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História Fascinação - Chanbaek - Perversos


Escrita por: Lunna26

Notas do Autor


Carpe Noctem!
Boa leitura!

Capítulo 13 - Perversos


Fanfic / Fanfiction Fascinação - Chanbaek - Perversos

“Lembre-se que Jesus Cristo, um ser humano igual a você, passou pelos mais dramáticos sofrimentos e os superou com a mais alta dignidade. Seja um apaixonado pela vida como ele foi. Lembre-se que, por amar apaixonadamente a humanidade, ele teve o mais ambicioso plano da história. Nesse plano você é uma pessoa única, e não mais um número na multidão.” 

-Augusto Cury

 

"O autor é você e a sentença é a sua vida"

-Amy Bleuel

 

 

Tao acordou assustado com o toque da campainha, abriu os olhos com certa dificuldade e se levantou vagarosamente, esticou o corpo que estava dolorido por ter dormido no chão, na TV passava um filme qualquer, ele chacoalhou o amigo que dormia no sofá enquanto o chamava. Baekhyun abriu os olhos devagar e bocejou, estreitou os olhos para o amigo em pé ao seu lado, este parecia aflito e o chamava com o tom de voz alta.

-O que foi Tao!? Minha cabeça está um caos fale mais baixo. Baek se sentou e massageou as têmporas.

-Tem alguém lá fora e se for seus pais? - Tao indagou inquieto.

-Calma...ok? Se forem eles eu só estarei mais encrencado, nada demais. Baek deu de ombros e saiu do cômodo.

-Nada demais. Tao se jogou no sofá prestando atenção no filme.

Ele riu ao ouvir a voz escandalosa de Luhan xingando Baek, pelo menos não era os pais do amigo, pois seria bem pior.

-E você Huang, eu vou te matar seu filho da puta! - Luhan disse alto com a feição séria ao adentrar no cômodo, Baek se sentou ao lado de Tao e encarou o amigo que ria da forma que Luhan falava.

-Relaxa Lulu. Tao lhe deu um sorriso, Luhan estava parado de frente para os amigo, os braços cruzados acima do peito só mostrava ainda mais sua chateação, num movimento rápido ele se aproximou e sentou entre eles a força, empurrando Baek para poder caber no pequeno espaço.

-Onde você estava Baekhyun? - Questionou sério.

-Você nem imagina. Baek riu.- O professor Park estava na festa ontem e ele me ajudou.

-O professor Park? - Luhan franziu o cenho.

-É, mas então...ele me ajudou e me levou para a casa dele. A feição de Luhan agora era de espanto.

-O que!? - Luhan perguntou pasmo.- Por que você não me procurou..ele contou algo para seus pais?

-Não, ele não é louco a esse ponto.

-Eu te liguei milhares de vezes, ontem e hoje , para você também Sr. Huang. Encarou o amigo a sua direita.

-Desculpa meu celular estava no silencioso. Tao lhe fez um carinho no ombro.

-Mas você não sabe do pior. Baek começou a falar e, Tao lhe encarou sério e fez um gesto para que ele não falasse sobre aquilo que ele pensava que o amigo iria começar a falar, mas Baek o ignorou e voltou a falar.- Ele me beijou. Ele encarou a feição do Luhan, o amigo fechou a cara na hora e o encarava meio desconfiado ou talvez meio triste, Baek não soube distinguir.

-Isso é sério Baek? - A voz de Luhan soou tensa.- Quando isso aconteceu?

-Hoje, quando ele me deixou aqui em casa.

-Baek isso é muito grave, você deve contar para os seus pais. Luhan o encarou assustado.- Ele é nosso professor, não deveria ter ido para aquela festa, não deveria ter te levado para a casa dele e muito menos te beijado! - Luhan falou alto.

-Relaxa Luhan, ele não me obrigou a nada. Baek falou calmo e acariciou o braço do amigo.

-O que? - Luhan questionou indignado.- Desde quando é gay Baek?

-Eu não sou! - Baek fez uma careta.

-Calma, vocês precisam relaxar. Tao começou a fazer uma massagem no ombro de Luhan, mas o mesmo o impediu dando um tapa em sua mão.

