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História Family Friends Our Love - Festa do Clóvis


Escrita por: AndMcRetro

Notas do Autor


EAI GALERINHA!!!!!!!!!!!!!!!!!
Segunda feira... A tia Andri se atrasou..... Mas eu nunca vou vacilar com vcs, falou?
Genteeeeee esse capitulo tá tipo sorvete, então digere rapidão pq senão DERRETE <3

hue. Sei lá, to risonha e.e

~ BORA LER? maséclaro né

<3 Bjus nos core's.

Capítulo 21 - Festa do Clóvis


Fanfic / Fanfiction Family Friends Our Love - Festa do Clóvis

 

            A Festa Do Clóvis

   Pov. Elena

Lorena visualizou os carrinhos de compra, entrando no supermercado. Então, me olhou com uma carinha de sapeca e eu, revirei os olhos:

- Vou subir --disse Lorena, entrando no carrinho de compras - Prontinho. Agora me empurre, criada --gargalhou.

- Sua folgada --coloquei minha bolsa pesada dentro do carrinho e comecei a empurrar Lorena para dentro do supermercado.

As demais pessoas nos encararam de uma forma estranha - o que uma garota adolescente está fazendo dentro de um carrinho de supermercados? Basicamente nem eu sei. Lorena gosta de aprontar, é do portifório de traquinagens dela.

- Iupi! --Lorena ergueu os braços - Continua... Radical isso.

- Muito radical --arfei - Andando de carrinho de compras, sendo empurrada pela irmã. 

- Vamos até a sessão de arroz?

- Tudo bem Lorena...

Deixei me embriagar pela loucura de minha irmã. Faz mal ser um pouquinho louca às vezes? Não, pelo contrário. Faz muito bem tanto para o corpo quanto para a nossa mente. Continuei empurrando o carrinho em que Lorena está sentada e paramos no corredor de arroz e demais mantimentos (massa, essas coisas). Nos deparamos com os três rapazes - John, George e Paul:

- Lorena? --John abriu um sorriso - Dentro de um carrinho, muito show! 

- Pois é --baixei a cabeça - Lorena veio comprar arroz.

- Veio comprar arroz ou veio pegar o John? --gargalhou George.

- Os dois --Lorena sorriu - Paul, busque um carrinho pro John. George irá empurrá-lo.

- M-mas como? --Paul gargalhou. 

- Deixa, eu busco...

Loucura, muita loucura. Buscar um carrinho para John, confusão profunda. Estou amando isso tudo. Escolhi um carrinho e continuei a fazer o trajeto rumo ao corredor, até que atrás de mim um susto:

- PAUL!

- Sustinho --sorriu - Me dá o carrinho.

- N-não --corei - É para o John.

- Eu sei, ele me pediu para buscar. Seu nome não é Paul McCartney, é?

- É Elena Klark, está tão entrosado com a Asher, esqueceu o nome do seu primeiro amor?

- Primeiro e único, Elena --baixou a cabeça - Único.

Nossos rostos se aproximaram, as respirações coincidiam, as mãos dele em minha cintura e seus sussurros:

- Eu te amo, vamos acabar com isso...

- Paul, acabamos o namoro ontem.

- Deixa eu te beijar... Preciso de seu beijo... --seus lábios roçavam nos meus, querendo beijo.

- N-não... Não posso --estava ofegante - Paul, fique longe da minha boca, pare com essa brincadeira.

- Por favor --seu rosto suplicava e seus lábios, grudados aos meus, sem beijar ainda.

- Sai --o atropelei com o carrinho - Não vou enlouquecer por você.

- Volta aqui, sua louca....

Paul, corria atrás de mim enquanto eu, corria com um sorriso aberto, empurrando um carrinho de compras, pelos corredores. Atropelei as pessoas e Paul se esbarrava entre elas, pedindo desculpas. Seus passos ligeiros, os meus frenéticos, me empulsionei e deixei o carrinho ir livre, quando Paul me segurou, me teve nos braços e colou seu rosto no meu. Me inclinou como nos filmes de Hollywood, retirou os cabeços de meus olhos e disse:

- Últimas palavras antes do meu beijo....

- Eu não quero te beijar --dei um soquinho de leve eu seu braço.

- Boa frase... --piscou.

