para nós.

- Estou com tanta saudade do Georlindo... --Lorena suspirou

- Meu amigo está incrivelmente feliz, Lore --disse Paulie.

- George é um garoto tão bom, as conversas com ele são sempre engraçadas e abarrotadas de comidas --falei, todos gargalharam.

- Ele pode comer, não engorda mesmo --Lorena deu de ombros.

- Como passou a noite ontem? Diga, passou bem? --Paul me colocava dentro de seu abraço.

- Muito bem, aqueles instantes na chuva... --apertei seu nariz.

- Isso é meu, mocinha... --Paulie começou a fazer cócegas na minha barriga.

- Cheguem pra lá, estão quase caindo em cima de mim apaixonados --Lorena gargalhou, nos empurrando com os ombros.

- Que espaçosa, Lore! --arfei.

- Sou mesmo --fechou os olhos, sorrindo e devorando os biscoitos.

Chegando no Liverpool Institute, respirei fundo. Tenho que ter uma conversa séria com John.. Aquela frase dele na noite do meu aniversário, me deixou mal. Descemos do carro e George, estava na frente da escola, com uma sacola cheia - caberia agora descobrirmos de quê. O garoto veio correndo com aquele peso todo em mãos e a sacola se rompeu:

- GEORLINDO!!! --Lorena corria em direção aos braços de Harrison.

- Paulie, diga pra mim... O que caiu da sacola são...

- Frutas --Paul sorriu - Muitas frutas. George sempre surpreendendo com suas maluquices, boas no caso --Paul me abraçou.

- Me ajudem com as frutas, seus grudes... --Lorena juntava as frutas, com George.

- Temos coisas melhores a fazer, não é Elena? --Paul beijou minha bochecha.

- O quê? --me fiz um pouco.

- Venha cá --segurou minha mão e saímos em disparada.

Pov. Lorena

    Frutas? Que namorado iria presentear a sua garota com frutas? Sim, o meu Georlindo o garoto mais lindo do Liverpool Institute e do mundo. Ops, acho que do mundo não. Se ele fosse o garoto mais lindo do mundo, provavelmente namoraria Brigitte Bardot, Elisabeth Taylor... Só que será que elas iriam dar bola pra um pirralho? Acho que não... Meu menininho adorável, engraçado, esganado como eu, me ajudava a juntar as frutas caídas do chão e colocar no que sobrou da sacola:

- Gostou, Lorelinda? --beijou meus lábios brevemente.

- Amei, Georlindo. Coisa mais linda, essas frutas... Vou adorar comê-las e...

- N-não... --pigarreou - Eu também farei uso delas.

- Como assim? Elas são minhas querido --arranquei as frutas das mãos dele.

- Suas uma ova, roubei essas frutas da dispensa da minha mãe, para não comer nenhuma? --me encarou.

- COMO ASSIM ROUBOU? --gritei - SEU BURRO, ROUBAR FRUTAS DA SUA MÃE!

- Fiz isso pra te alimentar --sorriu

- Acha que sou morta de fome, bobo? Acha mesmo? Daqui a pouco arranco sua perna e devoro --rangi os dentes.

- Atacada! Me devolve as frutas. --arrancou-as de meus braços.

- Devolver? Quer suas frutinhas, amor? --pisquei os olhos.

- Quero sim, minha Lorelinda... Vamos dividir e...

Joguei todas as frutas longe. Algumas acertaram os pés dos que vinham entrando na escola. George, só faltou me atirar com as frutas também. Foi satisfatório olhar todas as frutas rolando pelo chão e minha dignidade sendo juntada. Georlindo, começou:

- Sua maluca, como jogou as frutas da minha mãe, estavam tão novinhas agora caíram no chão e nenhum de nós vai comer --George se importava mais com as frutas do que comigo.

- Danem-se as frutas, quem mandou roubá-las da dispensa da sua mãe? Em? Não mandei... --o empurrei

- Confusão entre os recém casados? Desculpem o termo, criançada... O certo é o quê mesmo? Algemados? Puxa John, que cabeça de vento... Namorados? Agora sim acertei... --John mordia uma maçã vermelha, idêntica das quais George tinha me presenteado, com as demais frutas - Vou mastigar essa maçã que está bem docinha, suculenta e...

