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História Famous. - Zayn Malik. - (Concluída). - Sério.


Escrita por: loveeszayn e whoiszaddy

Notas do Autor


Finalmente! Já estava com saudade :3 espero que gostem,

Boa leitura, xoxo

Capítulo 44 - Sério.


 

Z A Y N

Tentar me arrumar sobre o olhar atento de Robert não era uma das coisas mais confortáveis do mundo.

Okay, está certo, eu estava exagerando. Ele não estava olhando para mim, até porque, se estivesse, seria, no mínimo, estranho. Robert estava despejando ordem atrás de ordem, restrição atrás de restrição, enquanto eu colocava o terno e ia arrumar o cabelo. Eu sabia que todo aquele papo de "mais liberdade" e não sei lá o que não iria durar muito.

- Tirando isso, se sintam livres. – Ele para o seu discurso, como se tivesse terminado de ler um texto de um papel, mas então levanta a cabeça de forma brusca, como se tivesse se lembrando de algo. - Se forem beber, pelo amor de Deus, tomem cuidado para não soltar nada para ninguém. – Isso era meio óbvio, mas tudo bem se ele se sentiu na obrigação de lembrar.

- Tudo certo. – Concordo, passando o pente no cabelo e me perguntando se, por algum milagre, eles deixaram eu pintar ou raspar.

Precisava me expressar de alguma forma e só as tatuagens não estavam bastando. Eu queria saber onde estava escrito naquelas desgraças de linhas pequenas que eu não poderia mais controlar nem meu próprio cabelo.

- Certo. Muito bem. É só. – Robert sorri como se tudo o que ele falou fosse um "só" mesmo, mas não era.

Aceno com a cabeça porque já tinha aprendido que contestar não adiantava de nada e apenas fico pronto, esperando dar a hora de irmos.

No momento que Robert sai, Harry entra no quarto em que eu estava dividindo com Liam e levanta as sobrancelhas para mim, assobiando.

- E não é que você consegue ficar bonito quando quer? – Levanto a minha mão esquerda e lhe mostro meu perfeito dedo do meio, o que o faz rir. – É hoje, então?

- É. – Aceno, indo atrás de uma das minhas bolsas para procurar um perfume para usar.

- E...? – Abro um dos zíperes e olho para ele, confuso.

- "E...?" o que? – Imito o jeito que ele fala e Harry apenas dá de ombros, sentando na cama.

- Não tivemos tempo para conversar sobre tudo e eu só estava curioso. "E..." nada então? – Eu imito seu movimento de dar de ombros e concordo. Sim, e nada.

- O que poderia ter? – Acho a embalagem de um dos meus perfumes favoritos e tomo o cuidado de não passar demais, porque ele era forte.

- A situação inteira tem algo para ter. Você não me falou nada de como estar se sentindo. Acho que nem deu tempo para falar. – Harry e eu tínhamos uma amizade estranha.

Não estranha de ruim, apenas... não normal. Eu não era a primeira pessoa que ele falava as coisas e nem eu era a primeira pessoa que ele falava as coisas, mas ambos não tínhamos problemas de falar um com outro. Deu para entender?

Uma dessas situações era agora. Eu preferiria conversar sobre isso com Liam, Louis e até mesmo o Niall, que conseguia ser ainda mais próximo, porém eu também não achava ruim falar com Harry. Exceto pelo fato dele conseguir a proeza de ser mais provocador que Louis, quando queria, mas também sabia que ele tinha limites e que se visse que não era algo que eu queria comentar, não falaria.

Com um suspiro, eu decido que seria 100% sincero com ele.

- Me pegou de surpresa, apesar de Louis já ter desconfiado antes e de certa forma ter me dado um aviso prévio. – Falo sobre o relacionamento falso. Ele já sabia disso, assim como Niall. Robert já devia ter os avisado, para o caso de se alguém lhes perguntar algo, eles saberem o que responder na hora e não ficar enrolando, o que daria munição para desconfiança da veracidade do nosso relacionamento. Todavia, continuo o meu raciocínio. - Eu ainda estav-estou digerindo tudo o que aconteceu a menos de uma semana e isso caiu no meu colo. Então, para falar a verdade, eu não sei exatamente o que está acontecendo ou o que eu estou sentindo, para poder te falar.

Harry respira e parece pensar sobre. Meditar quais palavras usariam ou o que falaria a seguir.

- Eu entendo. E não sei porque esperava mais. – Harry também tinha um "tommo way" – gíria que Louis usava para as coisas que fazia, derivada do seu próprio sobrenome. – de tentar desviar de assuntos sérios colocando uma parte engraçada no lugar.