Paul me beijou, um beijo tão.. Indescritível. Um beijo apaixonado. Me envolvi no meio de sua respiração e de seus afagos, ele realmente me ama, só não quero voltar a namorar com ele, pelo menos por enquanto. Paulie interrompia o beijo por segundos, fazia um esquimó com nossos narizes, sorria com testas coladas e voltava no mesmo ritmo, o que me deixava totalmente entregue ao momento.

- Jovens, lamento atrapalhar... Foram vocês, derrubaram a estante de enlatados? 

- O-oi? --Paul se desgrudou de mim, olhando para o homem. Um funcionário, e a estante de enlatados, toda no chão. O carrinho estava ao lado e George, Lorena e John, juntando as latas espalhadas pelo chão, tentando arrumar.

- GEORGE! LORENA! JOHN! Como não nos avisaram, juro que não escutei o barulho, oh céus. --coloquei as mãos na cabeça e rapidamente me uni a eles, a arrumarem a estante de enlatados.

- Estavam tão... --John sorriu maliciosamente - Não queríamos atrapalhar. Ao contrário de você Elena, que corta meus baratos com meu brotinho, eu não sou desses ok? John é de fé --piscou.

- Este beijo foi um deslize --disse, encarando Paul - Uma fraqueza.

- Verdade --Paul complementou - É natural acontecer entre ex namorados, logo quando se separam... --Paulie escolhia as palavras, me encarando, corando - Argh... --suspirou - Vamos ajudar vocês. Elena, sua chata. Fica me agarrando.

- M-mas que petulância, McCartney, se acha tão irresistivel assim? Eu...

- Shhh --piscou.

Deduzi como uma provocação forçada. Fingindo nos odiarmos, ok, vamos brincar.

- Sim, sou o máximo --gargalhou, piscando para mim.

- Ahm... --sorri - Vamos juntar as latinhas e sair daqui.

A estante não era grandes coisas, conseguimos terminá-la em uns 7min ou menos. Depois de terminar, John exclamou:

- Dois carrinhos, pra que? Vou sentar num e Lorena junto --sorriu.

- Boa ideia --Lorena o abraçou.

- LORENA, COMO ASSIM? --interroguei.

Tarde demais. John sentou no carrinho e Lorena, com ele. George os empurrava e os dois, gritavam, cantavam e ficavam aos beijos. Paul me encarava e quando George dobrou com os dois dentro do carinho para o outro corredor, indaguei a Paul:

- Paulie... --corei - Porque quis me insultar?

- Vamos deixar todos pensando, que nos odiamos. Será melhor pra mim aceitar que você me odeia, por isso não me quis mais.

- Ah Paul... --arfei - T-tudo bem.

- Desculpa por lhe irritar --sorriu - É como amenizar a dor que sinto.

- Entendo...

- Respeito e aceito sua decisão. Somos novos para namoro. 

- Pois é, acredito ter sido uma precipitação, namorar tão jovens. Não sabemos os sentimentos, fomos os primeiros um do outro.

- É --Paul baixou a cabeça - Só não concordo afirmar só pelo fato de sermos jovens, não existir amor. Achei idiotice.

- Curte a vida, Paul. --sorri - Iremos ficar juntos denovo. Estamos perto. 

- T-tá bom... 

Paul tentou esconder a tristeza e na verdade, eu também tentei ocultá-la. E como fazer tal coisa, de forma indolor? Amar Paul é um presente, uma dádiva. Seus lábios nos meus e seus carinhos apenas fortalecem todas as afirmações. Somente o amo. Primeiro e único.

George chegou no corredor, empurrando Lorena e John, dentro do carrinho de compras. Os dois, não muito diferente do meu pensamento, estavam se beijando:

- E ai --bati palmas - Compraram tudo?

- Arroz, massas e alguns bolinhos --sorriu George.

- Assim titia mata menos os dois. Titia odeia surpresas, sabe --John sorriu, acariciando os cabelos de Lorena.

- Então vamos ao caixa! --falei.

A moça, começou a calcular os preços dos mantimentos, então perguntou:

- Estes dois jovens são para pagar também --gargalhou.

- Poderia colocá-los numa sacola e fechar com um belo nó de marinheiro, assim ficariam juntinhos pra sempre --gargalhei, encarando Lorena e John.