- Essa maçã é da minha mãe, Lennon --George arfou.

- Sua mãe, a tiazinha gente boa? Não vi ela, só vi a maçã mesmo, no chão. --John sorria.

- Outro burro --os encarei - Sério, vocês são idiotas. E quanto a você, Harrison --aproximei-dele - Fique LONGE DE MIM esfomeado --o empurrei, caindo no chão.

- Que garota esquentada, Lorena... --George tentava me segurar.

- Chega George, não podemos namorar, que namoro é esse que você se preocupa mais com frutas do que comigo? --arfei.

- Você que começou, meu amor --George estava calmo, segurando meu braço e o acariciando.

- Lorena 1, Harrison 0 --John sussurava.

- CALA A SUA BOCA, DEMENTE! --gritei - George, fique com a sua dispensa, espero que ela beije bem --tentei sair.

- Ela não beija, ela é de madeira... --olhou para o chão.

- Mentira que você era tão desesperado que beijava até os pés por falta de garotas --sarcasticamente Lennon.

- Quieto! --encarei John - Pode me deixar ir?

- Se eu posso? Não, eu não posso --George me segurou.

- Então fique com uma dor... Uma dor ... Ah, uma dor!

Chutei George no meio das pernas. O garoto arregalou os olhos, ficou vermelho (deduzo que sentiu dor) se curvando, caindo no chão em seguida e colocou as mãos ali, que nojo. John caiu na risada e saí dali... Lennon gritou algo que eu não consegui ouvir - ainda bem que não ouvi - chutava o meio de suas pernas também.

Pov. George

A dor que eu senti não desejo para ninguém... É muito pior que dor de estômago. Fiquei no chão, curvado, me segurando para não gritar e John, aos berros provocando Lorena:

- Sua assassina, matando os filhos de vocês --John jogou o caroço da maçã longe - Vem George, nem doeu tanto assim, você nem tem nada ai --arfou.

- C-como não, seu idiota --gritei - Ela é um perigo.

- `Perigo para as próximas gerações --sorriu - Já tive muitos destes chutes na outra escola, nem por isso morri.

- As garotas não tem coração --ameacei chorar - Presenteei ela.

- Sério, o que deu? Um anel, um diamante, o seu rim... --John queria saber.

- Frutas --sorriu - Essa que você comeu, era da Lorena.

- Frutas? --gargalhou - Que piada, cara... Das boas.

- P-porque piada? 

- Garotas não querem frutas. Se quiserem, vão até o armazém e compram. Elas querem outras coisas... --John arqueava as sombrancelhas.

- Não comece com suas travessuras, John. Não tenho 16 anos, sou novo ainda.

- Calma, vocês tem uma visão bem distorcida do meu caráter, em... Me refiro que garotas gostam de serenata, carta, bombons são legais. Só que frutas, acho muito bobo.

- Lorena é esganada.

- Esganada mas é uma garota, é mais coração que razão. Acho que deveria garimpar esse visual certinho... --John dava circulos à meu redor.

- O que há de errado com meu visual? 

- O cabelo, muito baixinho. Tem que ter topete, olha o meu. As garotas me chamam de Johnny Presley, entende? --se gabou, ajeitando a gravata.

- Não sou Presley. Sou Harrison...

- Tudo bem Mr Realista, vou te ajudar com Lorena. Afinal, ela pensa como eu e acho que irá gostar. Já tragou? --John mostrou um cigarro.

- Nunca. Que nojo, faz mal --fiz uma careta.

- As garotas não querem saber se faz mal. Querem se sentir atraídas. Vamos, pega --alcançou um cigarro - Esconde dentro da meia do sapato --piscou.

- Vândalo --sorri - Que mais?

- O resto deixa comigo, vamos ver se Lorena para de dar os pitis.

- Valeu... --apertamos as mãos.

Pov. Paul

Sentados no banco, Elena estava dentro do meu abraço. Várias conversas, bobagens e brincadeiras deixavam meu dia mais completo, feliz. Sei que ela é a garota certa e estou fazendo de tudo para recompensar essa aceitação. Fiquei ali um bom tempo com ela, mimando, fazendo carinhos, conversando e dando risadas. Até que uma garota se aproximou:

- Oi McCartney... --seu sorriso era aberto e forçado demais.