-Baek eu não entendo, isso  realmente é sério? - Luhan questionou duvidoso pela quietude que o amigo se encontrava.

-Por que eu mentiria sobre isso? - Baek repetiu a careta e semicerrou os olhos.

-Você parece muito calmo em questão a isso, um homem te beijou Baekhyun e você não é gay, no minimo era para você estar bravo. Luhan elevou a sobrancelha.- Ainda mais sendo nosso professor!

-Relaxa Luhan, eu sei o que estou fazendo. Baek se sentou na beirada do sofá.

-Como assim? - Luhan olhou rapidamente para Tao, este que deu de ombros e se sentou numa posição relaxada, jogando a cabeça para trás e cruzando os braços, fingindo que não fazia ideia do que o outro amigo falava, Luhan voltou a encarar Baek com uma expressão confusa.- Como assim Baek? - Repetiu.

-Acontece que o senhor Park nunca gostou de mim, desde o primeiro dia ele vem pegando no meu pé, agora eu sei o motivo. Baek meneou a cabeça para o amigo.

-E qual é o motivo? - Luhan questionou curioso e preocupado.

-Eu acho que ele é gay e, sente atração por mim. Baek se virou de frente para ele, seus olhos encaravam o amigo atônitos esperando por uma resposta ou uma expressão que demonstrasse o que este estava sentindo.

-E você fala isso na maior calma do mundo, Baek você não vê que isso é errado e…

-Por que!? Eu nunca achei que você tivesse preconceito com gays Luhan! - Baek aumentou o tom de voz.

-E não tenho, valorizo todas as formas de amor, mas ele é nosso professor Baek, ele é um cara mais velho, talvez ele queira apenas se divertir com você. Luhan suspirou pesadamente.- E por que você parece afim disso se você não é gay?

-Ele quer brincar comigo, então eu vou brincar com ele. Baek deu um meio sorriso.

-O que você vai fazer? - Luhan o encarou temeroso.

-Vou entrar no joguinho dele, ele quer me provocar, também irei o provocar, mas tenho certeza que ele vai cair nas minhas provocações. Baek sorriu de forma maliciosa.

-Tao você não vai falar nada? - Luhan se virou para o outro amigo que estava meio alheio a conversa, o que Luhan achou meio estranho, pois este era muito elétrico e costumava a dar palpite em tudo.

-Já tentei, mas ele não ligou. Tao contorceu os lábios em um bico e deu de ombros.

-Baek…

-Não Luhan, por favor! Isso não vai dar em nada, relaxa. Baek se levantou.

-Nada que eu falar vai mudar sua escolha, né? - Luhan se levantou também vendo o amigo concordar.- Ok, mas tome cuidado, ainda acho meio estranho isso, tem certeza que não é gay?

-Tenho idiota. Baek o empurrou de leve.- Eu vou tomar um banho antes que meus pais cheguem e me encontrem assim. Ele apontou para si, suas roupas estavam todas amassada, seu cabelo bagunçado e suado, seu rosto também amassado e com algumas linhas do estofado do sofá, mas o que deixou Luhan triste, foi ver aquela marca vermelha um pouco arroxeada na pele do amigo, já tinha visto aquilo antes, sabia do que se tratava, alguns anos atrás quando viu os amigos usando a droga pela primeira vez ele ficou muito chateado com os mesmos, tentou impedi-los, mas foi em vão, estava presente quando viu os dois se drogarem com heroína, sabia dos males que esta trazia e os amigos também, mas mesmo assim eles a usaram enquanto Luhan havia ficado sentado um pouco afastado com medo, se lembrou da pele branquinha do braço de Baekhyun começar a avermelhar e arroxear, não sabia se o amigo possuía alguma alergia a substância o que seria meio improvável, pois o mesmo teria passado mal, ou se sua pele era muito sensível, já que nas vezes que ele fazia coleta de sangue sempre ficava arroxeado o local.

Luhan sentiu os olhos lacrimejarem, disfarçou fingindo um ataque de tosse e se virou um pouco para limpar os olhos.