- Epa, querem me comprar, sai pra lá --John esperou Lorena sair do carrinho e ele saiu em seguida.

- Quando deu as compras, moça --disse Paul, abrindo a carteira.

- Sai, cara... --John arfou - Eu pago, vamos almoçar na minha tia, seus frescos.

- Quero ajudar, Lennon! --John revidou - Nada mais justo. George, o que acha de dividirmos as compras?

- Levando a comida... Tudo bem --George sorriu.

- Me dá aqui esse troço... 

John puxou a carteira das mãos de Paul, violentamente. O dinheiro não caiu no chão, o que caiu foi um papel de doce... O doce dividido por nós dois, um dia... 

- Papel de doce? Depois eu sou guloso... --George arfou.

- Ahm --resmunguei, sem pensar - Vamos Lorena.

- O-onde? --disse, espantada.

- EMBORA! --gritei- Tchau garotos...

Sai puxando Lorena mercado àfora. Obviamente não iriamos comprar arroz - aquilo foi pretexto para Lorena se encontrar ocm John dentro do supermercado, eu deveria ter reparado. A expressão no rosto de Paul era de confusão, ele juntou o papel do doce e guardou novamente... Ele também valorizava pequenas coisas, pequenos momentos... - Digo, grande momentos para nós.

- Precisava me arrastar desse jeito, sua irmã mala? --Lorena ajeitava o casaco.

- D-desculpa, sem neuras agora. Temos que ir para a casa.

- O papelzinho do Paul afetou sua mente? Seus distúrbios... Como assim, Elena...

- Esqueça o Paul , esqueça o papel, esqueça tudo.

- Vocês se beijaram e cá entre nós, um beijão desentupidor de pia.

- Ahm --resmunguei - Deixa de piadas, casa!

- Argh, tá bom.

Pov. Paul

Finalmente chegamos na casa de John. A tia dele, está sentada na poltrona, e fez uma careta estranha quando nos viu entrar com sacolas em punho:

- Compras para mim? --Mimi acertou os óculos no rosto.

- Tem rango aí? --John sorriu.

- Alimento suficiente para duas pessoas comerem... Não me avisou que traria os rapazes, talvez eu aumentaria as porções --disse Mimi.

- Ah, que droga --George arfou - Quero comer.

- Relaxa --falei - Dona Mimi, faremos um sanduíche. Podemos pegar seus pães e...

- Sossega o facho, Macca --John me deu um soco no braço - Essa casa é minha também. Vamos para a cozinha.

- Adoraria conhecer sua cozinha, Sra Mimi --George sorriu.

- Ok... --Mimi arfou - Apenas deixei ela inteira...

Sentei-me na cadeira da cozinha, debrucei-me sobre ela. George e John abriam as latas de biscoitos. Colocaram o pão sobre a mesa, umas faquinhas, manteiga e um creme de coloração laranja. Os dois falavam sem parar e George - não parava de comer. 

- Oi? Está dormindo acordado? --John sorriu, colocando uma fatia do pão de sanduíche dentro da boca, inteira, a seco.

- Cansado , só --disse, suspirando.

- Hoje na festa do Clóvis... Quero lhe ver animadão. A Judith, estou doido para dar uns amassos nela --John se abraçou com seus próprios braços e fingiu beijar o ar.

- E  a Lorena? --indaguei.

- Lorena é uma garota diferente, vai entender as necessidades de um garoto de 16... Quase 17 anos --gargalhou John.

- As minhas necessidades são comer estes sanduíches apetitosos --George passava o creme nas fatias de pão, com gosto.

- Nunca fui nesse tipo de festa --desabafei - Vou fazer absolutamente nada lá.

- Vai sim --John sorriu - Beijar garotas, aprender a agir como um cara de verdade.

- John, não sou desses de sair beijando meninas por ai... --Paul falou.

- Claro, beijou só uma na vida e já quer juras de amor eterno --John gargalhou - Cara, se diverte, beija uma, aproveita... --sorriu maliciosamente - Beija outra, aproveita... O lance é tirar as casquinhas --piscou.

- Elas não tomam banho não? Que porcas --George balbuciou, enquanto enchia um copo com refrigerante.