- Olá --sorri sem graça.

- E o meu oi? --Elena rebateu.

- Dizem que teve uma festa no fim de semana, um estouro. O pessoal está comentando. Falaram que você estava com a aniversariante da festa, uma tal de...

- ELENA KLARK, PRAZER --Elena ergueu a mão para cumprimentar a garota, fiquei sem reação nessa hora.

- V-você é a aniversariante, então por isso que estão juntinhos... Que fofo --a garota não parava...

- Quem é você? --arqueei as sombrancelhas.

- Kin, colega de Richard... --piscou.

- Ringo é seu colega? --o tom de animação de Elena me irritou.

- E dai que ele é colega dela? --falei.

- McCartney, quando terminar esse namoro, poderíamos tomar um sorvete. Como é namorico de garotinhos, sei que será breve. Beijinhos...

Kin, nos deixou boquiabertos. Um silêncio tomou conta do ambiente e o entusiasmo na voz de Elena por mencionar Richard - ou pingo, Ringo, pouco me importa - não deixava que uma palavra sequer saísse de minha boca. Então, começou:

- Paulie... O que há...

- Richard, tornaram-se bem amigos --olhei pra cima.

- Amigos, como pôde reconhecer agora. Eu deveria ter dado uns sopapos na cara da tal Kin.

- Parece uma moça legal --provoquei.

- Legal? Deu uma cantada e das terríveis, pra cima de você. Sou sua namorada, McCartney --imitou a voz de Kin, tranquei o riso.

- Ciúmes? --segurei seu queixo.

- E se for? --fechou os olhos, sua boca convidativa e de traços perfeitos.

- Fique sem ele --a beijei brevemente - Deve ser mais uma do time das...

- Apaixonadinhas pelo McCartney, o garoto bochechudo, inteligente, galante e... --imitava a voz de Kin e soltei uma gargalhada.

- E seu --a abracei - Só seu. 

- Acredito?

- Deve! --arfei - Ora... --cruzei os braços, franzindo o cenho.

- Ciúmes tem você do Ringo desde que dançamos na festa. Paulie, nunca mais falei com ele... --acariciou meu rosto.

- Sei que é estupidez, meu amor. Somente acho ele muito avançado. É mais velho, bonito... --fiz uma careta - Dança bem.

- Como eu te amo seu bobinho --me abraçou, cobrindo meu rosto de beijinhos.

- Cócegas, meu Deus, pare --eu queria escapar daquilo, as cócegas irritavam mas os beijinhos calculados sobre meu rosto, me deixavam feliz... Pleno.

Pov. Ringo

Jane estava bem atrasada. Então me direcionei até um dos bancos que sempre - ou quase sempre - estava vazio. Desde a festa, não parei de pensar em Elena, na sua delicadeza, seu olhar adolescente e sua mistura completa e perfeita. Desejo tê-la mais que tudo neste momento. O que viu no jovem Paul? Bochechas? Só pode. Aproximei-me do banco e dei de cara com uma cena não muito boa - Elena dando beijinhos contínuos no rosto do namorado - que repuna. Engoli a seco e pigarreei:

- A-ham --ajeitei a gravata - Atrapalho?

- Ringo --Elena sorriu, que sorriso. Pronunciou meu nome como um sussuro, entendi pela leitura de seus belos e rosados lábios.

- Que foi, amor? --Paul estava sobre o pescoço de Elena, não tinha me visto e nem entendido as palavras da garota. 

- Bom dia, McCartney --o encarei.

- RICHARD? --o garoto deu um pulo do banco.

- Agora noto que me viu... --gargalhei - Viram minha namorada?

- Asher? Infelizmente meus olhos não conseguem ver --Elena sorriu.

- Quem sabe você dando umas voltinhas pelo Liverpool Institute, encontre-a. Acho que não temos controle sobre os outros alunos que estudam aqui e muito menos sabemos seus passos .

A provocação de Paul subiu como um conversível pelas minhas veias. Elena, linda e com seus trejeitos delicados, enganchada com McCartney, um sujeitinho meramente tímido e disputado por todas as garotinhas, beleza repetida, bochechas salientes e um topete ridículo? Arfei e rebati:

- Cale sua boca, garoto --a resposta foi rápida e impensada.