-Então...vamos lá para cima, eu vou tomar um banho e depois nós vemos o que fazemos. Baek desligou a TV e ajudou Tao a pegar aquela bagunça de pratos, talheres e comida que havia na mesinha de centro, Luhan também ajudou.

Assim que Luhan ouviu o barulho do chuveiro ligado ele saiu correndo do closet do amigo  fechando a porta em seguida.

-O que está fazendo? - Tao indagou de boca cheia enquanto mastigava um pouco do salgadinho alaranjado.

-Preciso falar com você sobre o Baek. Luhan se sentou ao lado do amigo na cama.

-Do que exatamente você quer falar, ele não vai mudar de ideia quanto ao senhor Park. Tao balançou a cabeça em negação.

-Não é disso Tao, o que vocês estavam fazendo antes de eu chegar? -Luhan arqueou a sobrancelha esquerda.

-A gente...eu tava assistindo e comendo e Baek estava dormindo. Tao revirou os olhos.

-Não minta Tao, eu vi a marca no braço de Baek, não vai me falar que ele foi ao médico hoje coletar sangue. Foi a vez de Luhan revirar os olhos.- Tao, Baek não está bem, a gente precisa ajudar ele e não piorar as coisas, você não ouviu as coisas que a tia Sun hee falou, ele pode entrar em uma depressão profunda, ele quase se matou tomando comprimidos que ele nem sabia para que eram...ele está se machucando Tao a gente precisa ajudar ele...ele não está bem...que ideia absurda é essa que ele teve com o senhor Park, temos que impedi-lo ele não tá no seu normal, ele está tomando remédio e usando drogas ao mesmo tempo, você não entende que ele...

-Eu entendo! - Tao disse ríspido encarando o amigo a sua frente, este que chorava silenciosamente.- Mas o que você quer que eu faça Luhan? Eu já pedi para ele diversas vezes para parar com isso, mas não posso obriga-lo.

-Você deveria para com estas merdas também, você não vê o quão ruim isso é? O quanto isso vai ferrar sua vida...se você parasse também..

Tao lhe interrompeu.

-O que!? Agora a culpa é minha, eu influencio Baek a usar drogas? - Tao riu debochado.

-Não, mas se você parasse de fornecer essas coisas para ele... qual é? Ele é seu melhor amigo, e você está ferrando com a vida dele, você não se importa com ele?

-É claro que eu me importo! - Tao esbravejou.

-Não parece! - Luhan falou alto e, limpou as bochechas rosadas.

-Você não sabe de nada Luhan, você não sabe a merda que é nossas vidas. Tao limpou rapidamente uma lágrima que desceu por seu rosto.- Você não sabe a droga que é fazer de tudo para orgulhar seus pais; quando você erra eles te xingam de inútil e que você não faz jus ao sobrenome deles e, quando você acerta: não fez mais que a obrigação. Você não sabe o que é está na merda e fingir que não está, porque seu melhor amigo está numa merda pior ainda, Você nunca vai nos entender, por que você não vive nesta realidade, para você é fácil falar que a gente deveria parar de usar drogas...mas elas são as nossas salvação, ela nos tira desse mundo cruel mesmo que seja por poucos minutos.

Luhan não disse nada, apenas limpou o rosto mais uma vez e saiu do quarto, Tao se levantou e caminhou em círculos pelo quarto passando as mãos trêmulas pelo cabelo enquanto tentava se acalmar, ouviu passos vindo do closet e, se jogou na cama novamente, voltou a comer seu salgadinho fingindo que nada havia acontecido.

-Cadê o Luhan? - Baek questionou assim que se aproximou da cama e não viu o amigo ali.

-Ele foi embora, a mãe dele ligou. Tao encarou Baek de soslaio, sentia o estomago se revirar, sabia do mal que estava proporcionando para o amigo, mas ele entendia Baek, sabia que a vida não era fácil, então era difícil ele tirar o amigo disso, além do mais ele também estava nessa merda.

-Ele disse se era algo importante? - Baek se jogou ao seu lado na cama e pegou um pouco do salgadinho, queijo cheddar era seu favorito.

-Não, mas acho que não deveria ser. Tao deu de ombros.- Baek você tem certeza que realmente vai fazer esse joguinho com o senhor park? - Tao indagou curioso.