- Idiotão --John deu um soquinho no braço de George - Paul, você fuma?

- N-não... --fiz uma careta.

- Poderia fumar esta noite? --John disse, pegando a carteira - Opa, vamos aproveitar a ganja. Pegue um aí. Ó o esqueiro --John me alcançou um cigarro e seu esqueiro.

- T-tá --coloquei o cigarro na boca - Acendo agora?

- Acende amanhã, coloca fogo na professora Vera --John gargalhou - Acende, cara.

Acendi o cigarro, comecei a tossir de início e John riu de mim, assim como George. Depois, comecei a gostar daquilo, parecia elegante, me senti um James Dean da vida:

- Uau --sorri - Me sinto num cinema.

- É o jeito , cara... Tem que aproveitar, sou o cara, sei das manhas para pegar garotas --John sorriu - Agora fume todo este cigarro. Naquela festa, irá fumar mais que um, precisa treinar.

- Passa um também --George pegou o cigaro e começou a fumar.

- Discípulos de Lennon... Belezura... --John pegou um cigarro e fumou.

A fumaça de cigarro, os copos cheios de refrigerante e os sanduíches com o creme e manteiga, estavam estupendos. Poderia ser uma boa ideia, ser um cara diferente esta noite. De-repente consiga curtir, como os garotos falaram. 

~ narradora~

As horas passaram. George e Paul, foram para suas casas. Lorena e Elena, convenciam Dora a deixá-las irem com Ringo na festa. Dora, topou, pois mãe chata não é seu feitil, ela faz de tudo para ter as filhas por perto. As meninas passaram sua tarde escolhendo roupas enquanto Paul, pensava em Elena e pensava no cara diferente que deveria ser na festa. John havia dado a ele um maço de cigarro fechado e um esqueiro. Ele estava de fato, mudado.

Pov. Elena

Agora são 21h da noite, estou ansiosa esperando Ringo apitar a campainha. Lorena retocou o batom mil vezes e por que, se John retirará tudo aquilo em segundos... Meus passos acelerados pela sala, faziam minha mãe e Lorena chiarem:

- Eleninha... Sente-se. Deste jeito, ficará com as pernas cansadas e nem irá dançar o... Rock, como dizem --sorriu mamãe.

- Senta aí maninha, daqui a pouco o bonitão vem --disse Lorena, sorrindo.

- Eu sei, estou um pouquinho ansiosa, apenas isso.

Não tardaram dois segundos, a campainha toca. Dora atendeu e Ringo foi amigável. Lorena e eu nos despedimos e fomos com ele pegar uma condução. 

- Está maravilhosa, Elena --Ringo beijou minha testa. - Lorena, divinamente linda.

- Obrigadinha --Lorena sorriu - Olha a condução...

- É essa, vamos indo.

Subimos na condução. Ringo ficou puxando assuntos diversos e entretendo a nós duas. Lorena gargalhava, me deixando com vergonha. 

- Lorena, como disse, repita --Ringo resmungava por repetição da piada.

- Já contei, chega --Lorena gargalhava.

- Lennon ensinando piadas pesadinhas... --gargalhei.

- Repita, é legal! --Ringo sorriu.

- As duas moças foram na loja, comprar dois pirulitos e... --Lorena gargalhava - Acabaram se casando com eles.

- Foi demais... --Ringo gargalhava - Lennon é piadista nato.

- Se é --gargalhei junto, mas no fundo, não achei a mínima graça na piada de mal gosto.

- Nosso ponto, vamos descer --disse Ringo.

- Tudo bem --sorri.

Descemos da condução, Lorena ajeitou seu vestido e o seu colar, enquanto enganchei meu braço no de Ringo. Tocamos a campainha, Clóvis, nosso colega, atendeu:

- Bem vindos ao paraíso... --nos cumprimentou.

- Paraíso... Hm... --Lorena sorriu.

A sala da casa de Clóvis, estava com os sofás abarrotados de casais se beijando, um Rock de Elvis tocando na vitrola da estante, alguns dançando, a maioria do Liverpool Institute mesmo. Meninas com batons fortes, fumando. Garotos com jaquetas de couro, bebendo cerveja e apertando as meninas em lugares constrangedores. Uns, atrás da cortina, em amassos e arfadas altas. Rangi meus dentes:

-RINGO, esta festa é... --falei, sem palavras.