- Nossa Richard, não fale assim com Paul --Elena o beijou, que raiva...

- D-desculpe Elena... Vou indo. Até mais ver. --encarei Elena e saí. Não quis olhar para a face de Paul, porém tenho certeza que aquelas bochechas - ou maçãs no rosto - estavam vermelhas e ele tinha se irritado. Jane me encontrou em seguida e começou suas lamentações:

- Starkey, onde estava? Procurei você, deve ser o contrário!

- Jane, acho que vou te ajudar --sorri

- C-como? --a linda ruiva arregalou os olhos.

- Quer McCartney?

- McCartney? Oh céus, meu mais belo sonho é este garoto... 

- Poderá fazer o que quiser com ele. 

- Que mudança repentina, por que quer que eu fique com ele? --sorriu

- Quero Elena. Estou ficando louco de paixão. Preciso dela. 

- Ui, Richard... Tudo bem, você terá --sorriu - Teremos nossos desejos.

- Teremos --sorri, abraçando minha aliada. 

Seria errado separar Paul e Elena? Sim, seria. Mas o amor que sinto eu nunca senti desde que terminei meu flerte com Brenda. Dizem que ainda ela é louca por mim e eu pouco me importo. O que tive com Brenda foram somentes beijos, mais nada. Estaria me aliando com a doida da Jane. Estaria. Por minha felicidade e que McCartney que se dane. Ele não sairá perdendo, ganhará em troca uma bela ruiva - louca por ele e apaixonada.

Pov. Elena

O sinal tocou e entrei para o interior da escola, de mãos dadas com Paul. John se aproximou de nós, com as mãos na cintura de Cynthia e ela, irradiante, com seu sorriso aberto e expressão de garota apaixonada, assim como eu:

- Casalsinho fofo, bom dia.. Aula agora --John piscou.

- Oi John, oi Cyn... --Paul os cumprimentava.

- Oi pessoal --dizia Cyn, entre sorrisos.

- John --falei - Precisamos conversar.

- Lá vem cobranças... --revirou os olhos - Escuta, eu não fiz por mal , ela falou da minha mãe. Minha mãe ninguém pode falar dela, só eu posso, eu a conheci e eu vim dela, quer se atreve a remexer na minha história? --exaltado.

- Sabemos disso, amigo e tivemos essa conversinha, não é fofinha? --Paulie me abraçou.

- Tivemos --sorri para Paul - É que, será que ela... Faria isso? --sorri, corando.

- Prefiro não falar mais nada pra você, minha lady pureza --Lennon sorriu e beijou minha testa - Desculpe, me expresso mal sempre.

- Acostume-se, o John é uma figura. --Cyn sorria.

- Tudo bem queridos, vamos subir --disse, olhando Paul.

Duggie estava na sala esperando os alunos. Batia a régua na classe impacientemente. John entrou mascando o chiclete e pouco ligou para a expressão do professor porém na pressa de ir até seu lugar, tropeçou por cima dele. A sala toda caiu na risada. Duggie não se conteve e gargalhou, sem tirar sua pose autoritária:

- Lennon....

- O terror das garotas --apontou para as meninas, mandando beijos no ar.

- Sente-se, piadista.

Sentei no meu lugar e Paul, atrás de mim. Lorena sentou ao meu lado, George na minha esquerda e John, ao lado da minha irmã. O professor abriu um livro empoeirado e com muitas páginas, começou a ditar um texto e tivemos que copiar - contra nossa vontade. George, copiava rápido. Lennon, com seus óculos, parecia rabiscar qualquer coisa, menos o texto. Lorena estava copiando tudo direitinho, mascando seu chiclete. Paul, atrás de mim:

- Elena --sussurava.

- Paulie, namoro agora não --falei, sem virar o rosto para trás,

- O que está havendo entre Mr McCartney e Ms Klark? --o professor nos encarou.

- Está havendo muita pegação --disse John, rabiscando a folha.

- Lennon --o encarei - Cala a sua boca, garoto.

- Sempre com suas falas engraçadinhas, Mr Lennon... Acho que aqui não é um ambiente para o senhor ficar --Duggie cruzava os braços, largando o seu livro pesado na mesa.

- Acho que não é mesmo --John mexeu nos óculos, deixando seu rabisco de lado.