- Talvez porque era a única coisa que eu falava em semanas e então a menina apareceu na minha frente e eu fui tão burro de não conseguir reconhecer e além de tudo ela não abrir a boca para ter contado mais cedo mesmo quando eu, claramente, estava envolvido na coisa toda e agora a gente está em um relacionamento falso e caralho eu não sei como agir e sentir porque eu deveria estar me sentindo enganado, certo Harry? Deveria estar bravo?

Eu falo tudo que estava preso dentro de mim de uma vez, sem nem respirar ou dar pausa e assim que vejo Harry abrindo a boca para responder, eu emendo:

- E eu estou me sentindo enganado, então eu não vou de jeito nenhum, nem que me paguem, ficar envolvido nisso, está me entendendo? Não vou. Eu não confio nisso o suficiente para tentar qualquer coisa mais séria, mas isso não quer que dizer que a gente não possa ter nada, certo? O que você acha? Você acha que tudo bem a gente ter alguma coisa contado que não seja sério? Porque sério eu não quero que seja.

Sabia que estava soando como um bêbedo, mas sabia também que se não falasse tudo de uma vez e do jeito que estava na cabeça, sem pensar, apenas falar, sabia que seria muito editado e não estaria passando o verdadeiro sentimento de agonia e confusão que eu estava sentindo.

- Eu acho qu... – Duas batidas na porta interrompem sua fala por um momento, mas então ele completa, rapidamente. – Você deve se perguntar se você consegue tentar algo e não evoluir para algo sério.

Abro a boca para responder, mas as batidas ficam impacientes na própria. Fechando, eu aceno, pronto para sair, apenas colocando coisas essências no bolso, movendo apressado pelo quarto.

- Obrigado pela conversa, eu preciso ir. – Me despeço e Harry ri, notando o meu alivio em poder sair sem responder a sua pergunta.

E eu lá sabia se conseguiria tentar algo e não ir pro sério? A única coisa que eu sabia era que eu não queria e pretendia conseguir não fazer isso. Não tinha nem cabimento tentar.

Eu não iria conseguir confiar totalmente e isso é um dos pilares para qualquer coisa. Conseguia imaginar daqui o quão ruim seria esse relacionamento com a minha desconfiança fazendo presença na balança. Além disso, eu tinha que considerar o fato de a Aria não querer.

Ela não falou por um motivo e eu tenho certeza que se ela quisesse alguma coisa, teria falado na hora que me viu. Mas isso começa a cutucar inseguranças na minha cabeça. Por que ela não iria querer alguma coisa? Foi ruim? Ela não gostou? Ela não gostou de mim?

Respiro fundo, decidindo que se fosse me debruçar sobre esse assunto ficaria aqui até amanhã e isso era uma coisa que eu não tinha no momento: tempo. E saúde mental. Essa última, principalmente, era o que mais se encontrava em falta.

*

Entro no carro de cabeça baixa, tentando ignorar os flashes e fico surpreso de me encontrar sozinho.

- Sr. Malik. – O motorista me cumprimenta e eu aceno de volta, olhando em volta.

- Vamos sozinhos? – Ele parece confuso com a minha pergunta e nega.

- O senhor não vai acompanhado? – Eu estava mais para acompanhante, mas mesmo assim eu concordo prontamente, como se soubesse exatamente que sim, Aria iria comigo e ele balança a cabeça, se virando.

Provavelmente achando que eu estava bêbedo. Ou chapado. Desde que a aquele vídeo que Louis fez de nós dois no carro vazou as pessoas começaram a pensar muito essas duas coisas sobre mim, isso quando não pensavam nelas juntas.

A porta do meu lado se abre segundos depois e Aria entra, sentando e arrumando o vestido para cobrir melhor as pernas. Eu estaria mentindo se falasse que meu olhar não se demorou lá mais do que deveria.

- Hey. – Ela sorri para mim e dá boa tarde para o motorista que já responde manobrando. Alguns paparazzis batem no vidro, mas após alguns segundos, já estamos na via em alta velocidade. – Você está muito bonito. – Acho que ela me elogia para ser educada e puxar assunto, porém sorrio de qualquer jeito e agradeço.

- Obrigado, você também. – Eu desvio o meu olhar para a janela, para sair da zona da tentação e tenho apenas uma certeza na minha cabeça: era bom eu conseguir ter alguma coisa sem me envolver para algo mais sério porque de uma coisa eu sabia, iria acontecer. Não sabia o quê, só sabia que a única coisa que eu precisava era do desejo reciproco, porque de resto, já estava cheio. 


Notas Finais


nos depois de amanhã, xoxo


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