- Animada --Lorena se inturmava com as garotas.

- Pesada, desculpe, não pensei que seria uma festa dessas --Ringo coçou o nariz - Desculpa mesmo, podemos ir embora.

- Estamos aqui --sorri, sem emoção - Vamos ficar.

Ringo e eu, nos sentamos numa poltrona, uma espécie de divã. Observei Lorena, minha irmã estava dançando com um rapaz, espero que fique somente na dança.

Um novo barulho na campainha. Encarei a porta, se abrindo... 

Mentira? John , George, Pattie, Paul e Jane. Paul, entrou fumando um cigarro, coisa nunca vista antes por mim. John, com óculos escuros - e já estávamos a noite. George, foi atacando os sanduiches na mesa e Pattie sorria para ele. 

Considero mentira todo o amor de Paul por mim. Poderia ficar com qualquer menina, exceto Jane. É afronta. 

Paulie me encarou e arqueou as sombrancelhas, se viu surpreso por me ver ali, naquele ambiente cheio de orgias e vicios. Esperou Jane se destrair e guiou seu corpo até nós.

- Elena? --disse, em tom espantado - O que está fazendo aqui?

- O mesmo que você --sorri - Curtir a vida.

- Curtir a vida? --Paul pigarreou - Então... Vai ficar com o Ringo?

- Somos apenas amigos, Paul. --disse Ringo - Trouxe Elena para cá, não imaginava ser uma festa dessas.

- Será mesmo? Ou imaginava e aproveitou para tirar umas casquinhas dela? --disse Paul, intimidador.

- Chega! --arfei, encarando-o - Pegue a sua ruivinha e some do meu caminho.

- Legal --sorriu, debochando - Curtam bastante.

Paul puxou Jane e os dois começaram a dançar um rock animado. Arfei, porém nem dei bola. Ringo sorriu e disse, sempre em tom amigável:

- Dançar?

-Agora não --sorri - Tive uma lesão no pé hoje e evitarei muitos esforços.

- Ah sim --me fitou - Quando quiser ir embora, é só dizer.

- A Lorena está aproveitando, veja como dança e come. Se eu for ela vem junto e é injusto. E... Vou ficar, esta festa é bem animada.

- Mesmo? --arregalou os olhos - É uma festa de casaisinhos adolescentes aos beijos e...

- Sou adolescente. Vamos dançar sim , Ringuinho.

Puxei Ringo para o meio da sala e começamos a nos mexer. Seus passos mestres, me faziam sorrir. John começou a gargalhar e bater palmas, todos ficavam animados ao nos verem dançar tão bem e tão entusiasmadamente. Paul resmungou algo e se retirou dali com Jane. Meu par de dança, me fazia girar e todos, aplaudirem e formarem um círculo ao nosso redor. Os beijos da galera, as bebidas, o fumo, todos parados. Ringo e eu, dávamos o show.

A música parou, obviamente alguém tinha mexido na vitrola. Um grito de John abalou minhas estruturas:

- GENTE... O NOVO PEGADOR DO LIVERPOOL INSTITUTE... PAUL McCARTNEY E SUA RUIVINHA.... 

O círculo ao nosso redor se abriu, todos viraram-se para Paul e Jane. Os dois estavam num beijo frenético e nojento, as maõs dele na nuca dela e ela aparentava estar com fome. Nojento era a palavra. Os demais, bateram palmas e Lorena começou a gritar e dançar em cima da mesa - a pior noite, o pior momento. Ringo, me abraçou de leve  e disse:

- Sei o quanto é dificil ver esta cena...

- Muito --baixei a cabeça - Eu quis isso...

- Você sabe, deu Paul de bandeja para Jane.

- Deixa eles curtirem. 

O irritante era ver os olhos de Paul, entreabertos, me olhando, enquanto beijava Jane de uma forma assustadora. Revirei os olhos e comentei com Ringo:

- Vamos sentar na varanda?

- Quer sair desse ambiente?

- S-sim... Por favor.

Nos retiramos da sala, Paul parou o beijo na mesma hora e Jane começou a gritar algo como ´´beijei o McCartney´´ e as meninas abraçavam ela como se Asher tivesse conquistado uma medalha de ouro.