- Escreveu o texto, que parte está? --Duggie se aproximava da mesa de John.

- Na parte que me ferro --John sorriu.

- Johnny --Lorena o cutucou - Fica quieto.

- Eu copiei tudo, sou exemplar --Harrison sorria, entusiasmado.

- Estou falando com o Lennon... --Duggie encarou Harrison.

- Quem disse pra falar assim com ele, ele é um dos meus --John levantou da classe.

- Cara, por favor ... -- Paul encarava John. - Professor, continue o texto...

- Olha aqui Lennon, desça já comigo --Duggie dizia, sem espaços na voz.

- Calminha... --eu dizia, querendo apaziguar - Por favor, não se exautem, John é assim mesmo.

- Cansei de fazer o que você quer --John encarava Duggie

- Diretoria, mocinho... --Duggie o encarou.

- NÃO --gritou Lorena - Johnny...

- Professor Duggie, calma --Paul estava assustado.

- Torço para que esse sujeitinho saia da escola --Jane prununciava.

- Vamos, diretoria! --arfou John

Duggie e John saíram em passos largos, rumo a diretoria. Paul, George e Lorena ficaram apreensivos assim como eu, saberíamos que John além de ter um currículo escolar digno de um desinteressado - apesar de ser inteligente, ele não curtia estudar - saberiamos que ele poderia ser expulso e sabe se Deus que escola iria aceitar Lennon, com aquele histórico e seu jeito de ser :

- Nosso amigo está encrencado --Paul dizia.

- Expulsão, não pirem na batatinha, amores --Lorena mexia as mãos.

- Se ele não se cuidar, esse será o destino dele mesmo --George suspirava triste.

- Cale sua boca George --Lorena arfava - Não estou falando com você.

- Ei --Harrison fechava a expressão - Quem disse que falei com você?

- Acho que a hora de brigas pode adiar --Paul os encarava - Elena, se ele for expulso, o que faremos?

- John jamais será expulso denovo. O lugar dele é aqui, com a gente --sorri para Paulie.

- Se ele for expulso... Essas aulas jamais serão as mesmas --George se curvou.

- Jamais... --fechei os olhos.

Pov. John

     Duggie tinha uma implicância fora do comum comigo. Sei que não sou flor que se cheire mas, onde anda o espírito esportivo desse cara? 

Caminhando rumo à diretoria, parecia que estava caminhando rumo a um campo de execução. Os olhos estralados daquele professor gordão me deixavam com o que? Medo ou vontade de rir? Vontade de rir, claro. Se eu fosse expulso do Liverpool Institute agora, seria expulso de casa pela Mimi. Ao chegarmos na diretoria, o diretor Faust :

- Então... Mais uma vez esse reencontro? --disse Faust, ajeitando o bigode.

- Amo o senhor --sorri

- Lennon só me desafia, compete com minha autoridade de professor, sinceramente perdi as esperanças nele --arfou Duggie.

- Pelo menos você tinha esperanças ainda, cara --o encarei, sorrindo.

- O que pretende com este garoto problema, Duggie Simpsom? --sugeriu Faust.

- Expulsão.

Expulsão? Como assim? Minha tia vai me matar. Estou me amarrando em estudar nessa escola, tem muitos pirralhinhos e romances que me enojam mas -eu estou amando isso. Agora perto dos meus amigos e de minha garota... Não pode ser, devo fazer algo contra essa realidade:

- EXPULSÃO NÃO, minha tia Mimi é conservadora demais... Seu desejo é que seu sobrinho querido se forme e... --comecei a falar compulsivamente.

- Esqueça, John. Não é a primeira vez que você aparece aqui na diretoria, com menos de 1 mês de aula. Concordo com Duggie, além do mais ele convive diariamente com vocês e sabe o que se passa na sala de aula. Devo apoiar a decisão dele --o mala do diretor disse, colocando minha cabeça na guilhotina.

- Vamos voltar para a aula e comunicar que até o fim da semana, Lennon não fará parte do Liverpool Institute... Que alegria --Duggie sorria e eu querendo amassar o sorriso dele.

- Seu estúpido --eu sussurava.