-Sim, por que está perguntando de novo? - Baek franziu o cenho.

-Só para confirmar. Tao lhe deu um meio sorriso e voltou a comer. Baek o olhou por debaixo dos cílios, o amigo andava meio estranho ultimamente, estava quieto e muito pensativo.

-Baekhyun! - Ouviu a voz longe lhe chamar.

-Droga é minha mãe. Baek ligou rapidamente a TV, colocando num canal qualquer.- Apague a luz! - Pediu para Tao, pois o interruptor ficava ao seu lado.- E se ela perguntar; fomos para a casa de Luhan ontem, chegamos aqui hoje na hora do almoço, você pediu comida e estamos aqui desde então assistindo séries.

-Ok. Tao fez sinal de continência.

-Baek! - Ouviu a mãe bater na porta.

-Pode entrar! - Baek falou alto.

A porta foi aberta e Sun hee acendeu a luz, sua genitora estava vestida elegantemente com um vestido longo azul royal, o cabelo preso num belo coque, mas seu olhar era descontente.

-Baek a gente precisa conversar. Sua voz era triste.- Por que saiu ontem a noite sabendo que está de castigo?

-Desculpa mãe, mas eu queria muito sair, era a primeira festa do colégio...era a festa de boas-vindas.

-E daí, você estava de castigo, eu fico muito triste com isso Baek, eu sou sua mãe, você me deve respeito. Ela o encarou com os olhos entristecidos.- A onde você dormiu?

-Na cada do Luhan. A mais velha olhou para o menino que fingiu estar alheio na discussão mãe e filho.

-Olá tia...Baek e eu dormimos na cada de Luhan  ontem depois da festa; a gente veio pra cá antes do almoço, eu pedi comida para nós dois e estamos assistindo série desde então. Baek se segurou para não rir, as vezes Tao passava do limite da estupidez.- Não fizemos nada de errado, por favor não fique brava com o Baek. Pediu carinhosamente para a mulher que sorriu em sua direção, sabia o quanto aqueles dois eram grudados e claro que Tao iria defender o amigo.

Sun hee suspirou pesadamente e levou ambas as mãos na cintura pensativa.

-Ok, mas eu não quero que isso se repita senhor Byun. Ela encarou o filho.- Você está de castigo e vai seguir todas as regras, entendeu?

-Sim. Baek lhe deu um pequeno sorriso.

-Ok, eu já volto então,você deve tomar seu remédio, aliás já passou da hora. A mulher saiu apressadamente do quarto.

-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-

Baek entrou no banheiro vagarosamente, estava exausto daquela aula chata de história, pelos deuses! não aguentava mais ler tanto texto. Franziu o cenho ao ouvir fungado baixos, caminhou lentamente olhando embaixo nas cabines, achando finalmente da onde vinha o som, alguém na cabine do meio parecia estar chorando, Baekhyun ouviu a porta se destrancando e correu para pia fingindo estar lavando as mãos. Byun reconheceu o menino alto loiro, ele era da sua turma de Biologia, era o menino mais inteligente da escola, já havia ganhado vários prêmios por sua inteligência, porém sofria muito bullying e era intitulado como Nerd, Byun não era gay, mas o achava muito bonito, ele tinha um belo formato de rosto e a linha do maxilar bem destacada, daria um bom modelo, o garoto havia nascido na coreia, mas tinha ascendência ocidental, o que proporcionou que sofresse ainda mais bullying.

Baekhyun o olhou de soslaio pelo espelho, notou suas bochechas rosadas e seus olhos avermelhados, mas o que mais lhe chamou atenção foram as cicatrizes no pulso do garoto, provavelme ele se mutilava, Baek sentiu o estomago revirar, sabia o quão ruim era ter a merda de seu psicológico afetado ao ponto de se machucar e a dor lhe proporcionar alívio, o quão insano isso poderia ser? E muitas pessoas ainda faziam piadas com isso falando: vou cortar meu pulso com a faca do pão francês; não gosto do tumblr só tem gente dramática que vive se “cortando”; eles fazem isso por frescura; fazem isso por que são fracos e Bláh Bláh Bláh...Desde quando se cortar, sentir dor, sangrar até tudo parecer calmo e então colocar a droga de um sorriso na cara é “frescura” Será que eles nunca se cortaram na vida sem querer? Será que eles não sentiram dor alguma? Baekhyun sentia nojo de pessoas assim, pois elas não tinham compaixão; não tinham amor pelo próximo.