Ringo e eu nos sentamos perto da porta, tinha dois banquinhos e ali ficamos. Cyn chegou bem na hora, com um garoto bem aperfeiçoado. Me abraçou, sempre esbanjando simpatia:

- Olá Elena --me abraçou, sorridente - A festa está tão animada... Ficou aqui fora... 

- Muito calor, muitas pessoas dentro daquela sala --Ringo rebateu e consenti com a cabeça.

- E este menino? --disse.

- Sou Herf --beijou meu rosto - Um... Amigo de beijos de Powell.

- Verdade. --sorriu, parecia feliz, Cynthia soube superar o fim do namoro com John muitissimo bem - Até mais, queridos.

- Até --eu disse, sorrindo, igualmente Ringo.

Conversar com Ringo fazia bem. Ele me deixava a vontade para falar o que eu quisesse e tivesse necessidade. Suas frases sempre simplificadas e ixentas de auto afirmações ou pressões, deixavam tudo mais natural e aberto para lacunas como... Paul.

- Jane e Paul, aos beijos... --Ringo arfou - Deve ter sido horrível.

- Nem tanto --sorri, tentando passar confiança - Era de se esperar.

- Elena, eu gostou muito de você. Até mais do que deveria. Porém, tem uma coisa existente em mim e ausente em Jane , integridade. Serei honesto, aquele beijo dos dois foi mera fita e inveja, pois nossa dança abalou a festa. Eles apelaram.

- Sei o quanto se importa comigo --acariciei sua mão - Só não concordo, o beijo foi por vontade e desejo deles. Pode parecer loucura, mas, tanto faz --revirei os olhos.

- No fundo, está partida. 

- C-como sabe? --gaguejei.

- Passei por isso ao te ver aos beijos com Macca...

- Ahm? --tudo estava confuso demais.

- Gosto da suas dúvidas --gargalhou - Pega mal continuar essa conversa.

- Agora fale --franzi o cenho

- Amo você. --baixou a cabeça - E não queria falar, odeio as pessoas agindo por pena, agora você sabendo disso nossa amizade poderá entrar na crise do ´´ele me ama , então será riscado dos amigos´´. Ei, te amo mas também amo o que você faz e amarei suas escolhas.

- Oh Ringo --baixei a cabeça, corando, com vergonha - Me ama? E como aconteceu isso?

- Foi rolando... Uma paixão. Surgindo, pouco a pouco.

- Sei... --minha cabeça ainda fitava o chão.

- Para --ergueu meu queixo - Sou seu amigo e pode contar comigo sempre, só porque sou apaixonado por você... --fez uma careta breve - não quer dizer que fico bravo se surgir com um novo rapaz ou volte para o McCartney. Minha felicidade é a sua e as sua é suficiente para todos.

- Ringo, sempre tão maduro --o abracei - Obrigada, de verdade.

- Sem agradecimentos --sorriu

- Se importa se eu me encostar no seu ombro?

- Sinta-se em casa --gargalhou - Pode se escorar.

- Obrigada --disse, encostando minha cabeça em seu ombro.

Obviamente não amo Ringo, o vejo como um melhor amigo. Amigo com quem possa contar sempre, contar todas as coisas. Vou fiar aqui, dentro dessa casa só tem jovens beijando jovens e o único jovem que quero, está beijando outra jovem -frase confusa, essa sou eu.

Pov. Paul

Beijei Jane. Todos viram. Agora Asher está conversando com as amigas e detalhando meu desempenho no beijo, coisa ridícula. Todos sabem o que aconteceu, culpa de Elena e Ringo, ficarem se exibindo na festinha, dançando e me deixando enciumado. Sim, eu a amo. Fui birrento e infantil beijando Jane para afrontá-la e o mérito é todo de Starkey, deve estar consolando-a agora. 

John, interrompeu minhas análises com um tapa forte nas costas:

- Esse é o McCartney que eu não conheço --gargalhou - Gostei de ver, beijão na ruivinha. As meninas querem bis.

- M-meninas? --arqueei as sombrancelhas - Beijei Jane.