Voltando para a sala, fiquei bem triste, jamais queria deixar aquela turma. Lorena, uma irmã pra mim. Elena, uma irmã certinha que me ajudava muito. Paul, meu grande amigo, camarada e bem mais certinho que eu.. George, meu pupilo, eu iria ajudá-lo mas... Como? Duggie e eu ficamos parados na frente da turma e ele comunicou:

- Turma --bateu com a régua no quadro - John Winston Lennon não fará mais parte de nossa classe até o fim da semana.

- M-mas porque? Como assim? --Eleninha argumentava.

- Essa não, cara... --Paul balançava a cabeça, negativamente.

- JOHNNY QUERIDO --Lorena, começou a chorar e fiquei emocionado com aquilo.

- Sr. Duggie, ele não pode nos deixar --tenta reverter a história, Harrison.

Jane Asher, levantou-se da classe dela. Me encarou e eu fiz um gesto nada bonito com as mãos, acredito que ela tenha visto - o resto da turma garanto que não. Aqueceu a voz, pigarreou alto e começou a me detonar, saberia que vinha chumbo daquela boca:

- Não sei o motivo de tanta preocupação... John é o tipico garoto que sabe muito bem se virar. Amiguinhos do John, consciência acima de tudo! Ele é um mal exemplo para todos nós, quiçá da sociedade britânica. Esse rebelde quatro-olhos merece sair daqui sim. Sr. Duggie, é de enorme felicidade que recebo essa notícia. --me encarou, fechou a boca e eu, espumando de raiva por dentro.

A turma começou a criticar Jane. No fundo todos amavam aquele meu jeitão despreocupado de encarar a vida - eu era um artista pra eles. Paul começou a brigar verbalmente com Jane e Elena o acalmou. Lorena discutia com George, algo que com certeza não fazia parte do ponto x - no caso, eu . Até que, com tanta raiva de escutar tudo aquilo e como eu iria ser expulso mesmo, peguei o livro de Duggie - na mesa dele e disse:

- Quer me expulsar sem um bom motivo, Duggie? Ótimo, ganhe um dos bons.

Arremecei o pesado livro contra a classe de Jane. Acredito que nem tenha machucado ela de verdade, mas como é garota - e garotas, muitas delas são umas frescas - começou a gemer de dores e colocou as duas mãos na cabeça:

- DUGGIE, ESTE VÂNDALO ME AGREDIU, ESTOU COM DOR... --ótima atriz, merece o Óscar deste ano.

- LENNON, COMO OUSA MACHUCAR ASHER? --Duggie se pudesse, me dava um murro.

- Grande coisa, já que vou deixar o Liverpool Institute, que seja por um motivo dos meus --sorri.

- Tá na cara que essa fingida está fazendo fita! --Lorena prosseguiu - Garota, quando o intervalo chegar, SUMA DAS MINHAS VISTAS --minha irmãzinha aquecia as mãos, como quem quer bater em alguém.

- Deixe, eu vou indo.. --peguei a bolsa da classe.

- John... --Paul me encarava - Vamos dar um jeito.

- Eu nunca pensei em dizer isso, estou sentindo saudade das suas brincadeiras em meio às aulas, Lennon --Elena acariciou meu braço.

- Querem que eu chore? Vou indo nessa... Vou esperar lá fora..

Duggie me guiou para fora da sala e fechou a porta da mesma. Caminhando pelo corredor, fiquei bem triste e uma tristeza bateu. Esfreguei os olhos - estava prestes a chorar por uma expulsão? Não era simplismente mais uma das expulsões. Seria uma despedida, aquelas manhãs com meus amigos... Todos especiais, me motivavam, criavam um laço do qual jamais desataria.

Um barulho rápido e passos intensos, notei atrás de mim. Quando me virei um peso, um abraço quase me derrubou e então, pude perceber : era Lorena. Seus olhos estavam com lágrimas, fechados, seus braços me envolveram e os meus, abrigavam seu corpo agora. Soluços e mais soluços, Lore estava chorando. A garota mais forte do mundo, em lágrimas, por minha causa:

- Johnny... Por favor, fica. Fica aqui, não vai embora... Não escute eles... --suas palavras eram em meio á soluços altos.

- Lorena --segurei seu rosto, chorando também - É só uma escola idiota, que diferença faz? Sou Lennon, indestrutível... Lembra?