-Você está bem? - Baek decidiu quebrar o silêncio, o menino que lavava o braço com certa dificuldade tentando esconder os cortes se assustou e, puxou as mangas do blazer preto que usava rapidamente. O garoto o encarou assustado.

-Se estivesse ou não, não faria diferença. O menino disse com o tom de voz neutro.

-Faria sim. Baek se virou para ele.- Você está com problemas eu só quero ajudar. Baek apontou para os braços dele.

-Isso não é da sua conta e, não finja que se importa, você não entende, você tem sua vida perfeita, é o garoto popular da escola, namorava como uma das animadoras de torcida, faz parte do time de natação, tem vários amigos ao seu redor. O menino lhe deu um sorriso desgostoso e, Baek lhe devolveu o sorriso, mas em deboche.

-Como você pode falar isso? - Baek elevou a sobrancelha.- Você não me conhece, não é porque eu tenho tudo isso que minha vida é mil maravilhas.

-Ah me poupe! O que de tão ruim pode acontecer na sua vida? Seu cabelo não fica do jeito que você quer? - O menino falou sarcástico e lhe lançou um sorriso de escárnio.

-Por que você fala assim como se só você sofresse, só você tivesse problemas? Eu não sou nenhum Psicólogo; Terapeuta ou Psiquiatra, mas eu quero te ajudar. Baek manteve a calma, sabia pelo que o menino estava passando.

-Eu não ligo para essas merdas, sabem o que eles querem? Apenas o dinheiro, não ligam para nada do que eu digo, apenas dizem; você tem que ser forte, a vida é difícil mesmo; Você tem amigos, não deve se sentir sozinho; seus pais te amam. E eles não tem ideia nenhuma de como meus pais me tratam, meus amigos são obrigados a ficar perto de mim, só por quem meu pai é por que seus pais os obrigam a fazer isso em respeito ao meu pai, eles não entende porra nenhuma de como é minha vida ou de como eu me sinto. O menino falou tudo rapidamente e sem fôlego, porém pareceu ficar mais aliviado.

-Eu entendo, é um saco. Baek deu um meio sorriso.- Mas eu te garanto, que fazer isso não irá te ajudar em nada. Baekhyun não sabia por que falara aquilo, pois ele mesmo já se machucou de uma forma bem pior colocando sua vida em risco, mas ele queria poder ajudar aquele menino, pois ele mesmo nunca havia encontrado ninguém que o entendia de verdade, e agora que encontrou queria o ajudar, pois viu que este estava bem pior do que ele, pois ao contrário de Baek, ele não tinha ninguém.- Por favor fale comigo, eu quero lhe ajudar.

-Só me deixe em paz ok? - O menino ia passando por ele, mas Byun pegou em seu braço.

-Pode vir conversar comigo quando quiser...eu entendo você, só quero conversar e tentar te ajudar. Baek lhe lançou um sorriso terno.-  Podemos ser amigos..de verdade, eu não me importo que são seus pais….só quero ser seu amigo.

-A vida é efêmera Byun, e para uns mais ainda. O menino deu um meio sorriso e se soltou do aperto de Baek.

Baekhyun saiu do banheiro cabisbaixo estalando os dedos, queria poder ter ajudado aquele garoto, parou bruscamente quando viu uma pessoa alta parada a sua frente, encarou sério o menino.

-Você...realmente falou sério quando disse que queria ser meu amigo. Era o mesmo garoto do banheiro, Baek sorriu largo, queria muito o ajudar.

-É claro. Baek tocou seu ombro.- Podemos combinar de sairmos...ou sei lá até estudarmos. Baek riu fazendo o garoto rir junto a si.

-Você não está curtindo com a minha cara, está? - O garoto o olhou preocupado.