- Ficará apenas na ruivinha? Pára e pensa... Focaliza na situação, vários brotinhos --sorriu - Olhe ali, Ringo e Elena, a Klark encostada no ombro dele, ele contando vantagem sobre você.... Cara, beija uma dessas garotas e agora, senão Jane pensará que foi privilegiada.

- Talvez --revirei os olhos.

- A Judith está magnífica...

- Lennon, você e Lorena estavam até agora aos beijos...

- Detalhes --sorriu.

John se distanciou enquanto umas garotas vieram até mim, perguntando coisas estranhas e eu apenas revirava os olhos, achando uma chatice responder seus questionários:

- Beijou a Jane --disse uma das garotas.

- Sim --sorri, sem mostrar os dentes.

- Pode me beijar? --disse a outra.

- M-mas como? --tranquei o riso - Suas...

John surgiu como um flash atrás de mim, colocando um braço por cima de meu ombro e conversando com as meninas:

- Garotas, podem beijar --sorriu John.

- John --arfei.

Me irritando com tudo aquilo, me irritando com o que tinham me dito e o que eu tinha que fazer, deixei a conversa e resolvi ir para fora da casa e me deparei com Ringo , enxendo Elena de cócegas e meu sangue ferveu:

- ELENA --gritei - Não sente vergonha?

- Vergonha? Por? --sorriu.

- McCartney, estamos apenas conversando --sorriu Ringo.

- Não deve explicações para ele --Elena arfou, encarando Starkey - E se somos amigos ou algo mais, não lhe diz respeito. Quer se ver livre, veja.

Elena puxou Ringo pela gola da camisa e o beijou. Starkey, visivelmente pego de surpresa, acompanhou Elena no ritmo e os dois... Beijavam ali, na minha frente... Mais traumático que isso era Elena me encarando, com olhos semi abertos, enquanto beijava-o.

- C-chega --gaguejei, nervoso - Vou curtir a festa.

- Vá --gargalhou Elena.

Entrei na casa e as duas garotas, nem olhei em seus rostos, haviam duas debruçadas no sofá, puxei uma e depois a outra e beijei as duas. Um beijo breve, elas quase caíram no chão. Após isso, tinha mais uma menina, segurei em sua cintura e dei um beijo longo, porém sem sentimento algum, aquilo era para extravasar de vez a raiva. John, conversando com Judith, me encarou com orgulho e prossegui assim, beijando as meninas solteiras da festa. Era estranho, era vergonhoso, não mais que o beijo de Ringo e Elena.

Pov.Ringo

Elena me puxou e me beijou, depois do acontecido ficamos nos encarando, ela parecia bem envergonhada e eu nem sabia como abrir a boca. Como vou falar algo depois do beijo? É inacreditável. Pode ter sido e com certeza foi por isso - Elena me beijou para provocar Paul - Que seja, nos beijamos. Um beijo surgido por ela, um grande começo ou talvez uma mera ilusão - a mais linda de todas as ilusões.

- Ringo... --Elena me encarou, levantando o rosto, anteriormente fitando o chão - Esqueça o beijo.

- T-tudo bem --tentei sorrir - Sabia que seria afronta para o Paul.

- Ele me deixou nervosa, beijou a Jane e ainda por cima quis se meter nos nossos assuntos, na nossa amizade. Cortei o mau pela raiz.

- Elena... --disse, pausadamente - Você... Me beijou.

- Sim --corou - Disse para esquecer isso, esqueça.

- Já esqueci --sorri - McCartney, está agindo como um idiota na festa.

- Agindo... --fez uma careta - Agir como?

- Pelas minhas contas, em menos de 5 minutos ele beijou 9 garotas.

- Mentira, McCartney não pode estar fazendo isso... Denegrindo a própria imagem...

Elena pegou em minha mão, fazendo com que eu ficasse de pé. Nos levantamos e entramos para a casa de Clóvis. Quais das alternativas seriam as mais duras para ela? Encarar seu ex namorado e atual amor - sim , ela ainda o ama muito - beijando várias garotas ou, já sabendo do que Macca estava fazendo, seria menos prejudicial? Preferi alertá-la e mesmo assim, seus olhos encontravam-se marejados. Paul, beijando uma garota, em baixo da escada. 

- Ringo... --Elena sacodia a cabeça - Paul se transformou, não posso crer...