- Não deixe a gente, fique aqui... Só você me entende, eu me apeguei tanto à você... Diz que fica, pelo amor de Deus... --seus braços me apertavam forte, dentro daquele abraço, me senti a pessoa mais querida do mundo. Não me senti o rebelde, me senti apenas um garoto sendo expulso, com uma garota incrível me amparando.

- Eu não posso, olha o que eu fiz --sorri, tentando fazê-la sorrir também.

- Você é louco, como eu --sorriu e eu me alegrei - Diz que não vai, eu vou chorar, que droga! --me deu uns soquinhos na barriga, me envolvendo no abraço novamente.

- Sem tapas ou socos, não seria Lorena Klark --sorri, mexendo nos seus cabelos - Por favor, Lore. Prometo que venho te visitar sempre e visitar meus amigos.

- John, eu amo você --me abraçou forte - Não me deixa aqui.

- Ama? --arqueei as sombrancelhas - Como ama?

- Eu amo como um amigo, você...

- Esquece o amigo agora.. --aproximei de seu rosto, beijando-a.

Fui errado, tolo, todos os maus adjetivos existentes... Sei disso. Beijar a namorada do meu amigo George. Sim, algo realmente errado. Só que, nenhuma preocupação veio em mente. O beijo em Lorena foi mais intenso do que todos, estávamos no meio daquilo, sem previsão e sem como parar. Suas mãos queriam me afastar, as minhas seguravam sua cintura, ela não tinha como sair. Eu não queria deixá-la sair. Minha respiração ofegante queria dar um tempo naquela loucura, mas eu não. Um beijo longo, intenso, não éramos nada um do outro. Apenas dois jovens com vontade de beijar. Em meio a lágrimas. Lorena me deu um empurrão e eu ajeitei os óculos no rosto:

- ESTÁ MALUCO? --disse, limpando o beijo com a manga do casaco.

- Desculpe, Lorena... Não sei como isso aconteceu.

- John, eu tenho namorado e você tem a Cynthia, como ousa me beijar, sabendo que temos compromissos com pessoas que nos amam?--Lorena estava brava e eu dava total razão à ela.

- Concordo com você, me perdoa --estava desesperado - Me perdoa, Lorena --segurei suas mãos, me ajoelhando.

- Te perdoo --arfou - Esqueça o que houve aqui. Foi um devaneio, um...

- Me senti atraído por você, que idiota --bati em meu rosto, sussurrando.

- Vou indo para a aula.. --ajeitou os cabelos, passando os dedos sobre os lábios - Torço para que fique Johnny. Até mais...

- Até... --minha voz tinha sumido e eu, queria sumir junto.

John que se preze... Expulso por desacatar professor, expulso por agredir mocinha indefesa. Beijando namorada de amigo, magoando indiretamente George e Cynthia, pessoas maravilhosas, das quais nunca quero abrir mão. O que aconteceu comigo? Falha nos sentidos, cérebro e coração em colapso ou... Vontade de beijar Lorena, mesmo? Espero que seja somente uma força do momento e nada mais que isso.

Pov. Lorena

    John tinha me beijado. Um beijo intenso, longo e totalmente exento de ar. Um desejo surgia contra minha vontade, tive o rebelde sem causa nos braços novamente - foi tão bom e até certo ponto, perigoso. E agora?  Como vou encarar George? Com que expressão irei olhar para Cynthia? Eu beijei o John! Quer dizer, ele que forçou, mas não interessa, haviam duas bocas - uma delas a minha. Fui tão culpada quanto ele. A culpa estava pesando mais que a bolsa com cadernos, agora. 

Entrei na sala de aula com um rosto totalmente estranho. Elena começou a me interrogar, droga:

- Falou com o John? --queria saber detalhes - Como foi?

- Simplismente pedi para que ficasse --arfei - Vou sentar.

- Parece insatisfeita, Lore... --George, me olhando com aquela carinha... E agora?

- George, estou brava ainda com você, não me amole --peguei a caneta e comecei a copiar os exercícios do quadro.

- Tenho um plano, pessoal --Paul sorriu - Querem saber?

- Na boa, agora não --eu disse.

- Lorena, olhe os modos. Paul está querendo ajudar --Elena arfou - Que humor.

- Humor? Sim, aquela formiga vermelha vive se metendo... O que é dela está guardado.