-Não, claro que não...a gente pode sair um dia desse e reclamar da vida juntos. Baek disse com humor.- Eu quero que saiba que você não é o único que passa por isso. O menino assentiu com a cabeça.- Eu sei que você não gosta de médicos, mas devia procurar um...só pelos remédios, eu sei que eles dão muito cansaço e é uma droga, mas eles ajudam bastante...nos fazem pensar melhor.

-Ok...tenho quase certeza que não vou querer voltar com os remédios, mas vou tentar. O menino deu um sorriso tímido e saiu dali. Baek sorriu vitorioso, o sinal tocou e, ele caminhou rapidamente para sala de aula para arrumar suas coisas e seguir para a aula que ele mais esperava naquele dia cansativo, a aula do senhor Park.

-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-

Park não estava na sala quando Baekhyun havia chegado, então assim que adentrou o cômodo e se deparou com o aluno sentiu as pernas vacilarem, mas como assim? Ele era um homem de vinte e cinco anos e, não uma garotinha adolescente apaixonada por seu primeiro amor, mas o fato era que, Baek mexia com ele...e muito e, agora que eles já tiveram um contato mais pessoal isso piorou ainda mais, o adolescente estava sentado na primeira carteira bem de frente com a sua, o cabelo loiro bagunçado que antes irritava Park, agora o deixava ainda mais atraído pelo menino, pois o deixava mais despojado, falando de uma forma um pouco vulgar o deixava sexy, Park sentiu o corpo esquentar e um arrepio percorrer por sua espinha, mas ele tinha que manter o controle, foi ele quem queria seduzir o menor e, deveria fazer aquilo com muito cuidado, já que estavam na escola. Ele andou até sua carteira.

-Está atrasado senhor Byun. Park falou desabotoando os dois primeiro botões de sua camisa social branca, Baek não conseguiu desviar os olhos, praguejou mentalmente por isso vendo Park sorrir comemorando, mas o mais novo suspirou e se obrigou a manter a calma, ele quem iria ganhar esse jogo.

-Você está atrasado senhor Park, você acabou de chegar, aliás onde estava? - Baek passou a língua vagarosamente pelos lábios rosados e tombou a cabeça para o lado apertando levemente os olhos. Park engoliu em seco, onde ele estava se enfiando?  Baek era muito bonito, tinha um belo corpo, um rosto angelical e aqueles lábios rosado convidativos que pareciam hipnotizar o professor.

Park finalmente saiu do seu transe e riu de forma debochada.

-Eu sou o professor...eu que devo fazer as perguntas. Park o encarou profundamente, seus olhos pareciam querer ver a alma do garoto.- Eu mando e, você obedece. Park lhe lançou uma piscadela e deu um meio sorriso, porém Baek estava empenhado em manter sua pose e fingir que aquilo não o afetava. Tao que sentava atrás de Baekhyun já havia percebido do que aquilo se tratava e revirou os olhos com a infantilidade daqueles dois.

- Por favor abram o livro vamos retomar de onde paramos. Park ficou em pé no meio da sala enquanto uma aluna lia, hora ou outra ele se pegava fitando Baek, o aluno acompanhava a leitura de forma distraída, parecia nem se importar com o professor, Park apertou o livro com força, ele queria mostrar para Baek que este realmente sentia algo por ele, mas não estava sendo fácil. A garota terminou de ler a página e todos encararam o professor.- Quem gostaria de ler a próxima por favor?

-Eu. Baekhyun levantou a mão e o encarou com um meio sorriso.

-Ok senhor Byun vamos lá. Park fez um gesto para que este começasse.

“ Assim que terminei fez-se um longo silêncio, e eu pude ver um sorriso se abrindo de um canto ao outro no rosto do Augustus - não o tipo de sorriso cafajeste do garoto tentando parecer sexy ao me encarar, mas um sorriso sincero, quase maior que a cara dele.”

Baek terminou de ler o trecho e encarou o professor com um sorriso malicioso, park sentiu o calor de antes agora ainda mais quente, como apenas um sorriso poderia fazer isso? Park crispou os lábios e exalou o ar com força, seria muito mais difícil do que ele pensava.

