História Percabeth em Nárnia - Eu nunca permitiria isso...

Pov: Milena:

Então somos jogados em uma cela de pedra. No momento depois que Lee colocou as mãos verdes na cela da carroça ele foi atingido por uma flecha no braço e suas mãos voltaram ao normal. Logo em seguida os centauros colocaram um lençol preto em volta da nossa jaula.

Eles nos trouxeram para um local muito escuro, nos tiraram da cela um por um, segurando com força nossos braços e depois nos empurraram com força para o chão. Ou pelo menos me empurraram, porque a queda foi um pouco dolorosa.

Acho que não desloquei nada... Agora nesse exato momento estou encolhida no canto da sala. Michael está ao lado de Lee, tentando confortar o irmão. Meus braços estão em volta dos joelhos e algumas lágrimas caem pelo meu rosto.

Silena tentou sentar ao meu lado, mas eu a impedi, dizendo que queria ficar um pouco sozinha... Eu parei todas as flechas, porque aquela tinha que acertar a Katie? A culpa é minha... E agora nem consigo usar meus poderes. Depois que colocaram aquela flecha no braço de Lee eles colocaram outra em cada um de nós. E agora cada vez que eu vou usar meus poderes começo a sentir dor.

Sou novamente uma filha de Atena inútil... Como sempre fui... Mais lágrimas descem pelo meu rosto. Elas estão tão frias que minha pele chega a ficar arrepiada. Continuo observando Lee e meu namorado. Eles estão conversando e vejo novamente os olhos de Lee ficarem um pouco marejados.

Então vejo uma luz dourada tomar conta de um pedaço da sala. Em questão de segundos ela luz vira um corpo e vejo Lee deitado no chão. Mas espera ai! O Lee ainda está ao lado de Michael, como pode ter um Lee deitado no chão também?

Isso está cada vez mais estranho...

O Lee no chão abre os olhos e começa a tatear seu corpo. Ele em seguida passa as mãos no cabelo loiro e observa as mãos. Vejo elas adquirirem um brilho branco e em seguida um brilho verde lima. Então ele arregala os olhos assustado e olha em volta procurando alguém.

_ Como isso é possível? Como você é igual a ele? _ Pergunto limpando as lágrimas e apontando para o Lee no chão e em seguida para o Lee que está olhando o do chão de olhos arregalados. Todos na sala estão de olhos arregalados.

_ É uma longa história, mas não, eu não roubei nada de você Lee... Exceto a aparência e os poderes. Agora cadê a Katie? _ Ele pergunta levantando do chão seguido por Silena, Michael e Lee.

_ Como você conhece a Katie? E como sabe meu nome? _ Lee pergunta curioso.

_ Ahn, ela me salvou da morte e me trouxe de volta a vida junto com ela... É uma longa história que eu realmente não estou a fim de explicar agora... E a propósito, meu nome é Edgar..._ Ele fala olhando para cada um de nós.

_ Meu nome é... _ Começo, mas sou interrompida por Edgar.

_ Eu sei o nome de todos vocês, não se preocupem com as apresentações agora. Vocês viram a Katie em algum lugar? _ Ele pergunta olhando para cada um de nós novamente.

_ Se nós tivéssemos visto alguma coisa exceto pelo corpo morto dela seria legal. _ Silena fala cruzando os braços.

_ Realmente seria, vocês viram onde o corpo dela está? _ Ele pergunta. 

_ Acho que jogaram em uma cela por aqui... _ Michael fala apontando para a pequena grade que mostra o bloco de celas em que estamos.

_ Perfeito, agora vamos sair daqui! _ Edgar fala com um meio sorriso.

_ E como vamos sair daqui mesmo? _ Pergunto olhando em volta a procura de uma saída.

Em resposta Edgar olha novamente para as mãos e elas acendem com um brilho verde. Em seguida elas ficam brancas e ele novamente sorri.

_ Mas antes tenho que curar vocês!

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Pov: Katie (Quanto pov da Katie! Meu deus!)

Acordo assustada. Não consigo ver nada, exceto por um lençol branco. Tento me desvencilhar do pano, mas não consigo, pois sinto que amarraram uma corda em mim, até porque não consigo nem mover os braços e as pernas... E minha boca está selada por um pano que colocaram dentro e envolta dela amarraram outro pano.

Começo a me sacudir tentando me soltar, porém as cordas são fortes demais. Não consigo me soltar de jeito nenhum. Tento usar meus poderes. No momento em que tento começo a sentir uma dor absurda no abdômen. E sinto que eu poderia ter gritado se não tivesse um pano quase na minha goela.

Ótimo. Ou eles me colocaram algum tipo de substância que dá dor ou eu usei tanto meus poderes que estou esgotada. Acho que a segunda opção é a mais verdadeira.

_ Katie! _ Ouço uma voz ao longe. Seria Edgar ou algum dos meus outros amigos? Ou então Lee!

Começo a me sacudir novamente. Mas eles estão muito longe ainda para me ver. Sei disso porque a voz está muito distante. Já consegui imaginar um pouco do local em que estou. Então, supondo que realmente tem uma barra de ferro na minha frente eu posso fazer um bom barulho.

Rolo da melhor maneira possível para a frente e sinto através do lençol que aquela é realmente uma barra de ferro. Começo a me sacudir ao lado da barra e um barulho muito agudo se espalha pelo ar. Fico nesse processo de bater na barra por algum tempo até que ouço passos.

_Katie! Lee, Edgar, vocês podem abrir essa cela, corroer ou sei lá mais o que! _ Ouço a voz de Milena.

Por mais que eu saiba que realmente são meus amigos, continuo me debatendo, louca para me livrar daquele pano e daquelas amarras. Faço alguns barulhos com a boca, na tentativa falha de falar.

_ Calma Katie! Nós vamos te tirar dai! _ Ouço a voz de Silena por perto.

_ Vocês podem se apressar? _ Michael pergunta.

_ Você sabia que corroer uma cela não é nem um pouco fácil irmãozinho? _ Lee pergunta para Michael. Ouço uma risadinha e vejo que ele voltou a ser o Lee de sempre.

_ Mas o Edgar ou como eu chamo: Seu clone, também está ajudando! _ Michael fala.

_ Eu adoraria que vocês dois calassem a boca para eu me concentrar em corroer isso aqui... _ Ouço a voz de Lee novamente. Mas sei que é Edgar que falou.

Então ouço um som de alguma coisa caindo. Acho que foi a grade. Ouço pessoas correndo para muito mais perto de mim e então alguém começa a desamarrar as cordas a minha volta. Quando meus braços voltam a se mexer retiro os panos da minha boca e desenrolo o lençol de mim.

Termino de desenrolar e olho para o rosto de cada um dos meus amigos que estão ajoelhados ao meu lado. Algumas lágrimas descem pelo meu rosto por causa da lembrança em que matei “eles”. E tenho constantemente que lembrar de que não eram eles.

Milena vem em minha direção e me dá um abraço. Então mais lágrimas caem pelo meu rosto. Eu a aperto com força contra mim. Com medo de soltar minha amiga. Então nós nos separamos e cada um deles vem me abraçar. Inclusive Edgar.

Deixo Lee por último. Ele me abraça com força e vejo seus olhos ficarem um pouco marejados apesar do sorriso que está em seu rosto. Choro em sua camisa e falo com a voz trêmula.

_ Nunca mais me solta ou me deixa ir embora da sua vida por favor... _ Falo só para nós dois.

_ Eu nunca permitiria isso... _ Ele fala me abraçando com mais força.