- Lore.. --George começava - Sem confusões.

Cabeça muito cheia para ser simpática ou legal. Minha mente estava naquele beijo e eu não queria pensar naquilo. George, era uma pessoa especial e eu o amo de verdade. nunca que eu ousaria em vê-lo sofrendo. O peso na consciência não deixava que eu agisse naturalmente agora. Estava por um fio. Um triz. Uma corda bamba.

Pov. Paul

Meu amigo John, expulso novamente? Sério isso? Não consigo crer. A aula terminou e fomos para o intervalo. Disse para Elena e aos demais que gostaria de falar sozinho com John. Saindo da sala e indo para o exterior do Liverpool Institute, o encontrei sentado no banco em que eu e Elena sempre ficávamos. Sentei-me do seu lado e comecei a dizer o que pensava sobre tudo aquilo:

- Deveria ter se controlado, Jane é daquelas que tiram nossa paciência.

- É... --suspirou - Eu sei disso --encarou o nada.

- Que foi, John... Está distante.

- Sou o cara mais imbecil do mundo, Paul --me encarou - Sou a pessoa mais desprezível da face de toda a Terra.

- Que exagero, só porque tocou um livro em Asher? --gargalhei - Ela merecia um desses, quem sabe ela aprende a matéria e esquece de...

- Nada disso, amigo... Outro motivo.

- Outro? --olhei-o, confuso - Qual seria?

- Cara eu me odeio --colocou os cotovelos nos joelhos e baixou a cabeça, colocando a mesma entre os braços.

- Não fica assim cara, estamos todos com você. Te amamos, sabe muito bem disso.

- Dá pra parar de falar suas deduções?

- Educado como sempre... --sorri - Desculpe, fale.

- Eu.. Beijei. A... --Lennon falava minuciosamente e calmamente, o que não entendia.

- Beijou a Powell não é, eu sei que vocês estão firmes e.. --fiz cócegas nele.

- LORENA --gritou - Beijei... Lorena.

- LORENA? --arregalei os olhos - Cara, ela é namorada do George, como pôde...

- Entende a minha preocupação agora? 

- Sim. Em partes.

- Paul, sai daqui.

- Desculpa, não deve ser fácil, beijá-la novamente... Ela que puxou você, deduzo.

- Ela não tem culpa. Foi eu que a puxei. A segurei e fiquei naquilo por um bom tempo.

- John --suspirei, desapontado - E agora, cara? O que a gente faz?

- Você não tem que fazer nada, Paul. 

- Como não? Os dois são meus amigos. George precisa saber.

- Quer que eu me ferre, é? --cerrou os punhos - Diga, que eu me ferro sozinho.

- John não complique as coisas, temos que ser sinceros sempre.

- Sinceridade? Quer um desabafo sincero? Senti uma enorme vontade de beijá-la. Lorena chegou por trás de mim, chorando, me envolveu num abraço tão acolhedor e preocupado. Suas lágrimas não paravam, os soluços, as mãos pelo meu rosto... EU NÃO TIVE COMO EVITAR foi mais forte que eu.

- Tem que se conter, ela namora... Namora o George. John, você pode conquistar a garota que quiser, é um cara experiente, bem aperfeiçoado e o sonho de qualquer garotinha dessa e de qualquer escola. Pra quê se render aos encantos justo da Lorena? 

- Gostaria de saber --sorriu - Não sei o que me deu, já disse.

- Bom --suspirei - Pode contar comigo, quando quiser resolver isso...

- Tem outros problemas. Mimi. Como vou falar à ela que fui expulso, novamente? Mais desgostos, mais uma pessoa magoada, que raio de ser humano eu sou? Um furacão de desilusões...

- Tire isso da cabeça, vou esquematizar um ótimo plano e amanhã, venhe para a escola no horário habitual. --sorri, enxendo-o de entusiasmo.

- Sem palavras, Paul.. Obrigado por tudo --me abraçou - Não mereço essas coisas.

- Cala a boca --dei um tapa na sua cabeça - Tem tanta gente que te ama aqui dentro. Cynthia, como acha que ela ficará? Arrasada. Então...

- Mesmo assim... Obrigado, Paul. --sorriu.


Notas Finais


WOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOW
~ até segunda, galerinha <3 Amo vcs !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


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