-Algum problema senhor Park? Você parece estar com dificuldades para respirar. Baek falou de um jeito um tanto quanto manhoso, vendo o mais velho corar por ter sido pego no flagra.

-Não..estou bem...obrigado pela atenção Byun. Park lhe lançou um sorriso terno - falso é claro - pois queria fazer outra coisa. O professor caminhou até sua carteira e se sentou, mas fizera uma péssima escolha. Baek o encarava profundamente enquanto outra pessoa lia, mordeu o lábio inferior de forma provocativa e lançou um olhar ingênuo para o professor, este que ficou sem jeito e abaixou a cabeça, fazendo Baek sorrir vitorioso.

Enfim a aula terminou o professor Park pediu para falar com Baekhyun, assim que todo mundo saiu Park foi até a porta e a fechou ficando apenas ele e o aluno no ambiente. Baek se levantou  sentou na beirada da mesa do professor encarando o mesmo que caminhava em sua direção.

-Que porra foi aquela? - Park indagou alto quase colando o corpo ao do aluno.

-Você não queria jogar, então..estou jogando. Baek lhe lançou um sorriso de canto.

Park riu de escárnio.

-Ok...você que descer de nível, então vamos descer de nível. Em um movimento rápido park o colocou sentado em cima da mesa e ficou entre sua pernas, Baekhyun o olhou assustado, não esperava por isso.

- O que está fazendo? - Baek empurrou as mãos dele de si.- Estamos no colégio.

-Ah...agora você tem essa noção, pois mais cedo nem se importou com isso enquanto tentava me seduzir. Park elevou a sobrancelha e levou as mãos até a cintura do adolescente, sentiu Baek se encolher e o encarar confuso.- O que foi, está com medo? Ou se rendeu a mim? - Park apertou o toque na cintura dele e subiu a mão direita passando vagarosamente pela costa do menino, Baek se encolheu ainda mais pelo arrepio que sentiu e virou a cara, tirou as mãos de Park de si e o empurrou, logo descendo da mesa.

-Eu nunca me rendo! - Baek levou a mochila preta as costas.- Você mexeu com a pessoa errada senhor Park, eu vou mexer tanto com sua cabeça que irá perder sua sanidade.

Byun empurrou o professor na carteira deixando o sentado agora onde estava minutos atrás e, se colocou entre suas pernas, levou ambas as mãos para dentro da blusa do professor, alisando com pudor seu abdômen definido, Park mordeu o lábio com força pelo toque repentino, nunca imaginou aquilo, o adolescente escorregou as mãos devagar até o cós da calça social que o mais velho usava enquanto o encarava profundamente, adentrou só as pontas dos dedos embaixo do tecido preto, mas sorriu ao sentir o professor se remexer e respirar mais rápido, Baek puxou o cós da calça para frente e sorriu maliciosamente para seu professor que parecia estar sem reação.- Prepare-se Park, a guerra apenas está começando. Baek sussurrou contra seus lábios e lhe deu um sorriso de canto antes de caminhar para fora da sala.

Park sorriu perverso enquanto encarava a porta por onde o mais novo havia acabado de sair.

-Mal posso esperar Byun Baekhyun!

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado :)
Desculpe-me caso haja algum erro...

A imagem de capa é pra apoiar o projeto Semicolon, acho que todos já puderam ver que ha bastante pessoas fazendo a tatuagem do ponto e virgula e, todas essas pessoas, são pessoas que querem marcar sua vitória contra a depressão, ou aquela pessoa que luta por sua saúde mental...

."... Chamado de Project Semicolon (Semicolon é ponto e vírgula em inglês), o movimento americano quer trazer amor e esperança para quem tem tendências depressivas, suicidas ou a automutilação.Mas por que um ponto e vírgula? “O ponto e vírgula é usado quando um autor poderia ter escolhido terminar uma frase, mas optou por não fazer, ele continua. O autor é você e a sentença é a sua vida.” – diz Amy Bleuel, criadora do projeto..."

Link para quem quiser saber mais:
https://followthecolours.com.br/tattoo-friday/tatuagem-de-ponto-e-virgula/


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