- Eu disse, era melhor do que entrar na sala e se deparar com imagens... Um tanto... Inesperadas.

- Não faz sentido meu baixo astral --Elena sorriu para mim, me fitando - Permiti a ele curtir a vida e a festa e é o que ele está fazendo agora. 

- Então... Sua conclusão é? --sorri devolta.

- Aproveitar também. Vamos dançar.

Elena é uma garota extremamente forte. Paul aos beijos com uma garota aleatória, em baixo da escada e mesmo assim, se prontificou para dançar comigo. Seus olhos marejados encaravam os meus, um tanto cuidadosos com a situação. Ela está a um passo de desabar e é meu dever protegê-la.

- Gosta dessa música? --dizia, tentando sorrir.

- Bem animada, vamos dançar, bailarina... --girei por volta dela.

Em meio a dança toda, consegui arrancar alguns sorrisos e gargalhadas tímidas de Elena - pra mim, estes gestos estão sendo uma vitória. 

Pov. George

     Cada minuto intensificava a minha ´´amizade´´ por Pattie. Linda, meiga e extrovertida, a companhia perfeita. De tão legal, até buscava uma bandejinha de doces e salgadinhos para mim - tinha preguiça de me levantar, os jovens enlouquecidos aos beijos, fumando, bebendo e dançando, queria ficar quieto no meu canto. Quieto com minha Boyd:

- Você come bastante --disse Pattie, sentando ao meu lado, me entregando o pratinho com as belezuras.

- Os doces e salgados na minha casa duram muito pouco... 

- Horas? --gargalhou.

- Até minutos, se possível.

- Justificado sua fome em festas --sorriu - Forra bastate seus estômago pois os quitutes da sua casa já acabaram.

- Mamãe vive preparando quitutes estupendos --pisquei os olhos, enquanto colocava um docinho e um salgadinho de uma vez só, na boca.

- Vai engasgar, George ... Calminha --Pattie colocou sua mão na minha boca.

- Ahm? --pisquei os olhos novamente, mastigando os quitutes.

- Sujou sua boca, seu desastrado --Pattie corou, cobrindo o rosto com as mãos.

- Sabe, Pattie... --disse, engolindo os salgadinhos - Você é uma amiga muito querida.

- E você é um amigo muito querido também, Harrison.

- Podemos dançar --tomei um gole do refrigerante - Quer?

- Não levo jeito pra dança --corou

- Não somos experts como Ringo e Elena, mas... Podemos nos divertir.

- Então ok.

Pattie sorriu, me dando sua mão, concedendo a dança. Uma música animada tocava e os passos eram rápidos. Seus pés de boneca de porcelana pisavam nos meus e eu gritava um pouco, sorrindo e contente. Seus cabelos loiros , cairam um pouco no rosto, pela velocidade da nossa dança e dos passos. 

- George, sou péssima...

- Quem disse?

- Eu --corou - Não levo o jeito.

- Posso tentar fazer uma coisa, da qual sempre tive vontade?

- Pode... --sorriu.

- Feche os olhos.

- Prontinho --disse, com seus olhos azuis completamente fechados.

- Sem medo --gargalhei.

Segurei Pattie pela cintura e a coloquei em meus braços. Girei-a por uns segundos e suas mãos seguraram meu pescoço. John começou a gritar e a jogar uns salgadinhos na gente - e a gente, sem pressa de ser feliz e pouco nos importando se os passos eram errados ou não.

- George... Vou ficar tonta... --dizia, com os olhos ainda fechados.

- Quer ficar mais tonta?

- Como assim?

Beijei os lábios de Pattie, fazendo-a abrir os olhos, vagarosamente. Coloquei-a no chão, então ela sussurou no meu ouvido:

- Vamos comer mais salgadinhos e docinhos? Depois dessa, tive uma fraqueza na pressão... --sorriu.

- Vamos sim --sorri, acariciando sua bochecha.

Visualizei Lorena de braços cruzados, fitando John. Meu amigo está conversando com Judith, seu sonho de consumo, até então. Será boa coisa, ou Lorena terá um dos seus pitis? Torço que não.


Notas Finais


SÓ DIGO UMA COISA..... A Lorena vai arrebentar nessa festa.... E Judith vai virar pão de ló....

<3 Beijus. Tretas forever.


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